–Eu preciso correr! –Dizia Hitsugaya colocando as roupas rapidamente- A reunião do G13 começará em minutos! Não posso chegar atrasado, as pessoas que lá estão dependem de mim!

Hitsugaya estava nervoso e com uma feição preocupada, agia rapidamente, fazendo tudo no extinto sem nem mesmo pensar.

–Hinamori pode estar correndo perigo! –Pensava ele enquanto descia as escadas do hotel onde estava rapidamente- E a Matsumoto não me atende! Merda! –Bradava ele, loucamente, com o celular em mãos apertando-o com tamanha força que poderia quebrá-lo- Matsumoto, aquela... Quando eu mais preciso dela...

–Preciso correr!

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–Vocês já devem saber o que agente vai fazer né... –Disse Grimmjow, olhando com indiferença os demais-

–Claro, chefe! –Disseram todos em coro-

–Causem o caos! –Falou Grimmjow agora com um sorriso psicopatico-

Grimmjow observava seus homens irem em direção ao local combinado, todos em carros e fortemente armados. Lembrou da tarefa que Aizen dera para ele, usar a gangue dele para causar um caos em Karakura. Grimmjow odiava receber ordens, ele era orgulhoso. Mas, no fundo, ele havia gostado da tarefa. A gangue de Grimmjow era composta de 15 pessoas, pessoas que ele até gostava, pessoas de confiança. Era sua gangue pessoal. Todo o restante da facção dele era composta apenas de bajuladores sem igual...

–Isso vai ser divertido! –Disse Grimmjow fechando os punhos e respirando fundo-

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Lado leste de Karakura, Cafeteria Doce de Mel.

Rukia e Yoruichi viram-se encurraladas, três mulheres adentraram na cafeteria, rendendo todos os clientes de forma rápida e ágil, era claro que já tinham experiência na prática. Em um ato súbito, Yoruichi jogou a grande bandeja que havia na mesa dela nas mulheres, distraindo-as tempo o suficiente para que conseguisse seguir pela “rota de fuga” que já havia planejado. Yoruichi puxou Rukia pelo braço rapidamente, levando-a em direção a cozinha da cafeteria, onde ela já sabia que tinha uma saída para os fundos do estabelecimento, porém, ao sair, encontraram outra mulher, já a esperando-as.

–Não irão fugir. –Disse a mulher loira com um olhar inexpressivo-

Yoruichi ignorou o que a loira havia falado, não tinha tempo para perguntas ou análises, em um ato veloz, Rukia e Yoruichi dispuseram-se a correr em direção a esquina, logo depois de ter derrubado latas de lixo que havia no caminho para dificultar o trajeto de perseguição que a loira faria atrás delas. Assustadas e preocupadas, ambas corriam sem nem mesmo olhar para trás.

–O que faremos Yoruichi-Sama? –Perguntou Rukia apreensiva e desperada-

–Não pare de correr! –Disse Yoruichi puxando Rukia em meio a multidão de pessoas-

Continuaram a correr pelas ruas cheias da cidade de Karakura. Não era comum tanto tumulto a esse horário do dia. Olhando ao redor, procurando o motivo de tanto alvoroço das pessoas, Rukia viu três a quatro homens, encapuzados, atirando contra um carro Forte que ali passava, eles gritavam enquanto trocavam tiros com outros policias. Sem escolha, Yoruichi continuou a correr, enquanto a loira já estava se aproximando rapidamente. Em um súbito ato, procurando sair da linha de fogo dos tiros e do tumulto, Yoruichi puxou Rukia para dentro de um prédio, onde outras pessoas desesperadas e desoladas entravam causando um enorme tumulto. Subiram até o terceiro andar, que era o último.

–O que faremos? –Disse Rukia tentando esconder seu medo e desespero-

–Vamos sair daqui. De algum jeito. –Respondeu Yoruichi, tentando transmitir calma a Rukia para que ela não se desesperasse, afinal, Yoruichi já tinha passado por situações bem piores quando era da polícia federal- Parece que a loira não viu agente entrando por causa do tumulto. –Disse ela olhando discretamente pela janela- Vamos aproveitar esse tempo para nos acalmar e pensar no que faremos.

Rukia olhava para outras pessoas que estavam chegando ao terceiro andar, procurando abrigo do tiroteio, e sentia o remorso e terror na face de todos com facilidade, pessoas desesperadas e insanamente assustadas com a situação passavam de forma descontrolada por Rukia, que cada vez mais, se perdia em seus pensamentos pessimistas. Yoruichi notando o olhar distante e solitário dela tocou em seu ombro acalmando-a.

