Diante do esfacelamento de sua equipe, o shinobi hiperativo da folha cresce entre tristezas e determinação.

Ainda era cedo da manhã quando ele acordou.

Aquilo era realmente estranho. Odiava acordar cedo. Em dias de folga levantava somente para comer uma boa tigela de lámen. Cinco tigelas, na verdade. Naruto gostava de dizer para si mesmo que ainda estava em fase de crescimento.

Besteira, na realidade.

Ele já tinha seus 17 anos e uma altura invejável para grande parte de seus amigos.

Olhou para as paredes do quarto de hospital, visivelmente irritado. Seu corpo já estava bem, ele tinha plena consciência de que poderia sair dali a qualquer momento. Afinal de contas só o que tinha eram queimaduras de terceiro grau nos dois braços e cortes suturados no supercílio e na barriga... Nada que não pudesse ser tratado por sua regeneração rápida própria de um depósito para monstros.

Não conseguia controlar sua irritação crescente. Odiava hospitais. Sua mãe costumava dizer que era preferível fingir estar terrivelmente mal durante a missão para poder ser tratado pelo Iryou nin da equipe do que ficar dias em um quarto entediante daqueles.

Ele herdara a impaciência de Uzumaki Kushina. Na realidade, possuía muitas manias características de sua mãe. O pavio curto, o tique verbal “dattebayo”, a persistência, a língua solta... E a beleza extraordinária, é claro, não poderia esquecer esse detalhe.

Sua mãe...

Pensar nela doía.

Mas não havia tempo para deixar seus pensamentos viajarem pelas lembranças de sua mãe. Não naquele momento, quando, por meio da janela, Naruto viu uma cena peculiar na rua da frente, que chamou sua atenção.

Lá estava ela.

Ela. Cercada por um bando de homens grandões de olhos e cabelos negros, cujas blusas ostentavam o temido símbolo do clã Uchiha. Naruto bufou. Como se aqueles músculos pudessem ser mais poderosos que a força da kunoichi que estava no centro... Bando de idiotas. Era isso o que o loiro pensava.

O que eles queriam com sua melhor amiga?

Sakura estava usando roupas largas e negras, diferente de seu uniforme habitual. Ela, com sua magreza evidente, parecia uma frágil boneca de porcelana cercada por uma tropa de brutamontes. Mas Naruto não temia por ela. O Uzumaki, mais do que ninguém, sabia a força que aqueles punhos de porcelana poderiam conter com uma simples concentração de chackra.

Ela era insana.

Mas algo o incomodou segundos depois.

Havia dois homens, que andavam logo atrás da Haruno, cujos rostos poderiam ser facilmente reconhecidos. O mais alto era Uchiha Fugaku, com seus negros e severos olhos de águia. O outro era ninguém menos do que o principal rival de Naruto. Aquele que por muito tempo o loiro considerara um irmão.

Uchiha Sasuke.

Naruto trincou os dentes. O que ele estava querendo com a Sakura depois de tantos anos enfurnado naquele maldito clã sem dar notícias ou explicações plausíveis?

Era óbvio demais que o loiro não aguentaria ficar sentado naquela cama de hospital sem fazer nada. Naqueles tempos difíceis, os médicos e enfermeiros estavam todos ocupados, andando para lá e para cá sem poder vigiar direito seus pacientes. Qual era o louco que iria querer fugir do hospital numa época daquelas, afinal de contas?

Naruto... Só podia ser.

Tirou rapidamente a agulha do soro e outros equipamentos conectados a ele. Tudo aquilo era inútil quando se tinha um monstrinho particular selado dentro de si. Olhou para a enorme manta branca que estava vestindo e, com um ar de desaprovação, começou a procurar suas roupas.

Encontrou tudo em uma mochila feminina de cor verde, guardada embaixo da cadeira em um canto do quarto. Dentro dela havia roupas, tickets para lámen de graça, seu hitaiate, uma carteira com dinheiro e um bilhete:

Se estiver lendo isso, é porque eu acertei quando pensei que você não iria aguentar ficar muito tempo no hospital e o Ichiro-kun não encontrou as cordas apropriadas para te amarrar aí até eu ter tempo de acompanhar pessoalmente sua recuperação.

