Appear escrita por Elabeth Werth


Capítulo 15
Capitulo 14-A verdade vem a tona


Notas iniciais do capítulo

Oi, passando rapidim, e desculpem estar sem banner mas não tive tempo!



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Capitulo 14

Então era assim que seria?

Ou melhor, o que aconteceria agora?

Minha mente trabalhava incansavelmente, porem não havia resposta. Eu não era Alice que podia simplesmente prever o futuro. Eu era uma versão de meu pai e Edward.

Senti suas mãos quentes tocarem o caminho carmim em meu rosto, não consegui olhá-lo. Tive medo.

― Você esta bem? Eu... Vou examinar você... Vem... ― chamou preocupado, me pegando com facilidade em seus braços. ― Deve ter sido a queda... O que você esta sentindo? Onde esta doendo?

― Está tudo bem... ― mas ele ignorou.

― Você deve ter batido na hora da queda... Deve estar com alguma hemorragia e eu tenho que ser rápido se tiver alguma...

Eu sabia que seria inútil eu tentar esconder para sempre o que eu era dele. Talvez ele descobrindo por si só eu não estaria quebrando a regra de maneira tão... Grave assim.

Ele me carregou porta a fora, mesmo com os olhares curiosos. Senti o cheiro de Peter e Charlote que ainda estavam ali. Prendi minha respiração sentindo o cheiro dele ali, vendo seu pescoço logo a centímetros de satisfazer meu lado animal; entramos no elevador finalmente e novamente ficando a sós.

― Jarvis, meu laboratório, prepare todo o escaneamento e ligue os computadores... ― pediu.

― Sim Dr. Banner.

― Bruce... ― chamei.

― Tudo bem Poppy... ― sussurrou. ― Fique calma eu vou cuidar de você.

― Eu estou calma... ― argumentei. ― E bem.

O elevador parou e ele continuou me carregando ate entrar num enorme espaço cheio de computadores e outras coisas. Eu não disse mais nada... Nada que eu disse ajudaria só pioraria. Ele me pós sobre uma enorme mesa.

Vi uma luz passar por todo meu corpo. Enquanto Bruce se sentava de frente a um dos computadores e colocava seus óculos. Eu apenas deixaria. Ele estava certo, ele tinha que saber... Mesmo que não pudesse e fosse perigoso.

Sentei-me na mesa e olhei-o.

― Impossível... ― seu coração pulou varias batidas. ― Jarvis faça... Movamente... ― sua voz foi tremula e oscilante.

Deitei-me novamente, e novamente a luz. Dessa vez, enquanto ele estava concentrado em ver novamente o mesmo resultado anterior aparecer na tela, fui até ele. Sua respiração era descontrolada e ele parecia não acreditar nos resultados.

― E- eu... Eu preciso fazer exames mais detalhados... Você precisa ir para um hospital agora. ― começou se levantando tremulo pegando o celular para ligar para emergência. Segurei-o de sua mão e com a maior facilidade o apertei em minha mão o quebrando sem fazer muito esforço, e ele percebendo e vendo isso.

― Senhor, detectei que não a indícios de funcionamento em 75% dos órgãos... ― Bruce entre abriu a boca me olhando sem entender.

Ele caminhou ate a janela e ficou observando o lado de fora demoradamente. O silencio consumia o lugar. E a mim também...

10 minutos...

15...

Meia hora...

― Bruce... ― sussurrei me aproximando.

― O que é você? E não venha com essas histórias de leis, só... Só me diga o que você é... Eu tenho o direito de saber! ― engoli a seco.

― Você tem que descobrir por si só...

― Poppy... ― resmungou.

― Você já esta quase descobrindo... ― ele me olhou demoradamente.

― O que. Você. É? ― olhei para o computador.

― Eu sou uma lenda de terror antiga, Bruce... Tente pesquisar... ― murmurei vendo-o indo ate o computador. Fui ate a janela ficando em silencio deixando-o por si só.

― Jarvis separe todos os pontos da pasta Darling Blue e pesquise a partir deles... E junte o termo “lendas de terror”...

