Herdeiros E O Filho Do Lorde escrita por Castebulos Snape


Capítulo 20
Golpe Baixo


Notas iniciais do capítulo

certo, obrigado pelos comentários (¬¬.), aqui está outro.



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POV.: Kate Stevenson

A escola inteira estava lá. Minha boca caiu e eu engoli em seco, a energia minguando quase que completamente. Cada aluno da escola estava nas arquibancadas, sacudindo bandeiras verdes e prata ou azul e prata, gritando nomes, apostas, gritos de guerra, quase identifiquei uma musiqueta por trás. Era como um sonho. Procurei Sev na multidão, meu coração pesando. Ele estava ao lado de Minerva, olhos em mim. Me acalmei imediatamente. Com ele ali. Nada nos aconteceria.

– Deus do céu! – Vlad parou ao meu lado, olhando tudo, boquiaberto. Duran riu dele, parecendo menos idiota. Mas continuava sendo, ser grosseiro com os outro só por medo de ser julgado por falta de dinheiro... Babaca!

– Olha o Satanás! – ele riu, mal percebendo que eu estava olhando para Neville do outro lado de Minerva, tão branco que parecia reluzir ao sol brando – Já ele, tá vendo?! Me ama! Não consegue me deixar em paz. Rimos.

Duran parou do meu lado e se abaixou para sussurrar em meu ouvido.

– Temos convidados.

Ergui os olhos para onde ele olhava. Atrás de Severus estava Quim, Harry e Jorge. Os três riam-se, observando tudo. Neville olhou os três sua expressão voltando ao que foi quando avistamos a campina com as suculentas da lua. Parecia tão humano, desejei poder deixa-lo assim sempre.

Não é hora de pensar nisso, Katherina!

Logo estávamos no ar e meu coração voltou a bater forte. Mal ouvi as recomendações do juiz, apenas o apito e subi o mais alto possível, ficando em cima de nossas balizas. Osni me sorriu, nervoso. Sorri de volta e me voltei para o jogo.

Percebi que Duran avançava com toda a velocidade pra longe de nós, goles embaixo de braço, um dos meus olhos estava no campo, fazendo meu trabalho, o outro olho estava percebendo o jogo. Duran quase chega às balizas com a bola, chegaria e marcaria sem duvidas, porque o goleiro deles estava de olho em Ayso.

Teriase não fosse por Bi. Eu mal vi minha irmã chegando, era um risco prateado no meio do jogo, desviou dos dois balaços, despistou Stella, e avançou por cima de Duran, tão rápida que eu mal via os cabelos ruivos.

– Vai ultrapassar e bater – comentou Osni, assombrado, olhei, ela estava realmente muito rápida, não conseguiria intercepta-lo sem derrubar os dois. Avancei com a vassoura, meus olhos voando para os corvinos, mas não havia preocupação neles – Deus, ela vai fazer.

Voltei os olhos, arfando. Sim, ela ia fazer. A velocidade diminuiu um pouco, o bastante apenas para eu ver minha irmã virando de cabeça para baixo na vassoura, segura apenas pelas pernas, o rabo de cavalo balançando, e roubando a goles dos braços de Duran, que mal notou sua aproximação. As arquibancadas se ergueram, Sev pareceu mais branco, Neville sorriu e Minerva ergueu as sobrancelhas.

Bi se balançou jogando a bola para o outro artilheiro, e Duran nem teve tempo de fazer nada, apenas xingar alto o bastante para Osni e eu rimos. Ayso Derrubou a goles em Karina com um balaço e quase derrubou o artilheiro, sendo aplaudido e ovacionado.

Duran começou a apontar para o campo, olhando para mim, incisivo, neguei a cabeça, maluquinho o coitado. Subi mais avistando um ou dois vislumbres dourados, reflexos, avancei duas ou três vezes para o chão, quase fazendo o outro apanhador bater com as fuças no chão, mas nenhum de nós pegou o pombo, nem vimos o objeto com um pouco de clareza. Voltei para cima.

130x125 para a Corvinal, precisávamos daquele maldito pombo. Eu não podia perder. De jeito nenhum. Isso não era coisa de sonserina.

– Ei, apanhadora! –olhei, o outro apanhador, acho que seu nome e Dexter, ou algo assim, estava ao meu lado, uns três metros longe, em seu rosto um óculos de aviador brilhava ameaçadoramente – Tenho um recado para você! – o olhei por um segundo, sem entender, então me voltei para um Matthew (esse nome combinava com ele), ele deu de ombros, rindo – É muito importante!

