Golpes Da Vida escrita por Alyssa Sullivan


Capítulo 36
Confuso


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas está aqui mais um capítulo!



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Bella cobriu o rosto com o lençol.

— Mãe?

A adolescente tirou o lençol da cara e pode constatar que era Esme.

— O que você está fazendo aqui?

O olhar de Esme foi direto para Bella que ainda estava despertando.

— O que ela está fazendo aqui?

— Eu ... eu – Bella não conseguia raciocinar direito.

O colega de quarto de Edward despertou. Era um gordinho que ao acordar foi logo pegando a toalha e passando desorientado até o banheiro.

— Quem é essa mulher? – perguntou o garoto.

— Minha mãe.

— O que a sua mãe tá fazendo aqui?

— É uma boa pergunta – Edward estreitou os olhos para sua mãe.

O garoto foi direto para o banheiro.

— Precisamos conversar, Edward!

— É a segunda pessoa que me diz isso!

— O que você disse para ele? – interrogou Esme.

Bella esfregou o rosto com as mãos para despertar mais rápido.

— Eu não disse nada. Não precisa se preocupar!

— Do que vocês estão falando?

Bella se levantou da cama e se aproximou da socialite.

— É um assunto de família que certas pessoas não deveriam se intrometer – Esme falou em um tom superior para Bella.

— Certas pessoas não deveriam se intrometer se elas não pertencessem a família, mas de alguma forma elas pertencem.

Esme respirou fundo para se controlar. A socialite ergueu o queixo e encarou profundamente a jovem.

— O que está acontecendo aqui? Alguém pode explicar?

— Nada! – responderam as duas em uníssono.

— Ok! – Edward esfregou o rosto – Eu ainda não entendi o que a senhora veio fazer aqui.

— Estava com saudades! – Esme tocou Edward.

— E por isso que você veio me visitar numa sexta-feira de manhã?

Bella viu aquilo como uma oportunidade para sair. A garçonete colocou todas as suas roupas espalhadas pelo quarto na mochila e saiu. Ela passou quase correndo pelo corredor. Mas antes de descer as escadas Edward a alcançou.

— Bella...

A adolescente engoliu a seco. Ela fixou o seu olhar em seu namorado.

— Eu... – Ela estava bastante hesitante no que ia dizer. A verdade vindo dela poderia ser pior – Eu... não consigo.

Edward se aproximou.

— Não consegue o quê?

— Eu te amo. Não duvide – Bella tocou no rosto de Edward e então saiu.

***

 Bella estava em frangalhos pela manhã. Não havia penteado o cabelo, nem escovado os dentes, seu rosto estava inchado. Mas tudo isso não importava naquele momento a conversa que teria com a Renée e o Charlie seria bem pior. Ela se preparava mentalmente no meio do caminho enquanto chegava de motorista particular em casa.

Ao entrar em casa havia um grande silêncio. Ela deixou os tênis na entrada e assim que chegou na sala Renée e Charlie estavam a sua espera. Seu tio já tinha colocado o uniforme e sua mãe estava de roupão. Todos os dois pareciam furiosos.

— Onde você estava? – perguntou Charlie de braços cruzados.

— Você nem nos avisou onde ia passar a noite! – exclamou Renée antes que Bella respondesse a pergunta.

— Eu estava com o Edward!

Charlie virou a cara.

— Eu queria ter contado tudo para ele, mas eu não consegui.

Bella começou a chorar descontroladamente.

— Eu não tive coragem...

 Renée levantou-se do sofá e foi abraça-la.

***

Os Cullens e os seus filhos estavam sentados envolta de uma mesa redonda. O restaurante era simples para o padrão deles, porém era bem estruturado. O piso era um laminado marrom claro enquanto as paredes eram em alto relevo marrom escuro. O ambiente era bem iluminado apesar de parte das portas estarem fechadas. A mesa estava cheia de frutas cortadas, ainda haviam alguns cupecakes, pães, bacon e queijo.

— Gostei daqui – disse Emmett pegando o cardápio – Não entendi porque fecharam o restante todo só para um encontro de família no meio da semana.

— Não é o meio da semana. É sexta-feira! – Esme tomou um golo de vinho.

Esme vestia uma camisa preta de mangas compridas com um decote em v.

— Eu ainda não entendi essa reunião de família – disse Edward pegando um cupecake.

— Vamos falar de algum assunto constrangedor para essa família? – Emmett arqueou uma das sobrancelhas e deu um sorriso malicioso – Seria sobre o nosso irmão bastardo?

Esme respirou fundo e bebeu mais um gole de vinho. Carlisle olhava para mesa quando voltou a fixar nos filhos.

— Também – a resposta de Carlisle fez com que Emmett quase desse um pulo para atrás. Edward arregalou os olhos e abriu levemente a boca – Mas temos que falar algo de igual importância primeiro...

— O que seria igualmente importante? – interrompeu Emmett.

— Depois que você nasceu – Esme indicou para Emmett – As coisas não estavam tão boas no nosso casamento. Então, eu engravidei novamente as coisas até melhoraram entre nós nos primeiros meses da gestação, mas eu não estava bem – nesse instante uma profunda tristeza abateu Esme enquanto ela contava a história – Eu me mudei com o Emmett bem pequeno para casa da minha mãe e iria passar algum tempo por lá.

— E o que você fez a respeito? – perguntou Edward para Carlisle.

— Eu era bem jovem e inconsequente. Na época eu achei que fosse uma boa ideia.

Esme segurou na mão de Carlisle.

— Deixa eu adivinhar – iniciou Emmett – Edward nasceu e o belo casal voltou a ficar junto novamente. E fim! – o rapaz pegou a garrafa de vinho e encheu a taça.

O casal ficou em silêncio por algum tempo.

— Então, eu entrei em parto e decidi ter o filho em casa – Esme continuou a história como se não tivesse sido interrompida – Mas... mas... – Carlisle apertou a mão da esposa – mas o bebê nasceu morto.

— O quê? – Edward riu sem humor.

Emmett começou a fitar o chão.

— Um momento difícil para nós! – Esme engoliu o choro.

— Nos isolamos das pessoas por um tempo – Carlisle utilizava um tom brando – Depois de alguns meses decidimos adotar...

Edward se levantou da cadeira.

— Não dá para acreditar em vocês – o nadador ficou de costas para todos.

— Qual é o problema de vocês? – perguntou Emmett.

Carlisle foi até onde o adolescente estava.

— Filho...

O nadador se afastou bruscamente.

— Não, não toca em mim!

— Querido, eu entendo que você esteja confuso! – Esme se levantou.

— Não, você não faz a mínima ideia de como é saber de uma hora para outra que os meus pais não são meus pais, que o meu irmão não é meu irmão.

Esme se aproximou do filho.

— O fato de você ser adotado não muda nada – Esme tocou no rosto de Edward.

Edward desviou o olhar.

— Vocês fizeram isso por quê? Foi para manter as aparências? – o nadador estava quase chorando.

— Nós te amamos e isso é o que importa!

Edward olhou para os lados.

— Eu preciso de um tempo sozinho!

— Ainda não terminamos! – exclamou Carlisle.

— Tinha até me esquecido – Emmett se juntou ao restante da família – Quem é o bastardo da família?

Por um instante todos ficaram em silêncio.

— É a Isabella!

— Quem? – questionou Emmett.

— Bella Swan.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado? Deixem dicas e sugestões ;)



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