Oblivion escrita por Alessandro Campos


Capítulo 13
XIII - Home, sweet... home?


Notas iniciais do capítulo

Acho que não posso nem ter a cara-de-pau de perguntar se demorei pra postar, né? Pois bem, fora todos os problemas dos quais eu já havia mencionado pra vocês, apareceram mais alguns e acabei deixando a história de lado. Pra melhorar a situação, um bloqueio criativo surgiu na minha mente e me impediu de escrever qualquer coisa que fosse. Aqui está a segunda parte do capítulo onze. Desculpem pela demora de 4 meses!



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Chegando em Hogwarts, todos foram aos seus devidos quartos guardar seus pertences e depois iriam se reunir ao resto da escola no grande salão para um comunicado oficial que Dumbledore pretendia fazer.

Draco atravessou todo o caminho das masmorras até a sala comunal da Sonserina enfrentando olhares de desaprovação. Nenhum de seus companheiros de casa aprovava sua amizade com não apenas um, mas vários membro de outra casa, especialmente da Grifinória. Entrou no seu quarto, guardou seus pertences e deu uma olhada no espelho. Crabbe e Goyle estavam sentados em suas camas e apenas observavam o loiro manusear seus objetos pessoais.

– Não vai falar nada? – perguntou Crabbe.

– Sobre? – Draco tentou parecer desentendido.

– Você sabe. Esse lance do Potter – prosseguiu.

– E o que exatamente você quer que eu fale sobre isso? – Draco ainda manuseava suas coisas, sem demonstrar muito interesse na conversa.

– Você sempre o esnobou e falava mal dele, agora isso? Vai me dizer que isso é mais um plano do seu pai? – indagou Goyle.

– Não fala disso! – ordenou. – Tudo bem, no começo pode até ter sido... Mas agora eu vi que estava do lado errado. Pelo menos lá, não preciso viver de aparências o tempo todo.

– O que você quer dizer com isso? – perguntou o amigo rechonchudo.

Draco corou e fechou a boca imediatamente após abri-la. Era informação demais para ser dada, pelo menos por agora. Já era demais ter que conviver com os olhares estranhos por ter ficado amigo de seu pior inimigo, mas pior que isso, somente os olhares de nojo que muitos poderiam ter por saberem que ele e Harry eram muito, muito mais que amigos.

– E então? – o outro perguntou mais uma vez.

– Aqui eu sou sempre o filho de Lúcio Malfoy, um renomado bruxo, de uma família puro-sangue e tradicionalmente perfeita. Além disso, sou só mais um nobrezinho que estuda na Sonserina. O que é que eu faria da minha vida? Qual seria a diferença que eu faria no mundo...?

Crabbe e Goyle se entreolharam e, logo em seguida, olharam para Draco. Do pouco que entenderam de todas as palavras que Draco proferiu, discordaram e preferiram manter-se assim. Malfoy percebeu que era inútil tentar explicar sua mudança para seus – ex – amigos e virou-se de costas, deixando o quarto com os dois lá dentro. Respirou fundo, empunhou sua varinha e decidiu caminhar pelos longos e escuros corredores das masmorras sozinho. Afinal de contas, ele não tinha opção. Seu únicos amigos estavam em suas respectivas casas, ou seja, muitos andares acima daquele. Um trio de alunos parecia cochichar próximos da passagem secreta que levava às escadas. Draco percebeu que falavam sobre ele e tentou manter-se inexpressivo. Talvez assim conseguisse passar despercebido e fugir de mais uma confusão.

– Ora, ora... O que é que temos aqui? – disse um dos três, que aparentava ser o líder.

– Eu preciso passar – disse Draco, olhando em seus olhos.

– Mas, já? Queríamos conversar com você – eles deram uma risadinha.

– Eu pelo menos sei quem é você? – perguntou Draco, ainda inexpressivo.

– Não e, sinceramente, não importa. Melhor que seja assim – respondeu, olhando para os outros.

Draco engoliu a seco e deu um passo pra trás. Colocou sua varinha atrás das costas e não tirou o olhar de nenhum dos três. O que quer que fossem fazer, não seria algo bom.

– Sou todo ouvidos – disse, quase que num sussurro.

– Nós da Sonserina, não gostamos de grifinórios. Qualquer um dos nossos que ouse andar com algum daqueles sangue-de-lama, precisa ser punido para que aprenda a andar somente com pessoas do seu próprio nível.

Os três pegaram suas varinhas e apontaram para Draco. O menino teve um impulso e reagiu com a primeira coisa que pensou no momento:

Incendio! ­– e apontou para uma luminária atrás do três, fazendo com que ela explodisse.

Draco correu para a parte de trás de uma pilastra, respirou fundo e olhou para onde eles estavam. Os três se levantaram e conjuravam expelliarmus e estupefaça nele. Conjurou protego uma série de vezes até conseguir chegar na pintura que o levava para fora dali. Quando iria dizer a senha, a porta foi aberta. “Será que a pintura teve dó de mim?” pensou. E logo viu o professor Slughorn aparecer por trás da pintura que se abria. Como que num piscar de olhos, o professor voou corredor a dentro quando algum feitiço o acertou. Aquilo era o fim.

xXx

– Senhor Malfoy! Não acredito que o senhor, com esse histórico impecável pode cometer delito de tamanha grandeza – dizia Slughorn enfurecido.

– Mas professor... – Malfoy tentava se justificar.

