Parecia um daqueles sonhos em que você tem que correr, correr e correr, até que seus pulmões explodam.

Eu não sabia exatamente do que estava correndo, mas com certeza era algo perigoso. Estava escuro e era uma floresta com árvores extremamente altas – e assustadoras.

De repente, algo me jogou a vários metros adiante de onde eu estava. Senti barulho de ossos se quebrando, mas não me importei. Eu só queria fugir.

Ouvi passos. Eram calmos, e assustadoramente ocos. Comecei a arfar e senti as minhas mãos suarem de medo.

Surpreendentemente, nada me atacou. Comecei a ouvir apenas o vento fortíssimo que soprava, que congelava o meu corpo.

O estranho me pegou pelos braços, levantando-me. O que estava acontecendo?

Senti seu hálito frio em meu pescoço. Quando comecei a achar que iria sobreviver àquilo, senti algo cravar meu pescoço, com uma força surpreendente: presas.

Gritei de dor e comecei a me debater, mas aos poucos fui perdendo a minha força, sendo largada no chão.

Eu sentia aos poucos a sonolência me dominar, denunciando a minha inevitável morte. Com dificuldade, olhei para a minha direita, conseguindo ver o rosto do assassino.

– Damon? – sussurrei, antes de fechar meus olhos para a morte.