Matemática Do Amor escrita por Lady Salvatore


Capítulo 40
- Marcas de amor.


Notas iniciais do capítulo

Antes de mais nada, me desculpem, me desculpem pela demora. Não foi intencional. Minha internet parou terça feira passada e só voltou nessa segunda. Não foi culpa minha, me perdoem.
Queria muito agradecer a vocês meninas que comentam, ultrapassamos a marca de 500 comentários. To muito feliz; Já tenho mais de 160 leitores o que me deixa super contente. O que acham? Me ajudam a chegar aos mil comentários e cem favoritos? Espero que sim, estou muito feliz com a repercussão dessa fanfic.
Esse capítulo em especial quero agradecer à s0fly e a jaque pelas recomendações. AMEI, AMEI, AMEI.

E como sempre, boa leitura garotas.



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Em delicadeza, Elena deixou-se ser induzida pela escuridão. O nada. Completo preto. Duraram poucos segundos, logo ela voltou a abrir os olhos outra vez. Encarou Isobel. Uma impaciente Isobel que mexia nos cabelos, enquanto a mente tentava raciocinar algo.

Jenna, April e Jeremy também. Todos tentavam pensar em alguma coisa. Claro que a própria Elena da mesma maneira esforçava-se para encontrar uma solução; Isso há alguns minutos atrás ou até há algumas horas. Só que agora já desistira. Talvez houvesse desistido no momento quando seu pai ligou, ou quando viu a noticia ou quando o primeiro repórter telefonou para o número de casa na fome por descobrir algo.

Um de seus antigos amigos (amigos entre aspas. Interesseiros) devem ter dado o número. Muitos tinham conhecimento de seus contatos, embora a enorme maioria não soubesse que estavam morando em Mystic Falls atualmente.

Horas atrás o mundo era enganado em achar que a Rússia era sua moradia nova, ao invés de uma pequena cidade no interior sulista americano. Quem imaginaria que Elena Gilbert estaria vivendo em um lugar sem ao menos quatro mil habitantes?

Pela falta de aparição social em Moscou, a imprensa desconfiou. Pesquisou a fundo e descobriu que não estava verdadeiramente morando na Europa. E aquela era a pergunta que todos agora faziam; Onde Elena realmente estava?

Quando leu a noticia não acreditou. Toda sua mente explodiu em medo e negação pelo que lia. Falou com seu pai por mais alguns minutos. Ele explicou. Disse que havia inventado alguma mentira para a mídia e a sociedade. Segundo ele, os Gilberts estavam temporariamente em férias para descansar e aproveitar momentos em família longe dos holofotes. O que soou estranho perante o fato de Elena amar um bom flash em cima de si.

A multa que seu pai ainda estava pagando pela quebra de contrato com a Dior e a L’oréal ainda era alta. Afinal, teve de se mudar as pressas e foi obrigada a largar tudo. História essa na qual odiava repetir para seu próprio cérebro, para sua própria pessoa.

Todos seus ex-contratadores, além de diversos canais de entretenimento ligaram. Atendeu as primeiras chamadas confirmando a versão de seu pai. Foi até suas redes sociais também confirmando, mas mesmo assim... Não era suficiente.

Nunca seria.

– To sentada nesse sofá há quase duas horas. Não aguento mais. – Disse Elena suspirando profundamente pelo cansaço. Estalou os dedos um por um e fechou os olhos outra vez jogando a cabeça para trás. Jenna apanhou sua mão e depositou um beijo rápido em apoio.

– Vai ficar tudo bem. – Consolou a tia.

Isobel se aproximou sentando no chão, encostada as pernas de Elena.

– Minha filha, você não acha melhor ir dormir? Eu fico aqui ou então... A gente quebra o telefone, eu desligo. Qualquer coisa. O que você quiser.

– Mãe para. – Ela pediu docemente levantando do sofá. No mesmo momento o telefone voltou a se manifestar. O alto som do toque causou o desespero interno em todos na sala. Não iriam atender. Era tortura e era em vão. – Não aguento mais. Eu quero subir pro meu quarto, eu quero descansar, eu quero esquecer. Eu quero o... – Damon. Pensou ela respirando fundo em concentração. Era a primeira vez que pensava nele desde o telefonema de seu pai. Ao menos manteve sua mente longe do sofrimento.

Trazendo outro.

Olhou o identificador de chamada rapidamente e reconheceu o numero. Era de uma jornalista da people magazine; A vadia que fez a matéria sobre sua quebra de contrato. A primeira na verdade.

A girada da chave na porta a despertou de seus pensamentos. O telefone continuava incansável. Afastou-se voltando ao seu antigo acento ao imaginar quem era. Seus irmãos estavam ali, sua tia também e sua mãe. Só podia ser. Tentou fechar os olhos e concentrar-se em algo diferente, mas com o telefone era impossível.

– Boa noite. – Cumprimentou Damon estranhando a cena. – Aconteceu alguma coisa? – Olhou Elena pela primeira vez. O telefone apitando em alto e ninguém atendia. Redirecionou seus olhos ao redor e todos pensavam em palavras sobre o que dizer.

Jenna se manifestou.

– Não é nada demais. É só um probleminha com a imprensa. Pode ir dormir se você quiser.

– E esse telefone? Alguém vai atender ou...

– Não. – Interrompeu Isobel decididamente. – Deixa tocar. A não ser que você reconheça o número sendo de um amigo... Ou família, não atende de jeito nenhum. – Entendido, ele assentiu, ainda curioso.

– Quando vocês tiverem mais calmos... Alguém pode me contar?

Era um direito de Damon saber. Elena o compreendia por isso e conseguiu ver que Isobel também. Ele morava naquela casa como todos ali e se algo acontecia tinha de saber.

– Vai até a cozinha, Damon. Daqui a pouco eu já vou e te explico tudo direitinho. – Jenna aconselhou em sugestão fazendo qualquer tipo de controle escapar pelo corpo de Elena.

– Vou pro meu quarto. – Explodiu em raiva, levantando-se sem ao menos esconder seu ódio. Os pés bateram em fúria contra a madeira da escada, assustando os presentes em inicio. Damon não se surpreendia. Ainda que não possuísse mais nenhuma intenção com Jenna. Ela estava disposta a contar e tinha certeza de que se envolvia a mídia, também envolvia Elena.

Mesmo ela tendo sido uma pessoa horrível com ele. Fazendo o que fez... Preocupava-se com ela.

Elena bateu a porta, despejando toda força de seu corpo e a trancou. Alguém subiria exigindo explicações por sua atitude e não queria falar com nenhum deles. Não houve tempo nem de ter a fossa que previu ter ao que aconteceu naquele carro. Jogou-se na cama sentindo outras pequenas lágrimas descerem. Não sabia se era por Damon. Não sabia se era pelo que aconteceu. E não tinha ideia se era pelas duas coisas.

