Seus Olhos escrita por Beatriz de Moraes Soares


Capítulo 6
O colega de trabalho


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores queridos.

Bom, graças a Deus meu hiatus não foi tão longo quanto eu esperei que fosse e estou de volta com minha querida história.

Bom, esse capítulo não saiu como eu esperava, mas eu espero que vocês sinceramente gostem dele e por favor, leitoras fantasmas comentem! Fazer uma autora feliz vai fazer cair sua mão? '-' Vai?

Apreciem! ;)



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Na sexta-feira da outra semana, logo pela manhã, vou diretamente ao consultório do meu fisioterapeuta Frank Louis, e adianto nossa sessão e depois vou diretamente ao San Frances. Está quase tudo preparado para a festa – já que passamos a noite inteira em claro arrumando tudo – que iria começar às duas da tarde.


Eu estava um tanto ansiosa. Eric parecia que realmente viria, já que na terça de manhã veio conversar com Amelie. Eu não o vi, mas foi o que Sadie disse. Eu estava arrumando a mesa de doces e Jeremiah trazia a caixa de som para o palco improvisado montado para Eric e sua banda.


Judith, que estava conversando à pouco com Amelie, aproxima-se de mim e se oferece para me ajudar com os docinhos.


- É uma pena ser meu último dia – comenta casualmente.


- É seu último dia? – pergunto surpresa.


- Sim


- Mas, por quê?


- Meu marido perdeu o emprego e agora eu preciso ajudá-lo. Vou procurar um trabalho remunerado.


- Te entendo perfeitamente – faço uma pausa – e como ficarão seus alunos?


- Alguns eu consegui colocar em outra atividade, mas são muitos alunos e não é possível distribuí-los em todas as outras classes.


- É uma pena, Judith. Espero que Amelie consiga logo alguém para substituí-la.


- Também espero.


- Os músicos chegaram! – anuncia Jeremiah, que observa da janela o lado de fora.


Amelie se adianta para recepcioná-los. Primeiro entra um cara barbudo e enorme – parecendo um armário – segurando uma caixa enorme, depois entra um cara loiro com um rabo de cavalo e com o que creio ser um violão em suas mãos, depois outro moreno com uma camisa xadrez e um boné de Oxford e por fim, ele surge, com uma bela camisa branca polo, um jeans claro e um sorriso enorme, segurando um violão.


Ele cumprimenta à todos e seus músicos vão até o palco para começar a arrumar os instrumentos. Ele conversa algo com Amelie e fico inquieta com isso, pois ele ainda não me olhou em nenhum instante.


- Valerie?


Dou um salto e olho para Jeremiah atrás de mim.


- Ah meu Deus, Jeremiah! Que susto! – digo, tocando meu peito e tentando controlar a respiração.


- Desculpe – diz ele, corado – eu só queria saber se não quer ir comigo ao galpão buscar as lembrancinhas para as crianças?


- Claro.


Sigo Jeremiah, sem tirar os olhos de Eric que está em uma conversa tão entusiasmada com Amelie que nem me nota. Chegamos e encontramos um grande amontoado, tudo espalhado de brinquedos. Digo a Jeremiah para organizarmos colocando em uma pilha com brinquedos para meninas e outra para meninos.


Demoramos um tempo para terminar e depois Jeremiah trouxe para o salão. Já haviam alguns pais e crianças. Eric já está no palco, ainda não está tocando nada, mas parece estar afinando seu violão.


Vejo Penny Lane, a garotinha com olhos espertos, entrar. Ela está acompanhada de uma mulher. Penny Lane me vê e cutuca a mulher, que acredito ser sua mãe, então a mulher me olha, eu sorrio em retribuição e decido ir falar com elas.


