Quando eu estava prestes a beijar Damon Salvatore, minha bunda foi esmagada soltei um grunhido de dor e abri os olhos. James estava pulando com os joelhos em cima de mim com cara de idiota, ele estava sorrindo e batendo palmas para fazer barulho.

Finalmente abri meus olhos completamente e minha raiva ficou maior vendo a cara de idiota de James olhando para mim. Chutei sua cara e ele cai no chão enquanto me levantei finalmente, sorrindo.

— Também te amo. – ele murmurou contra o chão.

Passei por cima dele e fui em direção ao banheiro, escovei meus dentes e dei um jeito no ninho de passarinhos que estava na minha cabeça ruiva. Resolvi deixar para depois tomar banho, estava frio e nevando e minha legging com estampa de bandeira dos EUA, minhas pantufas-bota e minha camiseta comprida escrito 'Ruivas são o poder' eram confortáveis e até me deixavam fofa.

Desci as escadas bocejando, mamãe estava sentada no sofá com uma taça de vinho, com as pernas cruzadas e assistindo algum programa qualquer na tevê, enquanto as gêmeas estavam sentadas no chão brincando com seus brinquedos novos.

— Olá, Lily! – mamãe sorriu com bigode de vinho, que parecia suco de uva – Dormiu bem?

— Mãe, por que eu não lembro da festa de natal? – perguntei confusa.

— Bem, nós fomos passar o natal na sua "avó" – ela fez aspas com os dedos sem que Charlus percebesse -, só que aquela véia desmiolada colocou vodka na coca-cola, e você bebeu mais de quatro litros sozinha. Você passou o dia 26 inteiro desmaiada, então dia 27 acordou parecendo drogada, mandou eu tomar no copo e só não arrebentei seus dentes porque você voltou a dormir.

— Hoje é dia 28? – perguntei grogue. – E MEUS PRESENTES? – perguntei exasperada.

— Estão embaixo da árvore. – mamãe disse, apontando com o dedo indicador até a árvore, perto de onde as gêmeas estavam

— A pessoa bebe coca que na verdade é vodka e fica em coma dois dias, que legal. – resmunguei irônica.

Me sentei no carpete junto com as gêmeas e peguei os presentes que diziam 'Lily'. Charlus me deu uma legging com estampa da bandeira dos Estados Unidos (só que diferente da minha), outra com estampa galaxy, um short com estampa da bandeira dos EUA, uma legging com listras, uma jaqueta jeans curta rasgada e um tênis com spikes. Não sabia de onde Charlus havia tirado as ideias, mas eu gostei.
Meu pai me deu um moletom rosa com olhos de gatos, um moletom cinza escrito Coca-Cola, uma camiseta vermelha escrito Bazinga (The Big Bang theory era uma das minhas séries preferidas) e um moletom rosa com orelha de ursinho e rosto de urso assassino.

James me deu um moletom branco escrito'I love my boyfriend' e deu para si mesmo um que dizia 'I love my girlfriend'. Ele esperava que usássemos aquilo juntos, mas não iria acontecer. Ele também me deu algumas capinhas fofas para iPhone, acontece que eu não tinha um iPhone.

Morgana havia me dado um saco de pirulitos e uma balinha de banana.

Mamãe, que me conhecia melhor que todos, havia me dado cinco pacotes gigantes de Doritos, e três fardos de Coca-Cola em latinha e dois fardos de Coca-Cola três litros.

— Estou tão emocionada. – falei, limpando lágrimas imaginárias.

Levei meus presentes para o meu quarto e deixei os Doritos e as Coca-Colas em baixo da cama. Depois de cheirar por um tempo um dos pacotes de Doritos, desci para o café da manhã que, obviamente, eram doces que mamãe havia obrigado Margareth a fazer dia 24. Torta de bolacha, pudim de leite, ambrósia, salada de frutas e sorvete.