Sim. Provavelmente pelos dois motivos.

Poderia ser até por tudo de ruim que lhe aconteceu desde que passou a placa de Nova Iorque e adentrou a de Mystic Falls. Tantos e tantos quilômetros de diferenças que acabou refletindo em sua vida. Conheceu Damon.

Nova Iorque. Uma cidade com mais de oito milhões de habitantes. Lugar que viveu por tanto tempo. E que por algum motivo oculto, fora encontrar o único homem que amou até os dias de hoje em um pedaço de terra tão humilde, conservador e pequeno.

O amor é mesmo universal. Tão universal que a fez viajar milhas para encontrar o seu. Mas no fim encontrou, porque o amor sempre encontra. Só que também perdeu, porque a mentira sempre perde.

Fechou os olhos em desejo de parar tudo aquilo. Com o silêncio conseguia ouvir o barulho do telefone; Em longos minutos o toque se cessou. Provavelmente Isobel o desligou já farta de tudo aquilo. John aconselhou a não desligar, pois daria a confirmação da imprensa de que algo estava errado.

Com a confusão acabou esquecendo-se de outra coisa muito importante. Apanhou o celular no criado mudo e mandou uma curta mensagem de feliz aniversario para Hayley. Aos poucos, percebia o quanto pensava cada vez menos em sua vida antiga. Nos primeiros dias de mudança, toda sua mente era canalizada em Nova Iorque. E hoje... Por pouco não se lembrou do aniversário de sua melhor amiga.

Não iria para escola amanhã. Perderia a prova de sociologia, mas era impossível que saísse de casa nessas condições . Hoje também não foi; Perdendo a prova de inglês. Tinha noção das consequências, mas agora não importava.

A transição para o sonho veio sem pressa.

Estava em uma limusine com uma taça de champanhe na mão e um casaco de pele preto cobrindo seu vestido de veludo da mesma cor. Bebeu um pequeno gole e observou o fraco vestígio do vermelho de seu batom no vidro da taça. O motorista dirigia normalmente e a cidade coberta de luzes e pessoas possuía o mesmo visual habitual de uma Nova Iorque noturna.

Após alguns quilômetros, o carro finalmente pára. O velho motorista avisou que já podiam descer. Ele saiu do automóvel e direcionou-se a sua porta a abrindo com cuidado. A recepção foi feita por diversos fotógrafos posicionados a poucos metros de distancia. Seu rosto reluzia em milhões flashes. Não conseguia ver, não conseguia ouvir, não sabia nem onde estava.

Olhou para baixo. O vestido luxuoso e o casaco de pele caríssimo que usava no carro não estavam mais em seu corpo. Nem mesmo os sapatos e provavelmente nem o cabelo e a maquiagem.

Foi ai que entendeu o que acontecia. Estava em total exposição ao vazio que sua vida era.

Acordou agitada. Olhou ao redor e suspirou em alivio por estar ali. Em seu quarto e em Mystic Falls.

Pelo jeito havia dormido demais. Já era praticamente noite. Sabia que hoje não iria sair de casa e provavelmente a televisão seria sua única companhia. Tomou um rápido banho e vestiu uma camisola rosa.

Pronto, me tornei uma dessas infelizes que passa o dia de pijama. Tem como piorar?

Deu uma rápida saída pelo corredor. April estudava no quarto e Jeremy jogava vídeo game no dele. Em fraco escutava o barulho da televisão na sala. Jenna assistia a um filme com um sanduíche natural no prato em cima de seus joelhos.

– O que tá fazendo? – Perguntou Elena descendo o resto das escadas.

Jenna assustou-se levemente a observou enquanto engolia um pedaço do lanche.

– Nada de mais. Vendo um filme da Jennifer Aniston, com um sanduíche de peru e... Solidão. Você?

– Nada de mais também. – Suspirou ao lembrar-se de Damon. – Quer uma companhia pra solidão ou prefere ficar sozinha com a Jennifer Aniston?

Jenna riu em baixo e puxou um pouco cobertor para Elena se sentar. Apenas o nome do filme já era oficialmente algo para fazê-la se lamentar: Ele não está tão a fim de você.

Obrigada pelo aviso, Deus.

Pensou ironicamente enquanto revirava os olhos pelo estresse. O filme estava no começo, já havia visto uma vez na televisão. Dava graças pelo telefone estar desligado. Logo sua mãe chegaria do trabalho e começaria com o interrogatório amoroso de preocupação.

‘’ Você tá bem, meu amor’’.

‘’ Quer alguma coisa, meu anjo’’.

Era tudo como um pesadelo, levando em conta o fato de não querer falar sobre isso. Aliás o fato de não querer falar sobre nada.

Durante o comercial, Jenna fez outro lanche e entregou para Elena. Não havia comido durante o dia e, mesmo com a quantidade de calorias ali, negar foi impossível.

Surpreendeu-se com o tocar da campainha. Jenna também foi outra que olhou estranhamente para porta. Damon não estava ali e tinha a chave, assim como Isobel.

Durante o dia é normal o fato de haver uma visita, mas já era praticamente noite.

– Acho que é a Anna. – Sussurrou Jenna desenrolando-se do cobertor.

– Eu atendo. – Disse Elena impedindo a tia de continuar a levantar. Caminhou normalmente até a porta e manuseou a chave com cuidado para abrir. – Oi – Sorriu sem graça. – O que estão fazendo aqui? – Tyler e Caroline encolhiam os corpos ao frio que fazia fora. Elena sentiu o leve vento cortar seu corpo descoberto e gemeu de desconforto.

– Podemos entrar? – Tyler perguntou.

– Claro que sim, entrem.

Não estava muito no clima para conversar ou sair, mas não significava que deveria ser mal educada. Aqueles ainda sim eram seus amigos. E mesmo com a estranha maneira que sua relação com Tyler ficou, ainda sim o considerava alguém próximo.

– Viemos te buscar. – Afirmou Caroline com um riso aberto. Os dois pareciam bem animados com algo.

Elena os olhou, confusa e suas sobrancelhas se ergueram.

– Como assim?

Tyler deu um suspiro.

– Hoje é aniversario de cento e dois anos do grill. Todo ano tem essa festa, onde tem bebida gratuita pra todo mundo que vai.

–... E como o povo vai ficar bêbado de felicidade nem vão perceber que a gente é menor. Todo ano é assim. – Caroline completou parecendo animada. A ideia de ficar bêbada em um momento como esse não parecia ruim para Elena, mas a ideia de sair de casa era horrível.

– Não sei. – Ela disse um pouco encabulada de desanimo. – Eu quero ficar em casa... Quero ficar na cama, descansar e...

