Violet Hill [HIATUS INDEFINIDAMENTE] escrita por Black


Capítulo 17
Bela Distração


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, e não, a Black aqui não morreu.

Embora alguns de vocês desejem muito isso, hoje eu resolvi falar e eu vou falar muito então espero que estejam dispostos a ouvir, o hiatus de VH se deve a minha fogonacuzagem e na falta de inspiração (que já foi resolvido com uma boa dose de vergonha na cara, disponível em todas as mães), eu estive olhando as coisas por aqui e percebi que eu tenho enrolado mais que homem galinha, na hora do casamento.

FINALMENTE A VERDADE VEIO A TONA, agora vocês vão poder entender melhor o por que de alguns problemas da Violet e no próximo capítulo (que já está em andamento) vocês irão conhecer o lindo, gato e tesudo Joshua Trent (vulgo pai da nossa monstrinha), ignorem o nome, são uma da manhã e eu não tenho nada de bom em mente nessa hora.

Acho que eu respondi todos os reviews e eu tenho senti falta de alguns leitores poer aqui, não me amam mais né? Bem, acho que nunca amaram mesmo. Mas como eu tenho os 328 leitores mais gatos do planeta eu tenho uma notícia boa para vocês.

Então... vamos matar Violet Hill?

Mas, é matar no bom sentido. Já tem mais de um ano que eu estou rodando com a fanfic (e ela era pra apenas sete meses) e essa semana eu resolvi meu próximo projeto (que tem um pedaço no meu perfil, para aqueles que me amam e que irão ler



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Minha cabeça latejava, enquanto tentava inutilmente abrir os olhos e me levantar, admito que falhei miseravelmente nesse quesito. As ideias estavam desconexas e as informações pareciam voar pelo meu cérebro, onde quer que eu estivesse, consegui me sentar e me segurei para não cair de cara no chão.

Olhando em volta, percebi que o quarto que eu me encontrava não era o meu, a começar pelo piso, e depois as paredes do quarto estavam demasiadamente lotadas com posteres de motos e afins. Ao me levantar, senti tudo rodar e cambaleando recolhi minha calça e minha camisa que estavam no chão.

Chutei a porta com a ponta do meu coturno militar, e bocejando me perguntei por que caralhos eu havia dormido com eles. Logo de cara encontrei Ivan na cozinha, que só depois eu fui perceber que estava na casa de Ian.

– Dia - murmurei, sentindo a garganta seca.

– Evan, não sabia que estava aqui - ele falou, tentando arrumar a camisa surrada do Guns, sobre a barriga - Ian está na cozinha, eu vou sair e hoje não vamos abrir a loja. Se sinta me casa.

Assim, Ivan saiu, me deixando com uma ressaca infernal, seguida por um turbilhão de memórias mal contidas na mente. Finalmente eu sabia o segredo de Violet, o que a fazia ser tão fodidamente estranha e propícia a solidão. Acho que no fundo, eu desconfiava do que realmente poderia ser, mas eu era um idiota filho da mãe que não queria aceitar.

– Achei que fosse demorar mais para acordar, cara - Ian disse se levantando. - Você está bem?

– Acho que sim, não sou um maldito de um pirralho.

Meio a contra gosto, peguei as aspirinas e o copo de água que Ian me estendia, e engoli tudo em um gole. Encarando Ian, cruzei os braços e esperei que começasse a falar.

– Então... Você sabia.

– Toda a cidade sabia, Evan. Não é algo que seja difícil de descobrir - suspirou - A questão é que, as pessoas não gostam de assustar mais os novatos.

E de fato a história que rondava Violet Trent era digna de um filme de terror, e seria até um bom enredo para alguma coisa, se não fosse tão trágico. Violet era uma assassina, ou melhor, ela pensava que era, Violet era a menina que assustava as crianças, que vivia isolada e que se matava as poucos toda a vez que acendia um cigarro. E mais irônico desse fato, era que eu, Evan Sattle, estava apaixonado por ela.

– Acho que estou apaixonado por ela.

– Como? - Ian questionou, saltando da cadeira - Você não pode estar apaixonado por ela!

Acho que o seu amigo tem distúrbios neurológicos, Evan. Não da pra escolher por quem se apaixonar. É, acho que Ian não sabe muito sobre relacionamentos, não?

– Digo, você não ouviu tudo que ela disse ontem? Você não pode simplesmente ter se apaixonado por ela... Isso, isso é insano, Evan.

Assim como insano era um termo que se aplicava totalmente a minha mente ultimamente, eu realmente não precisava mais de ninguém, nem mesmo o meu melhor amigo, falasse o que eu devia ou não fazer da minha droga de vida.

– E por que não?

– Porque - Ian fechou os olhos e cerrou os punhos - Também estou apaixonado por ela.