Fiquei em silencio apenas ouvindo seu coração. E pensando “como seria de agora para frente?”.

Passaram-se longos minutos.

Algumas batidas soaram pesadas enquanto sua respiração pesou. Ouvi ele se levantar e respirar fundo várias vezes. Caminhar pela sala.

― Jarvis, procure por todos e qualquer registro qualquer coisa que achar com o nome Popires Montegomery...

― Sim Senhor... ― Ele voltou para a cadeira novamente. ― Senhor, há um registro datado de 1504, a compra do primeiro relógio de bolso, assinado por Popires Montegomery Volturi. ― Sua respiração se acelerou enquanto ele dava um soco sobre a mesa, e respirava demoradamente se acalmando, pensando.

― Você não pode existir... Não tem como você estar viva... Seus sinais vitais são quase inexistentes... Não tem como você ser real!

― Sim, tem... ― sussurrei com a voz fraca.

Ficamos em silencio novamente. Parei de observá-lo através do reflexo da janela e me virei. Ele passou a mão coçando os olhos, retirando e colocando novamente os óculos e os ajeitando. Ele parecia confuso, mas vi a pagina que estava aberta, ele sabia o que eu era, só não estava conseguindo acreditar.

― Quantos anos você tem?

― “dezoito”...

― Há quanto tempo tem dezoito? ― engoli a seco.

― Cerca, por volta de... 2 mil anos.

Ele retirou os óculos deixando suas costas encostarem-se ao encosto da cadeira.

― Não pode ser... Não tem como ser real...

― Eu sou real Bruce... As lendas não surgem do nada...

― Todo encontro nosso... Aquelas pessoas... As coincidentes mortes onde a gente sempre estava...

― Eu simplesmente não consigo admitir a mim mesma deixar e ou matar você...

― Isso não é desculpa, Poppy!

― Mas não é desculpa, e o que eu sou, você só tem que se acostumar com isso, eu já passei por uma fase onde eu não aceitava.. ― -murmurei caminhando para mais próximo.

― Você mata pessoas, você sabe muito bem o que eu penso a respeito e eu não vou me acostumar com isso!

― Bruce... ― sussurrei pasma.

― Vá embora Poppy... E nunca mais volte...

Fiquei o olhando estática eu não conseguia ter qualquer movimento do meu corpo. Era... Eu simplesmente não tinha forças. Minhas lagrimas simplesmente rolaram como uma cachoeira... Ele me olhava impassivo. Acenei brevemente em afirmação e limpei minhas lagrimas e reuni toda minha dignidade e força para sair daquela sala.

Ele apoiou os cotovelos no joelho e escondeu seu rosto dentre suas mãos. Já próximo à porta me voltei a ele.

― Bruce, por favor... Não conte a ninguém o que eu sou, ou virão atráss de você e eles vão acabar te matando.

― Você se esquece sempre do outro cara, não? ― riu amargo.

― Não digo isso só por você, mesmo, embora tudo vou sempre protegê-lo, eu peço isso sim pelos seus amigos... Sei que se preocupa com eles... ― ele molhou os lábios e riu novamente sem me olhar.

― Não se preocupe... Acho que o mundo não precisa saber que tem monstros piores por ai...

Meu choro aumentou me fazendo soluçar agarrei-me a mim mesma. Ele não me olhou, apenas continuou fitando a projeção holográfica. Eu sabia o que eu era... Já havia me conformado em ser um monstro, mas ouvir isso dele... Era a pior coisa que alguma vez alguém poderia dizer, ou fazer.

― Caso... Algum dia... V- você queira... Eu vou estar na... Sorveteria... Quando não houver sol... ― murmurei entre soluços altos.

― Espere sentada, ou melhor, faça sua cova lá, afinal já passou da hora não?

Virei o rosto soluçando mais.

― Claro... ― murmurei saindo de uma vez daquela torre infernal.

Então era isso o amor?


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Notas finais do capítulo

então o que acharam do cap que tanto queriam??? :B
bjs