–Hey! Inoue! Você não vai à faculdade hoje?

–Hoje é sábado, acorda Ichigo!

–É mesmo...

–E como vai o seu braço, Kurosaki-kun?

–Esta bom...

–Que ótimo!

Depois do ocorrido na noite passada, Ichigo e Inoue agiam normalmente, tomaram café juntos e conversaram bastante.

–Renji! Chega aqui rapidão! –Chamou Ichigo, já saindo da sala, onde estava com Inoue.

–O que é?

Ichigo subiu as escadas, em direção ao quarto, entrou e trancou a porta certificando-se que ninguém os acompanhara.

–O que você disse para a Inoue? Eu sei que ela te perguntou sobre ontem...

–Eu não disse nada não! Relaxa... Posso ser burro mas, não sou idiota! (N/A: Frase genial do Renji, concordam?)

–Não disse nada mesmo? –Indagou Ichigo desconfiado.

–É! Eu disse que não sabia de nada...

–Ufa, menos mal. -Falou Kurosaki aliviado. -Eu quero pedir a Orihime em noivado!

–Sério mesmo Ichigo? Achei que você estava só de zoa...

–Sim! É sério, mas o que Rukia me disse ontem não sai da minha cabeça.

–E o que ela disse?

–Se amar a Inoue é o “verdadeiro desejo da minha alma”.

–Nossa, que profundo isso. -Disse Renji.

–É bem profundo... –Suspirou kurosaki. -Mas tem outra coisa que quero falar com você... Ontem Rukia estava fugindo de algo e quando ela me beijou não foi espontâneo. Sei que não foi... Tem alguma coisa acontecendo! Alguém estava observando a gente e senti que não teria outra escolha a não ser beijá-la. O que você sabe Renji? Esta escondendo algo? Ah, além disso... Olha só!

Ichigo pegou um canivete no fundo de uma gaveta e jogou-o no colo de Renji, que estava sentado na cama.

–O que é isso? –Disse Abarai indiferente.

–É o canivete que aquele infeliz usou pra me cortar. –Respondeu.

–Sim, mas idaí?

–Olha só o emblema que tem nele...

–Hey, esse é o emblema da gangue de Karakura?

–É. Agora, eu adoraria acreditar que aquele pé rapado estava atrás da Rukia só porque ela era uma mulher sozinha na noite. Mas não consigo. Alguma coisa me diz que tem uma treta ai... O que você sabe Renji? Diz logo!

–O que? E-eu? Não sei de nada não... -Disse nervoso, mentir nunca foi o ponto forte do ruivo.

–Eu sei que você esta escondendo alguma coisa, fala logo cara!

–Não, não. Você esta enganado, eu não sei de nada!

–Você nem sabe disfarçar, é obvio que você sabe de algo, isso ta escrito na sua testa!

–Não! Eu não sei de nada disso não. Você ta confundindo as coisas!

–Ta, ta, ta! Tudo bem, não fala nada não. -Contentou-se Kurosaki, obviamente ele já tinha se irritado com Renji.

Ichigo pegou o canivete e o guardou no fundo da gaveta novamente, pois não queria que ninguém mais descobrisse sobre aquilo.

–E quando você vai arrumar um lugar para morar em?

–Estou vendo isso ai! –Disse Renji sem graça.

–Veja logo então. –Solicitou Ichigo. -É bem chato ter que olhar pra sua cara todos os dias! –Brincou.

–E você acha que eu gosto de ficar aqui também? Você e Inoue ficam se pegando o dia inteiro e eu fico com cara de trouxa... –Reclamou Renji.

–Você não devia reclamar afinal esta na minha casa!

–Ok, ok. Ichigo! Já que hoje é sábado vou passar o dia fora... O dia e a noite.

–E tu vai aonde posso saber?

–Não. –Gargalhou Abarai.

–Deixa-me adivinhar então –Sugeriu Ichigo. -Vai pra noitada?

–Que mané noitada! Tenho problemas de mais para resolver, não tenho tempo pra noitadas –Resmungou.

–Tem problemas de mais para resolver? –Indagou Ichigo como um detetive. - E esses problemas tem relação com a Rukia não é?

–Não cara. Esquece isso. -Disse o ruivo desviando o olhar.

[Enquanto isso...]

–Entendi! Então o senhor não poderá voltar para o Japão essa semana é isso?

–Sim, tem algo de errado acontecendo com os passaportes, aliás, não com os passaportes, e sim com o departamento que cuida da vigilância de entrada e saída de gente dos países. Isso virou um problema generalizado. Esta virando um caos. Estão dizendo que o departamento de relações exteriores teve um blackout ou algo assim. Então ninguém entra ou sai do país.

–Então esse é um problema em nível mundial concorda? Pense bem, se fosse só ai na Alemanha não teria problema em sair do país eu acho. Provavelmente tem algo de errado com o departamento do Japão também.

–É, pode ser. São que horas ai, Uryuu?

–09h47min.

–Nossa! Ai esta bem cedo... Eu preciso descansar, afinal, esta história de aeroportos acabou comigo. Vou indo, filho!

