22 - I Gotta Have You escrita por Sabidinha Chase


Capítulo 3
Capitulo 2 - Maracutaia


Notas iniciais do capítulo

NÃO ME MATEM! Desculpa a demora, eu sei que sou uma moça má, mas por favor me perdoem.
Capítulo fresquinho!
ENJOY!



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Capítulo 2 – Maracutaia

Annabeth P.O.V

Aquele lugar parecia um sonho, nunca em minha vida estive em um hotel tão grande quanto aquele, eu sabia que Las Vegas faz de tudo para que você gaste dinheiro e te tratam muito bem para isso, o que eu podia dizer, estava funcionando comigo!

–Meu Deus! – Grover falou olhando tudo em volta.

–É – Percy disse fazendo o mesmo – Concordo cara.

As luzes iluminavam todo o hall do hotel cassino, ele tinha um enorme tapete em forma de lótus que se estendia por toda a área. A recepção era grande e chamativa, o nome do hotel estampado acima da recepção brilhava e chamava a atenção, acho que ficamos uns cinco minutos olhando para o letreiro que piscava sem parar.

–Posso ajudá-los? – um rapaz na recepção chamou nossa atenção, nós cinco ao mesmo tempo piscamos e voltamos à atenção para ele.

–Sim – finalmente Percy falou tomando a iniciativa e dando um passo em frente ao balcão – Temos uma reserva em nome de Jackson, Percy Jackson, uma reserva para cinco pessoas.

–Eu vou checar nos nossos registros de reservas, só um instante – o rapaz era quase da nossa idade, vestia um terno horrível verde e vermelho, tinha cabelos escuros e olhos igualmente bem escuros, era bem pálido e fundas olheiras, ele começou a mexer no computador, se virou pegando alguns cartões e entregou para Percy – Aqui estão as chaves dos quartos, só preciso dos documentos de todos para terminar o cadastro inicial que foi feito pelo telefone.

–Claro – Percy se virou e nós já estávamos procurando os documentos, entreguei o meu para Percy, Luke e Grover fizeram o mesmo, mas Thalia fuçava dentro da bolsa e pelo que parecia ela não havia encontrado.

–Er... Só um instante – doida do jeito que Thalia é, a garota jogou todas as coisas de dentro da sua bolsa no meio do hall do hotel, ficou de joelhos e começou a caçar seu documento como um cachorro esfomeado caça comida.

–Que mico Thalia, levanta daí – Luke falou puxando-a pelo braço.

–Eu não acho meu documento – ela levantou a contra gosto, mas logo se jogou no chão de novo.

–Era só o que me faltava – Grover revirou os olhos e jogou os braços pro alto – Você é mesmo uma cabeça de vento!

–Não fala assim comigo – ela olhou feio para Grover e só então eu percebi o quão descabelada ela estava, também pela briga que eles tiveram no carro e agora essa caça ao documento não era para menos.

–Você tem que achar esse documento Thalia – Percy falou firme com ela – Você não deixou no carro?

–Não – ela fechou os olhos e os comprimiu fazendo uma careta.

–O que ela ta fazendo? – Luke perguntou no meu ouvido.

–Pensando – disse baixinho, ele riu.

–Acho que deixei no banheiro do morto – ela finalmente disse aliviando os músculos faciais.

–Como é? – Grover perguntou já indignado – Pra que você levou o documento pro banheiro?

–Sei lá, tava na bolsa, eu tirei pra pegar meu lápis de olho e a carteira deve ter caído, também com o susto que eu levei com o cadáver – Grover colocou a mão na testa e olhou para o céu.

–Dai-me paciência! Dai-me paciência! – ele repetia.

–Depois a gente mata uma pessoa e é preso por isso – Luke quase gritou – Pô, Thalia você não pensa não?

–Não fala assim comigo, a culpa é toda sua! – ela colocou a mão na cintura numa pose que ela achava que ficava com autoridade, mas só dava mais tom de bizarrice para toda aquela cena.

–Minha? Como pode ser minha?

–Por favor, calem a boca – Percy aparentemente era o único que ainda tinha algum tipo de idéia decente ali – Vamos fazer assim, vou pegar os documentos de quem está aqui, depois nós voltamos lá no posto e pegamos sua carteira.

–Está louco? – eu havia me enganado, nem Percy tinha uma idéia decente – Tinha um homem morto naquele lugar, se você voltar e o assassino também?

–Tem outra idéia? – agora quem fez a pose de “autoridade bizarra” foi ele.

–Vamos tentar colocar essa cara de pinheiro escondida – Grover falou finalmente tendo uma idéia melhorzinha, contra a lei, mas melhor.

–É uma ótima idéia, nós podemos entrar depois colocá-la no quarto sem ninguém saber, nós nem vamos passar muito tempo no hotel mesmo – Percy falou empolgado, mas alguém pigarreou nos assustando.

–Devo lembrá-los que eu estou aqui e estou ouvindo tudo? – o rapaz da recepção falou dando uma risadinha bem sínica.