–Parece que esse tiroteio não é por acaso... Acho que isso já foi planejado para causar caos na cidade e distrair as autoridades do verdadeiro foco... Nada bom. –Disse Yoruichi, analisando a situação preocupada- De qualquer forma, não podemos ficar aqui, precisamos sair...

–Tem razão. –Concordou Rukia-

–Mas... Como iremos sair? Alguma idéia?

–Tenho uma... Mais acho que não daria muito certo!

–Conte-me. –Disse Yoruichi olhando-a curiosa- Vou aproveitar e ligar para o Urahara. Não podemos continuar nessa situação...

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–Matsumotoooo! –Gritava Toushirou no celular, correndo entre a confusão de pessoas que estavam passando pela rua-

“Olá! Aqui é a Matsumoto Rangiku falando, no momento eu não posso te atender, ou simplesmente não quero te atender, então por favorzinho, deixa um recadinho aqui que talvez eu te ligue de volta! Beijos calientes.”

–Maldita!!! –Gritava Hitsugaya em fúria-

Hitsugaya corria rumo ao prédio principal do G13, aonde todos os assessores e sócios iriam se encontrar para uma reunião bimestral. Um pouco confuso e sem saber o porquê de tantas pessoas estarem correndo para a direção oposta a sua, Hitsugaya, em um piscar de olhos, viu-se em meio a um tiroteio, onde tinha um carro Forte tombado e por volta de quatro “bandidos” atirando loucamente contra as viaturas polícias que tinham ali. Sem muita escolha, ele virou na primeira esquina que viu, correndo por um beco estreito e úmido.

–UM TIROTEIO? SÉRIO ISSO? –Dizia o jovem correndo ainda em direção ao G13- Aizen... -Murmurava ele, saindo da área de confronto rapidamente. Apesar de desesperado com aquela situação, Hitsugaya estava determinado a chegar ao G13, o que o fez ignorar o sangue, o desespero, o caos e gritos de tormento que invadiam sua mente-

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Prédio principal da Corporação Gotei 13, sala de reuniões.

–Vamos começar a reunião... –Disse Yamamoto, de forma calma e serena-

–Mas... Esta faltando gente... –Observou Komamura-

–Não importa, os que estão aqui são mais que suficientes... –Respondeu Yamamoto ainda sem nem ligar para esse fato-

Presentes na sala estavam: Yamamoto, Soi Fong, Unohana, Byakuya, Gin, Kyoraku, Ukitake, Mayuri, Zaraki, Tousen e Komamura.

–Primeiramente, eu quero saber o que foi resolvido referente ao “roubo” no banco G13. Não posso tolerar isso, já que, boa parte da finança do G13 é guardada no banco... –Disse Yamamoto, dando início à reunião-

–Estou trabalhando para achar o culpado e puni-lo. –Disse Soi Fong-

–Não é necessário; Já puni o responsável... –Falou Byakuya-

–Você sabe muito bem que o Renji não é o verdadeiro culpado Byakuya... –Retrucou Soi Fong- Estou investigando e, na verdade, já tenho 70% de certeza de quem seja-

–Pode ser tarde de mais, Soi Fong. O culpado pode estar longe de mais já... –Disse Aizen, entrando na sala lentamente- Não acredito quer começaram a reunião sem mim... Que feio! –Sorriu-

–O culpado pode estar longe... –Falou Soi Fong- Ou mais perto do que imaginamos... Não é mesmo?! –Indagou ela a Aizen com um sorriso maroto no rosto. Aizen indiferente com o comentário dela, apenas sorriu-

–Aizen Sousuke! –Chamou Yamamoto- O que tem a dizer sobre os vôos que foram cancelados?

–Foi uma falha no sistema. E depois da ameaça terrorista não tive escolha a não ser impedir os vôos para o Japão; O presidente não impediu minha proposta, ele até concordou e ordenou que impedissem os vôos. –Respondeu ele, agora se aproximando dos demais, ainda lentamente-

–O presidente do Japão, concordou em impedir os vôos? Isso é estranho de mais. –Pensou Komamura- Nem mesmo eu que sou chefe do senado nacional fiquei sabendo!

–Mas agora já estabilizamos a situação... –Completou Aizen-

–Entendo... –Falou Yamamoto, depois de um longo período de silêncio na sala- Vamos prosseguir a reunião, todos devem prestar contas de suas finanças e departamentos.

–Tem algo de errado aqui. O presidente não impediria os vôos para o Japão durante três dias. Tem algo muito errado. –Pensou Komamura indo em direção a Zaraki- Zaraki. Posso lhe perguntar algo?