Consegui alguns tickets vale-lámen com o Ichikaru-kun da última vez que tratei os ferimentos do neto dele, pode ficar com eles, você deve estar morrendo de fome e a comida do hospital é saudável, ou seja, você detesta. Esse dinheiro foi a única coisa que eu consegui salvar da sua antiga bolsa de armamentos que foi completamente queimada. Vai servir até você receber o dinheiro daquela missão que fizemos juntos para resgatar aquele velho pervertido. Por favor, não se meta em encrenca com nenhum Uchiha ou Hyuuga enquanto eu não estiver por perto.

Precisamos conversar o quanto antes.

Até mais.

O bilhete não estava assinado. Não havia necessidade alguma para isso. Qualquer pessoa poderia reconhecer aquela caligrafia caprichosa e delicada da Sakura. Aquilo havia sido deixado ali quando ele chegou no hospital, provavelmente. Antes de acordar do desmaio. Antes de gritar todas aquelas coisas horríveis para ela.

Naruto sentiu uma pontada de remorso. Ele sempre fora um garoto explosivo. Sempre disse o que pensava na cara das pessoas. Era sincero e odiava mentiras. Porém até mesmo com seu baixo nível de sensatez, o loiro sabia que não deveria ter falado tudo aquilo para a amiga. Ele dificilmente deixava-se dominar pela raiva daquela forma, porém naquele momento a dor que sentia pela perda de Kushina era bem maior do que o que ele poderia suportar. Sua mente queria achar um culpado para aquilo. As palavras saíram como uma válvula de escape para sua dor. Como se ferir alguém fosse ajudar em algo.

Que baka ele era.

Tinha certeza que se começasse a falar um monte de injustiças daquela forma para Sakura em qualquer outra circunstância, teria levado um soco que faria seus dentes amolecerem. Mas naquele momento, ela baixou a cabeça diante dele.

Ela fora tolerante, como nunca havia sido antes.

Assim que terminou de trocar suas roupas, Naruto pegou a mochila e pulou furtivamente a janela do hospital. Embora fosse hiperativo e escandaloso, ele ainda era um ninja, por isso sabia muito bem como sair dali sem fazer barulho algum.

Correu pela rua na qual Sakura e os Uchihas estiveram minutos atrás até encontra-los perto da base central de Konoha. Tentou andar calmamente enquanto se aproximava deles. Não queria deixa-los em estado de alerta.

Sasuke e Sakura ainda não haviam olhado para ele, mas o loiro mirava-os fixamente. Aquela seria a primeira vez, em muito tempo, que os três estariam juntos cara a cara novamente.

Naruto lembrou-se da última vez que estiveram, de fato, juntos como uma equipe.

**************************** Flashback******************************

O sol de Konoha estava a pino. Eram exatas 10 horas da manhã, mas o dia estava extremamente quente. Era o auge do verão. Naruto sentia o suor impregnando todo seu corpo, fazendo seus cabelos grudarem na testa.

Isso não seria problema se ele estivesse andando sozinho, em vez de estar apoiado em Sakura que o olhava com irritação, como se estivesse decidindo entre leva-lo de vez até a sala do Sandaime Hokage ou chutá-lo ali mesmo, deixando-o jazer na terra quente. Ela não parava de jogar-lhe ameaças, falando o quanto era ruim ter que carrega-lo, mas que faria isso para que o “Sasuke-kun” não precisasse se cansar.

A única parte idiota era a do “Sasuke-kun”.

Ele não entendia como uma garota daquela poderia ter tanta admiração pelo idiota do Sasuke. Mas tudo para ela era assim: “ Sasuke-kun isso”, “Sasuke-kun aquilo”, “ o Sasuke-kun é tão forte”, “ o Sasuke-kun é lindo”, “ Arigatô Sasuke-kun por me salvar”. Não importava qual idiotice o Uchiha fizesse, ela sempre aplaudia de pé. Se Naruto agisse como um baka então... Era uma surra, na certa.

Mesmo assim o loiro não conseguia parar de pensar nela.