Servi um pedaço enorme de torta de bolacha em um prato, junto com um pedaço, igualmente enorme, de pudim em outro, ambrósia em um canto e um pote separado com várias bolas de sorvete e, para completar, um copo cheio de Coca-Cola. Não gostava de salada de frutas.
Era o dia mais feliz da minha vida.

Após o ?café da manhã?, descobri que Charlus havia dado um Xbox para James e um PS4. Por que James ganhava um videogame de dois mil dólares e mais um Xbox, que eu não sabia o preço, e eu ganhava roupas? Isso era totalmente injusto, mas decidi que ficaria calada pois eu jogaria mais que ele.

Minha tarde se resumiu em jogar GTA 5 com o James, tirar Petúnia de perto dele, trocar as fraldas das gêmeas, tocar na casa de um vizinho só por zoação, comer mais doces e beber mais Coca-Cola.
Resolvi que seria bom dar uma olhada nos meus Doritos. Subi as escadas com as pantufas-bota fazendo um som engraçado contra o piso de mármore dos degraus. A porta do meu quarto estava entreaberta. No instante em que eu iria entrar, Petúnia saiu de lá.

Ficamos paradas nos encarando.

— O que você estava fazendo lá? – perguntei desconfiada.

— Usando o banheiro, dã. – ela disse como se fosse óbvio.

Resolvi deixar essa passar, já que era Natal. Ela seguiu seu caminho para o andar de baixo e eu entrei no quarto. Ele estava com um cheiro diferente, era mais fedorento que as meias podres de James atiradas em baixo da sua cama. Pelo visto, Petúnia havia feito algo além do número um. Tapei o nariz com a mão e abri minha gaveta de coisas sem sentido, ou seja: cadernos rabiscados, canetas, lápis, borrachas, papéis sobre qualquer coisa, algumas balas perdidas (?) e um spray desinfetante com cheiro de lavanda.

Peguei o desinfetante e joguei pelo quarto e pelo banheiro. O engraçado era que o banheiro não estava fedendo. Guardei o desinfetante e agacheii no chão. E lá estava, em baixo da cama, meus preciosos Doritos. Puxei dois para um abraço e novamente o cheiro horrível invadiu minhas narinas.

Notei que ambos os pacotes estavam abertos. Puxei a borda e percebi os cagalhões em cada pacote. Olhei horrorizada os outros pacotes, igualmente abertos e com cocô dentro.

Desci as escadas correndo, prestes a chorar, e encontrei Petúnia sentada ao lado do James, roçando seu braço no dele, mas não me importei.

— Você fez cocô nos meus Doritos? – perguntei, quase explodindo de raiva.

Ela me olhou com cara de bunda e deu de ombros.

— Eu disse que estava indo usar o banheiro.

— MAS AQUILO NÃO ERA UM BANHEIRO! – gritei.

— Eu sei, dã. Eu não encontrei o banheiro e resolvi fazer naqueles pacotes vermelhos estranhos mesmo. – ela revirou os olhos.

— O banheiro estava bem do seu lado. – grunhi.

Peguei o novo abajur caro que mamãe havia ganhado de Natal e estava prestes a jogar na cara de égua de Petúnia, quando mamãe me segurou.

— Fique calma, Lily. – ela disse.

— CALMA? CALMA! EU ESTOU MUITO CALMA MAMÃE! – gritei e cerrei os dentes.

— VOCÊ NÃO VAI ESTRAGAR MEU ABAJUR NOVO! – mamãe gritou enfurecida. Ela tirou o abajur das minhas mãos e colocou no lugar.

Resolvi esganar Petúnia com minhas próprias mãos. Ela esperneava e soltava grunhidos de cavalo de vez em quando. Antes que eu pudesse terminar o "serviço", fui puxada para longe dela. Alguém estava me segurando pela cintura. Me debati e acertei o saco do individuo. Era Charlus. Ele ficou agachado no chão.

— Você está bem? – perguntei, me sentindo um pouco mal.

— Aham. – ele murmurou, caindo duro no chão.