–Diga... –Respondeu Zaraki-

–Quando o exército nacional foi acionado para fazer a segurança nos aeroportos do Japão, durante essa ameaça terrorista, algum dos esquadrões sobre seu comando estava lá?

–Não. Nenhuma divisão minha foi para aeroporto nenhum, ninguém deu ordens para ficar em aeroporto... –Responde Zaraki-

–Estranho... –Disse Komamura mais pra si do que para Kenpachi-

–O que?! –Indagou Zaraki-

–Nada. É que estou suspeitando de algo...

Após falar com Zaraki, Komamura seguiu até Soi Fong.

–Soi Fong. –Disse Komamura- Vou direto ao assunto...

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Lado Oeste de Karakura, Sex Shop do Urahara.

– O que vamos fazer? –Perguntou Renji, preocupado e impaciente-

–Você vai atrás delas... Eu vou me preparar e ir logo depois. –Respondeu Urahara-

“Rukia...” Pensava Renji partindo em direção as coordenadas que Urahara tinha lhe dado. Estava muito preocupado com o bem-estar da pequena morena e é claro, ele não queria deixar que nada de ruim acontecesse para ela, pois havia jurado.

–Eu vou te salvar... –Pensou-

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Lado leste de Karakura, proximidades do prédio G13.

Yoruichi e Rukia haviam saído do pequeno prédio que estavam sem ser notadas, pois estavam trajando roupas diferentes.

–Sua idéia não foi ruim. Conseguimos sair sem ser notadas. –Disse Yoruichi, parabenizando a idéia de Rukia de trocar de roupas. Agora Rukia trajava um longo vestido amarelo, óculos escuros e seus cabelos estavam enrolados em um “coque” no alto de sua cabeça. Yoruichi estava de bermuda jeans e uma camisa de manga comprida lilás, com os cabelos escondidos por uma espécie de boina. Todas essas roupas foram trocadas ou encontradas no prédio-

–Vamos para o ponto de encontro que marcamos com o Urahara. –Disse Yoruichi-

–Não acredito que o tiroteio ainda esta rolando. –Observou Rukia-

–Aqueles caras estão fortemente armados e, com certeza, chegaram mais reforços para eles. E não acho que foi por acaso eles começarem um tiroteio logo por aqui, essa é uma das avenidas principais, que ligam o lado leste ao lado oeste da cidade. Isso é tudo uma tentativa de impedir o acesso a algum ponto específico por aqui, mais provavelmente a sede da corporação G13. Pode reparar, não tem nem mesmo uma alma viva pelas proximidades, já que a polícia interditou o perímetro. –Analisou Yoruichi- Se não passássemos escondidas...

–Tem razão, agora devemos chegar ao ponto de encontro o quanto antes. –Falou Kuchiki-

Yoruichi e Rukia iam rapidamente pelas ruas da cidade em direção a uma antiga fábrica de pneus, que atualmente estava sendo desapropriada para construção de um parque de diversões.

–Chegamos. –Disse Yoruichi entrando na antiga fábrica seguida de Rukia. A fábrica era um local muito grande, um galpão com máquinas e pneus velhos jogados por todos os lados. Tinha apenas uma sala em todo o galpão, provavelmente era onde ficava o escritório. Logo atrás da fábrica havia o antigo refeitório para os operários e um pátio. O aspecto de abandono era evidente, tudo estava sujo ou quebrado-

–Agora vamos esperar a chegada do Urahara... –Disse Rukia-

–Ele não deve vim agora, provavelmente esta planejando algo. Acho que ele vai mandar outra pessoa...

–Outra pessoa? –Perguntou Rukia-

Yoruichi não respondeu. Fez um sinal com a mão para que Rukia saísse daquele campo de visão e se escondesse. Logo em seguida, pode-se ouvir barulhos como de palmas, que iam se intensificando cada vez mais, até que Yoruichi pode avistar uma silhueta feminina formosa e definida, que entrava em um forte contraste com a luz que vinha de fora do galpão. No momento, Yoruichi não identificou quem era com exatidão, mais já era óbvio. Alguns segundos depois, outras três silhuetas apareceram, andando lentamente.

–Quem são vocês?!! –Indagou Yoruichi com firmeza-

–Meu nome é Tier Halibel. Agora, onde esta Kuchiki Rukia? –Perguntou Halibel apontando o dedo indicador direito na direção de Yoruichi-

–O que vocês querem com ela? –Perguntou Yoruichi-

–Vou matá-la. –Respondeu a loira com frieza-

–Nesse caso, não direi onde ela esta.