(...)

Quando saí da casa de Ian, alguns minutos mais tarde, me culpando exageradamente por ter bebido até cair em um pub qualquer e claro, com uma vontade inconfundível de bater em alguma coisa, minhas memórias de ontem pareceram refrescar na minha cabeça.

– Vocês não precisam parar só porque eu cheguei - disse ao moreno e a garota, que me fitava estática.

– Evan, não... - Ian tentou argumentar, mas Violet o cortou.

– Quanto você ouviu?

– Ainda não o bastante - murmurei, me encostando na parede mais próxima - Vamos, nós temos a tarde toda aqui.

Olhos azuis de Violet passavam de Ian para mim, e consequentemente fizeram esse movimento mais umas três vezes, as quais logo passavam a me irritar. O que era tão difícil? O pior de tudo não poderia passar de mais alguns assassinatos, ou alguns furtos em lojas, fora o envolvimento com drogas, não é mesmo?

– A porra do gato comeu sua língua, Vi? - ironizei - Ou você só está tentando lembrar se não matou mais ninguém recentemente?

– Eu não acredito que você falou isso, Evan! - Violet grunhiu.

– Eu o que? Vocês que insistem em esconder toda essa merda de mim e quer saber? Eu estou cansado dessa droga toda - falei irritado - Você e Ian, sempre vocês, tentando esconder o que cada filho da mãe dessa cidade sabe! Você matou sua mãe, seu irmão e é uma maluca com distúrbios, disso eu já sei. Mas, o que mais existe, que o babaca do Evan aqui não pode saber?

Talvez eu tenha extrapolado, só um pouco.

– O que acontece, Evan Sattle, é que você não foi criado como um erro, não viu seu pai sair de casa porque ele não conseguia aceitar que tinha tido um filho tão problemático como você; Você não teve sua mãe te culpando por isso todos os anos e não teve que conviver com o fato de você ser um lixo de pessoa. Você não teve que se trancar no seu quarto ou ver a sua mãe pirando, quando engravidou novamente do pai desse merda aqui - apontou para Ian - Você não viu ela rasgando o pescoço de um recém nascido, porque tinha medo de ter dado a luz a outro erro, e você não foi tentar salvá-ló e acabou ferrando com tudo. E sabe por que, Evan? Porque você não sou eu, então pare de meter o dedo na porra da minha vida.

E só para demonstrar o quão babaca eu fui, o que melhor do que beber a noite toda?

Você realmente não dá uma dentro, Evan. Minha consciência ria pelas minhas costas, enquanto eu tentava inutilmente me arrastar pelas ruas de Hove, chegar em casa e tomar um banho, para tirar todo o cheiro de álcool e cigarro que se encontravam grudados em mim e nas minhas roupas.

Era disso que eu precisava, um banho, um pouco de água quente e sabão. E quem sabe assim eu não colocaria a minha cabeça loura no lugar e então pudesse tentar consertar um pouco das merdas que eu fiz, e descobrir também em que merda eu fui me meter.

(...)

Esmurrei a porta, esperando que o monstrinho do cabelo roxo aparecesse magicamente na minha frente, me dando a completa visão daqueles olhos gélidos e também daquela cara de cachorro sem rumo, que eu tanto queria ver. Lógico que eu merecia uns bons tapas e mais alguns xingamentos, que deixariam até a minha falecida avó de cabelo em pé.

Depois de alguns minutos, punhos vermelhos, altos níveis de testosterona no corpo e a irritação em nível máximo, só não ultrapassando a raiva, eu me dei conta de que, se eu quisesse as coisas bem feitas, deveria fazer eu mesmo.

Com um pouco mais de força que o necessário, chutei a porta, que se abriu de imediato. Passei correndo pela a mesma, nem olhando para as dobradiças que eu com certeza teria de arrumar depois. A casa de Violet era estranha, não estranha do tipo que você vê em alguns filmes de terror, mas estranha ao nível de perturbadoramente vazia.

Não existiam fotos de família na parede, muito menos retratos de uma garotinha pequena, que eu jurava que tinha o cabelo preto. Ao invés disso, existiam fileiras e mais fileiras de pregos, sustentando uma infinita coleção de prateleiras com borboletas dentro de vidros, mais uma coisa para perguntar ao monstrinho, se por algum acaso ela pensava em ser entomologista, em um futuro não muito distante.

Quando cheguei ao último degrau da escada, eu encontrei Violet e sinceramente? Eu preferia ser cego, ao ver o que vi. A porta do banheiro estava escancarada, mostrando ninguém menos que uma Violet Trent sentada no chão, com as costas apoiada na parede e lágrimas salpicando dos olhos azuis.