– Nem pensar. – Jenna a interrompeu em um grito, assustando não só a Elena, como Tyler e Caroline. Haviam esquecido que a ruiva estava ali. – Já descansou o dia inteiro. Vai beber, vai se divertir com seus amigos. É uma ordem de adulta. – Falou firmemente, levantando-se do sofá.

– Mas tia eu...

– Mas nada. – Interferiu outra vez, recebendo os apoios de Caroline e Tyler.

Damon estaria logicamente lá e não era uma boa ideia...

Ai meu deus. Pensou em desespero. Damon estaria lá... Bebidas grátis.

Não, nem pensar que ele iria beber!

– Eu vou. – Anunciou com a voz tomada pelo medo. Só de pensar na possibilidade todo seu corpo já quebrava em pedaços. Sem aguentar esperar, subiu as escadas e correu para o closet.

Apanhou um vestido de inverno, com mangas cumpridas e um pouco abaixo do joelho. Cinza. Um pouco largo. Prendeu na cintura com um cinto grande preto. Optou por uma meia calça também preta com forte tendência em verde bem escuro. Completou por uma bota cano curto e prendeu o cabelo em um penteado lateral.

Pelo jeito só vai dar tempo pra um lápis. Raciocinou em pressa indo para o banheiro maquiar-se.

Terminou em poucos minutos e logo desceu em volta para a sala.

– Foi rápida. – Caroline reparou.

– To com pressa. Em que carro a gente vai?

Tyler levantou o indicador.

– No meu.

Elena não queria continuar com cerimônias. Saíram logo em seguida, na direção ao bar.

O caminho era como uma tortura. Tudo era tão perto e tudo parecia tão longe. Caroline avisou que Bonnie, Rebekah e Matt já estavam lá, só esperando por eles. Já era completamente noite quando saiu de casa e agora o tempo parecia bem mais nublado do que antes.

Cruzou os braços, impaciente e fechou os olhos em torcida para chegar logo.

–---x----

O cheiro. Só o cheiro já era mais do que o suficiente para todo o cérebro de Damon latejar por desejo. Bebidas iam sendo distribuídas com alegria para qualquer um que pedisse.

Doía tanto. Era masoquista o suficiente para vir nesse lugar. Cada gole provado por alguém aumentava à sede que o deserto em sua garganta implorava por chuva.

Ric não estava ao seu lado no balcão. Sentou-se em uma mesa afastada com alguns amigos de Meredith, onde desfrutavam de cervejas e batidas sem pudor. Não queria ser o cara que tomava suco em uma mesa cheia por álcool. Preferiu afastar-se e sofrer em silêncio.

Era necessário que ficasse sozinho ainda mais depois do que aconteceu com Elena. O fato dela ter sido capaz de planejar o que planejou era horrível. E ainda ter feito da maneira que fez de um jeito tão sínico, não havia desculpas ou explicação.

Não podia negar que ela estava fazendo falta. Mesmo com um dia praticamente, fez falta. A viu tão frágil hoje, Jenna explicou o que tinha acontecido e sabia o quão deveria ser estressante para ela passar por isso.

Um copo foi deslizado delicadamente pelo balcão. O garçom entregou para o homem ao lado e ele se dirigiu de volta ao seu lugar. Era uísque. O cheiro outra vez adentrou suas narinas e Damon fechou os olhos fingindo estar saboreando o aroma.

Era isso. Chegou ao limite.

– Amigo. – Disse ele chamando o garçom que o olhou. – Um Bourbon, por favor. – Só ao pedir já era um gigantesco alivio ao seu corpo.

– Jim Beam ou Jack Daniels?

– Um Jack. E traz a garrafa inteira pelo amor de Deus.

O homem em desconfiança se afastou. Todos ali sabiam de seus problemas, mas não havia nada que pudessem fazer a não ser dar o que ele queria. O Bourbon provavelmente não deveria estar dentro da promoção de bebidas grátis, então era provável que iria ter que pagar.

– Seu Jack senhor. – O homem voltou com a garrafa em cima da bandeja. O colocou em cima do balcão e se afastou para pegar um copo. – Quer que eu sirva ou o senhor...

– Nem pensar. – Gritou uma voz feminina logo atrás de si. Damon fechou os olhos em estresse ao reconhecer quem era. Droga. Pensou ele a observando sentar-se ao seu lado, no lugar pertencente à Alaric. – Some com isso agorinha mesmo ou eu vou ser obrigada a dar uma surra em você. – Disse em ameaça ao garçom e ele se afastou coberto pelo medo, levando o copo e a garrafa junto.

Damon suspirou entediado.

– Obrigada por isso, Rose. – Agradeceu Irônico.

– Pelo visto eu ainda tenho que te salvar das encrencas. Amigos são pra isso. Ric não serve de nada pelo jeito.

– O que tá fazendo aqui? Tá me vigiando agora?

Seu tom era quase ameaçador. O que na opinião de Rose era justo. Para beber, Damon deveria estar estressado com alguma coisa e tinha acabado de interromper.

– Provavelmente estou. – Respondeu com um ar de sarcasmo. – Mas hoje... Não. Vim me diverti e acabei te encontrando quase dando o bote. Pensei que tinha largado, mas você mentiu pra mim.

– Eu não menti pra você. – Rebateu raivoso. – Era só uma recaída. Você impediu, e agora chega de falar disso.

Rose pareceu concordar. Chamou o antigo garçom de volta e dessa vez pediu dois sucos de limão, sendo recebidos com as caretas feias de Damon ao beber. Percebia o olhar solidário de Rose queimando em sua direção, sentindo-se sem saída a olhou. A expressão calma, oferecendo ajuda o deixava completamente sem saída.

– Porque tá com essa cara, Damon? E não adianta falar que é a única que você tem porque essa piada tá velha. Já percebi que você tá com alguma coisa errada. O que é?

Damon deu outro suspiro, desviando os olhos para o copo. Não adiantaria nada, Rose não o deixaria fugir e ele sabia disso.

– Elena. – Era tudo que precisava dizer para começar. Tentou resumidamente falar tudo que aconteceu. Rose atenta escutou e raramente deu sua opinião. A postura de desconfiança que seu rosto mostrada ao ouvir tudo que tinha a dizer deixava Damon intrigado, mas mesmo assim prosseguiu.

Não aliviava tocar naquele assunto. Pelo contrario, era desconfortável e internamente, mesmo não querendo, doía sim. Rose percebia essa dor o que deixava em claro as coisas que ela havia dito antes sobre seus sentimentos por Elena.

O que para ele ainda era uma incógnita. Admitiu gostar muito dela e querer ficar com ela, mas... Amor ainda era algo relativamente grande e complicado para se sentir, se admitir e perceber, em tão pouco tempo.