–Pois bem. Você morrerá aqui mesmo então. –Disse Halibel andando lentamente na direção de Yoruichi-

–Não de nem mais um passo! –Disse Yoruichi, sacando uma arma que carregava em sua perna direita- Agora me responda, quem mandou você matar a Rukia?

–Uma arma de fogo? Isso não é legal, armas de fogo deixam rastros do assassinato para trás. –Disse Halibel quase que em um suspiro de frustração-

–Me responda! –Obrigou Yoruichi, agora apontando a arma para o rosto da loira-

–O que você irá fazer se eu me recusar a responder essa sua pergunta?

–Não terei piedade em atirar.

–Interessante... Mas você não se importa com o que vai acontecer com ela se atirar em mim? –Disse Halibel apontando para Rukia, que estava completamente rendida por uma das mulheres que acompanhava ela-

–Quan-Quando foi que... –Espantou-se Yoruichi olhando perplexa para Rukia, que estava completamente rendida-

–Sung Sun é como uma serpente. Ninguém a notaria... –Explicou Halibel- Agora jogue a arma para cá, devagar, ajoelhe-se e ponha as mãos atrás da cabeça. –Ordenou-

Yoruichi não teve escolha e obedeceu. A tensão era visível, seu semblante era de surpresa, não esperava ser rendida tão facilmente. “Ela é boa...” pensava Yoruichi já se ajoelhando no chão.

–Pegue a arma, Mila Rose. –Disse Halibel observando o semblante derrotado de Yoruichi- Traga a Rukia, Sung Sun. –Ordenou-

–O que você vai fazer? –Perguntou Yoruichi assustada-

–Deletar a existência dela... –Respondeu Halibel-

Halibel pegou a arma de Yoruichi, e apontou ela calmamente para Rukia, que estava completamente desesperada.

– Shihouin Yoruichi –Disse Halibel, agora apontando a arma para ela- Você já foi uma grande policial. Mas foi afastada por ser cúmplice de um grave crime. Interessante! –Disse a loira agora dando alguns passos na direção de Yoruichi, enquanto Mila Rose e Sung Sun seguravam Rukia. Sabe, eu não gosto de armas de fogo, são barulhentas de mais... Mas existe um jogo interessante que se pode jogar com elas; Se chama roleta russa.

Halibel tirou as balas da arma lentamente, enquanto olhava para o semblante de derrota de Yoruichi.

–Essa é uma arma bem antiga, Yoruichi! –Analisou a loira, olhando para a arma-

–Não machuque a Rukia! –Disse Yoruichi, com uma voz tremula-

–Você não esta em posição de exigir nada! –Disse Halibel apontando a arma para Rukia- Mas se não quer que eu tire a vida da Rukia, vou tirar a sua no lugar! –Disse agora apontando a arma para Yoruichi- Agora vamos brincar. As chances de você morrer com esse disparo são de uma em seis. Vejamos se a sorte esta do seu lado.

Halibel girou a roleta da arma e a fechou rapidamente, com grande destreza na prática.

–Pra quem não gosta de armas, até que você tem habilidade. –Observou Yoruichi-

–Armas são barulhentas e podem falhar, Não confio nelas. –Respondeu Halibel apontando a arma para Yoruichi- Primeiro disparo!

Halibel puxou o gatilho da arma e pode-se ouvir um pequeno estalo, não havia saído disparo algum.

–Você tem sorte. –Disse Halibel com um sorriso- Mais uma vez! –Halibel rodou a roleta da arma novamente, ela parecia se divertir com aquela situação-

–Você não precisa fazer isso! –Falou Yoruichi quase que em uma súplica-

–Realmente. Eu não preciso. Mas vou fazer mesmo assim... –Disse Halibel agora puxando o gatilho da arma, mas novamente, não saiu tiro algum-

Yoruichi apresentou um sorriso desafiador no rosto, e com um olhar superior disse: “Eu não estava falando sobre mim... Você nunca conseguiria me matar... Eu falei sobre a Rukia...”

–Eu não conseguiria te matar? –Perguntou Halibel-

– Eu só estou dizendo para você não fazer isso com a Rukia. Tenho uma capacidade de dedução muito boa, e acho que você não me mataria.

–Como pode ter tanta certeza? –Indagou a loira-

–Você é idiota? Não tenho certeza de nada, é só uma dedução... –Provocou Yoruichi-

Halibel deu um sorriso sem graça e balançou a cabeça em sinal de negativo, fechou os olhos e deu um leve suspiro.

