Uma Vida, Um Destino! escrita por Akasha


Capítulo 10
Capítulo 10 - Rotina


Notas iniciais do capítulo

Pessoasss... Segue novo capitulo... obrigada aos que estão acompanhando a fic.



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_Com o tempo minha vida virou uma rotina. Eu trabalhava dia e noite. De dia na Ypsis. De noite no meu laboratório. Não estava chegando à conclusão nenhuma. Ao contrário de quando eu era criança meu sangue estava progredindo muito lentamente. Eu já estava perdendo a paciência. Enfim. Continuei estudado meu sangue e a reação com o veneno. Não dava certo. Meu organismo gerava uma overdose em contato com o veneno. Eu não agüentaria uma transformação. Isso era carta fora do baralho.


            Certo. Ser humana estando entre humanos não era tão ruim assim. Mas quer saber o que eu mais sentia falta em ser vampira? Meio que seja? O cheiro do sangue. Cheiro não, porque como o vinho o sangue tem aroma. O aroma do sangue. Ter que entrar em uma sala com 10 humanos ainda me deixa tensa por eu não conseguir sentir o aroma do sangue deles. Isso era deprimente.


            Depois de dois meses eu não agüentei mais meu cabelo. Ele era lindo. Perfeito. Adorável. Para vampiros. Então eu fui ao cabeleireiro. Certo. Alisa. Ela me olhou tipo “você está louca?” E eu olhei tipo “Isso não é da sua conta”. Alisa e Corta. Foi o que ela fez. Meu cabelo ficou escorrido. Até a metade das costas. Sem franja. AAAAmeiiii... Sabia que tia Rose teria um enfarte se ela tivesse um coração. Por sorte ela não tem. E vai sobreviver a isso. Eu realmente preferia ele cacheado. Mas não compensava o sofrimento. Fiquei mais adulta com o cabelo assim. Os cachos me deixavam muito angelical.


            Johnny achou estranho. Fiquei um pouco menos parecida com a irmã dele. Mas ele já tinha me aceitado. Não era mais a irmã substituta. Agora eu era a nova irmã. E nós não nos desgrudávamos. Íamos a muitas festas. Todos os finais de semana. E no nosso caso os finais de semana começavam na quinta. Nunca me esqueço do meu primeiro porre. Foi diferente. Eu nunca tinha bebido antes. Nem sabia direito se o álcool tinha efeito sobre mim ou não. Descobri que tinha. Eu tomei só um troféu de batida de morando naquela noite. Não me lembro de muita coisa. Só que quando estava na metade do troféu colocávamos mais vodka. Deve ser por isso que eu passei mal. Quase fui para no pronto socorro. Mas também depois daquela noite nunca mais bebi... Batida de morango. Na maioria das vezes eu não me lembrava direito como chegara em casa. Não que eu me importasse muito com isso.


            As únicas coisas que me tiravam da rotina eram os convites irrecusáveis de Aro. Que estavam se tornando freqüentes. Ele estava obcecado por meu sangue. E eu não sabia até que ponto isso era ruim. Mas se era para eu morrer então eu serviria de alimento para alguém. Eu já estava fazendo amizade com Demetri. Era sempre ele quem vinha me buscar. Não precisamos mais do paninho. O convenci de que me convenci que não adiantava lutar. E aquele negócio me deixava com olheiras durante dias. Eu não via mais Aro como um monstro. Mais como alguém muito solitário. Seus irmãos... Caiu e Marcus... não gostavam muito de mim. Mas Aro sempre foi o cérebro. Acho que isso os está incomodando. Não sei ao certo.Certa vez eu descobri o verdadeiro significado da citação “dois monólogos não constroem um diálogo”. Com Jane é claro. Eu falava com Jane tentando parecer amiga. – Jane, onde você comprou essa capa? – Jane falava comigo tentando me fazer parar de falar. – Cala a boca senão nem Aro te salva hoje!


            Aos poucos as lembranças me deixavam descansar um pouco. Mais elas berravam pra mim. Como naquela música da Pitty. “Memórias.. não são só memórias, são fantasmas que sopram aos ouvidos coisas que eu nem quero saber”. Principalmente as de Jake. Por mais traída que eu me sentia fui incapaz de esquecer nosso primeiro beijo. Posso ainda sentir o gosto. Foi o meu primeiro beijo. Aquela noite tranqüila agora me parecia a anos luz de distância. Ele me segurou em seus braços fortes. Em minha visão um ato quase que heróico. Sua respiração pesada. A minha nem eu sei onde tinha ido parar. Eu o agarrei e o beijei. Foi muito intenso. E então eu cai em mim e me afastei. Quando tentei me desculpar ele me beijou. Foi ainda melhor. Pois eu sabia que estava sendo correspondida. Mas não durou muito. Foi ardente e rápido. Não consigo esquecer da nossa tensão. Algo tão incerto. Tão estranho. Tão... tão... tão tudo. E como tudo que é bom foi rápido demais. Mas é como dizem. Tudo que é bom dura tempo bastante para se tornar inesquecível. Mas não passavam de lembranças que eu não queria estragar com as últimas revelações. Aquela noite. Aquela maldita noite. Aquele anjo. Que me roubou a imortalidade e a morte. Que fez com que eu me afastasse de minha família. Será que eu teria a oportunidade de reclamar dele a seus superiores? Eu realmente esperava que sim.