Existe aquele ditado de que quando a gente sabe, a gente sabe, e agora com tudo isso, Damon não fazia ideia do que pensar ou de qual sentimento dar ouvidos.

Jogou a cabeça no balcão ao terminar de falar tudo, Rose continuava com a mesma expressão séria e pensativa de antes. Ambos soltaram um ávido suspiro e Damon elevou a cabeça outra vez a encarando.

– Porque tá com essa cara? – Perguntou ele revirando os olhos.

–Sei lá. É que... Só achei essa historia muito estranha.

– Muito estranha? Como assim muito estranha?

– Pensa comigo. – Falou Rose espremendo-se mais para cochichar. Damon estava desconfiado, hesitou em aproximar-se, mas cedeu. – Passou pela sua cabeça que a Elena pode ter desistido desse plano há um bom tempo? Quer dizer, quem em sã consciência se arrisca tanto a ponto de se envolver com um professor, namorar, beijar... Fazer as coisas que ela fez... Tudo por uma vingancinha de adolescente idiota. Eu acho que ela passou esses amigos pra atrás há séculos.

Damon não podia negar que era uma ótima hipótese, mas esse era o problema. Eram só hipóteses perante a evidências claras e comprovadas. Rose terminou de falar e se afastou com a expressão presunçosa e cheia de orgulho de si mesma. Bebeu mais um gole de seu suco e Damon não havia se mexido ainda.

Pensava e pensava sobre o que ela disse. Rose era inteligênte, assim como ele. Ambos eram muito bons em perceber e captar comprovações, só que tudo mudava de figura quando se trata de si próprio. E isso para ambas as partes.

– Não sei mais o que eu faço. – Murmurou ele para si mesmo. Como se Rose não estivesse mais ali, como se ninguém estivesse. O peso emocional era comparado ao físico de ter uma pedra sob suas costas. O suor, a dor mental, e principalmente a sensação de estar sempre cansado.

A música animada fazia os ombros de Rose se balançar no ritmo. Deu uma rápida olhada em volta pensando em como fazer que Damon dançasse com ela.

Logo ele, sempre tão enjoado.

– Droga. – Resmungou em irritação escondendo seu rosto.

Damon, logicamente a olhou desconfiado.

– O que foi? Tá maluca?

– Não. – Sussurrava como se estivesse escondendo um segredo grave de alguém. – Olha para porta. Disfarça e olha quem acabou de chegar. – Preparando-se para o obvio olhou para a entrada e avistou quem imaginava. Revirou os olhos; A grande parte do peso de sua pedra nas costas. Hoje não. Não estava em mínima disposição de fugir. – Ignora Rose.

Indignada, ela correu os olhos pela sala. Esperava que Damon estivesse fazendo uma piada.

– Ignora Rose? Eu até posso ignorar. Mas e ele? Essa coisa não deixa a gente em paz há três anos. Acha que ele vai ignorar agora? Que eu voltei? Que encontra a gente conversando em um bar juntos? Acha mesmo?

– Eu sinceramente não do à mínima para o que o Mason pensa. Pra mim ele morreu. É uma múmia já, há séculos. – Replicou como se não desse a mínima. Praticamente gracejando sarcasticamente.

Rose riu em seco e bebeu um pouco mais de seu suco. Percebeu que Mason os viu. Fez questão de desviar o olhar e agir da mesma forma que Damon. No fim ele estava certo, já estava mais do que na hora de deixar de se esconder e parar de fugir.

– Acho que pra pessoa que acabou de entrar você liga. – Sugeriu Rose sorrindo docilmente. Damon não entendeu muito bem; Correu os olhos outra vez para entrada. Dessa vez não era a figura de Mason. Era Elena. Com a Forbes... E com o outro Lockwood.

Revirou os olhos pela imagem da mão dele nos ombros dela e jogou a cabeça novamente no balcão.

– Eu não tenho mais dezoito anos. – Reclamou com a voz abafada pela madeira. – Olha a porcaria que eu to fazendo. – Disse estressante e voltou a levantar o tronco. – Me relacionei escondido e agora to aqui... Incomodado com um namorico de colegial de uma estudante. Que merda, que perda de tempo mais idiota. Sabe do que eu preciso? Eu preciso de uma tapa na cara. – Sim, eu preciso. Pensou em conclusão. – Um tapa bem forte. – Falou aos sussurros. Rose contia um pequeno riso de indignação. Deveria estar pensando o quão maluco era. – Rose me dá um tapa na cara. Um tabefe alto, forte de parar esse bar. – Pediu aprontando sua postura.

Ela se inclinou para frente com os olhos semicerrados em deboche.

– Você é muito sem noção. – Afirmou Rose. – E eu seria mais sem noção ainda de recursar esse pedido. – Presunçosa, ela elevou a mão ao alto e sem avisos implantou os dedos contra a pele de uma das bochechas dele. A música no último volume abafou o barulho, mas não abafou o vermelho no rosto de Damon, que virou a cara perante o impacto. Sabia que Rose havia depositado toda raiva que adquiriu dele no movimento. Sentiu sua pele avermelhar em quentura pelo contato. Rose sorriu outra vez ao ver seus dedos presos e marcados no rosto de Damon com tanta dominância. – Posso dá outro? – Perguntou sínica enquanto ele se recuperava. Quase havia caído do banco.

Podia ver a raiva borbulhar nos olhos dele, embora lutasse para controlar-se.

– Canalizou bem sua raiva de mim.

Vadia. Pensou, enquanto massageava seu rosto.

– Você que pediu. Imagina só o que eu teria feito com o Mason se ele me pedisse um também. Ia arrancar os dentes, certeza. Meu pai então... Sairia à cabeça.

– Acha que alguém viu? – Perguntou preocupado ainda com a mão acariciando seu rosto.

– Todo mundo viu. Inclusive a Elena... E o Mason também.

– Como você consegue ser tão cara de pau assim, heim?

– Esqueceu que eu fui sua noiva? – Respondeu retoricamente. – Vêm. – Apanhou uma das mãos dele o puxando. – Vem jogar uma sinuca, um dardo, dançar uma musiquinha... Tem que ver que dá pra se divertir sem beber igual um louco.

Discuti com Rose era perda de tempo. Não se opôs a ir e a seguiu para onde ela quis. Queria jogar sinuca. Havia mais alguns caras jogando, mas ela, como sempre, deu um jeito de expulsar todos para que pudessem jogar os dois sozinhos.

Elena odiava admitir, mas ele parecia estar se divertindo. Estava na quinta rodada seguida de sinuca com Rose e ambos riram tanto na qual a surpreendia ainda terem fôlego nos pulmões.

