Quatro Elementos: O Confronto escrita por Amanda Ferreira


Capítulo 33
Passado


Notas iniciais do capítulo

Eu seei que demorei pacas! Podem me xingar, okay? Mas realmente estive sem tempo. Estou numa correria só e com duas fics no ar eu fico meio doida. Então só devo desculpas. Milhões de desculpas.
Vou tentar não demorar.
Obrigado e boa leitura!
Obs: foto do cp... Felipe ♥



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Bianca

Minha respiração estava ofegante. Vaguei pelo corredor branco. Meus pés descalços eram maltratados pelo piso frio. Cruzei os braços na tentativa de me esquentar, mas o frio parecia sair das paredes.

Senti um calafrio e me encolhi. Fumaça saia da minha boca e só quando abracei meus braços me dei conta de que estava de camiseta. Olhei minha própria roupa. Camiseta preta justa, short jeans.

Me perguntei por um segundo porque estava usando roupas assim num lugar tão frio, mas a luz no fim do corredor levou minha atenção embora.

Andei mais rápido feliz por ver a luz e pensar ser a saída, mas quando cheguei perto o suficiente pude notar ser apenas um espelho comprido e largo na parede. Aparentemente a saída ficava do lado que eu tinha vindo.

Suspirei pesadamente e encarei meu reflexo no espelho. Nada muito exuberante para uma mulher de vinte anos. Talvez magra demais, baixa demais ou com curvas demais. Respirei fundo vendo meu corpo relaxar, mas logo se arrepiar com o frio.

Olhei meus braços finos que pareciam frágeis, a cintura marcada na blusa e as coxas nuas mostrando a pele clara. Passei as mãos pelo cabelo curto. Tocando os ombros.

Me lembro do que dia em que cortei e de como me senti diferente quando me olhei no espelho. "Amadurecimento..." a Claudia disse. Talvez sim ou... apenas vontade de apagar as lembranças.

Cruzei os braços novamente, mas então senti o frio tomar conta. Uma rachada violenta de ar bateu nas minhas costas bagunçando meus cabelos. Senti a ponta dos dedos frias demais. Estiquei as mãos vendo as unhas compridas tomando uma cor violeta e a pele ficando esbranquiçada.

A dor que se seguiu foi horripilante. O frio tomando conta do meu corpo. Como pode uma dominadora do gelo sentir frio?

Me abracei vendo o reflexo no espelho se encher de um olhar confuso e assustado. A velha Bianca.

Soltei os braços e engoli em seco. Forcei os dedos trêmulos e senti o meu corpo se contrair com o esforço, mas logo a ponta dos dedos molhados e a agua flutuar diante dos meus olhos. Ergui as mãos e contorci os dedos enquanto a agua girava e ficava solida na palma da minha mão esquerda.

Sorri vitoriosa, mas o gelo nas minhas mãos se dissolveu e o frio que se seguiu me fez cair de joelhos. Senti uma pontada no peito. Minha respiração ficou presa e quando olhei em volta pude ver as paredes ficando esbranquiçadas. O gelo tomando conta.

Tentei respirar, mas o frio era demais. Ergui os olhos e minha imagem nítida no espelho me assustou.

Meus lábios estavam cor de violeta e minha pele salpicada de gelo, como se estivesse nevando. Abri a boca a fim de respirar e senti a ponta da língua congelar. Abracei meu corpo sentindo outra pontada no peito.

Estava me matando. Era isso. Como podia uma dominadora da agua morrer de frio? Ouvi as paredes chiarem com o gelo tomando conta de tudo. Estendi as mãos olhando os dedos arroxeados e foi ai que a dor se superou. Ouvi estalos e neste instante a ponta dos meus dedos se trincaram.

Meu grito ficou preso na garganta, mas os olhos arderam. Minha respiração se foi e vi minhas unhas se soltarem diante dos meus olhos e a dor ser implacável.

Olhei o espelho sendo tomado pelo gelo, mas antes de desaparecer pude ver minhas bochechas se trincarem e o grito sair da garganta.

***

Felipe

Empurrei a porta com cuidado e me virei silenciosamente. Dei um pulo para trás ao me deparar com ela sentada na cama segurando as pernas como uma criança assustada.

– Pensei que já estivesse dormindo. - falei relaxando o corpo e me aproximando.

Ela não se moveu. Olhava fixamente para a cortina. Sentei-me na cama.

– Tudo bem? - perguntei.

Fiquei de pé e me pus na sua frente. Encarei seu rosto no escuro e vi que seu olhar não estava focado na cortina como pensei. Sua expressão era estática.

– Bia?

Me sentei na sua frente.

– B? O que foi?

Estiquei os braços e segurei os seus notando que ela estava fria, mais do que normalmente fica.