–Você tem muita coragem, Yoruichi. Mais não vou cair nessas suas provocações. Se você esta tentando ganhar tempo, saiba que é inútil. Agora, vou te matar, mais dessa vez, não usarei arma...

Halibel pegou uma Kunai que carregava em um cinto na sua cintura, nela havia escrita a palavra “tubarão”.

–Agora sua morte é certa... –Disse Halibel-

–Mesmo que me mate, como pretende sair daqui?

–Já chega Yoruichi. Quais são suas últimas palavras?

–Minhas últimas palavras? –Indagou Yoruichi enquanto olhava para Rukia. Um leve e quase imperceptível sorriso apareceu no rosto de Yoruichi- Esta tudo indo bem! -Falou-

–Apenas morra. –Disse Halibel arremessando a Kunai no meio dos peitos de Yoruichi. Para surpresa dela, o lançamento foi tão de repente e veloz que impossibilitou qualquer chance de esquiva, acertando-a em cheio.

Rukia gritou desesperadamente o nome de Yoruichi, chorando e soluçando completamente abalada com aquela situação horrível e desesperadora. Estava abalada e desesperada com o que estava vivendo, seu semblante vazio e longe olhavam uma poça de sangue se forma lentamente em volta de Yoruichi, enquanto via Halibel caminhar na direção dela.

–Levem a Rukia. –Disse Halibel-

–Não vamos matá-la? –Perguntou Sung Sun-

–Não, eu disse a Yoruichi que eu não ia tirar a vida dela se eu tirasse a dela no lugar. Aizen-Sama precisa dela viva ou morta, então, leve-a viva.

–E aonde você vai? –Perguntou Apacci vendo Halibel indo para outra direção-

–Vou resolver outras coisas...

Halibel simplesmente foi embora.

–O que Halibel-Sama vai fazer? –Perguntava Apacci curiosa-

–Isso não é da nossa conta. Vamos levar essa Rukia... –Disse Mila Rose-

–Pra onde vão me levar?! –Disse Rukia em desespero-

–Meu Deus, ela é muito barulhenta... –Reclamou Sung Sun- Vamos matá-la logo...

–Halibel não quer que a mate. –Disse Apacci-

–Tudo bem, faremos o seguinte. –Disse Sung Sun olhando para Rukia- Halibel disse para agente não te matar, mas se você falar mais qualquer coisinha, vai experimentar coisas piores do que a morte. OK?

Rukia concordou com a cabeça, temendo o pior.

–Ótimo! Ela entendeu... –Disse Apacci- Coloque-a no carro Mila Rose. Vamos sair logo daqui.

–Ta...

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Prédio principal da organização G13

–Atenção Todos! –Disse Komamura, evitando que os ali presentes fossem embora- Tenho algo importante para falar.

–O que, que foi agora Komamura? –Disse Mayuri com cara de poucos amigos-

–Tenho um comunicado a fazer, é importante. Se me permitir, presidente Yamamoto. –Disse Komamura-

–Tudo bem. –Respondeu-

–Eu suspeito que tenha um “traidor” entre nós. –Falou Komamura, olhando os ali presentes com atenção-

–Seja mais direto! –Disse Ukitake-

–Aizen Sousuke! –Disse Komamura- Você planejou tudo o que tem ocorrido até agora não é? Não adianta esconder mais! Já sei de toda a verdade!

Aizen deu um leve sorriso sádico e olhou Komamura por cima dos óculos.

–Não. –Disse sorrindo-

–Não brinque conosco Aizen! –Disse Komamura irritado-

–Em primeiro lugar, nem sei do que esta me acusando, em segundo lugar, seja lá o que for, você não tem prova alguma contra mim! –Respondeu Aizen ainda sem nem mesmo esboçar algum tipo de expressão-

–Você, por vontade própria, impediu os vôos para o Japão! Não é mesmo?! –Indagou Komamura- Eu perguntei ao Zaraki se alguma divisão militar tinha ido fazer a segurança nos aeroportos e como eu suspeitava, nenhuma divisão foi acionada. Isto da a entender que o presidente do Japão não se preocupou em ameaça terrorista nem nada. Mais mesmo assim, mesmo sem nenhuma divisão militar ser acionada para fazer a segurança dos aeroportos, haviam militares lá, não é mesmo? Todos estavam ao seu comando, deixando entrar o que quisesse no país, estou errado? –Indagou Komamura com fúria-