Por outro lado, via que ele merecia isso. Merecia sorrir e divertir-se. Claro que preferia estar no lugar de Rose com toda certeza, mas mesmo se ainda estivessem juntos aquilo nunca iria acontecer. Afinal, o relacionamento que tiveram era altamente secreto e proibido. Ou seja, no fim, Rose era a mulher certa para ele de um jeito ou de outro. Fora tão estranho; Ela deu um tapa nele. Não fora qualquer tapa. Foi um forte tapa carregado de fúria. Por um segundo preocupou-se achando que alguma briga iria acontecer, mas logo depois ela o arrastou para o fundo do bar para jogarem e começaram a rir como se estivessem assistindo um filme de comédia.

Talvez fossem esses extremos que fazia dela tão especial para ele. O que muito confuso, já que ela e Rose possuíam personalidades um pouco parecidas. Não totalmente, mas em partes, sim. Bem parecidas.

Mas também. Se Damon estava sendo feliz, talvez fosse hora de também tentar ser. A culpa pelo que houve foi totalmente sua. Não tinha ideia de como ele descobriu, mas Damon não era nenhum idiota. Ou seja, ele não iria voltar.

Tinha que tentar trazer de volta aquela Elena que não se deixava martirizar-se por homem algum.

– Vamos dançar? Quem vem? – Perguntou ao grupo e todos pareceram concordar. Bonnie rapidamente puxou Caroline. Rebekah fez o mesmo com Matt. E Tyler acompanhou Elena. Damon e Rose iam para a outra ponta jogar dardos quando Elena e o grupo seguiram para a pista de dança improvisada.

Dia perfeito para dançar. Era o que precisava. Conforme se mexia, conforme a musica tocava era quando via como os últimos dias foram agitados. Essas novas suposições da mídia, Damon descobrindo tudo, Damon terminando... Logo... Logo depois de terem ido para a cama, logo depois dele se declarar e dizer, finalmente que estava pronto para entregar-se e dedicar-se a essa relação. Era porque realmente não era para ser. Nada do que dissesse ou nada do que fizesse poderia o convencer do contrario.

Sentiu as mãos de Tyler postas firmemente em sua cintura. Não havia bebido o bastante para corresponder e não iria de maneira nenhuma ficar com ele outra vez. Não poderia dar nada a ele além de amizade.

Girou os olhos em volta do bar procurando algum tipo de saída para fugir daqueles toques. Mas acabou avistando o que menos queria ver; Ele estava dançando com ela. Não dançando como um casal, cheio de fogo e desejo, mas dançando. Alegre, feliz e animado.

Continuou em disfarce e prosseguiu a dança, Tyler se mantinha atrás de seu corpo incentivando seu quadril ao encontro de suas costas. Sem dificuldades conseguia senti-lo, mas não era naquilo que se concentrava. Próximo ao balcão estava Mason. O olhar queimando como fogo cruzado para os dois deixava obvio que estava a ponto de fazer alguma coisa e só aquela encarada era o suficiente para Elena não desviar os olhos dele.

– Você me deixa louco sabia? – Tyler sussurrou indelicado a prensando mais contra sua cintura.

– Para, Tyler. – Pediu em voz baixa. Pedido que foi em vão, quando a mão esquerda dele partiu para seus seios. Estava tudo um pouco escuro demais, voltou os olhos outra vez para o balcão e Mason não estava mais ali; Correu os olhos mais um pouco, mas foi impedida pela língua de Tyler em seu pescoço.

– Quero você sendo minha de novo.

Por incrível que pudesse soar, não conseguiu ouvir direito. Um forte barulho ecoou pela parede à esquerda e todos ficaram em silêncio. Aos poucos as luzes foram acesas e a musica foi diminuindo.

– NÃO TOCA NELA, TÁ ME OUVINDO? – Gritou Mason segurando Damon pela gola da camiseta o colocando contra a parede que foi atingida pelo barulho. – ELA ERA MINHA. VOCÊ TIROU DE MIM E O MINIMO QUE VOCÊ DEVE FAZER É NÃO TOCA-LA NA MINHA FRENTE.

– Solta ele, Mason. Para com isso. – Ordenou Rose, sendo ignorada. Damon parecia não estar nem ao menos se importando; Mesmo sendo segurado contra uma parede com a gola levantada e com um homem o puxando para cima, ele parecia não se importar. Sua expressão só demonstrava uma única coisa... Pena. Apenas o dó. – Solta ele Mason. SOLTA ELE.

– NÃO SOLTO. NÃO SOLTO ATÉ ESSE IDIOTA APRENDER.

– Aprender o que? – Ela riu sem humor. – Fui eu quem o seduziu, fui eu quem o beijei primeiro, eu que insisti em manter um caso. Fui eu. FUI EU.

Em silencio todos ouviam atentos a cada detalhe e todas as palavras. Mais outro escândalo. Pensou Elena em estresse. Outro escândalo pra vida dele, meu deus...

Em um movimento de raiva, Mason largou Damon ao chão e virou-se de volta para Rose.

– Você o que? – Perguntou sem acreditar. Damon ainda estava ao chão, recuperando o ar. Queria ajuda-lo, mas... Era impossível ele iria a matar se fizesse isso.

– Isso mesmo. Eu já queria me livrar desse teu grude há muito tempo. Tive essa ideia de conquistar seu melhor amigo e fazer com que você descobrisse que eu te traía. Era o único jeito de você me deixar, seu encosto. EU ARMEI TUDO. Fiquei com ele porque me apaixonei. Porque senti uma coisa que nem por quase dez anos você foi capaz de me dar, seu bosta, canalha, seu merda seu... – Não ouve chance de Rose terminar, a mão alta de Mason se foi posta contra o seu rosto numa velocidade tão alta que só se ouviu o barulho e os gritos de indignação do povo. Mas não deu tempo nem de Mason se vangloriar. Um vulto foi atravessado ao chão.

– NÃO TOCA NELA. – Disse Damon estridente pulando para cima de Mason e o jogando contra o piso. Os ruídos dos socos dele se mesclavam aos berros das pessoas. Alguns incentivando, outros pedindo para parar, mas ninguém fazia nada além de gritar e observar famintos por um escândalo. Meu Deus. Pensava Elena aflita. – NUNCA MAIS TÁ OUVINDO? NUNCA MAIS TOQUE NELA, VOCÊ É UM MERDA, VOCÊ É UM NADA. – Em outro forte movimento, Damon apanhou a lateral da cabeça de Mason apertando e batendo contra o chão. Uma. Duas. Três. Saiu finalmente de cima dele após diversos socos e depositou um chute final em sua canela. Não era covarde o bastante para atingir a barriga com ele caído.