Engoli o bolo de palavras que se fez em minha garganta e quando voltei a mim, já estava ajoelhado ao seu lado, segurando seu rosto e olhando dentro de seus olhos, procurando pela friesa e o sarcásmo que sempre estavam por ali, menos agora.

– Por que está aqui? - ela sussurrou.

– Eu não podia deixar você. - respondi. - Eu não queria deixar você.

– Mesmo depois de tudo? - Violet me olhou - Mesmo depois de eu ser uma merda de uma fodida, um erro biológico, mesmo depois de ter matado a minha mãe e não ter conseguido salvar o meu irmãozinho... Você está aqui.

– Eu vou ficar com você, Violet. - garanti.

– Você merece coisa melhor, Evan.

– A questão é que, eu tenho uma tara sexual enorme, em garotas com cabelos coloridos e jaquetas de couro.

Para o meu total espanto e surpresa Violet sorriu, não que aquilo realmente pudesse ser chamado de sorriso, mas foi o suficiente para que a minha respiração controlada fosse jogada pro espaço e também foi o suficiente para que eu a puxasse pelos braços para perto de mim.

Só que ai eu vi, não o motivo pelo surto repentino de fofura e até carinho de Vi, não, eu vi sangue e lâminas.

– Violet, o que é isso?

Rapidamente o monstrinho olhou do chão para mim, e novamente de mim para o chão, puxando lentamente seu casaco para baixo, tentando me esconder seus braços. Mais é claro que Violet não se cortava, não, automutilação era totalmente impensável e também eu já tinha visto seus pulsos, apenas marcas de pontas de cigarros, só isso.

– Tire o casaco.

– Não, Evan..

– Só tire a porra do casaco, Trent!

Admito, eu não era a pessoa mais controlada do mundo, não quando o assunto envolvia pessoas das quais eu estava emocionalmente ligado, e olha que essas eram poucas no momento. Lentamente eu vi o casaco cinza descer pelos ombros magros a minha frente, revelando um pouco do que eu já esperava, mais algumas blusas de frio, que só variavam de cor. Uma a uma, Violet as jogava no chão, até que a ultima escorreu por seus braços revelando um conjunto de ossos, envoltos em uma pele muito branca, mas não foi isso que chamou minha atenção, mas sim os hematomas.

Vermelhos, roxos, amarelos, em estado de cicatrização e os cortes mais recentes inflamados, fora mais algumas marcas de pontas de cigarros, que se concentravam principalmente em seu ombro direito. Olhando-a agora, apenas de calça e uma regata branca, eu me perguntei quantos mais existiam daqueles machucados e quantos outros haviam sidos provocados naquela pele.

Violet parecia tão... quebrável.

– Eu não quero que você me ache um monstro, Evan. Eu não quero que você saia correndo pela porta, como meu pai fez, eu não quero ser a razão pela sua falta de sanidade, mas, eu não quero que você vá. Sei que isso é um pensamento egoísta e eu não tenho o porque de pedir, é só que... Eu não quero que você me deixe aqui.

– Mesmo que eu queira, não posso te achar um monstro Violet. - confidenciei - Insana, louca e problemática sim, mas não um monstro. E sabe por que? - ela negou - Estou tão malditamente apaixonado por você, que nem usar minhas pernas para correr daqui eu consigo.

Violet arregalou os olhos e eu juro que pensei que eles fossem saltar de seu rosto, mas ainda tinha uma coisa que me perturbava me tudo isso. Ainda havia algo que eu não conseguia entender e olha que eu tentei e muito compreender toda a história, só que haviam pedaços nublados nesse caminho, palavras incoerentes e enigmas que ainda não possuíam solução.

Eu podia ter o segredo agora, mas ainda faltava uma boa parte, para que eu finalmente descobrisse tudo. Até porque seria pura besteira achar, que só aquilo era tudo, seria muita pretensão da minha parte achar isso.

– Você não vai sair correndo vai? - questionou enquanto eu a puxava para a pia, e lentamente passava a toalha úmida sobre seus cortes.

– Eu já disse Trent, não vou a lugar nenhum que você não esteja comigo.


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Notas finais do capítulo

Well, wel... Eu espero ter respondido algumas dúvidas com esse capítulo e eu espero a repercussão de tudo isso com vocês, okey?

Se você quer me ver feliz, leia as notas iniciais e veja o trato que eu estou propondo u.u e claro, comente, favorite e recomende a fanfic. Afinal, se você tem paciência para esperar meses para a postagem, pode ter só cinco minutinhos para me deixar feliz.

E sobre The Runaway (a minha próxima Original, pós VH), ela já está me andamento e tem o lançamento previsto para 04 de Julho, então se você quer me fazer vomitar arco-íris, corra no meu perfil, leia o pedaço de TR que está lá e venha aqui dizer o que achou heuheuheuehuehueeuhe.

ESTOU NO AGUARDO BABES



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