Deixei ele pra lá e pulei em cima de Petúnia. James levantou do sofá e puxou seu videogame para si e subiu em cima do outro sofá. Mamãe estava com as gêmeas no colo, que berravam. Bom, pelo menos Kath berrava, enquanto Lilith ria. Morgana não estava em casa e nem papai.
Eu rolava pelo sofá com Petúnia, arrancando tufos do seu cabelo sem graça e deixando roxos pelo seu rosto. Ela acertou um chute no meu estômago e eu caí do sofá.

Ela levantou, me puxou para cima pela gola da camiseta e me deu um soco. Olhei surpresa para ela.

Ela retirou o seu casaco rosa choque, mostrando uma camiseta rosa claro escrita 'Morte às ruivas'. Não entendi o motivo de ela ter essa camiseta, a inveja era tão grande assim?

Puxei meu sabre de luz cor-de-rosa, que na verdade era do Voldy, e entrei em posição de combate. Chamei ela com a mão, enquanto James continuava em cima do sofá com seu videogame apertado contra ele de olhos arregalados. Ela correu em minha direção, soltando um grito de guerra estúpido, comparado ao meu:

— PEIDO!!!!! – gritei, batendo com meu sabre de luz em seu rosto.

Ela caiu para trás fazendo um barulho estranho como se estivéssemos em um filme de luta. Ela chutou minhas pernas e eu cai no chão grunhindo. Consegui levantar primeiro que ela e cerrei os punhos.
Ela saltou em cima de mim e começou a socar meu rosto.

Fiquei mais irritada do que nunca. Chutei seu estomago, fiquei em pé, fiz ela ficar em pé pelos cabelos e dei um chute em sua cara. Ela bateu contra a TV, derrubando a mesma e caindo para trás junto com a ela. Petúnia ficou em pé com os olhos arregalados e mamãe estava gritando.

Larguei meu sabre de luz e dei uma voadora de dois pés nela. Eu cai em cima de suas pernas. Fiquei em pé e limpei o sangue que estava escorrendo da minha boca. Puxei-a puxei pelos cabelos e levei ela para o andar de cima. Abri a porta do meu quarto e coloquei ela de frente para a janela, chutei sua bunda e ela caiu lá em baixo em uns arbustos.

Limpei o suor da testa e desci as escadas. James largou o videogame no sofá e correu para a televisão, chorando. Mamãe largou as gêmeas no chão e me deu um tapa no meio da cara.

— Ai, mãe! – exclamei – Foi mal, eu não queria quebrar a TV.

— Eu deveria quebrar sua cara, mocinha. – ela disse colocando as mãos na cintura. – Mas, por sorte, você tem um iPhone de surpresa e pode vendê-lo para comprar uma nova TV.

Pisquei um olho de cada vez.

— O-o-o quê?

— Isso mesmo! – ela exclamou. – Agora, porque não quero mais brigas, toma dinheiro e vai comprar novos Doritos.

Ainda atordoada, peguei a nota de cem e fiquei encarando ela. Eu tinha um iPhone de surpresa? E eu teria que vendê-lo? Mas que diabos?

X---X

Estava escurecendo quando fiz um coque frouxo e coloquei minha jaqueta por cima da minha camiseta. James estava sentado no sofá, olhando para a TV quebrada. Puxei ele pela gola da camisa e o arrastei até a porta.

— O que foi? – ele perguntou, confuso.

— Vamos ao mercado comprar meus Doritos. – falei.

Ele revirou os olhos e pegou a chave do carro e sua jaqueta.

— TCHAU MÃE, VOLTO UM DIA! – gritei.

— SÓ NÃO VOLTA GRÁVIDA! – ela gritou de volta.

Sentei no banco do passageiro e liguei o rádio. Estava tocado Glade You Came. Abri o porta luvas e peguei um pacote de doces Fini, coloquei os pés para fora da janela e deitei no colo de James comendo os doces Fini e escutando a música.