– Silêncio! – exclamou Minerva – Eu quero falar em particular com cada um de vocês para saber o que realmente aconteceu. E só para que fiquem cientes, cem pontos serão retirados da Sonserina por terem realizado um duelo fora de um local apropriado e, ainda por cima, terem atingido um docente.

Minerva preferiu deixar Malfoy para falar por último, por isso, demorou mais um menos vinte minutos até que ela terminasse de falar com os outros e fosse atendê-lo.

– Senhor Malfoy? – disse, sinalizando para que ele entrasse no escritório de Dumbledore.

Malfoy entrou pela porta e se dirigiu até a cadeira na frente da do diretor. Lembrou-se dos momentos que passou com Harry lá. Lembrou do seu primeiro beijo após Potter se lembrar do que acontecera.

– Pois bem – iniciou McGonagall – O professor Slughorn disse que você estava correndo pelas masmorras quando ele foi atingido pelo feitiço. Ele disse que não viu quem o conjurou, portanto estamos fazendo uma averiguação dos fatos. Certo, professor? – Minerva direcionou seu olhar para o outro.

– Exatamente – comentou.

– Não chamaremos Dumbledore porque ele já está no Grande Salão recebendo os outros alunos. Inclusive, professor Slughorn, acho que seria mais prudente que você fosse para lá e deixasse que eu conversasse com o senhor Malfoy.

Slughorn recordou-se que sua presença junto a de Dumbledore era necessária. Por isso, cumprimentou a professora e saiu do escritório. Malfoy apenas observava tudo acontecer.

– Agora, Draco, me conte exatamente o que aconteceu.

Draco explicou detalhe por detalhe do que acontecera nas masmorras. Não omitiu o fato de ter explodido a luminária, porém alegou que o fez por legítima defesa. Frisou o fato de não ter conjurado qualquer feitiço contra o professor e que correria dali justamente para fugir de seus agressores.

Após muito questionar alguns detalhes e ligar fatos, Minerva chegou a uma conclusão.

– Draco, você não será punido por isso – disse McGonagall.

– Obrigado – disse Draco, levantando-se e estendendo sua mão.

Minerva olhou para sua mão e aproximou a sua, sem tocá-las.

– Porém, quero que seja mais cuidadoso. Não sou ninguém para julgar amizades ou coisas do tipo, mas você e Potter precisam entender que na escola as coisas são diferentes. Alunos das casas dos dois, principalmente da sua, irão desaprovar sua amizade e esse tipo de situação pode se tornar rotina. Não peço para que se afastem, só para que tomem mais cuidado. Uma hora dessas, alguém pode pegá-los e algum lugar em que não há proteção e sabe-se-lá o que podem fazer com ambos.

– Certo.

Draco abriu um sorriso e McGonall outro. Ela apertou a mão de Malfoy e ele saiu dali, em direção ao Grande Salão.

xXx

Todos já se encontravam no Grande Salão e Draco entrou pela porta, acomodando-se num lugar na mesa da Sonserina. Seus amigos – da armada – o viram chegar com a expressão um pouco abatida e ficaram se perguntando o motivo daquele cara e de seu atraso. Pouco tempo depois, Dumbledore iniciou seu discurso:

– Boa noite a todos que estão aqui presentes nesta fabulosa noite de lua cheia. Quero dizer-lhes boas-vindas por sua volta ao nosso castelo de Hogwarts. Mas, em primeiro lugar, também gostaria de pedir-lhes desculpas pelo ocorrido dos últimos dias e da demora para a volta às aulas. Como sabem, Voldemort e seus seguidores estiveram presentes nas dependências do castelo e tivemos que assegurar que isso não se repetiria antes que os liberássemos para voltar. Azkaban mandou mais uma vez os dementadores para ficarem ao redor dos limites do castelo. Aurores identificados por uma luz azul também estarão caminhando pelo castelo e seus terrenos. Tudo isso para que não corram qualquer risco aqui dentro. Em segundo lugar, queria anunciar o novo diretor da Sonserina. Por favor, aplausos para o professor Slughorn.

Os alunos começaram a bater palmas e o professor se levantou rapidamente para agradecê-los.

– Como devem imaginar, o professor Snape deixará de lecionar nessa instituição porque ele revelou fazer parte dos seguidores de Voldemort, o que é inadmissível para um docente desta escola. Contudo, creio que teremos mais um excelente ano letivo em Hogwarts e que esses problemas não voltarão a ocorrer. Obrigado pela sua atenção. Agora, podem comer!

A maioria dos alunos começou a comer. Draco ficou sentado, com a cabeça apoiada na sua mão, brincando com o prato do que deveria ser algum bolinho recheado. Harry, Ron e Hermione, começaram a comer, porém, perceberam que Draco estava diferente e que algo o incomodava.

Minutos mais tarde, eles o encontraram do lado de fora do grande salão e seguiram para a área do pátio principal para conversarem. Draco lhes contou do ocorrido e comentou como Minerva havia sido gentil e cautelosa quanto ao assunto e sobre o alerta que fizera sobre possíveis novas ocorrências desse tipo de situação.


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Notas finais do capítulo

Opa! Agora voltarei a escrever com uma frequência um pouco maior. Até o fim da semana, lhes prometo um capítulo novo e o inevitável fim da fic está por chegar nos próximos capítulos. Mais uma vez, desculpem pela demora. O próximo capítulo será recheado para o seu deleite e para compensar a absurda demora que tive! :)



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