Ela era linda até mesmo quando fazia aquela expressão raivosa e o ameaçava. Os longos cabelos rosados que iam até a cintura balançavam suavemente com o vento e, embora tivesse acabado de chegar de uma missão trabalhosa, ainda era possível sentir o cheiro floral que eles emanavam.

Sasuke e Kakashi caminhavam mais à frente. O capitão andava de forma tranquila enquanto lia seu livro para adultos. Naruto sempre havia tido interesse em descobrir o conteúdo daquele exemplar, mas Kakashi jamais permitiria tal coisa a um garoto de 13 anos, cuja mente pervertida havia impressionado até mesmo o velho Hokage.

O Uchiha, que caminhava em seu silêncio habitual, parou seu trajeto para olhar com desdém para Naruto e Sakura, que discutiam abertamente.

– Será que dá para vocês dois calarem a boca?

A Haruno silenciou-se prontamente, enquanto o Uzumaki lançou um olhar fulminante para o companheiro de equipe. Naruto odiava o olhar arrogante de Sasuke. A forma como ele se achava superior aos dois. O loiro queria que o Uchiha o reconhecesse como um rival à altura. O clã Uchiha podia até ter um dos doujutsus mais poderosos de todos os tempos, mas ele não era a Sakura para ficar baixando a cabeça para aquele Teme* metido.

– Pare de querer mandar na gente, Sasuke, eu falo quando eu quiser!

Sasuke revirou os olhos.

Arrogante!

– Deveria falar menos e trabalhar melhor, fracassado.

Naruto enfureceu-se com a resposta do Uchiha.

– Vou fazer você engolir essas palavras quando eu me tornar o Hokage.

O moreno olhou para ele com um ar de incredulidade e ironia, mas continuou a caminhar sem dizer mais nada.

Naruto, Sasuke e Sakura haviam conseguido aumentar o nível de amizade e companheirismo no decorrer das missões. Embora ainda fossem gernins, já haviam passado por muita coisa juntos e cresceram bastante desde a formatura na academia. Naruto, em especial, havia aprendido jutsus poderosos, como o rasengan e a invocação do sapo gigante. Sasuke dominara o chidori e o seu sharingan estava cada vez mais poderoso. Sakura mostrara-se dona de um controle de chackra surpreendente. Ela conseguia aumentar sua velocidade e aperfeiçoar seus ataques ao enviar chackra para os lugares certos, além disso, era a melhor em genjutsu dentre os três. Juntos aprenderam a trabalhar em equipe e sua sincronia perdia apenas para o time 10, que possuía a lendária formação Ino-Shika-Chou.

Porém no último mês eles haviam apresentado muitas falhas durante as missões. Sasuke, em especial, estava mais distante, mais frio e rude. As brigas entre ele e Naruto haviam aumentado e os dois tinham até mesmo chegado a machucar a Haruno durante um descontrole de forças, quando ela tentara apartar os dois.

Naruto sabia que Sasuke estava sendo cada vez mais pressionado pelo seu clã. Embora o Uzumaki buscasse o reconhecimento do Uchiha. Sasuke reconhecia somente a Itachi como seu rival.

Após receberem o pagamento da missão, Kakashi levou os três para almoçarem em um restaurante. Por coincidência, o time 10 também estava lá, comemorando a ascensão de Shikamaru ao nível chuunin.

A refeição foi agitada, com risadas, mas também discussões entre Sakura e Ino. As duas eram rivais desde que Sakura declarou que havia se apaixonado por Sasuke. Porém depois do primeiro exame chuunin a rivalidade das duas assumiu outro patamar, o amor do Uchiha não era mais o principal objeto da disputa. A Haruno queria superar a loira que, por ser do clã Yamanaka, dominava ninjutsus secretos de alto nível, como o Shintenshin.

Naruto entendia bem o sentimento de rivalidade de Sakura com relação à Ino. De certa forma ele gostava de observar a forma como a parceira olhava para a Yamanaka. Quando isso acontecia, os orbes verdes da rosada pareciam iluminar-se de determinação, da mesma forma que ele quando olhava Sasuke.

