Três meses depois...

Ao embarcar em Cheshire, na Inglaterra, me deparo com uma multidão na porta. De repente começo a viajar pro dia em que recebi minha carta de aprovação na faculdade de psicologia e mamãe organizou uma festa. Ao me lembrar dela meu coração aperta. Vou sentir sua falta. Me dirigi até a porta, onde aquela multidão enlouquecida gritava desesperadamente. Teria que passar por lá de qualquer jeito porque era a porta de entrada e saída do aeroporto. Ugh! O que será que está acontecendo?

Quando me aproximo vejo um carro preto gigante se aproximando da entrada e as meninas que estavam lá surtaram mais ainda. Será algum famoso? Parei em um canto isolado com as minhas malas esperando o táxi chegar quando de repente um segurança, pelo menos parecia ser um, abre a porta e sai, deixando as meninas vermelhas de tanto gritar. Ele segue até a porta de trás e a abre. Meu Deus! Quê?! Era Cristian. Cristian Grey da One Direction. Como pude me esquecer que ele morava aqui em Cheshire? Quando ele levantou do banco as meninas ficaram tirando fotos, gritando loucamente, deixando o coitado sem ter o que fazer. Na mesma hora saíram mais três seguranças do carro e ficaram em volta dele, pedindo licença as fãs para que o deixassem passar. Eu simplesmente congelei no meu cantinho e fiquei olhando pra ele sem acreditar no que estava vendo. Apesar de gostar muito dele, me senti envergonhada e fiquei ali parada evitando pedir foto e autógrafo. Os seguranças o desviaram daquele corredor de fãs ensurdecidas e vieram na minha direção para passar na porta quase vazia. Senti que fosse ter um infarto. Meu sangue ficou a -10º quando vi seus cachos de quase perto.

Quando ele estava se aproximando com os seguranças, lancei um olhar tímido de como diz "sou tão menos que você", e na mesma hora ele me olhou. Rapidamente abaixei o olhar com força e fiquei encarando o chão. Me surpreendi quando ouvi ele falando pros seguranças esperarem e ele chegou até mim.

— Oi — disse ele sorrindo feito um menino bobo

— Oi — murmurei.— Você está bem? — disse ele num tom engraçado — Percebi que você não para de tremer.

Lanço um olhar envergonhado.

— Estou bem, obrigada.

— Não quero matar você do coração — disse dando risinhos provocativos. Ai que pessoa insuportável! — Essa não é a intenção.

Eu e ele não contemos o riso. Ficamos rindo olhando um nos olhos do outro.

— Babaca! — eu disse num tom de diversão.

— Nossa, como você é engraçadinha! — ele disse sarcasticamente. Bobo! — Tenho que ir se não perco meu vôo pra Londres.

— Vai ficar em Londres por uns dias? — Ana, para de ser curiosa!

— Não. Vou pra lá pegar outro vôo com os caras e depois ir pra Nova York. Temos entrevista a noite, mas amanhã de manhã já estou de volta. — Ele disse com a maior calma do mundo, como se nos conhecêssemos há tempos.

— Hmm... Então tá. — Olho de relance pra rua e vejo meu táxi parado — Tenho que ir, Cristian. Meu táxi está esperando.

Ele segue meu olhar e dá um daqueles seus sorrisos bobos.

— Me empresta seu celular — E estende a mão para que eu possa colocar meu celular em sua palma. Ele mexe e digita alguma coisa e o devolve — Veja em notas — Dá um sorriso torto — Acho que nos vemos por aí.

Ele pega meu rosto, dá um beijo na minha bochecha e entra para o aeroporto.