Fogo Celestial escrita por Kika


Capítulo 5
Procurando


Notas iniciais do capítulo

Aqui esta mais um capítulo, este com um pouquinho mais de ação. Espero que gostem.



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- Garota da próxima vez que você resolver sumir, você pode pelo menos deixar um bilhete?! – Simon repreendeu Clary como se ela fosse uma garotinha que tinha feito uma travessura. Não, Clary pensou, ele a repreendeu como ele sempre a repreendia quando ela tinha algum plano ariscado demais ou quando ela fazia coisas que ele julgava perigosas. E foi nesse momento que Clary entendeu. Simon não estava ali para criticá-la ou acusá-la de nada, porque apesar de Simon sempre a repreender quando as coisas saiam do limite ele nunca abandonou Clary, por mais insano ou perigoso que fosse Simon sempre estava lá com ela, e ele esta aqui com ela agora.

Ele não tem nem idéia do por que eu fiz o que eu fiz, mas ele esta aqui, ele confia em mim. – Pensou Clary.

- Ah Simon você não deveria fazer isso. – Ela falou com um nó na garganta.

- Fazer o que? – Ele perguntou meio confuso, mas ainda sem solta-la de seu abraço. Então Clary se afastou para poder falar.

- Vir até aqui. Falar comigo. É perigoso demais agora.

- E quando é que não é perigoso com você Clary?

Clary sentiu a culpa apertar seu coração, Simon já havia passado por tantas coisas terríveis por causa dela, até mesmo havia se tornado um vampiro. E é exatamente por isso que ela não pode mais colocá-lo em risco.

- Agora é diferente, você tem que ir! – Ela colocou uma firmeza e frieza na voz que na verdade ela não sentia, mas era o melhor para ele.

No entanto Simon não iria desistir assim tão fácil, não quando se tratava de Clary.

- Ótimo. Então venha comigo! Você sabe sua mãe esta realmente preocupada com você! Pelo o que eu entendi você nem sequer chegou perto dela. – Disse Simon e Clary pode perceber como ele estava desconfiado, ele estava ali com ela e não a estava criticando, mas ele ainda não entendia nada das atitudes dela e ela não podia culpá-lo às vezes nem ela mesma entende.

Não entende, mas sabe que assim é melhor.

- Eu não vou a parte alguma com você. Tem um motivo para eu não ter me aproximado dela e é o mesmo motivo pelo qual você tem que ir, agora.

- Tudo bem, você não vai, entendi. Mas eu também não vou a parte alguma.

- Simon você não entend...

- Nem comece Clary. Tem muita coisa que eu não entendo, por que você foi embora, o que aconteceu com você e por que você voltou agora são somente algumas coisas que eu não entendo. Você não tem ideia do quanto eu quero perguntar a você, mas eu não estou fazendo isso, eu só quero que você me diga uma coisa!

- O que? Perguntou Clary sem saber bem como reagir.

- Por que, você me deixou de fora? – E ele ficou ali esperando a resposta de Clary.

- Essa é a única coisa que você quer saber? – Depois da explosão de perguntas de Isabelle, Clary esperava que todos quisessem saber muita coisa, mas de novo, esse era Simon.

- Sim, é só o que eu quero saber! Agora pelo menos. – Ele continuava esperando pela resposta.

- Eu deixei porque eu precisava Simon, de alguma maneira eu sabia que tinha que fazer isso sozinha, e eu estava certa. As coisas que aconteceram... eu... tinha que estar sozinha. – Ela estava sendo sincera, era assim que funcionava, agora ela sabia mentir melhor do que dizer a verdade, mas ela sempre optava pela sinceridade quando podia, e neste momento ela não percebeu nada que a impedisse de dizer a verdade, ou pelo menos parte dela.

- Mas agora você voltou e ainda esta deixando todos de fora!

- Sim, porque as coisas mudaram, eu sou uma fugitiva.

