POV Katherine

Ok, Katherine. Você só está beijando o garoto mais gato e popular do colégio, já fez isso antes, muitas vezes e em outros colégios. Não é pra tanto! Nem precisa ficar soando as mãos.

Era inevitável, o que estava acontecendo?

A mão de Damon envolvendo meu cabelo, me trazendo pra perto, me causando arrepios em todos os pelos do corpo, as sensações que só senti no primeiro beijo. E eu nem nutria sentimentos por Damon...

Mas talvez eles nem precisassem ser nutridos para existir...

Nossas respirações cansadas, assim que terminamos foi com certeza uma prova de que tudo não tinha sido um terrível sonho. Não tinha!

Katherine, você beijou mesmo esse panaca metidinho?

– Você quer ir pra outro lugar? - disse ele assim que sua respiração ofegante e quente se estabilizou.

POV Elena

Eu e meus tios assistimos uma comédia. Eles adoravam esse tipo de filme, e eu adorava assistir com eles, porque me tirava os problemas da cabeça.

Me tiravam os problemas da cabeça, mas não tiravam o par de olhos verdes esmeralda que ficavam rondando dentro dela.

Os olhos de Stefan.

Talvez eu devesse dar uma chance de conhecer ele melhor, e quem sabe, nós não viremos amigos, apenas amigos. Mas o fato que eu tinha medo de tudo acontecer de novo, e eu me magoar, e ficar mal, sozinha, e anti-social.

Ah, espera ai... Eu já sou sozinha e anti-social!

– Elena, nós estamos indo dormir, qualquer coisa é só gritar! - disse tia Jenna me dando um beijo na testa e me desejando uma "Boa noite".

– Pode deixar tia. - dei um sorriso, mas assim que eles subiram pro quarto, eu me deitei no sofá, e me pus a chorar. Porque? Porque eu mal havia chego na cidade, e já estava dando indícios de uma paixão não correspondida.

Ding dong– Ok, contando que agora são 2h da madrugada, ou seria um ladrão ou um sequestrador.

Ding dong – Ou talvez era Katherine e o metidinho do Damon.

Ding dong - Ou talvez uma pessoa muito persistente.

– Já vai! - gritei enquanto colocava a pantufa. Andei calmamente até a porta, e pensei nas palavras de tia Jenna: "Qualquer coisa é só gritar!". Eu deveria gritar agora ou esperar pra ver quem era?

Abri a porta de vagar, e me assustei com o que vi.

Não que fosse algo ruim.

– Stefan? - perguntei em espalmo. O que ele estaria fazendo aqui nessas horas?

– Me desculpe, mais eu precisava ver você. - disse me olhando atentamente. - Posso entrar? - sussurrou.

– Claro. - ele foi até o sofá e se sentou, bem no lugar onde momentos antes eu estava sentada.

– Nossa, aqui tá quente. - disse ele sentando na almofada do lado.

Eu poderia jurar que ele ia dizer: "Nossa, aqui tá quente! Você soltou um pum nesse lugar?"

Mas ele não disse. Ainda bem.

– Então... - comecei coçando a garganta, me sentando ao seu lado. - Porque está aqui?

– Preciso que me explique física. - sorriu

– Stefan, a prova de física já foi.

– Mas eu gostaria de aprender, quer dizer, uma hora ou outra eu vou precisar saber de física, e ninguém melhor pra me explicar do que você. - Era quase impossível olhar pra aquele rosto de anjo e negar-lhe algo.

– As duas da madrugada? Sério? Você poderia ter escolhido um horário melhor. - sorri e me levantei, me encaminhando em direção ao quarto pra pegar os livros.

– Na verdade... - começou ele. - Não é sério.

– Então o que é? - perguntei curiosa, e parei de andar. Stefan se levantou, e deu alguns passos ficando de frente pra mim. Meu coração estava batendo mais forte, eu sentia que sim. Minha respiração estava falha, e recuei um passo, com medo da aproximação repentina.