Um balaço passou por nós, fazendo com que os dois subíssemos. Osni riu-se, afastando a goles. O apanhador se afastou vários metros, serio, algo me incomodou, algo familiar.

– A família sempre se separa, não há nada que você possa fazer, sonserina – seu rosto mudou, fazendo meu coração doer, a mesma expressão de Vick naquela noite, do elfo de Neville quando colocou o liquido no chá... Tinha algo errado.

Puxei a varinha. Osni estava concentrado no jogo, os olhos das arquibancadas olhavam nossos artilheiros avançarem para as balizas, sendo prosseguido pelos outros artilheiros. O corvino avançou para aquela direção, olhos faiscantes em Bi. O mundo pareceu desacelerar.

Duran percebeu meus movimentos e observou o que estava acontecendo. Acelerei com tudo, achando que nunca conseguiria.

– Bi! –gritei, ao fundo Matthew gritava pelo juiz. O jogo parou. O barulho por trás silenciou. Notei cada detalhe, cada expressão. As arquibancadas se ergueram quando a adaga brilhou. Os artilheiros que lutavam pela goles recuaram sem saber o que era aquilo, mas Bi tinha os olhos em mim, sem saber o que fazer.

Eu estava à uns seis metros, braço esticado, quando o goleiro corvino avançou para o apanhador, tarde demais. Beatrice se curvou para frente quando a lamina entrou em seu estomago. Engasguei, sem acreditar.

O time Corvino não reagiu, estavam surpresos demais. Apenas o goleiro reagiu, colocou Bi em sua vassoura e recuou com ela, a vassoura brilhante caindo em aspirais. As arquibancadas se agitaram, mas o barulho não chegou em mim. As roupas azuis se tingiram de algo, mal percebi a cor e senti o significado chegar em mim aos poucos. Sangue. Meu sangue. Bi.

A sonserina se ergueu comigo, cada um se pondo ao lado de um corvino, apoiando. Sendo algo que a sonserina não era.

Ouvi Duran gritar meu nome e agarrei o bastão que ela me jogou. Ayso colocou um balaço na minha direção e eu o coloquei bem nas costas do desgraçado. Eu queria ver seu sangue também. Ele quase cai da vassoura, mas apenas grita e avança para o chão. O ódio me subiu, seu grito não me era o bastante.

Sonserino seguravam corvinos, impedindo-os de me prender e me precipito ao chão. queria matar aquele desgraçado, queria que sangrasse, que sentisse dor. Rangi os dente e ergui o bastão, percebendo que minha varinha não estava mais em minhas mãos.

– Morra! – o juiz me segura por trás, fazendo com que a minha vassoura parasse de brilhar. Mas eu não ia desistir tão fácil. Empurrei-a com os pés, impulsionando-a na sua direção. A vassoura rodopiou e bateu em suas costas, jogando-o no chão uns quatro metros de distancia. Desejei ouvir seus ossos quebrando – Me solta! Me solta, eu vou matar ele, vou acabar com sua raça.

Matthew surgiu na minha frente, me tirou do colo do juiz, me sentando em sua vassoura. Eu mal ouvia o que ele sussurrava para mim, apenas cravei minhas unhas em meu próprio braço, serrando os dentes. Quando estou furiosa simplesmente não sinto dor, podia morder meus dedos até sangrarem, mas nem me abalaria.

Assim que chegamos no chão vi minha varinha caída, com a ponta enterrada na areia. Era minha chance, ele estava sendo atendido à alguns metros dali. Era só pegar a varinha e amaldiçoá-lo. Soquei Matthew no estomago e me joguei na varinha.

– Não! – Neville agarrou meu braço e o torceu, me puxando para seus braços e esmagando meu peito – Pare de lutar, sua vadiazinha, pare! – e me sacudiu.

Hermione pegou minha varinha, já estava com minha vassoura no ombro. Sua expressão era de puro alarme, mas parecia tentar relaxar e se concentrar. Pedi para que ela fizesse Neville me soltar, mas a professora apenas sorriu, talvez tentando ser tranquilizante.

Por cima de seu ombro, vi Sev levar Bi dali, se enchendo de sangue. Acima de nós, os times se apoiavam, era algo que eu nunca imaginei ver, era como se a Sonserina vestisse o manto vermelho da Grifinória. Nós também podíamos amar.

Tentei me libertar, enquanto via minha irmã sumir do outro lado do campo.

– Me solta, seu verme! – ele apertou mais, fazendo-me gritar – Beatrice!