- Uma fugitiva que não cometeu crime algum. – Com isso Clary teve que sorrir, ele realmente estava do lado dela, não importa o que. Mas isso talvez seja um problema.

- Eu cometi muitos crimes Simon. Fiz coisas que você nem imagina. Eu não sou mas a mesma. E eu não tenho tempo para ficar e explicar. Foi bom ver você, de verdade, mas por favor, mesmo que você saiba onde eu estou, não vá atrás de mim. Eu não quero você comigo.

Clary subiu no parapeito do prédio e simplesmente saltou, ela pode ouvir o grito de Simon antes que o vento ressoante tapasse quase toda sua audição. Quando os vinte e cinco andares terminaram e ela aterrissou perfeitamente no asfalto de concreto, ela sentiu dor, mas não fisicamente.

Ela tentou evitar ter que voltar a Nova York, mesmo sabendo que isso era inevitável, porque ela sabia que apesar de o muito que ela mudou, ainda havia algo no lugar e nas pessoas que ainda a deixavam vulnerável. E ela tinha que mudar isso. De maneira alguma ela pode se deixar vulnerável agora.

Agora Clary tinha de ir até o instituto pegar o livro, roubar seria a palavra mais adequada, mas esta noite todos estariam em alerta, provavelmente esperando que ela aparecesse justamente para roubar o livro. Além do mais ela tinha mais coisas a fazer, que se não mais, era pelo menos igualmente importante.

Clary se esgueirou pelos becos de Nova York para chegar ao lugar certo e quando chegou, descobriu que havia chegado cedo demais. Teve de esperar mais de meia hora até o demônio aparecer, e mais vinte minutos até que a fada que o foi encontrar chegar.

Mas enfim estavam todos ali. Depois de um tempo Clary aprendeu facilmente que era assim que as informações circulavam pelo submundo, demônios eram os meninos de recado de quem quer que fosse. Clary aprendeu também que por trás de toda  fachada de que as espécies do submundo não se metem nos assuntos uns dos outros, eles estão sempre em contato e uns sempre sabem tudo ou quase tudo sobre os outros.

Por isso encontros de seres do submundo com demônios em becos escuros era sinal de circulação de informação, e ela esta mesmo precisando de informações. Como ela soube dessa pequena “reunião”? um demônio que ela encontrou em Varsóvia, havia dito que os locais de encontros eram periodicamente mudados, mas demônios são burros e mantem um sistema de rotatória, o que quer dizer que eles usam sempre os mesmos lugares, ela apenas precisava saber quais eram esses lugares e depois era só calcular para saber onde seria a próxima reunião. Não é difícil saber quais são os lugares preferidos de demônios e seres do submundo, qualquer beco imundo serviria perfeitamente, mas para uma reunião secreta Clary procurou por becos imundos e isolados, percorrendo esses lugares se ouve muita coisa, e foi assim que ela chegou até ali, antes de todos.

***

Todos no instituto estavam a ponto de explodirem. Ninguém conseguia compreender o que estava acontecendo e isso era um mau sinal. Depois que Clary simplesmente desapareceu pelos corredores do instituto, o irmão do silêncio e Magnus se foram, os próximos foram Jocelyn e Luke, compreensivelmente. O restante, os moradores do instituto nesnte caso, continuaram na biblioteca tentando encontrar algum sentido para tudo o que havia acabado de acontecer. Mas isso já fazia horas e até agora nenhuma conclusão foi encontrada.

- Ela poderia simplesmente ainda estar dentro do instituto, ninguém a viu sair afinal de contas. – Falou Isabelle.

Neste instante o telefone do instituto tocou.

- Sim. – Atendeu Maryse.

- Ah, como? Onde foi isso?... sim... aham, e oque aconteceu?... onde foi isso?... eu sei, eu sei, obriga por ligar. Sim eu aviso. Até mas.

- Quem era? o que houve? – quis saber imediatamente Jace.