–Ok, até mais pai.

Ishida desligou o telefone um pouco pensativo com a conversa que acabará de ter com o seu pai. Arrumou-se e saiu de casa para dar uma volta. Vestiu uma calça Jeans clara e um blusão branco.

–Muito estranha essa história; Se isso se mantiver por mais tempo, será uma catástrofe global. -Pensou sobre a conversa com seu pai. -Só de imaginar que em pleno século XXI tenhamos esses problemas... –Resmungou. -Porque será que não se pode dar vistos nos passaportes?

Uryuu caminhava com as mãos nos bolsos desatento, comprou um doce em uma loja de conveniência e iniciou uma caminhada pela orla do rio que cruzava a cidade, contudo, teve sua linha de raciocínio interrompida por uma voz máscula o chamando, era Sado.

–Hey, Ishida!

–Sado!

–Olá. –Disse Chad estendendo a mão para cumprimenta-lo.

–Olá! Como tem ido? –Falou Ishida estendendo a mão em resposta a Sado.

–Vou bem. –Respondeu ele.

–O que veio fazer por aqui?

–Eu vim falar com você mesmo.

–Comigo? O que foi? -Perguntou Ishida surpreso.

–Você sabe onde a Rukia esta?

–Cara, eu não vejo a Rukia a um tempão. Desde quando ela foi embora para os E.U.A estudar. Pra ser mais exato, não falo com ela desde quando terminou com Kurosaki. -Completou Ishida.

–Entendi. -Disse Sado.

–Mas por que queria saber assim tão repentinamente?

–Rukia esta aqui no Japão. Tenho que vê-la.

–Ah, sim ela esta no Japão há quase um ano já. Quando ela terminou os estudos nos E.U.A voltou pra cá e começou a trabalhar com o irmão dela no banco. Se você procurar o Renji ele poderá dizer onde ela esta!

–Hun...

–Eu também gostaria de vê-la. –Disse Ishida.

–Obrigado Ishida. Até mais. –Despediu-se Chad.

–At-até... Mas que papo estranho! –Suspirou Ishida. -O que esta acontecendo? Ta tudo estranho hoje...

[Em algum lugar de Karakura.]

–Porque você fez isso, Aizen? -Perguntou um jovem de cabelos prateados e olhar sínico. Seu tom de voz era inconfundível.

–Vou te explicar Gin... -Sorriu Aizen calmamente. -Eu quero impedir que ocorram voos aqui para o Japão temporariamente. Assim, quando puder fazer viagens pra cá novamente, vamos ter lotações nos voos.

–Mas no que isso vai te ajudar? -Mais uma vez Gin se faz de desentendido.

–Simples, com os voos lotados, vai ser necessário aumentar a fiscalização nos aeroportos. O que vai deixar os portos livres de fiscalização pesada, possibilitando assim a chegada de mercadoria ilegal.

–Ah! Entendi! -Disse Gin finalmente.

–Mas só para garantir, contratei terroristas para anunciar um ataque. Eles dirão que tem bombas a bordo dos voos dos próximos dias. Isso obrigará as autoridades do mundo inteiro ficarem em alerta e duplicar a segurança nos aeroportos. Deixando os portos e estradas ainda mais vulneráveis.

–Nossa! Você realmente pensou em tudo. –Disse Gin.

–Com a chegada das mercadorias, poderei continuar com meu plano. –Sorriu Aizen.

–Mas você não acha que o Presidente vai ficar de braços cruzados né? -Gin rebateu, sarcástico.

–Yamamoto não sabe de nada ainda. –Retrucou ele.

–Mas se ele souber pode usar sua influência e dinheiro para acabar com agente... –Disse Ichimaru em um tom de lamento e tristeza.

–Realmente, se o Yamamoto souber de algo vai ser um grande problema. Mas meu plano é como uma doença, se não for tratado no início, fica mais difícil de resolver depois... Por essa razão estou aumentando o poderio e pessoal de Las Noches. Com isso ficarei seguro até meu plano entrar em fase final. E na fase final nosso querido "chefe" já terá feito a parte dele. Além do mais, acho que não será difícil obter o apoio do México nisso, concorda?

Gin sorriu

–Entendo. Então você comprou a corporação Las Noches para fazê-la crescer tanto quanto o G13. Não tinha noção de que você tinha capital suficiente para comprar uma corporação inteira como a Las Noches.

–Sim, Las Noches agora é minha, mas você sabe que o maior financiamento veio do "Chefe". Eu quero fazê-la crescer o suficiente para desbancar o império do G13 e conseguiu assim concluiu meu desejo.

–Isso não vai ser nada fácil. –Disse Gin desacreditado. -Desestabilizar uma corporação inteira como o G13, que tem influência mundial não é fácil...

–Não é fácil!? –Disse Aizen com um tom de voz quase que indeterminado, que deixou Gin sem saber se ele tinha feito uma exclamação ou pergunta. -Os preparativos estão quase prontos. Logo, logo serei dono da corporação mais poderosa do mundo!

–E quanto tempo acha que isso levará? –Perguntou Gin.

–Hun... Acho que aproximadamente um ano!