What I Did For Love escrita por WaalPomps


Capítulo 30
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Seguinte: hoje é niver de alguém especial para caralho, minha queridissima Rafaelle Aranha, que ama um barraco. OU SEJA, vai amar esse capítulo.
PARABÉNS TITIA RAFA, TUDO DE MELHOR NA SUA VIDA LINDA ♥



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_ Santana, abre essa porta. – Sam socava a porta do flat da latina, irritado. Fazia duas semanas que ela não retornava suas ligações, e mais de um mês e meio que ela estava estranha. Desde que ela havia visto-o com Mercedes.

Agora era dia dos namorados, dia que eles sempre iam visitar Brittany. Por mais que fosse sair a noite com Mercedes, não abriria mão dessa tradição. Já havia ido ao cemitério, a promotoria, a casa de Noah, ao apartamento de Finn e ao hospital. Nem sinal dela.

_ A Santana saiu algumas horas atrás. – avisou Melody, vizinha da latina – Ela foi de táxi, então acho que foi beber.

Suspirou cansado, agradecendo e saindo do prédio. Entrou em seu carro e mandou uma mensagem desmarcando o encontro com Mercedes, dizendo que teria assuntos importantes a resolver. Sabia o bar onde Santana estava e sabia que não era um lugar onde coisas boas costumavam acontecer.

~*~

Finn estava sentado na poltrona do quarto de Rachel, em silêncio. Havia levado Charlie na casa do cunhado para que ele passasse o dia com os padrinhos, já que Quinn estava indisposta para sair. A conversa com o amigo ainda martelava sua cabeça.

_ Finn, quando você vai sair com alguém?

A pergunta do ex-badboy pegou o professor surpreso, o fazendo arregalar os olhos, chocado. Quinn já havia subido com Charlie para o quarto onde estavam os brinquedos. A casa nova ainda estava desarrumada, já que estavam desencaixotando as coisas aos poucos.

_ C-c-como? – Finn jurava não ter ouvido a pergunta do irmão de sua namorada direito.

_ Cara, eu sou seu cunhado, seu melhor amigo, e vai por mim, eu compartilho muito da sua fé que a Rachel vai acordar. Assim como eu tenho fé que a Carol vai voltar. – Puck suspirou – Mas eu tive que seguir em frente, pela Quinn. Pelo novo bebê. E você precisa seguir em frente pelo Charlie.

_ S-seguir em frente? – ele ainda não conseguia assimilar direito o que o amigo dizia – Puck, eu tenho um filho, um filho que eu não sabia existir até a mãe dele entrar em coma.

_ E é exatamente por esse motivo. Finn, Charlie precisa de uma mãe, você sabe disso. – Finn demorou, mas teve que concordar – Nós vamos ter fé na Rachel até o coração dela parar de bater, mas em mais de três anos, a única coisa que aconteceu foi ela apertar a mão de Charlie, dois anos atrás.

_ Eu me sinto traindo ela cara. – Puck concordou. Sabia como Finn se sentia, mais do que qualquer um.

_ Você acha que eu não passei por isso quando a Quinn me contou que estava grávida de novo? Quando saímos da casa antiga? Quando eu entendi que amo o bebê que está na barriga da Quinn assim como eu amo a Carol? – perguntou o moreno, vendo os olhos do cunhado úmidos – Finn, eu vou amar minha filha para sempre, até encontrá-la, assim como você vai amar a Rachel. Mas ficar estagnando sua vida, esperando ela acordar, privando o Charlie de ter uma família, não vai fazer bem para ninguém.

E Finn sabia que Puck estava certo. Sabia que Charlie precisava de uma presença feminina além das tias e da avó, precisava de uma figura materna que não fosse apenas a mulher deitada e adormecida.

_ Eu não sei o que fazer Rach. – sussurrou, pegando a mão magra de namorada – Eu quero tanto poder ficar aqui, esperando você. Mas parece que você está tão longe, tão inalcançável. E tem o Charlie.

A única resposta, como sempre, foi o silêncio.

Era tão difícil manter a fé, o otimismo, a cabeça erguida. Era difícil chegar ali todas as sextas-feiras, com Charlie animado, falando com a mãe sobre sua semana, e ver como ele ficava desapontado com a falta de respostas. Era desesperador constatar que, mesmo após quase três anos que o filho nascera, Rachel ainda não voltara.

_ Finn? – ouviu Samantha na porta, e virou-se para ela, vendo-a surpresa – Oh, me desculpe. Não queria atrapalhar.

Ele tentou sorrir em resposta, mas as lágrimas em seus olhos denunciavam que não era bem assim.

_ Está tudo bem? – perguntou ela, se aproximando devagar. Finn sorriu levemente, concordando – Bom, sabe que se precisar de alguém para conversar, estou sempre disponível.

Ele apenas concordou, vendo-a sair. Olhou para Rachel e suspirou, beijando a mão dela e se levantando. Caminhou até o corredor, vendo a enfermeira no balcão ao lado.

_ Samantha... – ela virou-se para ele – Que horas você sai?