– O que é? - ele soltou uma risada irônica. - A verdade é que... - seus braços se enrolaram em minha cintura e me trouxeram pra perto. - A vontade de te beijar não estava me deixando dormir. - E rápido como o Flash, ele selou nossas bocas, e envolveu sua língua na minha em um ritmo frenético, maluco, gostoso.

Tudo o que eu queria era mais. Grudei em sua nuca e colei nossos corpos, sentindo cada parte de sua musculatura. Dizer que isso era excitante é malandragem, mais era muito.

E então tudo veio em minha cabeça: Jhon, a amizade, a paixão, o amor, as brigas, as drogas, a agressão física e verbal, o rompimento do relacionamento. E claro, uma garota frustrada com o coração partido. Mais conhecida como Elena Gilbert.

Minha mão tomou rumo próprio e acertou em cheio o rosto de Stefan, o que fez um belo "Splaft"

Ele me olhou perplexo, com a mão no rosto, e com gotas de sangue escorrendo por cima dela. Minhas unhas provavelmente tinham cortado suas feições.

Eu não sabia o que fazer, mas quando fui toca-lo pra pedir desculpas, cuidar dele, ou contar o porque havia feito aquilo, ele saiu. Foi embora. Entrou no carro e saiu como uma bala, correndo em alta velocidade, apenas deixando os rastros de seu perfume.

POV Katherine

Assim que saímos da boate, nada parou. Os beijos e a pegação continuaram.

– Eu queria tanto isso. - Damon disse extasiado pulando pro banco de trás e me puxando pra ir junto assim que estacionou em frente a sua casa.

Me deitei no banco traseiro e ele ficou por cima, beijava meu colo, me deixava louca e eu tentava sem sucesso algum me concentrar em tirar sua camisa social preta. As carícias me deixavam fora de controle.

Ouvia sua respiração em meu ouvido, aquilo era o paraíso descrito.

– Damon... - eu chamava. - Damon... É melhor a gente parar. - falei segurando seu rosto perto do meu.

– Porque, Katherine? - disse fazendo cara de triste.

– Seu irmão pode estar em casa.

– Ah, o St. Stefan. - revirou os olhos e pegou o celular.

– O que vai fazer?

– Tirar uma foto nossa e postar no instagram com a legenda: "Minha primeira namoradinha! Te amo, amor!" - me olhou com os olhos azuis safira cheios de mistério, e usou um tom sarcástico, logo depois soltando o belo sorriso que faria qualquer uma rir junto.

Qualquer uma idiota que bajulasse-o. Não eu.

Qualquer uma que só visse suas inúmeras qualidades, inúmeras. Mas não, Katherine Gilbert era diferente.

– Stefan? - perguntou assim que atendeu o telefone. - Você está bêbado?

Ok, isso me deixou muito curiosa. Peguei o celular das mãos de Damon e coloquei no viva-voz, fiquei segurando enquanto ele começava a beijar meu corpo inteiro cheio de beijos molhados e ao mesmo tempo falava com o irmão.

– Sim Damon... - e ele deu um soluço. - Seu irmão Santo, lindo, loiro, do corpo gostoso e desejado está se embebedando pela primeira vez.

– Hm... - disse beijando meu pescoço e descendo pro meu colo beirando os seios. Agarrei um punhado de seu cabelo tão escuro quanto o céu em dias chuvosos e arqueei as costas enquanto ele abria com cuidado meu vestido, ainda sim sem tirar a boca do meu corpo. - Nós falamos depois então.

– Damon pera ai, onde você está? - perguntou Stefan

– Chegando em casa pra me trocar... - pausou e soltou algo que não deveria. - Katherine, como você pode ser assim tão...

– O que? - perguntou o irmão bêbado do outro lado da linha

– Nada, Stefan. Tchau, e pegue um táxi.

– Você mente muito mal! - exclamei enquanto o encostava no vidro do carro e beijava quente sua mandíbula.

– Minto tão mal... Deveria ter dito á ele que estou chegando em casa pra tirar a roupa, e não pra me trocar.