Elena percebeu rapidamente o quão Tyler roía-se de ódio para atacar Damon. O segurou pela cintura tentando de algum modo o impedir. Tyler mesmo sendo jovem, era forte o suficiente e era menor, se Damon o atingisse... Ainda mais um aluno, ela não queria nem pensar na possibilidade do que viria a acontecer com ele.

– Fica comigo Ty. Não me solta, fica comigo. – Pediu fingindo-se chorar. – Não me deixa aqui, me abraça, eu to com medo. – Disse outra vez e ele, mesmo que, em hesitação acabou fazendo o que pediu. Não podia deixar que Tyler atacasse Damon; Carinhosamente ela beijou seu ombro, sussurrando palavras calmas e carinhosas contra sua camiseta.

Mas seus olhos não conseguiam desviar-se de Damon, assim como provavelmente o de metade desse bar. Rose também estava sentada no chão. Olhou para os lados pensando em como Alaric não foi o acudir antes. Viu o a razão. Estava bêbado. Sentado em um dos bancos estofados praticamente dormindo.

Damon depressa foi acudir Rose. Ela estava em uma cadeira com os olhos lacrimejando por lágrimas. Por mais que não quisesse, conseguia ouvir claramente o que ele falava.

’ Eu to com você’’.

‘’ Calma’’.

‘’Eu to aqui. Eu sempre to aqui’’.

‘’ Vai ficar tudo bem, relaxa’’.

‘’Ele é um idiota, nem vale a pena mais’’.

Não era ciúmes que sentia. De maneira estranha, gostava de Rose. Ficava feliz por ela não ser uma megera e ser realmente alguém boa e que fazia com que entendesse o porquê de Damon ter sido tão apaixonado por ela por tanto tempo.

Entendeu a razão ao conhecê-la melhor.

O ciúme não era dela. O ciúme era pela relação que os dois tinham e a ligação que possuiriam para sempre.

Rose aos poucos se recuperava. A face ainda continuava vermelha, assim como a de Damon também pelo, por coincidência, mesmo motivo.

No chão, Mason também era outro que parecia estar melhor, Damon havia o atingido contra uma mesa e alguns cacos de vidro se jogavam sob o piso por conta das garrafas que estavam em cima no momento em que ele foi jogado. Sua testa sangrava com cortes pequenos e suas mãos também, embora não fosse claramente nada muito serio. Tyler tentou o ajudar, mas Elena novamente o impediu abraçando de maneira mais próxima.

Tinha que, mesmo de longe, precaver Damon de alguma maneira.

Mason finalmente se pôs de pé, esticando a coluna o máximo possível pela dor sentida na pancada. Todos continuavam a observar, dessa vez, calados. Queria sair dali e esquecer que esse dia existiu. E esse era seu objeto, mas outra vez seu corpo fora coberto pela ira. Ele estava ali, ajoelhado na frente de Rose, que sentava em uma cadeira; Ali com ela verificando se tudo estava bem, acariciando seu rosto. Seu sangue inteiro se partiu para a cabeça, impedindo qualquer habilidade de pensar. Seus olhos, já franzidos pelo ódio, avistaram em reflexo um grande caco de vidro solto no chão. Era de uma das garrafas; Sem pensar mais em nada, apanhou o objeto do chão voltando à parte ponte aguda para frente.

Assim que ele abaixou e suas mãos tocaram o vidro, Elena adivinhou o que viria a se suceder. Suas mãos foram no mesmo segundo para fora do alcance de Tyler enquanto tentava pensar no que fazer. Gritar? Impedir?

Damon a mataria se fizesse algo para expor a desconfiança de alguém.

Mas não importava, porque não estavam mais juntos e mesmo que desconfiassem... Não seria real.

Pensou demais. Mason já estava no meio do caminho, com o vidro na mão e Damon de costas impedindo o campo de visão de Rose. Ninguém fazia nada.

Pois bem.

Ela faria.

Sentindo todo controle de suas pernas irem embora, correu o mais depressa que conseguiu atravessando quem estivesse no caminho. Os poucos metros que caminhou foram o suficiente para se desequilibrar no final, sentindo uma dor cortante na qual não soube identificar onde era. Foi mesmo no pé que torceu ou em outro lugar?

Não importava. O que importante era que conseguiu se por na frente de Mason.

‘’ AH MEU DEUS’’

Gritavam as pessoas.

‘’ AJUDA ALGUÉM AJUDA’’

– ELENA. – Damon berrou ao virar para vê-la e Mason mantinha a expressão de indignação, choque e arrependimento no rosto, junto aos olhos de medo quase em lagrimas.

O vidro respingava o sangue que escorria pelas mãos de Mason.

Foi ai que sentiu o que era. Havia cortado seu pescoço. O tombo a desequilibrou para cima do objeto e Mason o puxou para o lado, tentando fazer com que não a atingisse.

– ELENA... ALGUÉM A AJUDA. – Pedia Bonnie.

Damon apoiou os braços em suas costas segurando com os olhos já em vermelho como os de Mason. Matt, Tyler e outros meninos vieram para ajudar e conferir se estava tudo bem.

– EU VOU TE MATAR. – Damon rosnou indo na direção de Mason o jogando ao chão outra vez. Com a multidão em sua frente de preocupação com seu pescoço, Elena não conseguia ver mais nada. Tyler segurava suas costas e a abraçava.

– Eu sou médica, eu sou médica. Licença, licença. – Disse uma moça atravessando a multidão e chagando a Elena. Era a namorada do senhor Saltzman. Amiga de Damon. – Meu nome é Meredith; Sou a doutora Fell. Eu vou te ajudar. – Ela olhava fundo em seus olhos. Depois os desviou em procura dos de alguém. – Matt... Pega o conjunto de primeiros socorros do bar. Vou levar ela pros fundos... Por favor, acabem essa briga ou chamem a policia.

Meredith rapidamente a levou para o estoque do bar, onde ficava o quite de primeiros socorros. Caroline, Tyler, Bonnie e Rebekah correram atrás juntos, mas a médica impediu dizendo que não seria bom ter tanta gente.

No meio do caminho, enquanto Meredith praticamente a arrastava conseguiu ver Damon e Mason ainda aos socos. Dessa vez, outros homens entraram ao meio para impedir.

– CHEGA. – Um rapaz qualquer gritou se pondo no meio, enquanto outros dois o seguravam para que não fossem em direção ao outro. – Duas mulheres se machucaram hoje por causa de vocês, uma delas uma criança praticamente. CHEGA. Já deu por hoje. – Em fúria, Damon largou-se dos braços dos moços que o seguravam e garantiu que não iria mais fazer nada. Sua preocupação agora era Elena.

– VOCÊ É UM IDIOTA. VIU O QUE VOCÊ FEZ COM A ELENA? – Tyler partiu perante a frente de Mason batendo em seu peito.