Eu não sabia quem dali era mais burro, se era Grover por ter falado sua idéia alta, se era Percy por anunciar o que nós iríamos fazer era ilegal, ou se era todos nós que começamos a discutir aquilo na frente da recepção do hotel.

–Er... Imagina... Er... Quem iria fazer isso? – Grover se aproximou do rapaz e deu uma risada sem graça – Como vai amigo?

–Não piora as coisas Grover – Luke revirou os olhos e se aproximou – Caro senhor... – ele fez uma pausa e olhou no crachá – Senhor Di Angelo, poderia nos ajudar com isso? Essa nossa amiga é uma anta e...

–Luke! – ela o repreendeu e ele nem se deu o trabalho de olhar.

–Cala a boca Thalia – e continuou – Essa nossa amiga, como posso dizer, desfavorecida de inteligência, esqueceu a porcaria de seus documentos, e bem, estamos longe de casa, não temos reservas em outro lugar, o senhor poderia nos ajudar e deixar essa passar não?

–Poderia – ele respondeu com um sorriso – Mas não vou! – ele fechou o sorriso e olhou para Thalia – Se ela é burra não é problema meu, ok?

–Ei! – Thalia deu um passo para recepção e eu a segurei.

–Quer piorar as coisas? – cochichei.

–Eu sei, sei que não é problema seu, é um problema nosso, afinal quem mandou nós trazermos ela não é mesmo? – Luke tentou ser amistoso, mas parecia não funcionar, apesar do rapaz concordar que era um problema nosso ter Thalia como amiga – Mas entenda, nossa amiga inteligente aqui – ele apontou para mim e eu forcei um sorriso e acenei – Ela está fez aniversario e viemos festejar aqui.

–Péssima escolha – o rapaz falou de forma soturna.

–Também chego a está conclusão, porém isso não vem ao caso, o caso é: Quanto você quer para ninguém saber que essa criatura aqui de cabelo azul está no quarto conosco? – Luke dessa vez foi direto.

–Está tentando me comprar? – ele parecia ofendido.

–Depende, está funcionando? – Luke parecia apreensivo, o rapaz pensou com os olhos estreitos, fitando Luke como se fosse matá-lo.

–Está sim – ele respondeu finalmente fazendo todo mundo respirar aliviado.

–Ótimo – Luke sorriu – Quanto quer?

–A diária dela no hotel – ele respondeu por fim.

–Nada mais justo – Luke respondeu prontamente.

–Negocio fechado – ele estendeu a mão e Luke apertou – Porém ela não vai durar muito tempo em Las Vegas sem documento, acho bom vocês conseguirem uma identidade falsa e rápido.

–Obrigado pela dica, vamos lembrar – Percy esticou as mãos, pegou nossos documentos e entregou o dinheiro para o rapaz.

Pegamos nossas malas e eu podia ouvir Grover reclamar de alguma coisa e Thalia estava muito ocupada pegando todos seus cacarecos no chão.

–Ainda bem que isso acabou – falei suspirando em frente ao elevador, apertei o botão e pude ver que ele ainda iria demora um pouco.

–E agora? Como vamos arranjar documentos falsos? – perguntei, talvez inocente demais.

–Estamos em Las Vegas Annie – Percy explicou colocando a mão em meu ombro – É a coisa mais fácil que existe.

–Eu quero beber todas – Grover falou mal humorado jogando sua mala no chão.

Nisso um senhor que passava balançou a cabeça e disse para a garota que estava com ele:

–Não disse que esse lugar só tem pervertidos Juniper – a menina parecia uma freira de tão comportada, passou por nós e olhou para Grover que deu um aceno, ela por incrível que pareça sorriu e acenou de volta, e depois levou um puxão do que parecia seu pai para a recepção do hotel.

–Eu quero esquecer esse carão que eu passei aqui na recepção – Thalia comentou batendo a mão no botão do elevador novamente.

–Ele não vai descer mais rápido só por que você está apertando sem parar – Luke falou ao lado dela.

–Me deixa em paz – Thalia voltou a apertar o botão sem parar, revirei os olhos, os dois estavam parecendo duas crianças, não sabia quem era mais irritante.

O elevador finalmente chegou e nós subimos para o quarto, ele era imenso! Havia uma sala no meio e duas portas, que levavam aos quartos propriamente ditos, a porta era estilo balcão o que significava que abria em dobro, todos eram equipados com camas de solteiro, três em um quarto e três no outro, um banheiro para cada quarto, escrivaninha, telefone, frigobar e televisão.

Na sala que dava conexão aos quartos havia dois sofás, uma televisão, dois frigobares, uma sacada que interligava os quartos e a sala por fora com portas de vidro e um carpete todo peludo.

–Quero essa, alguém se importa? – Grover falou se jogando na cama que ficava oposta a janela – Não quero acordar com o sol na minha cara.