Me remexi inquieto e me aproximei tentando ver seus olhos.

– Hei! - a sacudi devagar e finalmente suas íris se moveram tomando foco no meu rosto. - Outro pesadelo?

Ela engoliu e assentiu rapidamente.

– O que você viu?

Ficou em silencio apenas me olhando com os olhos assustados no escuro do quarto.

– Bianca?

Ela soltou suas pernas lentamente e depois se esticou passando os braços a minha volta. Levei as mãos a sua cintura e a abracei de volta. Seus dedos frios tocaram minha nuca e senti um arrepio instantâneo. A afastei e encarei seu rosto a procura de respostas, mas não tive tempo quando seus lábios já estavam nos meus me pegando de surpresa.

Seus dedos se enroscaram no meu cabelo e ela se remexeu para ficar mais perto enquanto sua língua dançava pela minha boca me fazendo perder qualquer fio de pensamento existente.

Estiquei as mãos e segurei seu rosto.

– Ainda não me falou o que aconteceu. - encarei sua boca por um momento e a vi morder os lábios.

– Eu só... - ela passou os braços pelo meu pescoço e afundou a cabeça no mesmo, respirando devagar. - Eu só preciso de você.

Respirei fundo e beijei o topo da sua cabeça. Me afastei para olha-la e deslizei os dedos pelo seu rosto.

– Tudo bem. - suspirei. - Estou aqui.

Ela assentiu dando um leve sorriso e me abraçou de novo. Afaguei seus cabelos e ela se espremeu me apertando ainda mais. Senti seus lábios tocarem o meu pescoço, subirem pelo queixo ate minha boca.

A puxei pela cintura aprofundando o beijo e me remexi forçando a mão esquerda na cama para colocar meu peso sobre ela. Segurei o corpo quando ela finalmente se arrastou ficando deitada. Fiquei por cima pressionando os lábios nos seus enquanto suas mãos envolviam meu pescoço me puxando para si.

Perdi a noção do tempo ate meu corpo pedir por ar e então fui obrigado a cessar o beijo para respirar. Ela me lançou um sorriso e esticou a mão direita acariciando minha bochecha.

– O que a Kate falou com você?

A pergunta me pegou de baixa guarda. Senti meu rosto virar um rubor e obriguei meu corpo a se erguer. Me deitei ao seu lado e encarei o teto. Ela se virou de lado para me olhar.

– Ela só... está agindo diferente. - falei. - Como uma versão ainda mais confiante da Kate que conhecemos.

Eu não estava mentindo... apenas omitindo alguns fatos.

– Mais confiante? - ela deu uma risadinha. - Isso não é bom.

Me virei de lado para ver sua expressão. Eu queria fugir do assunto Kate.

– Deve haver um jeito de quebrar o feitiço. - falei limpando a garganta. - Como deve haver um jeito de acabar com os pesadelos.

Atingi o ponto certo, pois ela ficou pálida. Pude notar, mesmo apenas com a luz entrando pela janela.

– Eu sei que eles querem dizer alguma coisa, mas ainda não faço ideia do que. - falou se esticando para puxar os lençóis. - E as vezes tenho medo do que eu possa descobrir.

Me senti culpado por ter dado rumo aquele assunto.

– Seja lá o que for, nós vamos descobrir, mas faremos juntos. - tentei sorrir.

Ela mordeu os lábios e depois sorriu. Se aproximou me beijando como se fosse a ultima coisa a se fazer e por fim depositou um beijo na minha bochecha e sussurrou.

– Te amo.

Um sorriso se espalhou pelo meu rosto e meus lábios responderam quase que involuntariamente.

– Também te amo.

Ela suspirou e se virou ficando de costas pra mim. Me aproximei a abraçando por trás e beijei seu pescoço.

– Se tiver outro pesadelo e acordar, me chama. - falei em meio a um suspiro.

– E destruir o seu sono?

Sorri.

– Apenas me chame.

Ela assentiu vagarosamente e segurou uma das minhas mãos dando aquele assunto por encerrado.

***

Claire

Ok. O Rick tinha uma irmã... não! Espera!.... O Rick tem uma irmã que vira uma loba. Ótimo!

Me lembro do Rick ter ficado petrificado enquanto a garota o encarava com um misto de emoções no rosto. O Daniel também parecia tão confuso quanto eu.

Mas uma pergunta martelava na minha cabeça: Por que diabos só encontramos essa menina agora?

Pense comigo... se a Bia e o Lipe estavam lá a mais ou menos sete meses e eu e o Rick vivíamos lá também... Como nunca demos de cara com essa garota? Irmã dele?

Bom... eu não sei como tudo isso passou despercebido, mas uma coisa é clara. Os pais do Rick estão mortos e só lhe resta uma irmã de dezesseis anos.