Mason respirou fundo e segurou o irmão pelo pulso. Estava muito arrependido não queria ter feito o que fez; Como iria imaginar que ela entraria na frente do vidro?

– Chega. – Ordenou entre dentes. – Eu vou embora. Se quiser você que fique, eu vou embora.

– Merda. Seu merda – O irmão caçula gritou outra vez, enquanto Mason já atravessava o bar em direção à porta.

Finalmente ele se foi, fazendo Damon suspirar quase aliviado.

Sentiu as mãos de Rose repousarem em seus ombros, apanhou-as com cuidado. Ela também parecia mais leve com a saída dele.

– Você também tá machucado, Damon. – Sussurrou preocupada. – Faz um curativo. Assim a gente vai no estoque e vê como ela tá. O que acha?

Parecia uma boa ideia. Ou, melhor, uma boa desculpa para vê-la. Foi até o banheiro primeiro, lavou o rosto e viu no reflexo onde estava machucado. Era mais perto da sobrancelha com um soco torto que Mason lhe deu e no canto dos lábios um pequenino machucado. O pior mesmo fora em seus dedos das mãos, onde precisaria de uma facha.

Rose disse que iria até o estoque conferi se estava tudo bem e pediria alguma facha, um esparadrapo, algum remédio ou pomada para prevenir infecção e etc.

Era melhor assim. Queria muito ver Elena, mas após o que aconteceu, vê-la em casa parecia ser a opção mais correta do que ali no bar. Ainda mais depois do que ela fez por ele na frente de todos.

Mas algo era certo. Em casa, ou não, teria que agradecer.

–--x---

– Pronto. – Cantarolou Meredith com um sorriso satisfatório no rosto. Apanhou o espelho de mão e entregou para Elena. – Então o que acha?

Em um suspiro alto, Elena torceu o nariz olhando seu reflexo para ver o curativo que a doutora havia feito em seu pescoço.

– Parece que eu fui mordida por um vampiro. – Disse ela.

Matt sorriu.

– Eu achei que ficou bom.

Claro, você é menino. Pensou Elena ainda com os olhos no espelho.

Meredith tocou seu curativo olhando completamente atenta.

– Você teve sorte. Foi de raspão, nenhuma artéria atingida, nenhuma veia. Nada.

– É... Só não vou ter muita sorte quando tiver que explicar isso pra minha mãe. – Concluiu Elena fazendo Meredith rir devagar.

– Meredith. – Alguém bateu a porta aberta. Aprumou a postura e encarou Rose na soleira.

– Entra Rose.

Pelo tom alegre elas, tinham intimidade.

Claro...

Damon = Alaric

Rose = Meredith

Tão obvio.

– Como vai Bella Swan? – Perguntou Rose e as duas riram levemente. Mais séria, ela se pôs ao lado de Meredith, em frente ao balcão onde Elena sentava-se – Você tem bravura garota.

– Obrigada. – Sussurrou agradecida e Rose virou-se novamente para Meredith.

– Preciso da caixa... O Edward Cullen tá com uns machucados também e esse não se cura sozinho.

– Pode pegar. Mas, devolve pro Matt quando terminar de usar, porque ela não é minha. – Avisou Meredith apanhando o objeto do balcão.

– Tudo bem. – Sussurrou comprometendo-se para a médica. Novamente trouxe seu olhar de volta para Elena e piscou sorrindo amigavelmente.

Precisava mesmo falar com Damon. Precisava urgente.

–--x----

– Já disse que eu sei fazer curativo, Damon. – Resmungou Rose batendo em seus ombros.

– Passar anti-inflamatório e colocar um banda id... Não é curativo Rose. – Rebateu a ponto de estressar-se com ela, mas não adiantava em nada. Rose era teimosa. – Como ela tava? – Perguntou em voz baixa mudando de assunto.

– Tava bem. Pelo jeito não foi nada grave.

– Tive vontade de matar o Mason. Se eu vejo esse desgraçado na rua, eu não sei se eu vou aguentar sinceramente.

Em cuidado, Rose retirou o banda id da caixa e terminou de passar o bactericida o cobrindo delicadamente no corte perto das sobrancelhas. No dos lábios, somente o remédio fora necessário. Nas mãos, após o posto do remédio e do álcool, adicionou um pouco de pomada e enfaixou por cima da gase, cobrindo com o esparadrapo.

– Pronto. – Comemorou batendo palminhas. – Disse que eu sabia fazer. – Damon sorriu do modo dela vangloriar-se, como se tivesse conseguido fazer a coisa mais difícil do mundo.

– Você sabe que ficou horrível não é? – Gargalhou Damon olhando para suas mãos.

Rose cruzou os braços e segurou a risada fazendo bico.

– Pior é você que nem um cadarço consegue amarrar.

– Você vai mesmo falar disso de novo...

– Era o pior nó do mundo, Damon. – Afirmou já rindo de maneira alta.

– Ok eu confesso. – Tinha mesmo que admitir. Levantou os braços em rendição e conteve o riso ao olhar para cara de deboche dela. – Era muito ruim.

– Meu priminho fazia melhor, Damon.

– Ah, não exagera. Aquele seu priminho é capeta, Rose. Ele é o capeta de tão inteligente parece que foi trago por um E.T pra terra. É o capeta.

– Não fala assim dele, não é verdade. – Rose o contestou com a voz fraca de tanto rir. – Ele é um anjinho, ele é...

– ANJINHO? VOCÊ É L-O-U-C-A. Completamente maluca de falar um absurdo desses daquela criatura.

Esforçando-se para não fazer barulho, Elena achou melhor sair sem incomodar. Não queria ficar ali na porta da cozinha os ouvindo conversarem em uma das mesas da maneira tão animada e descontraída que estavam. As risadas altas, as piadas internas... Céus, ela o fazia tão feliz.

Deu a volta e saiu pela outra lateral. Era melhor que não a vissem. Ou melhor, que eles não a vissem; Já que o bar estava completamente vazio desde que a confusão acabou. Exceto por alguns garçons que arrumavam a bagunça. Meredith já havia ido embora há poucos minutos, levando o senhor Saltzman pelos braços até o carro com a ajuda de um dos funcionários.

Tyler provavelmente a esperava do lado de fora junto com Bonnie, Caroline e Rebekah. Antes de ir Matt certificou-se três vezes se estava bem; Conseguia entendê-los. Lembrando assim, o que aconteceu foi realmente horroroso.

Como previu, ao sair o grupo estava lá.

–---x----

– Mas agora mudando de assunto. – Entoou Rose o tópico mais sério. Damon, já sabendo o que era a olhou após um alto suspiro. – Isso que a Elena fez... Eu disse que tinha algo errado nisso tudo que aconteceu e agora eu tenho certeza. O que ela fez... Ninguém faria uma coisa assim por uma pessoa senão importasse Damon.