POV.: Severus Snape

O sangue em minhas mãos parecia esfriar o mundo em todos os sentidos possíveis e imagináveis. Beatrice parecia tão pequena quando a pequei em meu braços, estava tão fria e pálida. Me senti invadido, como se aquela adaga estive em mim.

Coloco o cabelo para trás, daria tudo para saber o que estava acontecendo lá dentro, os médibruxos que chamaram as pressas não faziam nenhum som. Eu era a família, droga, não podiam avisar se ela estava bem, se teriam realmente que transferi-la, que feitiço tinham colocado na adaga pra ela estar daquele jeito... olhei para a porta. Eu era a família?... Sim, eu era sua família, seu tutor.

– Eu devia ter notado que tinha algo de errado.

– Como está Bi? – ergui os olhos, Fred Weasley, seu pai, Lupin, Potter, e os times de Quadribol que jogaram hoje estavam todo com uma expressão apreensiva,

– Não sei. Os médibruxos acham que tinha algo mais na adaga, algo bem cruel. O garoto nem sabe o que era acabaram de tirar o Impérios dele, o pobre coitado está gritando de dor em algum lugar, estão achando que vai acabar enlouquecendo nesse ritmo... Onde está Kate?

– Achamos que estivesse com o senhor – Lupin olhou em volta, como se ela fosse surgir de uma parede.

– Neville e Hermione a levaram – Potter falou displicente. Meu coração pulou uma batida – Foram eles que a tiram do campo.

– Droga.

Corri para a sala de Neville. Tinha alguém tentando matar minhas meninas. Aquele maldito não estava agindo normalmente. Podia muito bem estar sob o efeito da maldição Impérios, e matar tanto Kate quanto Hermione. Corri pelos corredores ignorando o burburinho que tudo aquilo causava.

Se aquele imbecil machucasse minha menina ele era um idiota morto. Abri sua porta com tudo, as a sala estava vazia. As plantas das paredes se eriçaram com o som, esperando carne, pareciam não comer a dias. A sala estava imunda, como se Longbottom não deixasse os elfos entrarem ali. Tinha algo de errado com aquele cretino.

Me voltei na direção da sala de feitiços e corri para lá, se Hermione estava com eles, levaria Kate para lá. Ia estrangular os três, e ia caprichar em Kate por ser tão impulsiva. Abri a porta devagar, varinha em punho.

Kate estava presa nos braços de Hermione, lutando e soluçando, congelei, minha menininha. Longbottom estava sentado na mesa, sua expressão estava quase divertida. Me perguntei porque estava tão escuro.

– Cale a boca, Neville, você não está ajudando, ninguém aqui tem o direito de julgar Kate.

– Eu não estou julgando ninguém! – ele segurou o riso, me segurei para não erguer a varinha– E nem estou mentindo, ou estou Katherina? Ela ia matar o menino, não é algo vergonhoso. Acho que se trata mais de uma tradição de família do que qualquer outra coisa.

– Cale a boca! – Kate conseguiu sair do aperto o bastante para se voltar para Neville – Cale a boca, seu idiota!

Minha menina.

A cor subiu no rosto dele, deixando-o com a aparência mais doentia do que antes. Como eu não reparei naquilo? Hermione segurou Kate, mais protetora que qualquer coisa.

– Do que me chamou, sua pirralha?

– De idiota – respondi, os três se voltaram para mim, abri mais a porta, deixando a luz entrar – O que não está errado. Se afaste da minha menina – levantei a varinha, Hermione deixou a boca cair. Ergui a mão, olhos ainda em sua expressão sarcástica – Venha, Kate, vamos ver como sua irmã está!

Ela se libertou e me abraçou, estava trêmula, e o rosto estava da cor do cabelo.

– Está zangado?

Puxei-a dali, sentindo-me relaxar tento, pelo menos, um dos meus tesouros ali. Guardo a varinha. Notando que a dela estava presa à seu cinto.

– Estou furioso e preocupado. O menino que você tentou matar está prestes a enlouquecer de dor, Bi será transferida para o hospital por causa de algum feitiço na adaga, e tem um maluco que trabalha comigo que tem sérios problemas com você.

A cor se foi de seu rosto, deixando apenas as marcas das lagrimas.

– Esqueça Neville! Bi... Ela vai...? – ela não conseguia terminar a frase, sua voz estava dorida. Eu não conseguia nem imaginar aquilo, nem sequer imaginar. E, ainda sim, não conseguia responder.


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