What I Did For Love escrita por WaalPomps


Capítulo 49
Epílogo




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Escolhas. A vida é feita de escolhas e cada uma delas define o rumo que uma vida vai tomar. É como o vento que pode mudar o rumo das águas de um rio, muda a cada instante. Há os extremistas que ousam dizer que o bater de asas de uma borboleta pode mudar, e talvez estejam certos.

Quando Quinn foi chamada à sala do diretor em seu último ano e convocada a ajudar Noah Puckerman, ela poderia ter se recusado e deixado tudo como estava; mas ela decidiu ignorar a razão que gritava para não e aceitar o desafio.

Quando descobriu a gravidez logo após a formatura e teve que escolher entre ser mãe e ser bailarina profissional, ela podia ter escolhido o ballet, mas escolheu a filha.

E depois do acidente, quando tudo indicava para ela escolher desistir, ela escolheu continuar a lutar: por si, por Puck, por sua família.

E nunca, em momento algum, se arrependia de suas escolhas. Porque, mesmo sem saber, cada uma dessas escolhas haviam sido feitas por amor.

Hoje, era diretora e fundadora de uma academia de artes no bairro onde a filha fora criada por Shelby, movida principalmente pelo carinho que a menina mantinha pelas pessoas que ali viviam e pelo cuidado que as mesmas haviam dedicado à Caroline ao longo dos anos.

A própria Carol agora trabalhava na escola, dando aulas de teatro para crianças pequenas, no alto de seus 19 anos. Da menininha espoleta conservava apenas o sorriso e os olhos; os cabelos longos e cacheados haviam clareado a um tom loiro claríssimo, o rosto gordinho havia se tornado fino e anguloso, o corpo magrelo agora era perfeitamente delineado pelo balé.

Caroline Puckerman atraía olhares por onde passava, mas jurava que o único homem de seu coração ainda era seu pai. Ok, havia também Caleb, mas ela não daria o braço a torcer tão facilmente.

O caçula da família agora tinha quase 14 anos e era a perfeita definição de um adolescente implicante. Perito em infernizar a irmã mais velha e fazer cair os cabelos dos pais, parecia ter herdado o imã Puckerman para problemas e para o charme. Cabelos castanhos curtos e arrepiados, um olhar naturalmente sedutor e um corpo adolescente que ia tomando forma de atleta.

Enquanto Carol trabalhava com a mãe, Caleb se empenhava na oficina do pai, seu lugar favorito desde criança. Desde os primeiros anos de vida, correra por entre os carros e ferramentas, já sabendo mais sobre conserto de veículos aos 10 anos do que muito mecânicos formados.

Mas, estranhamente, Brittany sabia ainda mais do que ele. A filha única de Sam e Santana o acompanhava em tudo, sendo sua melhor amiga e, secretamente, namorada. Acostumados a brincar juntos desde o nascimento da menina, ela o seguia sem pestanejar aonde fosse, até mesmo na oficina. Inteligente, astuta e observadora, havia aprendido o ofício do tio com rapidez e aos 13 anos já havia decidido seu futuro, com o apoio dos pais.

Sam havia passado a ser chefe do setor de oncologia do hospital no qual havia conhecido a sua família e Santana havia voltado ao seu posto na promotoria de antes do nascimento da filha. E apesar de sempre terem demonstrado vontade, a decisão de ficar apenas com uma filha foi unanime e pacífica.

Cabelos loiros, olhos espertos e sorridentes, porte atlético e um coração gigante. Brittany Lopez-Evans lembrava tanto Brittany Pierce que às vezes assustava, mas ao mesmo tempo causava alegria ao coração do casal: sua unicórnia voltara para ter seu amor de uma forma só fortalece o sentimento que havia nascido entre os dois no momento de mais trevas em suas vidas.

E enquanto Caleb e Brittany eram um chiclete, Charlie tinha verdadeira adoração por Carol e a seguia para onde quer que fosse. Bem instruído nas artes cênicas, primeiro pela madrinha e depois pela mãe, já havia protagonizado cinco espetáculos da escola de artes já tinha propostas para ingressar universidades conceituadas no curso de Artes Cênicas. Prestes a completar 17 anos, colecionava admiradores e algumas jovens fãs, mas ainda se considerava muito longe de ser um bom ator.

A princípio parecia que ninguém se interessaria pela dança, a grande paixão de Quinn, mas Barbra veio mudar isso. A caçula de Finn e Rachel, atualmente com oito anos, mas sabia andar quando tentou dançar. Nascida e criada dentro da escola de artes, se fascinava pela música clássica e os movimentos ousados e precisos. Ainda tão pequena, já tentava sequências longas e elaboradas que observava na tia e jurava que no futuro seria uma grande bailarina.

Rachel não havia feito faculdade e jamais pensara novamente em NYADA até a mesma procurar seu filho; Finn era atualmente diretor do colégio onde todos haviam estudado, cargo que ele exercia com maestria e paixão. Viviam atualmente em uma bela casa de dois andares próximo ao local de trabalho dele e vizinho a do casal Puckerman. Todas as manhãs Finn levava os filhos e Caleb para a escola e Rachel ia com Quinn para o trabalho. Carol apanhava o irmão e primos na hora do almoço, deixava Caleb e Brittany na oficina e seguia para a escola de artes, que havia sido batizada de Escola de Artes Rute Puckerman.

Aos sábados as famílias se reservavam a si próprias, deixando os domingos para estarem juntas. Iam sempre ao parque, mesmo com os filhos já mais crescidos e reclamões, porque havia se tornado um lugar deles.

O acidente ficou no passado para nunca mais ser lembrado. Carol nunca mais mencionou Shelby, apesar de ainda se relacionar com amigas e conhecidos daquela época e preservar boas lembranças. A mãe biológica de Rachel morreu não muito tempo depois de ser presa, mas não houve quem chorasse por ela. Nicholas Puckerman havia morrido anos mais tarde, bastante velho e acabado, durante uma briga na prisão.

E a vida seguia seu rumo, sem ninguém poder prever para onde ela ia. A cada manhã as previsões mudavam, as escolhas se refaziam, os destinos se reescreviam. Os sonhos iam evoluindo, o amor iam mudando, a maturidade ia chegando. Para aquelas “crianças”, a única certeza é que até o fim seus pais estariam juntos.

Porque quando se faz tantos sacrifícios, não é em vão. E Quinn, Puck, Rachel, Finn, Santana e Sam sacrificaram muita coisa, lutaram muito, aguentaram as maiores barras para conseguir chegar onde chegaram. E eram felizes por isso.

Porque, afinal, nunca é possível se arrepender do que fez por amor.


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Notas finais do capítulo

Caramba, acabou. Um ano, sete meses e alguns dias. A fic começou no dia seguinte a morte do Cory, embalada pela tristeza que eu sentia. E eu quis terminar ela em um dia alegre. Agora já é dia 18, mas ontem, 17, foi meu aniversário de 21 anos e terminei de escrever ela ontem. Um novo ciclo, um novo começo, uma nova fase.
Agradeço a paciência e compreensão de vocês, e espero que tenham gostado da história.
Beijos e muito amor
Waal
Ah sim, curtam a página no face *.*
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