~*~

Sam estacionou no bar em que havia conhecido Santana anos antes, suspirando. Não haviam voltado ali desde a noite do acidente, já que havia se tornado ainda mais doloroso para a latina. E por quase três anos, Sam não havia saído com ninguém que não fosse ela.

Entrou no lugar escuro, correndo os olhos em busca de Santana. Não tardou a encontrá-la, sentada em uma mesa mais afastada, tendo o pescoço beijado por uma loira com cara de prostituta. Por algum motivo, isso fez seu sangue ferver.

_ O que você faz aqui? – perguntou ele, atraindo a atenção de ambas. A loira olhou para Santana, que tinha os olhos em fenda.

_ Bebendo um pouco de uísque, enquanto a Honey me dá um pouco de carinho. – ela deu um sorriso bêbado, e Sam bufou, a pegando pelo braço – Hey, que poha você está fazendo Evans?

_ Te levando para casa antes que faça uma besteira. – ele foi até o balcão, pedindo a conta de Santana, enquanto ela ainda tentava se soltar – Fica quieta, ou eu chamo seu irmão.

_ Já tenho 26, ninguém manda em mim. – ela resmungou, desistindo de lutar, já que estava com o corpo muito mole. Ele suspirou, guardando a carteira e a pegando no colo, enquanto a loira na mesa grudava neles.

_ Pode ficar, você não é mais necessária. – Sam mandou, enquanto ia para o estacionamento. Colocou Santana no banco do passageiro e afivelou seu cinto, dando partida com o carro.

Não falaram por um bom tempo, enquanto ele observava a estrada e ela o rio. Logo, ela começou a ficar tensa e trêmula, e de repente, gritava desesperada.

_ PARA O CARRO SAM, PARA O CARRO. – ele entrou no acostamento depressa, vendo-a tirar o cinto e descer aos prantos. Ele a seguiu o mais rápido que pode, a abraçando apertado, enquanto sentia seu corpo todo tremendo com os soluços dela – Foi aqui.

_ Como você sabe? – ele sabia que ela estava inconsciente na hora do acidente, não poderia se lembrar.

_ Eu pedi para Finn me trazer aqui. – ela explicou, ainda trêmula e chorosa – É só que...

_ Eu sei, eu sei. – ele garantiu, a apertando mais contra si – Está tudo bem Sant, está tudo bem. Eu estou aqui.

Por algum motivo, isso aumentou o pranto dela. Ele não entendeu nada, apenas a segurou mais forte, tentando mostrar que tudo ficaria bem.

_ Sam, você não precisa mais cuidar de mim. – ela sussurrou contra o peito dele, e ele ergueu o rosto dela – Eu sei que você prometeu para a Britt, mas você fez tudo que podia. Você me ajudou muito, mas isso está começando a me machucar.

_ Te machucar? – ele estava confuso com as palavras dela, apesar de no fundo saber o que significavam.

_ Sam, eu to apaixonada por você. – as palavras saíram antes que ela pudesse controlá-las – No começo eu realmente achei que podia ser por conta da Britt, mas não é. Eu gosto de estar perto de você, falar com você, rir com você. Sua presença me faz tão bem e...

_ Santana. – ele a cortou, vendo que ela começava a chorar e se alterar. Ela o olhou com o rosto cheio de dor, e isso apertou seu coração, enquanto ele limpava os olhos dela – Por favor, acaba com essa espera e me beija?

Ela o encarou surpresa, enquanto via um sorriso brincando nos lábios incrivelmente grandes dele. Depois do que pareceu uma eternidade, ela se aproximou mais, colando seus corpos, e selou seus lábios calmamente.

Beijaram-se sem pressa, não se importando com o frio ou a escuridão que chegava aos poucos. Quando se separaram, ele a abraçou forte, deixando que ela escondesse o rosto em seu pescoço.

Em silêncio, ambos faziam o mesmo agradecimento. Sabiam que era o anjo loiro que estava no céu que os levava aquele lugar, para que tudo recomeçasse.

~*~

Finn voltou ao hospital, já devidamente vestido e com Charlie devidamente ajeitado na casa dos padrinhos, dessa vez para a noite. O rapaz caminhou até o quarto de Rachel, colocando as rosas vermelhas no vaso ao lado da cama.

_ Eu vou te amar para sempre, você sabe. – ele prometeu, beijando a testa dela – Mas eu preciso fazer isso, por mim e pelo Charlie.

Foi até a porta, vendo Samantha caminhar até ele. Ela usava um vestido preto justo, e sorria com a boca vermelha. Ele estendeu o braço gentilmente, e ela o enlaçou, enquanto ambos saiam conversando amenidades.

Se Finn tivesse olhado para trás, teria visto uma lágrima solitária escorrendo dos olhos que ele tanto esperava que se abrissem.


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Notas finais do capítulo

LEMBRANDO QUE HOMICÍDIO É CRIME E QUE SE ME MATAREM NUNCA VÃO SABER O FIM DA HISTÓRIA E TAL.
TCHAAAAAAU