–Não é só isso. –Disse Soi Fong- Eu investiguei a origem dos empresários que tiveram seus dinheiros desviados, todos os dois, eram do México. Mas, o Japão esta em guerra diplomática com o México e, todos nós sabemos que nenhum Mexicano entra no país se não tiver um parente aqui. A única maneira de eles participarem das transações do banco G13 era estando no Japão e a única maneira de eles entrarem aqui era passando pelo departamento de relações exteriores, que é comandado por você! Você os deixou entrarem no país e suponho que venha planejando isso a pelo menos um ano, o mesmo tempo em que o Aaroniero e o Arruruerie entraram no país. –Aizen ainda sorria com a situação, sem esboçar nervosismo ou surpresa- Mesmo que Aaroniero e Arruruerie sejam apenas uns codinomes, -Continuou Soi Fong, tirando o sorriso de Aizen do rosto- Eles precisariam de uma identidade para fazer transações, e é ai que os ligo a você. Tudo o que o departamento de relações exteriores faz ou deixa de fazer fica arquivado e você sabe disso. Supervisionar as identidades de estrangeiros é uma tarefa do seu departamento Aizen. –Disse Soi Fong com ar de superior- Portanto, se encontrarmos as identidades deles nos arquivos de seu departamento, você poderá ser culpado, porque não existe Aaroniero nem Arruruerie nenhum nos departamentos do México, eu já verifiquei, logo, se houver algum Aaroniero ou Arruruerie aqui no nosso departamento você terá ligação direta com esses empresários. Aliás, culpado você é, só não tenho provas concretas para te dar voz de prisão.

–Aizen Sousuke! –Disse Yamamoto- Isso é verdade?

–É claro que não! –Disse Aizen com um sorriso simpático, irritante e nojento-

Gin e Tousen observavam com indiferença as acusações que Soi Fong fazia contra Aizen. Gin com um sorriso sínico de sempre e Tousen olhando para o próprio pé, demonstrando uma animação sem igual.

–Porque desse sorriso, Gin? –Disse Soi Fong- Eu sei que você esta agindo junto com o Aizen, afinal, depois que todo o dinheiro foi parar em outro banco ele foi transferido para ações da sua imobiliária não é mesmo?

Antes que Aizen ou Gin pudessem dizer algo, Toushirou entrou na sala gritando o nome de Aizen violentamente, para surpresa de todos.

–Parece que as coisas estão ficando interessantes... –Falou Kyoraku em um suspiro-

–Aizen! –Disse Hitsugaya em fúria-

Aizen, Gin e Tousen estavam ainda mais surpresos com a reação do jovem albino do que os demais, olhando-o assustado, estavam esperando o que ele tinha a dizer.

–O que fez com a Hinamori? –Indagou Hitsugaya irritado- Você mandou ela liberar os vôos para o Japão enquanto estamos frente a um atentado terrorista? Esta louco?

Aizen ficou surpreso com o que Hitsugaya disse, e Komamura deu um leve sorriso vitorioso.

–Parece que Hinamori se precipitou... –Suspirou Aizen- Ela te contou que eu mandei liberar os vôos? –Indagou- Eu disse para ela se aproximar de você e te manter ocupado por essa noite inteira, mas parece que ela não fez isso corretamente, era pra ela te matar! –Riu-

–Como é?! –Disse Hitsugaya assustado-

–Sim, é isso. Cansei de brincar com vocês. –Disse Aizen com um sorriso sínico-

–Eu sabia. –Falou Hitsugaya, enquanto todos os outros se mantinham em silêncio, esperando o que Hitsugaya tinha a falar- Você me pediu um hotel não é mesmo? –Indagou a Aizen com fúria- Disse que um importante político ia vim para o Japão, mas na verdade isso não passava de uma pequena estratégia sua não é? Os vôos estavam bloqueados e o tal político ia vim em um vôo particular, livre de fiscalização inesperada, dai você pediu um hotel para ele se hospedar, a verdade é que, esse político é um traficante de renome. Coyote Starrk não é mesmo? Eu investiguei e apesar da Matsumoto não me atender eu tenho certeza que ele não esta mais no hotel e sim aqui. Não é?

Aizen olhou Toushirou surpreso e com desdém disse:

– Você realmente acha que, foi a Matsumoto que planejou a festa da noite passada? Aquela festa foi planejada e arquitetada por Kira Izuru, a mando de Gin. Não que planejar uma festa seja um crime, mas, isso serviu para tirar muitos empecilhos do caminho, inclusive Abarai Renji, um dos únicos que sabem a verdadeira identidade de Aaroniero e Arruruerie.