Maryse suspirou forçando as pontas dos dedos nas temporas e falou – Era Luke. Clary com certeza não esta no instituto.

- Como assim? Alguém viu ela fora daqui? – Perguntou Isabelle com um tom de descepição em sua voz.

- Sim, Simon a viu. Luke ligou para dizer que ele a encontrou, eles conversaram, mas pelo que Simon falou, ele não conseguiu muita coisa nova dela.

- Como assim ele a encontrou? Você não quer dizer que ela procurou por ele? – Perguntou Izzy, agora com tom de indignação.

- Não Izzy, foi como eu disse, ele a encontrou. Luke disse que assim que saíram daqui, Jocelyn telefonou para Simon pensando que talvez ela o procurasse, mas o tempo passou e ela não apareceu, assim Simon decidiu procura-lá, e, bem, ele a encontrou. – Respondeu Maryse.

- Eu não acredito, aquele vampiro maldito, depois de tudo o que ela fez, como ele pode?!.

- Do que você esta falando Izzy? Todos estão procurando por ela, ele só teve a sorte de encontrar antes que qualquer outro. – Disse Alec, tentando acalmar as coisas.

- Você não entende! Ele não teve sorte coisa nenhuma, ele simplesmente sabia onde encontra-lá, com tudo o que aconteceu, ele ainda parece saber de cada passo de Clary. O que me leva a pensar que talvez ele soubesse onde ela estava este tempo todo. – Agora Isabelle conseguiu a atenção de todos, porque afinal esta era uma possibilidade completamente aceitável, e neste caso eles precisavam de Simon. Agora.

***

- Eu já disse que não faço a menor ideia de onde ela esteja. Ela simplesmente desapareceu e não é como se ela estivesse me mantendo atualizado sobre seu paradeiro ultimamente. – Disse Simon pela zilhonésima vez pelo que lhe pareceu.

Quando Izzy telefonou perguntando onde ele estava, ele pensou que ela queria conversar sobre a volta de Clary, apesar dela nunca falar a respeito ele sabe quanto isso a magoou. Mas ele não esperava que praticamente todos os caçadores de sombras do instituto aparecessem em sua casa. E muito menos que aquilo viraria um interrogatório.

- Não mesmo? Durante todo este tempo em que Clary esteve afastada, vocês não mantiveram contato nenhuma vez? – perguntou Maryse, bastante direta.

- Não. Eu já disse. Clary foi embora e me manteve como ela manteve todos aqui, afastado e sem informações.

- Então como você conseguiu encontra-lá tão facilmente a noite passada? – Disparou novamente Marise.

- EU CONHEÇO CLARY. Simples assim, eu sabia para onde ela provavelmente iria e eu fui até lá, ela estava lá isso para mim quer dizer que apesar do que todos estão dizendo ela não mudou tanto assim. Mas eu também nunca soube de tudo a respeito de Clary, então NÃO, eu não sei onde ela pode estar agora. E depois me digam uma coisa, se eu estivesse tentando esconder Clary, por que diabos eu teria telefonado para Jocelyn para dizer que eu a vi? – Simon já estava ficando irritado com as acusações e por mais que ele compreendesse a apreensão de todos ali, ele realmente não podia ajudar, porque ele realmente não fazia a minima ideia de onde Clary poderia ter ido.

Ele realmente acreditava que Clary não tinha mudado tanto como todos achavam, alguma parte dessa Clary ainda era a Clary de Simon, mas sim, com certeza ela mudou. Seu jeito, seu olhar, é visivel até mesmo em sua postura o quanto ela mudou e isso deixava Simon com tanto medo quanto todos os outros na sala. Porque como todos os outros ele também amava Clary e não queria que nada de mau lhe acontecesse.