            De qualquer forma depois da noite em que eu terminei com ele, ele veio me procurar algumas vezes. Eu fui doce. Eu coloque a culpa em mim. Eu menti. E por fim eu tive que ser cruel.


 


Mini Flash Back!


 


- Nessie me escuta. Por favor


- Jacob me deixa em paz. Eu estou trabalhando.


- Eu te amo Nessie.


- Você vai se apaixonar por alguém que te mereça Jake, eu tenho certeza.


- Você sabe que isso não é possível. Você é o meu imprinting – Ele pegou no meu ponto explosivo.


- O que não é problema meu Jacob. EU NÃO TE AMO. Entende isso. Acabou e ponto. Saia da minha frente antes que eu peça para o Tio Emmett te fazer correr com três patas.



Fim do Mini Flash Back.


           


            Acreditem ou não. Isso doeu tanto em mim quanto nele.  Afinal. Se não fosse pela ajuda dele eu poderia nem estar viva neste momento. Mas eu estava decidida a superar isso.


            Dois anos haviam se passado desde que eu me mudei para Nova Iorque. Recebia a visita de minha família com freqüência. Mas nunca os fui visitar. Sabia que quando eu entrasse em meu verdadeiro lar seria difícil abandoná-lo novamente. Agora biologicamente eu tinha 15 anos. No mundo da fantasia que eu criei eu tinha 21. Decidi que essa era a idade perfeita. Minha idade. Eu teria 21 pra sempre.


 


- Bom dia Bela adormecida. – Era Bertha, minha house-keeper. Sem ela eu não sobreviveria. No inicio foi pior. Eu não me lembrava de comer. Era verdade que eu era uma negação na cozinha. Mas comida humana pra mim ainda tinha o mesmo gosto.


- Bertha me deixe dormir um pouco mais. É domingo. – Eu não gostava de ser acordada. Quando conseguir dormir era graças aos inibidores de sonho. E esses remédios me davam dor de cabeça.


- O Johnny está lá na cozinha causando devastação.


- Johnny?


- Levanta logo. – Ela falava assim comigo porque era como uma mãe. Bertha era uma mulher grande. Eu diria que tipo um armário 4X4. A versão feminina mais velha e mais humana do tio Emmett.


- Johnny o que você está fazendo aqui? – Ainda não acreditava que ele estava na minha casa.


- Vamos fazer trilha. Anda se veste.


- Você pirou né? Nem sob tortura que eu saio de casa hoje.


- A mais você vai sair sim Carlie. – Ele começou a fazer cócegas. Certo. Sob tortura eu iria sim. Não poderia matá-lo e sugar seu sangue mesmo.


 


            Fiquei pensando nisso enquanto me trocava. Sangue. Quantas vezes como humana eu burlei o lance de não beber sangue humano. Será que isso conta. Eu gostava de misturar sangue humano no chocolate quando eu fazia pipoca com chocolate para assistir filmes. Mas era sangue de pacotinho. Doado. Ninguém morreu por isso.


 


- Estou pronta. Mas antes de sairmos quero saber o porquê de você estar fazendo isso comigo.


- Porque eu vou encontrar a Janet e não posso chegar lá sozinho. – Certo. - Ele tava me fazendo ir caminhar no meio do mato só para ele azarar uma doida? Mas antes de eu protestar ele falou.


- Acho que encontrei a mulher da minha vida. Mas ela ainda não sabe. – Idiota.


- Tá bom Johnny. Vamos antes que eu te esquarteje e esconda seus restos mortais.


 


            Depois de uma viagem de aproximadamente 1 hora de carro (Se fosse eu dirigindo meu porsche nem levaria 10 minutos, de olho fechado. Com o olho aberto, preciso diminuir a velocidade senão meu corpo humano passa mal, uns 25 talvez) chegamos à reserva. Me lembrou a floresta que havia atrás da casa de meus avós. O chalé da reserva me lembrava do chalé onde eu vivi com meus pais. Este era muito menos charmoso claro, mas ... me fez sentir muita falta deles.


 


- Bom dia Janet – Quando Johnny falou o nome dela olhei rapidamente para ver de quem se tratava. Afinal ele era meu melhor amigo e eu precisava aprovar a moça. Ela era morena. Tinha uma estrutura pequena. Cabelos negros e olhos marrom. Usava óculos. Uma garota simples. Aparentemente. Pois até onde eu sabia seus pais tinham algum negócio como o Sr. Sparrow.


- Esta é minha irmãzinha Carlie. – Ele nos apresentou.


 


            Começamos a trilha. Era um grupo grande. Tentei me afastar um pouco para dar privacidade aos dois. Me afastei um pouco demais. Ouvi uns gritos. Saí da trilha. Meu senso de direção não tinha diminuído na transformação. Quando encontrei a origem dos gritos não acreditei no que eu vi.


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Notas finais do capítulo

Pessoal... por favor... deixem reviews....
Plissssssssssssssssssss
Até mais...



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