–Shiba Kaien. –Disse Ukitake surpreso-

–Exatamente. –Riu Aizen-

–Maldito! –Disse Hitsugaya serrando os punhos e rangido os dentes-

–Calma! Hinamori e Matsumoto devem estar mortas no momento, você deveria se preocupar com elas e não comigo. –Provocou Aizen-

Hitsugaya entrava em um pleno desespero ao ouvir aquelas palavras, quando uma forte explosão assustou a todos e fez estremecer todo o prédio quase que magicamente.

–Então até mesmo essa “guerra” que esta tendo na cidade você planejou? –Disse Unohana assustada- É bem conveniente, assim, nada atrapalhará sua fuga, não é mesmo?

–Claro. E como vocês não têm provas algumas contra mim... –Falou Aizen sorrindo- Vamos, Gin, Tousen. –Chamou Aizen-

–Até o Tousen esta com você?! -Indagou Soi Fong-

–Vocês não sabem de nada mesmo. –Riu Tousen-

–Até mais Byakuya, espero que tudo de certo no fim... –Disse Aizen com um sorriso alegre-

Byakuya olhava com indiferença para Aizen e deu um sorriso leve e quase que imperceptível em meio à confusão e desespero que invadia o prédio e a sala onde todos estavam, ninguém se movia, nenhum movimento brusco era feito. Todos olhando Aizen e Cia assustados ou com raiva.

–No fim, vai dar tudo certo. Eu tenho certeza que, no fim, a verdade vai vim à tona. –Disse Byakuya olhando seriamente Aizen-

Outra forte explosão aconteceu no prédio, abalando o psicológico dos ali presentes e também a estrutura do mesmo. Zaraki ameaçava avançar na direção de Aizen, mas outra forte explosão fez com que parasse, enchendo o andar de fumaça e poeira.

–Eu renuncio o meu cargo no G13 –Disse Aizen em um tom sarcástico- Eu vou voltar daqui a um ano e, destruirei o G13 por completo... –Completou-

–Aizen! –Gritou Yamamoto em meio à outra explosão no prédio-

Aizen, Gin e Tousen, saíram da sala, andando calmamente sem problemas em meio as fumaça e poeira que entrava na sala e subjugava todo o andar com fúria, trazendo desespero e desordem aos ali presentes, ninguém se candidatava a impedir a saída deles, estavam preocupados com a própria vida.

–Todos para fora do prédio! –Gritou Komamura-

Nesse momento, o sistema anti-incêndio do prédio foi ativado, porém, as chamas começaram a se alastrar com mais velocidade. Estava claro que, não era água pura que saia dos splincler’s.

–Essa merda esta com gasolina! –Gritou Mayuri com uma fúria nunca vista antes-

–Saiam da sala, rápido! –Disse Ukitake-

–Não da –Respondeu Kyoraku- A porta esta trancada! –

–Peguem os extintores! –Disse Mayuri-

–Vamos todos morrer aqui! –Desesperou-se Hitsugaya-

–Calma garoto, você pode sair da sala pela saída de emergência. –Disse Kyoraku-

–Que saída?! –Indagou Hitsugaya ainda em desespero-

–É mesmo, você não deve saber, já que é novo aqui. Atrás daquele armário de documentos tem uma passagem. Pode ir.

–Mais e vocês?

–Vamos logo depois... –Disse Kyoraku, com certa calma e certeza na voz-

~~x~~

–Você fez o que mandei, Starrk? –Perguntou Aizen olhando-o atencioso, enquanto descia as escadas rumando para a saída do prédio tranquilamente, junto de Gin e Tousen-

–Fiz, mesmo achando desnecessário matar tantas pessoas.

–Ótimo. Vamos para Las Noches agora. Você deve ir também, assim que terminar seu serviço. –Disse Aizen-