X---X

James estacionou em frente ao hipermercado London Hipermarket, que era o melhor mercado da cidade. Ele ficava perto da Tower Bridge, a ponte que cortava o rio Tâmisa, que hoje estava congelado e cheio de neve em cima do gelo.

Desci do carro, tropecei na neve escrota no chão e cai de cara. Ao invés de me ajudar, o idiota ficou rindo. Ele pareceu tentar segurar por alguns segundos mas então explodiu em risadas. Finalmente ele me ajudou a levantar.

Dei um tapa na cara dele e mostrei o dedo do meio.

Comecei a caminhar pela neve segurando no braço de James até chegar no mercado. Peguei o maior carrinho que tinha e corri com ele para a seção de salgadinhos e bolachas. Botei no carrinho seis pacotes de Doritos gigantes, dez pequenos e cinco médios.

— Lily, pega algumas pizzas para mim? – James pediu.

— Por que eu faria isso? – perguntei.

— Porque você vai comer também e eu vou pegar Bubble Soda.

— Eca. – falei fazendo careta.

— E Coca também.

— Eba!

Revirei os olhos e me dirigi até a seção de congelados. Coloquei algumas caixas de pizza de calabresa, de quatro queijos e de frango com catupiry.

Quando terminei, fui até a seção de bebidas. Chegando lá, vi uma ruiva cor de cenoura em cima do MEU James, que naquela hora estava no chão, no meio de um monte de Coca e Bubble Soda estourados.

— LOGAN LERMAAAAAAAAAAAAAAAAAN! – a ruiva doida gritou.

— AI, SOCORRO, RUIVA LOUCA! SOCORRO! – James gritou.

— ME DÁ UM AUTÓGRAFO!

Deixei o carrinho de lado e dei um pontapé na cintura daquela vadia. ela voou contra uma prateleira de Sprite e caiu. Ajudei James a se levantar, ainda ranzinza.

— POTTER! ? gritei ? QUEM ERA ESSA VADIA?

— Eu não sei! – James disse. – Ela que pulou em cima de mim. Vocês ruivas são malucas, loucas.

A ruiva-vadia levantou segurando uma placa estranha que eu não quis olhar e foi batendo o pé em minha direção. Ela era muito parecida comigo, cabelos ruivos só que os dela eram alaranjados e o meu avermelhados, pele mais branca que leite e olhos verdes.

— QUEM É VOCÊ, VADIA? – eu peguei um pacote de Doritos e atirei na cara dela.

— EU QUE PERGUNTO, SUA VACA! ACHA QUE O LOGAN LERMAN É SEU? – ela catou o pacote de Doritos que eu havia jogado, tacou na minha cara e bateu com sua placa na minha cabeça.

— LOGAN LERMAN? ONDE? – gritei olhando para os lados – NÃO IMPORTA! ESSE IDIOTA COBERTO DE COCA E BUBBLE SODA É MEU E NENHUMA VADIA RETARDADA COMO VOCÊ PODE- Epa. – meus olhos finalmente pararam na placa que ela estava segurando.

Eu analisei e cocei o queixo.

— Seu nome é Lily Evans?

— É. – ela disse.

— O MEU TAMBÉM! – gritei.

— AAAAAAH!

— VOCÊ GOSTA DE HARRY POTTER? PERCY JACKSON?

— ALWAYS!

— BEST BITCHES FOREVER!

Ela parou e analisou minhas roupas.

— EU TENHO BOTAS IGUAIS ÀS SUAS!

— BEST BITCHES FOREVER!

Corri na direção dela e pulei em seu colo. Nós nos abraçamos. O James e o garoto que estava com ela ficaram nos olhando com cara de cu.

— ME BEIJA! – gritei.

— ME BEIJA! – ela gritou

James, que estava com cara de bunda e todo melado de Bubble Soda e Coca (haha bem feito) arregalou os olhos junto com o outro garoto que eu notei, que era bonitinho. Mas depois ambos se entreolharam e sorriram maliciosos, andando pra perto de nós ao mesmo tempo.

— Beija, beija, beija! – eles começaram a torcer.

