The One That Got Away escrita por Lady Allen


Capítulo 26
A volta de uma grande amizade


Notas iniciais do capítulo

Sei que demorei novamente, eu demoraria ainda mais porque eu deveria estar estudando minhas provas de Sociologia e de História que eu tenho amanhã. Mas amo vocês e decidi arriscar minha nota por vocês.
Espero realmente que vocês gostem desse capítulo porque escrevi com muuito carinho. Um certo personagem vai voltar para vida do Draco e todos vão entender o por quê das ações estúpidas que cometeu.

Aviso de Leitores Sumidos:
Jessica Barbosa, Duda Viinhas Salvatore, Waterfall of Lies, Carol Foster & Renata Beatriz : Cadê vocês amores? #PREOCUPADA

Capítulo dedicado á:
Ane Ferracin && Almofadinhas --> Que favoritaram a fic, espero que comentem.

Tenham uma boa leitura, nos vemos lá embaixo ♥



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Draco voltava com os pais de mais uma consulta médica, mas uma das muitas que ele ultimamente frequentava, já conhecia de cor cada enfermeiro do hospital e os chamava pelo nome.

-Pai para o carro. –Draco disse de supetão e Lúcio encostou o carro achando que o filho estava passando mal.

-O que tá acontecendo Draco? –Narcisa encarou o filho que abriu a porta do carro e atravessou a rua.

-O que você fez da sua vida Blás? –Draco sentou-se no chão ao lado do moreno que tinha o olhar parado.

-Perdi todas as coisas pelas quais eu me apeguei. –Blásio encostou a cabeça na parede.

-E pra isso você bebe e se droga? –Draco pegou a garrafa de whisky e levantou. –Você bebeu tudo isso sozinho? –Encarou o ex-amigo.

-Digamos que eu tenha perdido o meu melhor amigo porque me droguei e falei um monte de besteira quando eu tava doidão. –Draco olhou para Blásio que tinha um olhar frio e vazio.

-Tudo isso por causa da Ginny? –O loiro cruzou os braços.

-Ginny é? Estão amiguinhos? –Riu pelo nariz sem humor.

-Somos amigos, desde que eu perdi meu melhor amigo. –Draco esticou as pernas na calçada.

-Gina gosta mesmo do Harry? –Blásio passava a mão diversas vezes no nariz como seu algo o incomodasse.

-Por que você quer saber se te machuca ouvir a resposta? –Draco encarou o moreno.

-Ah, às vezes a verdade dói. –Respirou fundo. –Vou indo, preciso comprar uma coisa. –Tentou se levantar cambaleando.

-Vai pra casa Blás. –Aconselhou.

-Não consigo, eu preciso comprar. –Pegou no bolso. –Me roubaram de novo, acho que vou ter que fazer um pequeno furto por ai. –Disse sério.

-Tá falando sério Zabini? –Draco ficou sério.

-Você não tem ideia do quanto é incomodo ficar sem cocaína cara, é insuportável. –Reclamou.

-Insuportável é uma seção de quimioterapia, insuportável é saber que vai perder tantas coisas porque vai morrer, insuportável é ouvir sua mãe ser forte durante o dia e desabar durante a madrugada, insuportável é ver sua namorada entrar em depressão por causa da sua doença, insuportável é não saber se na formatura eu vou estar vivo, insuportável é ver sua namorada sendo sequestrada por seu primo, insuportável é ver sua família sendo condenada, insuportável é não ter certeza de nada, insuportável é ver o cara que sempre foi seu melhor amigo te humilhar na frente de todo colégio, insuportável é ver esse mesmo cara se matar usando drogas na sua frente, isso é insuportável Zabini. –Draco gritou no meio da rua. –E só mais uma coisa cara, você ainda tem muito pra viver não faz isso da sua vida, enquanto eu estou lutando pra viver, você tá se matando por vontade própria. –Draco virou-se pra sair. –Pensa nisso. –Deu um último toque e atravessou a rua.

Blásio não sabia o que fazer, as palavras que Draco usara haviam sido duras, mas realistas o suficiente para fazer o moreno pensar melhorar nas coisas. Blásio cambaleou até um telefone público e discou um número a cobrar.

Ligação: ON

-Alô? –A voz do outro lado soou preocupada.

-Mãe...

-Ah Blás, onde você se meteu meu filho? Estamos preocupados, dois dias que você sumiu.

-Eu tô bem mãe.

-Você tá bêbado Blásio Zabini?

-É né mãe... Então... Vem me buscar.

-Onde você está filho?

-Acho que estou perto do Starbucks, o maior da cidade sei lá.

-Ah Blás...

-Desculpa mãe.

-Tudo bem, mamãe te ama.

-E eu não sou mais criança.

-Não saia dai filho, eu e seu pai estamos indo.

-Meu pai não.

-Blásio para com isso, vocês tem que se acertar.

-Tchau mãe.

Ligação: OFF
Blásio sentou no meio fio e ficou encarando as estrelas se preparando para o escândalo que aconteceria quando seus pais chegassem, sempre era a mesma coisa.

-Blás, meu filho, você tá bem? –A mulher procurou algum hematoma no filho.

-Entra pra dentro do carro Blásio. –O homem que surgiu atrás dela tinha uma postura rígida e parecia que seus olhos faiscavam.

-Tyler... –A mulher tentou falar.

-Cala a boca Alice. –Gritou furioso. –Entra pra dentro do carro seu drogado. –Gritou na direção do filho.

-Com você eu não vou. –Gritou de volta.

-Ah não vai? –O homem caminhou até Blásio e socou-o.

-Não bate no nosso filho. –Alice entrou no meio.