Acabo descobrindo que a mulher, na verdade, é tia de Penny Lane. Enquanto Penny Lane brinca com as outras crianças, sua tia me conta a história da mãe de Penny Lane, que por sinal, é muito triste. Conversamos e mal noto que Eric começou a tocar. Por um breve instante, deixo de ouvir a tia de Penny Lane para escutar a voz de Eric, cantando uma melodia que desconheço, com perfeição e delicadeza. Sua voz rouca é tão sexy.


- Vou ali pegar um docinho – diz a tia de Penny Lane.


- Ah, me perdoe – digo a ela.


- Tudo bem – diz ela, calmamente – creio que deva querer assistir a apresentação.


Ela se afasta antes que eu possa dizer algo.


O que a fez se afastar dessa forma? Pare de se fazer de boba Valerie Novack! Com certeza foi o fato de você estar observando-o que nem uma idiota. Vou até a mesa e pego um refrigerante e enquanto estou me servindo, percebo que música terminou. Me viro lentamente e dou de cara com Eric.


Seu rosto fica a centímetros do meu. Com cautela, deslizo para o lado, me afastando de Eric.


- Desculpe, não quis te assustar – diz ele.


- Tudo bem – digo, visivelmente corada.


- O que achou? – pergunta, abaixando cabeça r parecendo um pouco tímido, então se encosta sobre a mesa.


- Bom, não sou nenhuma especialista que nem você... – ele sorri e eu acabo sorrindo também – mas eu gostei muito.


- Obrigado.


Ficamos em silencio, tímidos, dando apenas olhares rápidos um para o outro. Procuro algo para dizer, mas nada me ocorre. Eu estava começando a ficar envergonhada quando ele finalmente diz alguma coisa:


- Advinha o que a Sra. Humphrey me ofereceu?


- Não. O que? – digo, animada.


- Uma vaga como professor de música aqui.


Meu coração dá um sobressalto.


- O quê? – quase grito.


Ele parece confuso com a minha reação.


- Digo, que legal! E você não aceitou, não é? Porque você tem o trabalho na gravadora e tudo mais...


- Não. Eu aceitei, Valerie – diz ele, suavemente.


Era a primeira vez que ouvia meu nome sair de sua boca e pareceu tão maravilhosamente natural.


- Vou trabalhar apenas no período da manhã aqui e o resto do dia passo na gravadora.


- Ah! – digo, suspirando.


Eu ainda estava digerindo aquela informação. Eric trabalhando no San Frances? Como seria aquilo? Com ele aqui seria impossível evitá-lo e evitar o que eu me recusava a começar a sentir. Passo minhas mãos por meus cabelos soltos e suspiro. Eric se aproxima e desta vez seu olhar está fixo em mim.


- Por que não gosta de mim?


- Quem disse que não gosto de você? – pergunto.


- Você. Com essas suas atitudes.


Sorrio sem graça


- E então? – insiste ele.


- O quê?– pergunto, me fazendo de desentendida.


- Você não gosta mesmo de mim?


- Meus sentimentos por você são confusos, intensos demais para que eu possa descobrir por agora – digo séria.


- Quando descobrir, você me conta? – pergunta ele.


- Você será o primeiro a saber.


Ele sorri e então o cara enorme de barba o grita para que ele volte ao palco. O observo a todo instante, não tirando meus olhos dele nem por um segundo. Assim que ele pega seu violão e se senta no banco, seus olhos me procuram e quando me acham, ele sorri. Ele sussurra algo para os outros integrantes, começa uma melodia no violão e a banda o segue. Eu conheço essa música é...


- If I fell in love with you. Would you promise to be true and help me understand?


Beatles!


Um ding-dong tocou em minha cabeça e eu sorri. Ele realmente se lembrava de que eu havia dito que minha banda favorita era The Beatles ou era apenas uma feliz coincidência?


- ‘Cause I’ve been in love before, and I found that love was more. Than just holdin’ hands!


Sinto um espasmo vindo da minha sobrancelha, é pequeno, então não dou importância e decido ficar.