Deixei-os sozinhos. Afinal acho que eles precisavam de um tempo. Percebi isso na expressão estática do Rick. Na palidez que seu rosto adquiriu ou na maneira como olhou desesperado para a garota na sua frente. Coisa raramente vista em seu rosto.

Deduzi que era o momento certo para sair. Depois conversaríamos. Segui ate a cozinha e logo ouvi passos atrás de mim.

– Como podem ser irmãos? - perguntei abrindo a geladeira.

– Ele nunca conheceu os pais, certo?

– É. - tirei um vidro de agua. - Mas isso não quer dizer que ele vai sair encontrando lindas irmãs de dezesseis anos que viram lobas.

– Alice é uma boa garota e talvez... ajude-o.

Me virei olhando-o. Ele deu de ombros e estendeu um copo pra mim.

– Obrigado Dan. - falei enchendo o copo com agua.

– Por?

– Por tudo. - suspirei. - E desculpa a atitude do Rick, mas ele só...

– Está com ciúmes. - ele me completou sorrindo.

Assenti colocando agua num copo pra mim.

– Eu não vou arrancar você dele Claire. E eu sei que você e ele já nasceram um para o outro.

– Acho que sim. - sorri.

– Com minha imortalidade... tenho algum tempo para encontrar outra Claire por ai.

Dei uma risada e balancei a cabeça.

– Tomara que ela seja melhor do que eu.

– Não. - ele deixou o copo sobre a pia. - Se eu encontrar outra parecida com você... terei sorte, assim como o Henrique teve.

***

Rick

Encarei a garota sentindo minha boca ficar seca. Irmã? De onde ela saiu?

– Deve pensar que sou maluca. - ela falou me encarando firmemente. Sim, eu acho! - Mas não sou. Eu sei que você é meu irmão, porque minha mãe sempre me contou histórias suas. O filho que ela foi obrigada a deixar ainda bebe. E ela sempre disse que ele parecia estar sempre com febre e que seus olhos eram... diferentes.

– E por que acha que sou eu?

– Porque sim. - ela sorriu. - Ela te deixou com alguns meses na porta de um orfanato, porque quando você nasceu a FEM estava procurando novos mutantes e aniquilando as famílias e os levando para sabe-se Deus onde.

Mamãe precisou te deixar... para te salvar e te manter em segurança. Mas sempre se arrependeu disso e sempre te amou.

Engoli a sensação do passado nas costas.

– Isso não faz sentido. - fiquei de pé passando as mãos pelo cabelo.

– Diz se não foi assim sua vida?

A encarei sem ação. Foi exatamente assim.

– Ela disse que você tinha uma marca de nascença... no pulso.

Segurei o pulso direito e ela me encarou ansiosa.

– Posso ver?

Fiquei parado no mesmo lugar ate ela se levantar. Era baixa, mas tinha um corpo elegante de uma adolescente e os traços parecidos com... comigo.

Estiquei a mão virando o pulso pra ela. Ela segurou-o e encarou a marca circular que se estendia ali. Ela deslizou os dedos pelo desenho e um sorriso largo se formou no seu rosto.

Ela ergueu os olhos marejados e me encarou.

– Mamãe ficaria tão feliz em te ver. - falou com uma voz cheia de emoção. - Eu sinto muito...

Estiquei os braços a envolvendo num abraço apertado. Me curvei para ficar do seu tamanho.

Ela chorou por longos minutos que não fiz questão de contar. Se tudo fosse verdade e ela fosse mesmo minha irmã... meus pais estavam mortos. Os pais que nunca conheci e agora, nunca mais vou conhecer.

– Independentemente do que formos, quero que saiba que não está sozinha. - falei perto do seu ouvido. - Eu estou aqui.

***

Felipe

Desci as escadas, passei pela sala e entrei na cozinha. Parei na soleira para ouvir a conversa silenciosa das duas. A Bia numa blusa verde e short e a Vick num legg e camisa branca. Era a primeira vez em que via as duas conversando civilizadamente.

– Posso te ajudar, mas não sei se vou conseguir fazer muito. - a Bia falou entregando um copo a Vick, que os secava num pano de pratos.

– Tudo bem Bianca. Fico agradecida só por estar tentando. - Vick falou deslizando o pano pelo copo e colocando-o sobre a bancada.

– Seria mais fácil se a Kate te ajudasse, mas como viu ela precisa mais de ajuda do que você. - a Bia se virou sorrindo pra mim.

– O que estão planejando? Posso saber? - perguntei.

– A Vick precisa de ajuda na alimentação e bem... eu andei pensando em sair com ela pra tentar ajudar. Na floresta. - a Bia falou como se aquilo fosso extremamente natural.

– Caçar coelhos? - perguntei segurando a risada.