-Filho? Esse ai é só seu filho, pra mim é só um drogadinho que rouba meu dinheiro pra comprar as porcarias que ele usa. –Gritou furioso. –Quer saber?! Já que você quer se matar por que não vai embora daqui e se joga de um prédio? –Deu de ombros. –Não vai fazer faltam, será menos um para eu ter que sustentar. –O homem parecia não cansar de gritar.

Blásio sentiu as lágrimas escorrerem pelo rosto, encarou a mãe que também chorava e então saiu correndo no meio da escuridão.

-Blásio. –Alice gritou desesperada. –Tá vendo o que você fez? –Olhou para o marido que deu um tapa em seu rosto fazendo-a cambalear pra trás batendo as costas na parede. –Você me bateu de novo? –Choramingou.

-Você mereceu Alice. –Caminhou até o carro. –Você vem? –Perguntou.

-Não eu vou pra delegacia. –A mulher saiu caminhando no meio da escuridão assim como o filho.

Blásio subiu as escadas de um prédio e pôs-se de pé em cima da muretinha do terraço. Era muito alto e ele sentiu náuseas ao olhar pra baixo. Lembrou do primeiro beijo que dera em Gina.

-Me disseram que você queria ficar comigo. –A ruivinha parecia ainda mais vermelha ainda.

-Me disseram que você aceitou. –Deu um passo á frente e a ruiva recuou assustada.

-Aceitei, mas estou com medo. –Confessou.

-Não precisa, é só um beijo. Fica paradinha e eu vou até você. –E assim o fez e então beijou a delicada ruivinha que parecia tão perdida no beijo.

-Nem foi tão difícil. –Sorriu docemente.

Blásio sentiu uma dor insuportável no peito e logo lembrou quando reencontrou sua ruivinha.

–Não toque no meu namorado Blásio.

Havia doído tanto ouvi-la chamar o Potter de namorado. Então Blásio se lembrou de que apesar de tudo o que fizera com Draco, o loiro havia se importado com ele. E lembrou-se do que ele disse, olhou para baixo pensou em se jogar, mas então deu um passo atrás e desceu as escadas.

*

No outro dia Draco estava fazendo algumas coisas no computador quando ouviu batidas na porta.

-Entra. –Olhou um pouco pasmo.

-Queria falar com você Draco. –Blásio ficou em pé ao lado do loiro que o encarou. –Ontem depois que você saiu meus pais foram me buscar, meu pai me bateu de novo. –Disse amargurado. –Eu queria dizer que eu sei o que ouvir uma mãe chorar durante a madrugada, minha mãe sempre chora quando meu pai bate nela. Na verdade chorava, ela vai separar dele e vai comprar um apartamento longe dele, chamar minha vó pra morar com ela e eu vou me internar numa clínica. Já perdi esse ano escolar mesmo, então ano que vem eu faço o último ano e vou pra uma universidade e vou ser arquiteto. –Sorriu de canto. –Mas eu vou assistir sua formatura, vou pedir pra me deixarem sair da clínica por um dia. –Draco sorriu para o amigo.

-Eu nem sei se vou estar vivo pra formatura. –Draco riu sem humor.

-Vai sim, a formatura é daqui á um mês. –Blásio parecia estar incomodado. –Queria te pedir desculpas pelas coisas que eu disse, eu tinha passado a madrugada me drogando, tinha levantado a mãe pra bater na minha mãe.- Abaixou a cabeça.

-Tá desculpado. –Draco sorriu. –Você sempre foi e sempre será um irmão pra mim Blás. –Draco levantou e abraçou o amigo.

-Eu ia me matar ontem e me lembrei do que você disse e desisti. –Encarou o loiro. -Você vai ver cara, eu vou arquitetar sua casa com a Hermione. –Riu.

-Pois é, porque se um milagre acontecer e eu ficar vivo, eu caso com a Mione. –Draco sentou novamente.

-Tia Ciça ainda me odeia? –Blásio ouviu a porta abrir e se assustou.

-Se Draco te perdoou porque eu não perdoaria. –Narcisa sorriu para o rapaz e saiu.

-Sua mãe é demais. –Respirou fundo.

-Eu sei, vou te visitar na clínica quando der. –Draco estralou os dedos.

-Gostei do novo visual, a Hermione não tá com ciúmes não? –Deu uma cotovelada de leve no amigo.

-Que isso?! Eu sou fiel á ela. –O loiro garantiu. –Viu a sobrancelha? Tá caindo. –Os olhos marejaram.

-Nem reparei. –Mentiu.

-Eu sei que você viu Blás, só está querendo ser legal. –Draco respirou fundo.

-Vou indo, tenho umas coisas pra resolver ainda. –Levantou-se. –Até Draco, obrigada por tudo. –Despediu-se.

-Não tem o que agradecer, fiz o que todo mundo faria por seu melhor amigo. –Draco levantou-se da cadeira.

Draco estava tão aliviado quanto Blásio, eles voltaram a ser amigos, não como antes, mas amigos e o tempo os aproximaria novamente.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam? Ficaram com dó do Blásio? Ou vocês acharam as ações dele estúpidas e ele não merecia perdão?
Espero o review de vocês, a fic tá chegando aos 400 comentários, vamos nos esforçar pra ela atingir esse número e quebrar o recorde de reviews de fic minhas que é 445 (Bamon-TVD).

Antes de fecharem deem uma passadinha na minha One Shot Dramione:
http://fanfiction.com.br/historia/424554/Sad_Beautiful_Tragic_One_Shot/

Espero o review de vocês lá viu?! Fantasminhas que não comentam aqui, comentem nela é apenas um capítulo, apenas UM review.

Até logo.. Xoxo ♥