- If I give my heart, to you. I must be sure, from the very start, that you. Would love me more that her.  If I trust you, oh please! Don’t run and hide. If I love you too, oh please. Don’t hurt my pride like her.


As crianças pareciam felizes, dançando ao som da melodia e então sofro um espasmo em meu pescoço.


- ‘Cause I couldn’t stand the pain. And I Would be said if our new love. Was in vain. So I hope you see. That I. Would love to love you. And that she, will cry. When she learns we are two.


Meu sorriso com certeza parecia ser o mais bobo ali, observando Eric.


- ‘Cause I couldn’t stand the pain. And I Would be said if our new love. Was in vain...


Nesta parte, Eric olha diretamente a mim e eu estremeço.


- So I hope you see. That I. Would love to love you. And that she, will cry. When she learns we are two. If I fell in love with you…


Agora vem mais um e sinto que vai me derrubar, mas antes que isso aconteça, sinto braços me segurando.


- Vamos, Jeremiah – é a voz de tia Josephine – me ajude a levá-la daqui.


Ainda bem consciente, vejo que ninguém parou para me observar. Jeremiah me carrega rapidamente para outro lugar que parece a sala dos professores. Ele me coloca no chão, então sofro outro espasmo, que enrijece meu quadril e fico imóvel.


- Ah! – grito. Eu quero chorar, mas não sinto vontade, por que tudo que eu sinto é raiva.


Raiva de ser uma filha da puta doente e não poder nem ao menos terminar de assistir à uma apresentação de um carinha que possivelmente eu esteja gostando.


- O que está acontecendo aqui? – ouço a voz de Amelie.


Volto ao normal novamente. Minha cabeça está latejando de dor.


Jeremiah está segurando minha cabeça para eu não batê-la no chão, caso tenha outro espasmo, enquanto eu seguro a gola de sua camisa.


- Onde está seu remédio, Valerie? – pergunta tia Josephine.


- Na... B-bolsa – digo ofegante.


- Querem que eu ligue para alguém? – pergunta Amelie.


- Não! – grito.


- Sim, Amelie. – diz tia Josephine – ligue para minha irmã e meu cunhado, por favor.


- Tudo bem – diz Amelie


- Tia... – imploro.


- Não, Valerie – ela coloca o Rivotril embaixo da minha língua enquanto sofro um espasmo em meu braço. Ela segura um de meus braços e acaricia meu cabelo – vai ficar tudo bem, querida.


O espasmo acaba, estou exausta e transpirando.


- Ao menos peça para que... eles... me... – outro espasmo, demora alguns segundos até que pare novamente – busquem sem... causar alvoroço. Quero... sair e-em, silêncio.


- Tudo bem, querida – diz tia Josephine - vai ficar tudo bem.


Mas nunca parece realmente ficar.




Os dias se passam e de repente já faziam duas semanas desde o aniversário de Charlie. Era uma segunda-feira. Meredith e Peter voltaram para Dublin. Estava quase tudo preparado para o casamento dos dois, só necessitavam alguns detalhes finais que Meredith e Peter veriam quando voltassem de Dublin um mês antes do casamento.


Eu estava em meu quarto naquela manhã, de frente à penteadeira, terminando minha maquiagem e pensando na melhor forma de usar meu cabelo hoje, quando ouço três batidas em minha porta e ela se abre, surgindo Charlie.


- Valerie, me empresta aquela sua blusinha vermelha de manga comprida da Holister e... – ela para e me olha atentamente – o que você...?


- Estou me arrumando, oras!


- Eu sei, mas... que estranho.


- Por quê? Não posso me arrumar?


- Pode, mas... Valerie, você está bem? – ela parecia realmente preocupada.


- Melhor impossível, Charlie – digo. Levanto-me e vou até meu closet pegar a blusa vermelha de que ela tinha falado – aqui está.


- Obrigada – ela diz, pegando a blusa, e depois me lança um olhar estranho e sai do quarto.