Saí do colo da Lily. Nós duas olhamos com cara de bunda para eles e demos um tapa ao mesmo tempo. Os dois esfregaram a mão no rosto ao mesmo tempo e algumas mães que passavam ficaram com cara de bundas para todos nós.

Só para irritar uma tiazinha, puxei James e dei um beijo de língua nele. A tiazinha saiu correndo com o carrinho dela. Quando nos separamos, James estava com cara de mané e a a outra Lily estava tipo poker face.

— Por que você beijou ele? – ela perguntou.

— Porque esse é o traste do James Potter, meu namorado. – eu disse, revirando os olhos.

— Hey, eu não sou traste! – ele disse, irritado ? Sou lindo e gostosão.

— Quê? James Potter?? ela perguntou surpresa.

— Sim, James Potter e não Logan Lerman. – eu ri.

— Peraí um minuto. – ela disse.

Ela andou até onde o outro garoto, catou ele pelo braço e trouxe ele para perto de mim e do James.

— Esse é James Potter, o idiota que eu odeio e mora comigo contra a minha vontade. ? ela disse.

— Eaí, cara. – O outro Potter estendeu a mão para o James – Ruiva louca?

— Você também tem uma, é? – James perguntou.

— Pois é.

— E vocês dois? – perguntei, apontando com a cabeça em direção a ela e o garoto, que se parecia um pouco com o James. A diferença é que o outro Potter era um pouco mais alto, usava óculos e tinha o cabelo todo bagunçado.

— Eca. – ela disse, fazendo careta.

— Eca por quê? – ele perguntou – Também sou lindo e gostosão. – ele disse e levantou a camiseta, mostrando o tanquinho dele.

Soltei James e fiquei olhando para a barriga de deus grego dele. A outra Lily fez a mesma coisa. Nós duas ficamos babando ali até que o James me interrompeu, tapando meus olhos.

— O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO? – eu gritei.

— TE SALVANDO DESSA VISÃO HORRENDA! – ele gritou.

— HORRENDA? É UMA VISÃO DOS DEUSES! – falei e empurrei ele.

James disse que era mais gostoso e me deu um selinho.

— Vocês dariam um casal legal. – James disse aos dois (Lily e Potter)

— Bem, nós já nos pegamos umas vezes. – O outro Potter (ou só Potter) disse, sorrindo de um jeito engraçado.

— POTTER! - Lily catou uma lata de Bubble Soda próxima e jogou na cabeça dele, fazendo ele cair no chão.

— Pobre rapaz, eu sei como ele sofre. – James foi ajudar o Potter a levantar.

Eu coloquei quase vinte garrafas de Coca no meu carrinho, que já tinha mais de vinte Doritos de diversos tamanhos dentro. Lily peguei algumas Cocas, Nesteas e umas caixas de suco e nós quatro fomos para a seção de CDs.

— AVRIL LAVIGNE! – ela gritou e correu para onde estavam os CDs da Avril.

Ela pegou e jogou no carrinhou um monte de CDs, que eu não vi quais eram, mas que eram da Avril.

Naquela hora, a Vaca Vance apareceu atrás de nós. Ela estava junto com uma menina feia e que parecia com ela, mas as duas pareciam estar entrando juntas sem saber.

— VACA VANCE! – eu e Lily gritamos e apontamos ao mesmo tempo.

— Ah, não. – o Potter e o James disseram juntos.

Eu soube que a amiga da Vaca Vance era na verdade outra Vaca Vance, que era inimiga da Lily Evans que eu tinha acabado de conhecer.

— SE VOCÊS NÃO SUMIREM DAQUI NÓS VAMOS DEFENESTRAR VOCÊS. – eu gritei e fiquei em posição de luta.

— E RASPAR SUAS CABEÇAS! – Lily completou, ficando em posição de paranauê.

As duas Vacas saíram correndo. Eu e Lily demos um high five.
Nós duas ficamos conversando sobre Harry Potter, Percy Jackson, Bob Esponja, defenestração de vacas e tudo mais.