Quando Sakura mostrava seu imenso desejo de superar a amiga que a protegera na infância, Naruto percebia porque gostava tanto dela. Dentro de si, a Haruno possuía uma determinação de fogo ardente, porém difícil de ser percebida. O Uzumaki sentia que, apesar da obsessão que ela tinha pelo Uchiha, havia algo muito além de futilidade em sua amiga. Havia um espírito de luta surpreendente.

Após o almoço, o time foi para o campo de treinamento combinar o horário do próximo encontro.

– Tudo bem. – Falou Kakashi serenamente. – Amanhã todos aqui às sete horas.

Sakura e Naruto assentiram de imediato, mas o loiro notou que Sasuke estava em silêncio, com um olhar sombrio. O moreno olhava para Kakashi com uma expressão significativa em sua face, como se tivesse decidido algo sobre o qual o sensei estivesse por dentro. Os cabelos negros faziam sombra nos olhos do Uchiha, sua boca não esboçava sorriso algum, apenas uma forma séria e decidida. Quando ele olhou novamente para os parceiros, havia algo ausente em seu olhar.

O brilho que os orbes ônix possuíam anteriormente não mais existia.

Embora ele fosse um Uchiha e seu jeito frio fosse uma característica inerente a ele, faltava em Sasuke o antigo calor de companheirismo que emanara dele durante todo o tempo em que cumpriram missões juntos. Essa ausência foi confirmada por suas palavras:

– Já tenho minha decisão Kakashi. – Ele falou com sua voz autêntica e séria, enquanto evitava os olhares confusos dos dois amigos. – Essa foi a minha última missão no time sete. A partir de agora dedicarei meus treinamentos e missões no meu clã.

Naruto olhou para o amigo, perplexo.

– O quê? – O loiro perguntou com um tom de voz alterado. – Que idiotice é essa que você está dizendo, Sasuke?

O Uchiha fechou os olhos em um suspiro.

– Foi o que você ouviu, dobe. Não faço mais parte dessa equipe.

Naruto não queria acreditar no que estava ouvindo. Por mais que o Uchiha tivesse ficado mais distante nos últimos meses, o loiro jamais imaginaria que ele estivesse pensando em deixar o time sete. Sentiu-se inconformado, sua mente jamais aceitaria uma coisa daquelas. Sasuke era seu amigo, praticamente seu irmão, não era próprio dele desistir de uma equipe assim, sem mais nem menos.

O loiro tinha um monte de perguntas entaladas na garganta, queria soltar todas elas, mas Sakura foi mais rápida.

– P-por que está fazendo isso Sasuke-kun? – A voz dela saiu temerosa, como se tentasse não chorar.

Sasuke continuou impassível.

– Não importa. – Disse ele entre dentes. – Já estou indo para casa. – Ele fez um leve aceno de despedida para Kakashi, que saiu naquele momento, mas quando deu o primeiro passo, Sakura o segurou pelo braço.

Naruto observava aquela cena, tentando conter todas as palavras que queria gritar. Naquele momento ele sabia que era melhor dar a chance de Sakura se manifestar. Ela também fazia parte do time, afinal de contas, e era a única que possuía certa obsessão pelo moreno.

– Você não pode abandonar o nosso time. – A rosada tinha um brilho de desespero em seus olhos. – Precisamos de você. Eu preciso de você. – A expressão dela ainda era confusa, como se ela tentasse encontrar palavras para convencê-lo. – Depois de tudo o que vivemos, porque quer nos deixar?

Sasuke lançou-lhe um olhar duro, mas suas palavras saíram ainda mais rudes.

– Não me convém ficar brincando de ninja como vocês. Eu tenho um objetivo maior.

Sakura possuía uma expressão de incredulidade. Cerrou seu punho que ainda estava livre. Se Naruto não a conhecesse, poderia jurar que ela estava a ponto de machucar a cara do Uchiha.

– Nós não estamos brincando de ninjas! – A rosada gritou, esganiçada.

Sasuke revirou os olhos e se desvencilhou do aperto da rosada. Ele realmente não parecia o companheiro de equipe que estivera no time sete durante tanto tempo.