– Isso é serio Felipe! - a Vick me repreendeu. - Não posso mais ficar sem... você sabe.

– Sangue? É... eu sei. - suspirei. - É uma boa ideia B. Vai com a Vick e volta com a Vick.

A Bianca revirou os olhos e depois apontou para a sala.

– Tenta conversar um pouco com a Kate... acho que ela precisa de conversa.

Engoli em seco. Não queria ir conversar com a Kate... não essa nova Kate. Suspirei e vi o olhar da Vick em mim. Desviei os olhos e assenti.

– Lipe? - a Bia chamou.

Me virei e ela jogou uma garrafa pequena. Olhei o liquido vermelho se agitando e prendi a respiração.

– Credo! - resmunguei.

– Acho que ela vai querer isso.

– Claro! Vou falar com a Kate. - suspirei.

Me virei sem entusiasmo e subi a escada novamente. Parei na porta do quarto e respirei fundo antes de girar a maçaneta e me concentrar nas raízes que a fechavam ali. A porta se abriu e dei de cara com a loira.

– Por Deus! Você fica vigiando a porta? - perguntei fechando a porta novamente.

– Não o tempo todo. - falou dando de ombros. - Quando se está presa num quarto, sozinha, não se tem muito o que fazer.

– Imagino. - andei pelo quarto e deixei a garrafa com sangue(nojento) na escrivaninha. Ela atravessou o quarto e a pegou com tanta rapidez que nem respirei duas vezes.

Abriu a tampa e quando ia despejar tudo na boca, se virou para mim e perguntou:

– Quer anjo?

Balancei a cabeça e vi a cena linda dela tomando sangue numa garrafa pet com toda a vontade do mundo. Assim que terminou, fechou a garrafa e a colocou de volta no lugar.

Pude notar sua pele ficar mais clara e as bochechas mais coradas.

– Então estou de dieta? - perguntou arrumando a roupa.

– Basicamente sim. - respondi limpando a garganta. - Eu ia conversar com você, mas... não sei o que falar agora, então mais tarde eu volto.

Me virei para sair, mas antes que desse mais um passo, ela estava na minha frente bloqueando meu caminho.

– Fica. - pediu. - Por favor.

Encarei seus olhos e mais uma vez vi a malicia estampado neles.

– Eu só quero uma coisa. - ela se aproximou lentamente. - Não vai doer.

– Kate...

Afastei rapidamente ate bater na porta.

– Você contou pra Bianca o que aconteceu ontem? O que eu tentei fazer com você?

Fiquei em silencio e ela me fitou por alguns segundos, depois sorriu.

– Eu sabia que não contaria. Sabe por que? Porque não confia nela.

– Não é por isso! - retruquei.

– Claro que é. E não vem dizer que é por mim que vai ser mentira. - ela sorriu ficando mais próxima. - Você tem medo de como ela vai reagir. Você sabe o quanto impulsiva sua namorada é.

– Você está inventando coisas na sua mente Kate...

– Eu? Ou você Felipe? - ela esticou a mão passando-a pelo meu cabelo. - Posso estar sob efeito de um feitiço, mas ainda sei muito bem o que quero.

Sua respiração bateu no meu rosto e pensei que sentiria cheiro de sangue, mas seu hálito tinha outro aroma... algo hipnotizante.

– E eu sei o que você também quer agora. - ela se aproximou do meu rosto. - E não é a Bianca.

Encostei a mão na maçaneta pronto para fugir dali, mas algo me prendeu. Meu corpo não queria ir e só consegui pensar em uma única coisa.

– O que está fazendo? - perguntei me referindo a sensação que se alastrou pelo meu corpo.

– Apenas um pequeno truque de uma vampira. - ela me olhou sorrindo maliciosamente. - Agora faz o que tem vontade.

Engoli em seco não consegui me virar ou evitar quando ela ficou a centímetros do meu rosto, apenas me aproximei encostando os lábios nos seus.

Não sei por qual motivo, mas minha mente viajou a um ano atrás quando eu havia beijado a loira na sua sala de estar pela primeira vez. Senti um tremor com a memoria e movi as mãos a puxando pela cintura. Me deixei ser levado pelo embalo do beijo, meus pensamentos perdidos em lembranças e minha consciência longe.

Deslizei uma das mãos ate sua nuca e senti seus dedos tamborilarem nas minhas costas.

Senti o bom e velho calor se apoderar do meu corpo e usei pouca força para empurra-la na parede perto da janela, respirei por um milésimo de segundo e depois voltei aos seus lábios. Nossas línguas num encontro múltiplo.

Está errado Felipe!

Minha consciência gritou e arregalei os olhos quando ouvi a maçaneta girar e a porta se abrir. Me afastei de Kate tão rápido quanto cheguei perto.

Um minuto de erro que poderia ferrar com tudo.


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