–Claro.

~~~~x~~~~

Antiga fábrica de pneus, atualmente abandonada

–Yoruichi! Você esta bem? –Perguntava Renji preocupado, vendo Yoruichi ensangüentada no chão. Ele tinha chego tarde de mais devido à guerra que esta tendo na cidade-

–Sim, eu estou legal. Consegui desviar o golpe fatal no último instante, mas ela acabou acertando meu ombro direito. Agora precisamos encontrar a Rukia.

–Você realmente é impressionante. Só por ficar viva...

–Eu sei que sou impressionante. Você avisou ao Ichigo?

–Avisei, Sado foi com ele...

–Ótimo. A assassina ainda esta nos arredores. –Disse Yoruichi, ainda deitada no chão-

–Mas, onde a Rukia esta? Como vamos achá-la?

–Eu coloquei um micro rastreador nela. Urahara deve estar procurando ela agora.

–Tudo bem. Vou levá-la para um hospital. –Disse Renji-

–Não precisa. Eu já estanquei o sangramento. Vai atrás do Ichigo e do Sado. Tessai já esta vindo aqui me ajudar. Pode ir.

–Tudo bem. –Disse o ruivo determinado-

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–Onde esta a Rukia? –Perguntou Ichigo furioso-

–Não importa. –Respondeu Halibel indiferente-

Ichigo e Sado, sem pensar, avançaram para cima de Halibel, no intuito de pega-la, porém, foram interceptados por dos tiros que cruzaram o caminho deles, fazendo-os parar. Viraram olhando desesperados um jovem com uma aparência comum montado em uma moto, com uma arma 9mm apontada na direção deles.

–Não me digam que iam agredir uma mulher... –Disse o homem da moto-

–Starrk. Não preciso de sua proteção! –Falou Halibel com uma Kunai em mãos-

–Eu sei loira... Venha, vamos embora. –Disse ele, chamando Halibel para subir na garupa- Se vocês dois se mexerem morrem, ta?!

Ichigo e Sado não se moviam, respeitando as ordens de Starrk. Halibel subiu na garupa da moto e olhou Ichigo com certa impaciência.

–Ele é o filho de Isshin Kurosaki?! –Indagou ela a Starrk com certa curiosidade-

–Sim. Por quê? Não acredita que ele é o filho dele? –Perguntou Starrk-

–O que vocês estão falando ai?! –Gritou Ichigo irritado- Onde a Rukia esta?!

–Rukia esta a sete palmos do chão nesse momento. –Respondeu Halibel- Eu poderia te matar... Mais acho melhor você viver por enquanto. –Sorriu- Vamos Starrk.

Starrk obedeceu ao comando de Halibel e acelerou a moto com vontade, saindo do local em uma fração de segundos, deixando um Ichigo desolado e confuso para trás, juntamente com Sado.

–Porque eles conhecem meu pai?! –Perguntava Ichigo pra si mesmo, assustado e irritado com a situação que havia passado- Temos que achar a Rukia! –Disse ele para Sado que o olhava preocupado-

–Sim! –Respondeu Sado-

Nesse momento Renji chegava correndo no local onde Ichigo estava, visivelmente casado e abalado, Abarai mantinha um semblante profundamente vazio e um olhar perdido.

–Onde Rukia esta?! –Indagou o ruivo-

–Não sabemos... –Respondeu Sado-

–Tudo bem, não tem problema. Urahara vai rastrear a Rukia –Disse Abarai- Yoruichi disse que tinha posto um rastreador nela e o Urahara esta buscando pelo sinal nesse momento. Só temos que esperar a ligação dele!

–Isso é ótimo. –Falou Ichigo animado- Vamos salvar você Rukia!

~~~~x~~~~

–Isto aqui esta ficando perigoso! –Gritava Grimmjow para sua gangue com um sorriso psicótico no rosto em meio ao tiroteio com a polícia. Já não havia mais pessoas na rua. Estava tudo vazio e deserto, sangue e chamas completavam o cenário assustador e, buracos de tiros por todos os lados eram o adicional ao ambiente-

–Vamos embora chefe! –Gritou D-Roy atirando contra a polícia-

–Espera. –Disse Grimmjow calmamente, escondendo-se atrás de um pequeno muro de um bar- Espera o Starrk chegar...

Como em um passe de mágica, os policiais caiam mortos os feridos no chão, Grimmjow não podia ver, mais sabia que Starrk estava por ali e como haviam combinado, estava terminando com os policiais restantes.

–Aglomerar os policiais em um único ponto para depois executá-los. Não foi um plano ruim... –Disse Grimmjow com um sorriso maroto no rosto- Vamos embora rápido! Eu não sei onde Starrk esta, mais ele vai dar cobertura na nossa fuga. VAMOS! –Disse Grimmjow correndo em direção a um furgão ali perto-

Não muito longe, Starrk atirava nos policiais com uma Sniper, de dentro de um prédio, acompanhado de Halibel.

–Cuide de minha reta guarda, loira! –Falou Starrk com um sorriso provocante, Halibel ignorou dessa vez e continuou a observar a entrada do quarto onde estavam, afim de não permitir que entre ninguém.

–Termine logo e vamos. Não temos muito tempo... –Disse a loira-

–Calma! Estou quase acabando, esses policiais são idiotas ou tem um chefe muito imbecil, eles não saem da minha área de visão... –Suspirou Starrk atirando calmamente- Grimmjow esta quase indo embora. Só mais um pouquinho...