Back to black - A história de uma Black escrita por Anne Lestrange


Capítulo 5
Orgulho e preconceito


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer a todos que favoritaram a minha fic, muito obrigada seus lindos e lindas. ♥ Agora vamos lá para mais um capitulo.



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A seleção terminou e Dumbledore se levantou para dar os avisos para os alunos de primeira viagem, porém desta vez ele completou:

- Tempos difíceis podem estar por vir, mas lembrem-se: São as nossas escolhas que revelam quem nós realmente somos, muito mais do que nossas qualidades. – Ele falou muito sério, mas logo continuou com um sorriso no rosto. – Agora, vamos ao que todos estão esperando ansiosos, o banquete. – Ele bateu palmas e em instantes comidas e mais comidas apareceram diante de todas as mesas. Os alunos empolgados diante de tanta comida começaram a encher suas taças e pratos.

- Velho gaga! – Rodolphus resmungou.

- Vocês já ouviram as últimas notícias sobre o Lorde das Trevas? – Lucius sussurrou para os amigos, tomando cuidado para que as outras mesas não os ouvissem.

- Eu tenho ouvido tantas histórias, mas só fico mais impressionado a cada uma. Ele tem feito o que nossas famílias vem querendo fazer a séculos. – Rodolphus disse e Bella concordou com a cabeça.

- Essa escoria! É um insulto ter de conviver com esses sangues ruins. – Bella disse isso olhando torto para as outras mesas. Lá vamos nós de novo, eu pensei comigo. O pior de tudo era que até minhas amigas mais queridas, Dora e Ana estavam encantadas com essas ideias. Era como uma virose, parecia que todos que eu conhecia estavam encantados com as ideias do Lorde das Trevas. Eliminar o que eles chamavam da “escoria da sociedade” e tomar o poder para os sangues puros. Estou torcendo que todas essas ideias se esvaiam das suas cabeças, que esse tal de Lorde das Trevas se exploda e que eles desistam de toda essa loucura, isso não vai nos levar a lugar algum.

Assim que terminei meu jantar me retirei com a desculpa de que estava indisposta, porém todos ainda estavam tão imersos na conversa sobre o tal Lorde que não se importaram com a minha ausência, nem mesmo Rasbatan, o que foi um alívio não ter ele no meu pé a todo momento.

Chamei os alunos do primeiro ano e os encaminhei para as masmorras onde ficava a sala comunal da Sonserina.

- Olho de dragão! – Eu disse a senha e a passagem se abriu. – É muito importante gravarem as senhas da semana... – Eu nem havia terminado e uma garota loira de olhos azuis, que muito provavelmente era mimada demais pelos pais perguntou:

- E se eu não quiser gravar as senhas? – Ela perguntou com um ar superior na voz.

- Então você vai ter que dormir nos corredores com os fantasmas e o nosso querido poltergeist Pirraça. – Eu respondi ironicamente.

- Poltergeist?! – Um aluno muito magrinho perguntou. Será que ainda dá para pedir demissão do cargo de monitora? Por Merlim! Será que eu era assim quando tinha a idade deles?

- Não se preocupe! Com certeza Pirraça dará as boas vindas para vocês amanhã. – Eu disse com um sorriso um tanto malicioso. Pirraça havia iniciado uma guerra de bomba de bosta no meu primeiro ano em Hogwarts, ele disse ao diretor que era apenas uma maneira de dar boas vindas aos novos alunos, isso antes de sair em disparada pelos corredores, Pirraça não tinha medo de ninguém, com exceção de Dumbledore.

Encaminhei os primeiranistas para os dormitórios e me dirigi ao meu. Antes de deitar na cama peguei um livro no meu malão que havia pego emprestado de Ana no trem. Ela havia comprado o livro na América, era uma história trouxa, mas Ana jurava que era uma boa história e quando ela te emprestava um livro, você tinha que ler ou ela faria você enlouquecer até a morte. O livro tinha uma capa dura onde tinham letras grandes escritas em ouro: “Orgulho e preconceito” de Jane Austen. O livro começava assim:

"É uma verdade universalmente reconhecida que um homem solteiro na posse de uma boa fortuna, deve estar a procura de uma esposa."

Será que minha mãe havia escrito esse livro? Ela dizia que todo jovem solteiro de sangue puro com uma boa fortuna com certeza estava à procura de uma esposa. Continuei a ler o livro e não foi preciso muito tempo para ficar totalmente absorta a história. O livro contava a história de dois jovens que se apaixonam, mas não é nada como amor a primeira vista, é um amor que acontece com o tempo, no começo o jovem com todo seu orgulho não demonstra seu verdadeiro caráter e a jovem assim o vendo cria seus pré-conceitos sobre a figura em questão sem nem ao menos conhecê-lo, nisso se desenrolam vários acontecimentos, que a cada página fazem meu coração se derreter. Eu passei o resto da noite lendo o livro, todas as meninas do sexto ano já haviam chego do banquete e deitado em suas camas, acredito que muitas delas já até haviam dormido enquanto eu continuava vidrada em cada palavra do livro. Já era madrugada quando consegui me controlar, eu tinha aula na manhã seguinte e não era nada bom chegar atrasada no primeiro dia.