Descobrimos que nossas vidas eram quase idênticas, contando o nome das pessoas.

— Então eu tive que vir aqui porque minha meia-irmã, que mais parece um cavalo anêmico, Petúnia, cagou nos Doritos que ganhei de Natal.

— Eu ganhei um guia de defenestração de Natal!

— Sério?

— Aham, foi a Marlene que me deu, a minha amiga que tem o mesmo nome que a sua. Ela sabe defenestrar melhor, embora eu já tenha defenestrado a Vaca Vance perfeitamente uma vez.

— Já perdi a conta de quantas vezes defenestrei a Vaca Vance. E eu nunca imaginei que podia ter uma réplica dela aqui.

— Eu também não. E nem uma réplica minha ou do Potter idiota. – ela falou, apontando para o outro Potter com a cabeça.

Nós quarto zanzamos pelo mercado por mais meia hora e voltamos para a seção de bebidas. Eu catei uma latinha de Bubble Soda e joguei no teto, fazendo com que ela explodisse e chovesse Bubble Soda na gente. O outro Potter ficou assustado, como se não tivesse acostumado com escândalos, mas era evidente que ele estava.

— Mas que m-

— PEIDO! – eu berrei.

— GUERRA DE BUBBLE SODA! – Lily berrou.

— SALVE-SE QUEM PUDER! – James fez uma concha com as duas mãos e gritou, alertando aos pobres compradores do mercado que seriam atingidos.

Eu e Lily demos outro high five. Eu subi num carrinho vazio, colocamos todas as de latinhas e garrafas de Bubble Soda que couberam dentro e Lily começou a empurrar correndo. Os Potters começaram a correr atrás de nós duas, tentando fazer com que parássemos, mas não conseguiram.

Quando já estávamos em alta velocidade, eu fui pro canto do carrinho e ela pulou dentro do mesmo. Nós sacudimos duas garrafas e jogamos pro alto. Elas explodiram e nós batemos com tudo numa torre de latinhas Bubble Soda, derrubando todas pelo chão, que explodiram e melecaram o mercado e as pessoas inocentes.

Nós levantamos e começamos a abrir latinhas de Bubble Soda que não tinham estourado e jogar pra frente como se fossem granadas. Nós e os Potters já estávamos ensopados de refrigerante quando dois seguranças chegaram.

As pessoas gritavam e corriam pra fora do mercado. Nós duas demos voadoras nos seguranças e eles desmaiaram. Caímos no chão, rindo e cheias de Bubble Soda, mas depois nós demos as mãos e saímos correndo do mercado, deixando os dois caras de cu para trás.

Alguns minutos depois, eles saíram do mercado, o outro Potter carregando o carrinho com as sacolas da Lily e o James com os meus Doritos, Cocas e Bubble Sodas

— PEIDO! – eu gritei pra ela.

— PEIDO! – ela assentiu, animada.

Nós nos abraçamos.

— Até mais, cara! – James disse ao outro Potter – Boa sorte.

— Só você entende meu sofrimento. – ele secou uma lágrima

Os dois começaram a chorar e se abraçaram, dando tapinhas nas costas um do outro

— Gays. – nós duas dissemos.

Eu subi nas costas do James, dei tchau pros dois novos amigos e James foi empurrando o carrinho até o carro dele.

Enquanto ela entrava no carro do outro Potter, eu entrava no do meu.

James dirigiu até em casa, quando ele estacionou ficamos sentados.

— Eles tem o mesmo futuro que nós. – ele diz sorrindo.

— Sim. Terminarem. – eu digo irritada. – Você é um babacão mesmo, onde já se viu ficar gritando 'beija' e pedindo beijos lésbicos no supermercado?

Sem minha permissão ele se inclina me empurra contra a janela do carro e começa a me beijar. Ficamos assim alguns minutos e eu me separo.

— Se alguma outra vadia pular em você, eu te mato. – eu digo antes dele voltar a me beijar.