- Ótimo, não conseguimos nada aqui também. Ela apareceu a um dia e meio disse que precisava de algo na nossa biblioteca, mas não disse o que, disse que o teria de qualquer maneira, mas desapareceu sem tentar pegar nada e não voltou para buscar, ela simplesmente desapareceu, mas algum tempo depois uma fada e vestigios de um demônio são encontrados mortos em um beco, o que não costuma acontecer muito por aqui, mas acontece muito por onde Clary passa, e ainda pior um demônio e uma fada completamente desconhecidos. – Maryse já apresentava sinais de que não sabia mais o que fazer ou onde procurar – Eu vou voltar ao instituto e telefonar para os irmãos do silêncio, saber qual é a posição da Clave e o que eles pretendem fazer a respeito. Vocês...

Neste momento o celular de Maryse tocou, era um caçador de sombras já ocupado pedindo reforços para uma briga em um bar de fadas.

- Bem o resto de vocês vão verificar essa briga. – delegou Maryse.

***

Era uma noite clara, a lua cheia estava no céu sem nuvens, o que facilitava muito a visão. Não que Clary precisasse de qualquer coisa para facilitar sua visão, suas runas faziam isso por ela, e algo mais também.

Depois que aquela runa misteriosa apareceu para ela depois de um pesadelo sufocante no navio, muitas outras haviam aparecido, quase sempre da mesma maneira. Elas apareciam sem um proposito e Clary tinha que descobrir para que elas serviam. Mas a maioria delas eram realmente muito uteis, apesar de nem sempre serem indolores. E há aquelas que ela ainda não sabe para que servem. Mesmo tendo testado-as de todas as maneiras possiveis, elas parecem simplesmente não funcionar.

Mas com o passar do tempo ela aprendeu que é simples na verdade, as runas só funcionam quando Clary esta preparada para usa-las. No inicio ela não achou isso nem um pouco justo. Mas o tempo é um mestre, e ela aprendeu muito com o passar dele. Agora ela tinha paciência para esperar estar pronta para usar suas próprias runas. Enquanto isso elas descançam paciêntemente em seu caderno de desenhos, que a essa altura já pode ser chamado de Livro Gray dois. Clary já não desenha mais nada que não sejam as runas.

Já fazia tempo que Clary não caminhava por aquelas ruas. Apesar de tudo ser muito familiar é como se estivesse em um passado tão remoto que ela mal podia se lembrar de por que ela gostava tanto daquele parque.

Mas ela não estava ali porque ela queria admirar a vista. O demônio da noite anterior disse que haveria uma reunião ali esta noite.

O que era no mínimo suspeito já que demônios não faziam reuniões em parques a céu aberto, mas se fosse uma armadilha, com certeza não seria ela a sair perdendo.

Ela estava cansada é verdade, mas nada que a impedisse de continuar. Ela iria conseguir o que veio procurar aqui, isso era um fato.

Exatamente no local e na hora em que o demônio que foi se encontrar com a fada na noite anterior disse, sete demônios maiores apareceram para a tal reunião. Clary planejava ficar escondida e escutar o maximo que pudesse antes de atacar e descobrir o que mais ela precisasse, mas durante todo o tempo em que ela passou sozinha ela aprendeu que planos são muito bons na teoria, mas nada eficazes na pratica, então ela deixava acontecer.

Tudo ia bem até o bruxo aparecer, foi então que Clary entendeu, aquilo não era uma reunião de demônios, era sim um ritual. Os demônios estavam realizando um feitiço, e para se ariscarem tanto em céu aberto, o feitiço só podia ter algo a ver com Sebastian. Agora ela realmente estava curiosa.

Todos os sete demônios já estavam reunidos quando o bruxo chegou, ele com poucas palavras posicionou os demônios em um circulo e fez desenhos no chão, espalhou objetos pelo circulo e se posicionou ao lado de fora. Quando Clary já estava se perguntando onde estava a fada de que o demônio havia falado o bruxo disse:

- Me deem o sangue da fada.