–Não, por mim tudo bem – Luke jogou sua mala encima da cama no meio que dava em frente a porta do quarto deles – Posso ficar aqui? – Luke perguntou a Percy.

–Tudo tranquilo – Percy jogou sua mala ao lado da cama e abriu a sacada.

Thalia e eu fomos para o nosso quarto e eu escolhi a do meio e ela com o mesmo pensamento de Grover escolheu a do canto ao contrario da sacada.

Fechamos as portas e começamos uma espécie de “Ritual de Melhoramento”, estávamos acabadas por causa da viagem então resolvemos tomar um banho, colocar uma roupa legal, arrumar os cabelos, que o de Thalia estava parecendo um ninho de passarinho e fazer uma maquiagem pra aproveitar o que havia restado da noite.

Saímos para a sala e os garotos estavam esperando já prontos assistindo a um jogo de basquete que passava na televisão.

–Até que enfim – Grover falou e se levantou em um pulo – Vamos!

–Vocês estão lindas – Percy o único cavalheiro nos elogiou, Thalia deu um beijo em sua bochecha.

–Você também tá um gato, primo – ela deu uma piscadinha e saiu andando entrelaçando seu braço no braço de Grover.

–Vamos que hoje eu quero encher a cara – Luke falou pra minha surpresa, e acho que ele notou minha expressão – Que foi? Um médico não pode tomar umas de vez em quando?

–Não a trabalho, por favor – disse a ele que riu e foi se juntar a Thalia e Grover, eu estava dando um passo quando a mão de Percy me segurou.

–Parabéns – ouvi Percy falar baixinho ao meu ouvido. Me virei e ele estava segurando uma caixinha vermelha bem pequena.

–Obrigada Percy – ele ofereceu a caixinha e eu abri entusiasmada. Era um lindo colar de ouro com um pingente, era uma coruja também de ouro e olhos com pedraria azul – Meu Deus! – exclamei pensando em quanto ele não havia gasto – É lindo Percy!

–A coruja é símbolo de sabedoria e eu não conheço ninguém mais sabia que você – ele sorriu, pegou o colar e colocou no meu pescoço, depois e eu vi seus olhos brilharem, olhos tão azuis quanto às da coruja – E as pedras azuis são pra você nunca se esquecer de mim e da nossa amizade.

–Eu nunca vou esquecer você Percy! – o abracei com lagrimas nos olhos, eu havia amado o presente – Nada vai estragar nossa amizade Percy, nunca.

–Nunca – ele repetiu enquanto afagava meu cabelo.

[...]

O sol batia em meus olhos, que mesmo fechados sentia uma pontada interna, era como se a minha cabeça fosse explodir em milhões de pedacinhos. Abri os olhos lentamente e pude ver a sacada do meu quarto, sentei na cama e vi Thalia jogada de barriga para baixo, ela estava coberta com uma jaqueta marrom que provavelmente não era dela.

–Thalia – chamei, mas ela não respondeu, minha cabeça latejava de dor. “Nunca mais vou beber” pensei. – Thalia – chamei novamente.

–Você é um fofo – ela resmungou e imaginei de quem ela estava falando.

–Você é mesmo uma desmiolada – me levantei e percebi que Thalia não iria acordar.

Abri a porta e na sala Luke estava jogado no sofá, eu não me lembrava de nada de ontem a noite e muito menos por que Luke estaria ali, nem o chamei, ele parecia destruído.

Olhei na porta e havia uma cesta cheia de coisas de café da manhã e algumas flores, me aproximei e havia apenas um cartão de coração, abri e impresso estava escrito: “Com o cumprimento aos noivos da Capela Amor pra Sempre”, havia um “Parabéns” e um espaço que estava escrito a caneta “Sr. e Sra. Jackson”.

“Como assim Sr. e Sra. Jackson?” – pensei – “Percy não poderia ser tão estúpido de se casar em Las Vegas”.

Curiosa, larguei o cartão e fui até o quarto de Percy, abri a porta sorrateiramente e ele estava deitado em sua cama, mas sozinho, estranhei e o chamei, mas quando fiz isso notei uma aliança grossa com uns cristais no meu dedo esquerdo. Foi então que eu entrei em pânico, olhei no dedo do Percy e ele estava com uma aliança exatamente igual a minha.

–PERCY ACORDA! – gritei e ele acordou assustado.

–Que foi?! – ele olhou em volta e meu coração pulsava em minha garganta.

–O que tá acontecendo? – Thalia entrou no quarto descabelada acompanhada por Luke que bocejava.

–Eu... Aqui... Percy... – eu não sabia o que falar e Percy me olhava confuso, como não conseguia falar eu peguei meu dedo que tremia e o dele e mostrei pra ele e pra Thalia e Luke – Casamento!


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Notas finais do capítulo

Gente eu amo fics assim e espero que vocês também. O próximo capítulo vai ter mais confusão ainda e tudo que aconteceu nesta noite misteriosa vai ser revelada aos poucos.

Aguardem próximo capítulo, obrigada por ler!
Beijinhooos!



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