Eu sabia o porquê de sua estranheza, eu sabia que estava realmente exagerando com toda preparação, mas tudo isso era porque hoje seria o primeiro dia de trabalho de Eric no San Frances. Eu não queria impressioná-lo nem nada, mas de alguma forma bem estranha, senti a necessidade de estar bonita para ele.


Eu realmente estava começando a sentir algo por Eric e não sabia ao certo o quê, mas de toda forma, eu tinha que evitar. Eric parecia ser um cara legal e com certeza muito paciente, pois depois de todas as minhas esquivadas, ele sempre me recepcionava com um belo sorriso.


Ah, meu Deus! Aquele sorriso! Que belo sorriso Eric Dawson tinha. E aqueles olhos? Claro, jamais posso me esquecer daqueles olhos, afinal como esquecê-los? Era algo impossível.


Abro um sorriso bobo em meus lábios e sacudo a cabeça, me livrando desses pensamentos sem precedentes. Desço a escadas, mas volto rapidamente, lembrando que havia me esquecido de pegar minha bolsa, quando volto dou de cara com meu pai, que está ao pé da escada, me observando.


- Ora, ora! – diz ele – quem é essa bela princesa em minha casa?


- Pare de ser bobo, papai – digo e ele me entrega sua mão para me ajudar com o último degrau.


- Está muito linda, Valerie – diz ele – para que tudo isso? Ou melhor, para quem?


Coro com sua sugestão de que por trás de toda aquela produção havia alguém.


Era engraçado como eu e papai tínhamos uma ligação tão forte. Mais forte do que eu e mamãe, ou até mesmo eu e Charlie. Por mais que às vezes ele seja um pai protetor demais e eu sentir muita raiva disso, ele podia saber o que eu estava sentindo com apenas um olhar.


- Não tem ninguém, papai – digo sorrindo.


Eu queria contar para ele sobre Eric, contar o que eu estava sentindo, ou o que eu achava que estava sentindo, mas seria perda de tempo, pois tudo que eu sentia não daria em nada.


- Quer uma carona, querida? – diz ele – só estava te esperando.


- Claro – digo.


Ao chegar ao San Frances, vou direto para minha sala, sem ao menos passar pela sala dos professores, pois sabia que Amelie iria fazer a apresentação de Eric no corpo docente. Enquanto dou minha primeira aula, posso ouvir Eric ao piano e seus alunos cantando e isso faz com que eu sorria como uma boba. Já seria a segunda vez em um único dia. O que estava acontecendo comigo? Sinceramente... eu não sabia.


Eram dez e meia, então liberei as crianças para o lanche. Enquanto isso, fiquei em minha sala corrigindo algumas provas dos alunos, até que ouço algumas batidas na porta, ela já está aberta e com isso, olho e vislumbro Eric sorrindo para mim. Ele segura duas xícaras.


- Trouxe chá. Acho que é costume de vocês ingleses. – diz ele, levando as xícaras e com isso, se aproxima e se senta em uma carteira que fica de frente a minha mesa, me entregando uma das xícaras.


- Obrigada – digo sorrindo.


- Não a vi desde que cheguei – comenta e toma um gole de seu chá.


- Vim direto para minha sala, tinha muitos trabalhos a corrigir.


- Ah, sim.


Ficamos em silêncio por um tempo.


- E então, o que está achando daqui?


- Maravilhoso – ele diz, animado – as crianças são muito dedicadas e a antiga professora fez um ótimo trabalho com elas.


Sorrio.


- Isso é ótimo.


- Realmente – concorda ele e mais uma vez ficamos em silêncio, até que então dessa vez ele fala – e então, ansiosa para o casamento de Peter e Meredith?


- Sim – digo – estou muito feliz por eles.


Eric sorriu e no mesmo instante meus alunos entraram na sala, então rapidamente Eric rapidamente se levantou.


- Bom... vou indo, Valerie – diz ele – foi um prazer tomar chá com você.


- O prazer foi todo meu, Eric.