E ali estava o membro faltante da festinha, dentro de um frasco escuro. O bruxo derramou o liquido escarlate e viscoso em sua mão esquerda e começou a pronunciar o feitiço, Clary entendeu o suficiente para perceber que era um feitiço para abrir um portal, mas não um simples portal, um portal para outra dimensão, e que eles precisavam do sereno da noite. Mas o resto ficou mais difícil de entender quando o ritual foi brutalmente interrompido.

Três caçadores das sombras um vampiro e um bruxo resolveram se intrometer e acabar com os planos dela.

Clary definitivamente ficou muito irritada com aquilo. Será possível que ela não vai conseguir fazer mais nada sem que eles apareçam e estraguem tudo. Na noite passada ela quase não teve tempo de sair do beco depois de conseguir as informações com o demônio, antes que eles aparecessem para “verificar o que estava acontecendo”. Agora ai estavam eles novamente, só que dessa vez ela ainda não tinha conseguido o que queria, por isso não podia ir embora e também não podia deixar que eles acabassem com tudo. Mas ela realmente queria ver até onde eles conseguiam chegar contra um bruxo e sete demônios maiores. Interessante pensou Clary, que continuou sentada onde estava, somente assistindo, enquanto bem embaixo dela a luta começava.

Eles são bons, pensou Clary, depois de algum tempo de uma luta realmente feroz, Magnus havia conseguido deter o outro bruxo, Jace e Alec haviam matado um dos demônios e Izzy e Simon imobilizado outro deles, mas ainda restavam cinco demônios e não eram simples demônios, eram demônios maiores, poderosos. Eles são bons, mas não o suficiente, Clary finalizou o pensamento e decidiu interferir quando Izzy e Jace estavam completamente presos e um dos demônios derrubou Magnus fazendo com que ele liberasse o bruxo que estava prestes a fugir. Clary ainda tinha algumas perguntas a fazer para este bruxo para simplesmente deixa-lo ir agora.

Ela saltou da árvore em que estava, enfiou uma de suas espadas sai na mandíbula de um dos demônios que jorrou sangue negro, que escorreu por sua mão e lhe causou uma leve ardência, logo em seguida o demônio tremeu, encolheu e sumiu. Isso aconteceu em uma fração de segundo, porque ela ainda teve tempo de acertar um poderoso chute nas costas escamosas do demônio que tinha Magnus em suas presas, antes mesmo de por os pés no chão.

Quando ela aterrissou em solo firme, foi atrás do bruxo que covarde como era estava escapando de fininho.

Ela o alcançou, o agarrou pela gola do sobretudo negro que ele usava, o derrubou-o no chão e com um olhar gélido disse:

- Se você se mover daqui, terá o mesmo destino desses demônios.

E sem dar tempo para que o bruxo pudesse contestar, ela correu e agora com suas duas sai na mão pensou, vamos começar com a diversão.

Ela saltou nas costas do demônio que estava no encalço de Alec, esmagando sua garganta com as pernas, era uma verdadeira chave de braço com as pernas, assim agarrada ao demônio ela ficou de ponta cabeça e com as espadas cortou ao meio a barriga molenga de outro demônio, este, como o outro jorrou sangue negro, tremeu, encolheu e sumiu. Dois já se foram, faltam quatro, pensou Clary.

Ainda agarrada ao pescoço do demônio que se debatia furiosamente em busca de ar, ela se levantou e cravou uma de suas sai bem no crânio do demônio, antes que ele sumisse e a deixasse no chão, ela utilizou o demônio para pegar impulso e saltou diretamente sobre o demônio que havia prendido Jace entre suas garras e uma enorme pedra. O demônio cambaleou com o impacto assim soltando Jace, este ficou exatamente onde estava enquanto Clary sem perder tempo cravou as duas sai uma em cada lado das costelas do demônio, e desta vez não teve jeito, ela teve de ir para o chão.

