A Garota Do Cabelo Rosa escrita por Sakura Uchiha


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Yoo! ^-^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/392748/chapter/2

- E então, como foi o treino? - me perguntou Hinata, jogando uma almofada na minha cara e me acordando no mesmo instante.

- Já terminei há muito tempo, só me pergunta agora? - joguei a almofada na cara dela de volta e ela riu. Meu humor quando acabo de acordar não é uma coisa nem um pouco lega de se vivenciar.

- Eu só cheguei agora há pouco, estava... Ern... Estava treinando com o Naruto-kun - o rosto dela ficou vermelho. Eu ri, sem humor. Ela tinha perdido aquela timidez toda e finalmente puxou aquele loiro idiota para um beijo, começando um relacionamento entre eles.

- Ainda não sei o que você viu naquele cara... - digo, coçando a cabeça preguiçosamente. Não tente me explicar o que viu, não tente explicar o que viu...

- Ele é lindo, inteligente, come rámen como ninguém... - ela começou a enumerar com os dedos e eu já estava fora dali, tinha dormido no sofá, mas que beleza! - Ei, onde pensa que vai?

- Sei lá, acho que vou comer alguma coisa - olhei no relógio da cozinha. 18:30. - PUTA QUE PARIU! - berrei, correndo direto para meu quarto, minha prima vindo atrás de mim.

- O que foi dessa vez? - perguntou, carrancuda. Abri o armário e comecei a tirar todas as roupas que tinha ali, procurando algo para vestir.

- Eu chamei a Haruno para uma festa, marquei de buscá-la na casa dela daqui a menos de meia hora... - ela revirou os olhos, enquanto eu estava praticamente em pânico. - Eu com um problema assim e você nem liga? Que tipo de família você é?

Ela revirou os olhos novamente, pegou uma calça e uma camisa no monte de roupas que tinha em cima da minha cama e me entregou.

- Uma coisa de cada vez, você consegue - usou uma ironia irritante na última parte e eu a deixei só no meu quarto enquanto trocava de roupas. Era uma calça jeans escura e uma blusa fina com manga comprida anil.

Por que eu estava tão nervoso? Talvez seja porque estou extremamente atrasado e isso realmente não é de meu feitio. É, é por isso mesmo.

Quando sai dali, Hinata me olhou torto. Se aproximou e dobrou as mangas da camisa até o cotovelo. Me entregou um par de sapatos que eu nem ao menos sabia que tinha, sei lá o nome daquilo, só sei que era preto.

Ela deu um sorrisinho, me entregando um relógio de pulso onde eu vi 18:50. Abriu espaço e não disse mais nada, eu também não, estava quase correndo em direção a casa da rosada.

Senti alguma coisa no meu bolso e percebi minha carteira e celular. Ah, o que seria de mim sem você, Hinata?

Cheguei na frente da casa dela pontualmente as 19h, todas as luzes estavam acesas e através da sombra da cortina eu consegui ver duas garotas... Uma delas dava pulinhos estranhos. Como diria Shikamaru, as mulheres são realmente problemáticas.

Toquei a campainha e uma mulher atendeu, ela tinha os cabelos loiros  quase brancos e no rosto uma expressão de... medo? Não sei se era bem aquilo, mas depois que ela me viu seu rosto pareceu se iluminar. É, eu tenho esse efeito com as mulheres...

- Boa noite Sra. Haruno, sua filha está em casa? - perguntei formalmente, mesmo sabendo que ela realmente estava.

- Você é um Hyuuga? - ela parecia mesmo maravilhada com aquilo. Assenti, com um sorriso simpático - Sakura, tem um amigo seu aqui! - ela berrou para a escada e me deu passagem. - Sente-se, ela já chega - e sorriu.

- Obrigado - disse, me sentando em um dos sofás que tinha ali. A casa dela não era nem um pouco como eu imaginava, sim, estava tudo perfeitamente no lugar, mas era fácil perceber marcas de briga.

Não, não de luta como se eles tivessem sido atacados e obrigados a lutarem, mas de briga, briga doméstica. Cacos de vidro minúsculos perto do sofá, que estava coberto com um pano vermelho, por baixo tinham furos, provavelmente de facas.