Então ele se afasta e sai da sala.


No resto da semana, Eric fez a mesma coisa. Vinha todo intervalo dos alunos, me trazia uma xícara de chá e então conversávamos pelos poucos minutos que tínhamos até meus alunos retornarem a sala. E foi assim que nossos encontros se estenderam por semanas, no começo eu evitava incentivar novos assuntos com ele e me sentia um tanto desconcertada, mas depois eu não conseguia evitar querer saber mais sobre ele e aos poucos, comecei a me sentir confortável ao seu lado.


Pouco a pouco, nossas conversas começaram a se estender além do intervalo das crianças. Às vezes, Eric me ligava em algum momento do dia para me contar alguma novidade sobre seu trabalho na gravadora, ou então aparecia subitamente no final do meu expediente apenas para me levar para casa, dizendo que queria apenas conversar. E eu não conseguia negar-lhe isso.


- Você é minha única amiga aqui em Londres, sabe. – comenta ele, enquanto comemos croissant e tomamos uma xícara de chocolate em minha sala no intervalo.


- Então você é uma pessoa muito solitária – comento em tom de brincadeira.


- Vocês britânicos que não são nem um pouco hospitaleiros – retruca.


- E vocês americanos muito carentes! – então Eric faz um biquinho como se fosse um bebê prestes a chorar e dou uma gargalhada.


- Te contei que finalmente vou produzir uma banda?


- Não! – digo surpresa – sério?


- Sério. É uma banda de hard rock, chamada “Os apocalípticos”.


- Os... Apocalípticos? – pergunto, fazendo uma careta quando digo o nome da banda e ele afirma com a cabeça – o nome é um tanto...


- Ridículo, eu sei – ele diz, dando os ombros – mas os caras mandam muito bem e eu tenho fé que até o final da gravação do disco deles, eu os convença a mudar o nome para algo melhor.


- Você é muito esperançoso, Eric Dawson – digo.


- E você é muito cética, Valerie Novack – diz e pega minha mão enquanto sorri. Fico tão anestesiada por seu toque que sorrio de volta – você deveria ir comigo ver a gravação da Demo dos rapazes, irá adorar. Eles farão um cover de Revolution para o álbum.


- Você ainda se lembra?


- Como vou me esquecer? Foi uma das primeiras coisas que me contou sobre você, na verdade, uma das poucas. Você não conta tudo sobre você, não é? – engulo seco e Eric aperta mais sua mão sobre a minha.


Claro que não conto tudo sobre mim Eric. Você sairia correndo se descobrisse.


- Uma mulher sempre tem que guardar alguns segredos – brinco.


- Senhor Dawson e a Senhorita Novack são namorados! Senhor Dawson e a Senhorita Novack são namorados! – olho e vejo meus alunos entrando na sala. Quem grita isso é Desmond Phillips, um de meus alunos mais arteiros.


- Dois namoradinhos, só faltam dar beijinho! Na porta da igreja, comendo salgadinhos! – Richard Smith continua com a brincadeira do colega.


Estou vermelha de vergonha e olho para cara de Eric que ri, achando graça da brincadeira dos garotos.


- Podem parar com isso! – grito irritada – Desmond e Richard vocês estão de castigo, escreverão cem vezes em seus cadernos “Eu não devo fazer brincadeiras estúpidas” – Eric me lança um olhar assustado e paro para pensar o que eu estou fazendo, mas eu realmente não sei o que estou fazendo.


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Notas finais do capítulo

Nota/Beta: '-' Se o Eric trabalhasse no mesmo lugar que eu, eu não ia gastar meu intervalo tomando chá, pode ter certeza... alguém concorda? O chá que ela precisa é um de semancol, isso sim. E geeeeeeente, ele canta maravilhosamente bem! *--* Mãe, me dá um Eric de natal? ;/

Caso queiram ouvir a música que Eric cantou aqui está: http://www.youtube.com/watch?v=riScPw2y6go