– Claro que estão. Olha só para vocês. O Naruto não consegue sequer ser discreto como um ninja, está sempre gritando e fazendo festejos inúteis. E se você durante o treinamento tivesse a metade da dedicação que tem com seus cabelos e dietas estúpidas, talvez se tornasse uma ninja de verdade. Você é mais fraca do que o Naruto, sempre temos que te salvar dos oponentes mais fracos possíveis. Não tem como eu atingir meu objetivo com uma equipe que só me atrasa.

Aquele havia sido o mais longo discurso que Naruto ouvira Sasuke proferir. O pior é que cada palavra os atingia como lâminas. Sakura já se desmanchara em prantos. Cada lágrima que caía no rosto dela fazia a fúria de Naruto aumentar.

– É isso que somos para você, Sasuke? – Naruto gritou, sua mente parecia ferver de raiva. – Um estorvo? Um atraso?

O Uchiha permaneceu calado, o que inquietou mais ainda o loiro hiperativo.

– Você só pode estar fora de si! O Sasuke que eu conheço nunca diria uma coisa dessas!

Sasuke cerrou os punhos.

– Não sei de que Sasuke você está falando, dobe. Porque eu falei exatamente o que penso. Na verdade, não sei o que te leva a pensar que eu aceitaria ficar nessa equipe por mais tempo.

– Nossa amizade! – A raiva de Naruto crescia cada vez mais em seu peito, consumindo-o quase por completo. – Nossos laços de companheirismo de que o Kakashi sensei sempre falou! – Em pouco tempo lágrimas de raiva começaram a escorrer no rosto do loiro. – Você é o meu irmão! E pare de se achar o mais poderoso da equipe, porque eu sou tão forte quanto você!

O olhar do Uchiha voltou a esconder-se na sombra de seus cabelos. Qualquer um podia sentir o clima tenso que pairava ali. A cena era inesquecível. Os campos verdes balançavam lentamente de acordo com o sopro suave da brisa quente. Não havia pessoas passando por ali, uma vez que era um campo reservado para shinobis. Sasuke e Naruto encontravam-se frente a frente, com uma pouca distância que os separava. Sakura olhava os dois, um pouco mais distante, ainda em prantos, sem saber o que fazer.

– Laços... – A voz fria do Uchiha era cortante. – Isso é coisa de gente tola, Naruto. Amizade só serve para os fracos. Olhe para você. Chorando como um gatinho assustado.

E, dizendo isso, o moreno deu as costas e foi para casa, deixando os dois parceiros entre lágrimas e fúria.

Depois daquilo, o time sete nunca mais foi o mesmo. Sasuke continuou na vila, treinando com seu clã e realizando missões de forma solitária. Mesmo estando em Konoha, dificilmente os três se encontravam e quando essas raras ocasiões ocorriam, evitavam olhares ou conversas. Naruto, apesar dos protestos de Kushina, atendeu o convite de Jiraya, que o chamou para passar alguns anos de treinamento fora de Konoha. Ele havia hesitado antes, pois não queria deixar Sakura sozinha. Mas a rosada estava diferente. Com a ascensão da nova Hokage, Tsunade Senju, a Haruno decidiu tornar-se sua aluna.

– Vá Naruto. – Ela falara, com uma voz mais doce do que a habitual.- Jiraya é um pervertido sem noção, mas ele tem muitas coisas a te ensinar. Não se preocupe comigo. Não serei mais um estorvo para vocês, prometo.

Depois de dois anos e meio, Naruto voltara à vila. Ele, Sakura e Kakashi voltaram a ser uma equipe. Agora tinham um novo integrante, Sai, um ex ANBU esquisitão que estava reaprendendo a possuir emoções. Naruto percebeu o quanto Sakura também havia crescido. Ela estava mais forte e neurótica do que nunca.

Ele também.

....................................... Fim do flashback........................................................

Naruto finalmente conseguiu se aproximar do grupo que cercava Sakura. O primeiro a vê-lo foi Sasuke, que parou no exato momento em que seus olhos se encontraram. O loiro andou até ele, com uma convicção que nem o próprio Uzumaki sabia de onde vinha.

– O que vocês querem com a Sakura-chan?