Nada de vidro, como se tudo já tivesse sido quebrado, no escorredor de louça na cozinha, todos os pratos eram de plástico e não tinha nenhuma faca visível. Talheres também de plástico. Ali parecia ser algum tipo de universo alternativo afastado da realidade, eles tinham problemas. Problemas de verdade, nada como frescurinhas de meninas, mas problemas mesmo.

Ouvi outra risadinha me tirando de meus devaneios e me levantei, vendo Sakura descendo as escadas ao lado de Ino, ambas com sorrisos largos no rosto.

Ela estava linda. Usava um vestido preto brilhante tomara que caia que chegava até a metade das coxas, um salto da mesma cor e o cabelo com aquela coisa... Aquela coisa que eu não sei o nome que deixava cabelos lisos com cachos, sabe?

Enfim, estava exuberante, usando quase nenhuma maquiagem, não precisava, seu sorriso era o suficiente para deixá-la linda.

Ino não estava ruim, provocante como sempre, mas já tinha perdido a graça, ela já ficou com mais da metade de Konoha e era conhecida por ser rodada. Usava uma saia justa até menos da metade das coxas, uma blusa branca totalmente transparente e um sutiã preto de renda. Mesmo assim continuava sem graça.

- Você está linda - disse para a rosada, lhe oferecendo a mão para que descesse os últimos degraus da escada. Ela sorriu e corou, aceitando.

- Obrigada, você também não está nada mal - sorriu de novo, mas dessa vez debochada.

- Olá, eu também estou aqui!

- Ah, oi Ino - disse, revirando os olhos.

- Nossa, é tanto amor! - disse com ironia.

- Podemos ir? - perguntei, ignorando a loira. Tem vezes que ela consegue ser mais irritante do que a Tenten.

- Ainda falta esperar a Tenten, ela vai nos levar - falou a loira, divertida. Por que eu fui pensar aquilo meu Kami, por quê? T-T

- Você sabe onde vai ser a festa? - ela assentiu. - Então podemos ir - caminhei ao lado da rosada, deixando a outra para trás. Ela não se moveu. Revirei os olhos. - Anda Yamanaka!

- Não vou deixar minha amiga para trás, nós marcamos aqui, aqui vou esperá-la - ela disse, batendo o pé no chão. Soltei o braço de Sakura por um instante e me aproximei ameaçadoramente da loira.

Ela foi indo para trás até não poder mais, batendo na parede. A imprensei ali e dei um sorriso, me divertindo com a expressão assustada dela.

- O-o que você está fazendo? - perguntou, a voz não mais tão aguda e irritante quanto antes. Interessante, ela com medo fica com voz de gente...

- Você vai vir agora, ou vai esperar sua "amiga"? - ela engoliu em seco e assentiu, medrosa.

Sai de perto dela no mesmo instante, era um dos únicos com quem ela ainda não ficou, não por falta de chance, mas eu realmente não quero ficar com alguém com uma fama como a dela.

Sakura deu um tapa no meu braço e eu ri.

- O que é? - perguntei, me fazendo de inocente.

- Você a está assustando! - me aproximei do rosto dela.

- Então eu dou medo? - dei um sorriso divertido. Cara, isso é simplesmente demais. Ela riu e me empurrou de leve.

- Em mim, óbvio que não, mas a Ino é muito frágil sabe... -  já estávamos fora da casa, apenas conversando. Ela recebeu um empurrão da amiga e riu. - Disse alguma mentira?

- Claro que sim, eu não sou nem um pouco frágil! - ela disse e cruzou os braços sobre o peito, um biquinho se formou nos lábios. Ri comigo mesmo.

- Mesmo que não seja frágil, é fresca, o que no final dá no mesmo - disse, recebendo um olhar assassino em resposta. - Prefere a verdade? - ela não respondeu. - Vou encarar isso como um sim, a verdade é que você é simples e puramente uma v... - Sakura tampou minha boca quando eu ia dizer.