Eu tinha um sono muito leve e foram precisos apenas alguns xingões de Dora que provavelmente tropeçara nas cortinas ao acordar para me fazer acordar. Eu abri os olhos e abri as cortinas da minha cama. Vi o livro que havia deixado no chão na noite passada e imediatamente o coloquei na mochila, poderia ler o livro se tivesse aula de adivinhação ou história da magia ainda hoje, aulas idiotas, eu pensei comigo. Coloquei meu uniforme, uma saia rodada que Dora considerava Vintage, eu as considerava antiquadas, preferia minhas calças jeans e meus vestidos, dobrei as mangas da camisa até o cotovelo, coloquei as meias e os sapatos e esperei Dora e Ana terminarem de se arrumar. Elas nunca achavam suas roupas no malão. As duas me consideravam meio que uma pessoa anormal por ter um malão organizado, e eu as considerava estranhas por deixarem seus malões e qualquer lugar que elas passassem uma grande bagunça.

Depois de longos minutos que deixaram a cama de minhas duas amigas cheias de roupas e livros, elas finalmente acharam seus uniformes e nós partimos para o salão principal. Os alunos começavam a chegar para o café da manhã e Professora McGonagall começava a entregar os horários para os alunos que lá já estavam. Fiquei empolgada ao saber que nossa primeira aula era adivinhação, eu poderia continuar a ler o livro. Tomamos um café da manhã rápido e saímos à procura da sala de adivinhação, tínhamos essa matéria desde o terceiro ano, mas por incrível que pareça sempre nos perdíamos no caminho da torre onde eram realizadas as aulas. Estávamos quase na sala quando Dora resolveu que precisava ir ao banheiro urgentemente, Ana foi junto com Dora, afinal, garotas sempre iam juntas ao banheiro, mas eu na minha afobação de saber o final do meu livro continuei meu caminho para a sala. Alguns alunos já estavam na sala, percebi que a aula seria com a Lufa-Lufa. A lembrança da noite passada veio a minha mente e eu ri me lembrando do Ted nariz de porco. Entrei na sala de adivinhação, que era uma das salas mas digamos assim “decoradas” de Hogwarts, na sala havia várias mesas redondas com toalhas azuis com estrelas bordadas, em cima de cada mesa haviam três bolas de cristal. Sentei sozinha em uma mesa e peguei meu livro. Li apenas algumas palavras quando uma voz conhecida se dirigiu a mim:

- Minha mãe adora esse livro.

- Você é do sexto ano? – Eu perguntei confusa encarando Ted Tonks. Como nunca havia visto ele nas aulas?  Acho que daria para notar se tivesse aulas com um metamorfomago, mas talvez eu não prestasse muita atenção aos alunos da lufa-lufa.

- Sou sim, na verdade eu também nunca reparei que você era do mesmo ano que eu. Tenho que aprender a distinguir a diferença entre você e sua irmã. – Ele riu e se sentou na cadeira vaga ao meu lado. Ei, eu não dei permissão para você sentar ao meu lado. Que garoto metido!

- Então você já chegou na parte em que o Mister Darcy escreve a carta para a Lizzie? – Ele disse apontando para o livro.

- Errr... foi onde eu parei noite passada. Você leu o livro? – Eu perguntei espantada.

- É claro, é um dos melhores romances que já li.

- Nunca conheci garotos que lessem romances. – Eu disse curiosa. Ele sorriu de um jeito tão charmoso que fez meu estomago pular. Por que ele tinha de ser um sangue ruim? Se ele pelo menos fosse mestiço e sonserino como eu, não me sentiria culpada cada vez que meu estomago desse esses pulinhos.

- Então você não conheceu muitos garotos de verdade. - Quanta humildade! Eu pensei comigo.

- Com certeza ela não conheceu muitos garotos de verdade, se não por que ela estaria falando com você sangue ruim? – Dora perguntou olhando feio para Ted. Minhas amigas chegaram e foi como levar um soco no estomago ouvir elas tratando Ted assim. Qual é Andy, por que você se importa tanto com esse garoto? Uma vozinha na minha cabeça me perguntou. Minha consciência era muito complicada, ela gostava de aparecer nas horas que eu menos precisava dela, como agora. 


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Notas finais do capítulo

Não achei que ficou muito bom, mas me digam o que acharam? Estava inspirada com orgulho e preconceito e achei que tem um pouco a ver com a história do Ted e da Andy. ♥



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