Clary estava em solo e com dois demônios maiores restantes. O  demônio que segurava Izzy a largou para se juntar ao outro que estava cercando-a. Clary só fez sorrir. Girando suas espadas nas mãos ela chutou o demônio da esquerda enquanto socava com as costas da espada o demônio a sua frente, com uma semi estrela ela estava agora montada no demônio que levou o primeiro chute, e mais uma vez com sua sai, partiu sua mandíbula em duas, ela rolou ao chão e quando uma das garras afiadas de demônio ia acerta-lá, ela girou, a garra ficou presa na terra e Clary aproveitou para separar a garra do demônio. Este urrou de dor e mais sangue negro banhou Clary. Ela se levantou enquanto o demônio corria até ela, com seus dentes de tubarão a mostra, ela não pode resistir e disse:

- Ai que lindo, você esta sorrindo para mim. – E deu um sorriso frio ficando imóvel em seu lugar, o que fez com que o demônio vacilasse em sua corrida, mas não o deteu.

Assim que o demônio ficou a um palmo de distância de Clary e estava pronto para arrancar sua cabeça com seus dentes, Simon gritou um aviso para Clary, no entanto era uma preocupação em vão, pois Clary estava preparada.

Ela acertou um soco em sua mandíbula, depois um belo chute em suas costelas, com uma verdadeira voadora ela o derrubou ao chão e antes que o demônio pudesse ver o que o acertou Clary descepou o demônio. Formou-se uma poça de sangue negro no chão, antes que a cabeça de um lado e corpo de outro, sumissem.

Clary girou e olhou para o demônio que ela havia partido a mandibula em duas jogado e sangrando no chão, milagrosamente ele ainda estava vivo. Não por muito tempo, pensou ela.

- E só falta um. – Disse ela.

Quando Clary começava a avançar, o demônio fez um som de agonia e com a voz de alguém arranhando um quadro negro se forçando muito para fazer com que a mandibula se movimentasse corretamente enquanto falava:

- Espere. Eu tenho informações, e posso te passar essas informações se você me deixar ir.

- Você esta mesmo tentando negociar comigo? – Perguntou Clary ainda caminhando em direção ao demônio. – Eu não negocio com demônios, se você tivesse alguma informação que eu precisasse, eu a pegaria e depois o mataria do mesmo jeito. Mas você não tem informação alguma, então eu só vou matá-lo.

- Você não pode saber se eu tenho ou não informações, eu posso te dizer, eu sei. -  o demônio soava apavorado agora, e Clary já o estava quase alcançando.

- Acredite em mim, eu sei que você não tem nada que eu queira. – E com isso Clary já muito próxima do demônio somente subiu sua mão direita que estava junto a seu corpo, e cravou a sai exatamente no coração do demônio. O sangue se derramou por seu braço e espirou em seu rosto e corpo.

Assim que o demônio sumiu Clary girou e foi em direção ao bruxo que estava exatamente onde ela o havia deixado.

- Agora... você... tem muitas informações que eu quero.

Segurando em sua gola, Clary levantou o bruxo do chão.

- E é bom começar a falar...

- Se não o que caçadora das sombras? Você vai fazer  comigo o que fez com os demônios eu não sou idiota, eu conheço as leis, alias todos conhecem, todos sabem que um caçador das sombras não pode machucar um ser do submundo e EU SOU um ser do submundo, então... – Antes que o bruxo terminasse de falar Clary lhe de um soco que lançou o bruxo a dois metros de distância e arrancou sangue de sua boca. E enquanto Clary caminhava tranquilamente para chegar até ele disse:

- Eu já ouvi essa conversa tantas vezes que a sei de cor, por isso poupe-se do trabalho. Agora, como eu ia dizendo, eu quero saber o que você sabe, e eu vou fazer o que for preciso para que você diga, e que a Clave vá ao inferno. – Clary estava agora em cima do bruxo, pronta para pega-lo pela garganta, quando ela ouviu algo.

- Não toque nele. – Jace foi claro e direto.


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Notas finais do capítulo

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