- Essa palavra é um tabu, mesmo sendo a verdade, é um tabu, então... Sugiro que não diga isso perto dela, o.k.? - ela disse, eu assenti, rindo. Parece o Chouji com a palavra "gordo", é a realidade, mas ainda assim um tabu.

- Querem parar de me excluir? Eu também estou aqui! - ela disse. Revirei os olhos. - Além do mais, chegamos.

Só agora percebi, estávamos na frente de uma casa enorme com aquelas luzes coloridas piscando, música alta e porta aberta, de onde eu podia ver uma mesa enorme cheia de bebidas apenas para dar as garotas e depois levarem para um quarto de motel.

Típico.

Quando olhei para o lado, Ino não estava mais ali, conversava com o Kiba, e não, eu não estou falando de apenas conversar. Entramos no lugar e já tinham pessoas totalmente bêbadas. 

Típico.

As orbes esmeralda de Sakura brilhavam enquanto ela olhava para aquela cena toda, que na minha opinião, era no mínimo grostesca. Por mim eu já estaria fora daquele lugar, mas não, ela me puxou pelo pulso até lá dentro e pior, para o centro da pista de dança.

- Não, não e não! - eu disse, parando de deixar que ela me puxe. Ela me fuzilou com o olhar. - Eu não danço!

- Como assim não dança? Todo mundo dança! Vem - ela voltou a me puxar. Parei mais uma vez.

- Como dizia a minha mãe, eu não sou todo mundo! - ela revirou os olhos, desistindo, e foi andando até o meio da pista sozinha.

Logo ela estava dançando ali, mas era como se ela estivesse sozinha ali. Eu conseguia ver apenas ela, toda linda...

Até que não era mais só ela, mas estava também um garoto ao seu lado, eu conhecia ele de algum lugar, mas ele estava... Diferente, menos roxo talvez. Era aquele tal de Kankurou, da Areia.

Eles estavam dançando, cada vez mais coladinhos, e a única coisa em que eu podia pensar era ir até lá e ensinar a ele como se dança com alguns dentes a menos.

Calma Neji, calma, ela não é nada sua, se está querendo dançar com ele, o que você pode fazer contra? Mexi nos cabelos nervosamente e fui até a mesa com as bebidas, pegando um copo de alguma coisa e bebendo de uma vez só, minha garganta ardeu.

Quando olhei novamente, eles não estavam mais ali, comecei a procurar aqueles cabelos rosas na multidão de pessoas, quando finalmente encontrei-a prensada contra a parede, Kankurou a imprensando.

Quando menos me dei conta, já estava caminhando com passos rápidos e largos até lá, a rosada o empurrando inutilmente e ele a beijando a fora. Mas que cena grotesca.

O tirei de perto dela e imprensei contra a parede, meu braço no seu pescoço, o impedindo de respirar, e a outra mão dando um soco direto no maxilar dele.

Ele caiu no chão cuspindo sangue e Sakura tinha se agarrado no meu braço como se eu fosse a coisa mais preciosa que ela tinha.

- Qual seu problema, cara? - o garoto perguntou.

- Se a garota não quer, você não pode tocá-la, entendeu, cara? - disse, minha voz assustando até a mim. Ele se levantou e caminhou até qualquer outro lugar, saindo de meu campo de visão.

Suspirei. O que está acontecendo comigo? Eu não perco o controle tão facilmente, porque fiz isso? Não faço a mínima ideia. Passei a mão pelos cabelos e suspirei outra vez. O que eu estou fazendo aqui? Odeio festas, simplesmente odeio.

Senti braços finos e quentes me circularem e quando olho, vejo aquela linda rosada me abraçando por trás, descansando a cabeça nas minhas costas.

- Obrigada - ela diz, a voz mais leve, como se eu a tivesse tirado de uma enrascada. E foi isso que eu fiz.

E com aquele abraço eu sabia o porque de tudo aquilo. O porque de ter perdido o controle e de estar nessa festa estúpida. Ela era o motivo de tudo aquilo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ruim? Péssimo? Reviews, please!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Garota Do Cabelo Rosa" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.