Era exatamente o que pensou. Exatamente. Com todas as letras. Precisava falar muito com ela, precisava urgente. Nem que fosse apenas para ser grato ou para dizer um obrigado. Quando descobriu e tirou suas satisfações, não deu ao menos uma chance para Elena explicar sua versão. Devia essa chance a ela.

– Você tem razão. – Disse ele pensativo. – Eu já tava com isso na cabeça mesmo. Você tá certa, eu preciso falar com ela. Dá uma chance pra ela explicar, eu preciso agradecer. – Ela abriu um sorriso tímido, concordando, e ele retribuiu. – Eu gosto muito dela. – Confessou, dessa vez com os olhos presos ao vazio. – Gosto bastante... Preciso fazer alguma coisa. – Mas o que? Pensava ele tentando ter alguma ideia; Precisava fazer hoje, esclarecer as coisas hoje.

– Então vai logo, Damon. – Em voz baixa, Rose o incentivou. – Faz logo antes que seja muito tarde.

Motivado pela emoção, levantou em desespero de seu lugar, partindo em pressa para o fundo do bar. Adentrou a cozinha, ela não estava ali. Foi até o estoque também não... Nem sinal no banheiro, o que significava que já deveria ter ido para casa.

Não a vi saindo. Raciocinou em disparado para fora do estabelecimento. Indo direto até seu carro.

Não havia tempo de pensar em nada. Tomou partida e pisou fundo no acelerador na esperança de encontra-la no meio do caminho.

–----x------

Quanto mais o carro andava para perto de sua casa, mais sua vontade de dar meia volta crescia. Algo era verdade... Como explicaria isso para sua mãe?

Esse era o problema, não importava o quão esperta fosse. O quão boa em desculpas perfeitas conseguisse arquitetar. NADA. Nada nesse mundo seria bom o suficiente para omitir esse curativo bem no meio do seu pescoço.

Se dissesse que foi um chupão de um namorado, isso não explicaria a razão de precisar de curativo, afinal um chupão é algo mais bonito que um curativo e que dá para disfarçar de maneira muito mais fácil.

Se dissesse que entrou em uma briga qualquer, ela armaria um sermão e iria até o inferno para descobrir quem foi que fez um corte em seu pescoço.

E se falasse a verdade...

Falar a verdade não era uma opção.

Ou seja, o jeito era esconder até essa porcaria cicatrizar.

Sua mãe dormia sempre muito cedo, há essa hora era mais fácil estar acordando para o trabalho do que acordada para ir para a cama.

Amanhã na escola Jeremy e April saberiam o que aconteceu. Teria que encontrar uma maneira de suborna-los para que não dissessem nada, mas o problema não seria esse... Seria quando eles questionassem a razão do porque ter entrado no meio de um vidro que era para acertar Damon Salvatore, o cara mais odiado de toda escola.

Provavelmente não só seus irmãos, mas todos a questionariam do porque fez isso.

Hoje não. Hoje estavam todos tão preocupados, aflitos querendo saber se estava bem, mas amanhã quando tivesse que enfrentar o colégio, as perguntas cairiam em sobre si de maneira esmagadora.

Não tinha jeito. Encarou a fachada de sua casa novamente. Era melhor fazer logo de uma vez, se enrolasse demais poderia se enforcar de maneira ainda pior. Como não estava com seu carro, e lá mantinha-se seu controle remoto, teve de sair e abrir a porta da garagem. Sentiu seu coração caindo ao chão. O prius branco já estacionado, com o dono encostado ao lado em sua espera. Seus olhos se encontraram por alguns instantes numa explosão de sentimentos. Em fuga, Elena fechou os seus com a sensação de fracasso tomando sua alma. Sem dizer nenhuma palavra, adentrou de volta ao automóvel e calmamente o estacionou. Damon não interrompeu o contato visual por um segundo sequer. Não sentia-se preparada para falar com ele. Nem ao menos olha-lo conseguia direito.

Doía demais. O deixou escorrer por seus dedos por conta de suas mentiras. Não precisava dele ali lembrando e dando ênfase a sua culpa.

Teria que ser curta e grossa.

– O que você quer? – Perguntou batendo a porta do carro devagar.

Tantas coisas. Pensou Damon ainda raciocinando o que falaria primeiro.

– Não faz assim, por favor, não faz assim, não me trata assim. – Pediu ele, como se implorasse por misericórdia.

– Não to fazendo nada. Nada além do jeito que você me tratou lembra?

Damon não respondeu. Apenas desviou os olhos para baixo e assentiu em lembrança, mas também em vergonha. Sabia o que Elena estava fazendo e não brigaria com ela por se sentir da maneira que deveria estar se sentindo. Ele não tinha esse direito e o próprio Damon sabia disso.

– De quem é esse carro? – Ela bufou alto perante a pergunta. Era tão obvio. Ele sabia de quem era o carro, só queria fazer joguinho para disfarçar o ciúme. – Quando eu cheguei a Jenna perguntou de você. Eu disse que pensava que já teria chegado porque seu carro tava na garagem.

– Eu não fui com o meu. O Tyler me levou junto com a Caroline. O carro é dele, só me emprestou porque ficou muito estressado pra dirigir de volta e foi a pé.

Estava cansada demais para querer prolongar qualquer conversa.

– Entendi. – Afirmou Damon com os olhos impregnados no automóvel. O carro de um Lockwood. Teve que confessar que gostou da maneira tão fria e violenta na qual o próprio irmão de Mason o tratou. Mas também... Envolvia Elena e Tyler não fazia questão de esconder seus sentimentos por ela. Até a própria sabia. O fato dele ter emprestado o veiculo, sim, causava um nó estranho em seu estomago. O silêncio fora estabelecido após as explicações; Elena cruzou os braços e olhou para os lados com o lábio inferior preso ao dente da frente. Provavelmente esperando que ele adquirisse coragem para falar algo. – Posso? – Indagou apontando para o machucado. Foi tudo o que conseguiu pensar. Elena entortou o pescoço e ele se aproximou tocando sua pele, afastando um pouco de seu cabelo do curativo. Odiava corresponder tão de imediato ao toque das mãos dele. Sem muita precisão, Damon contornou o esparadrapo com o indicador e arrastou o dedão apertando levemente, sentindo sua pulsação. Poderia respirar, aliviado por ela estar bem. – Não devia ter feito isso. – Sussurrou mais para si mesmo do que para ela. Elena deu os ombros sem retirar os olhos das mãos dele, ainda em sua pele; Em uma rápida troca de olhares, Damon entrelaçou suas mãos enquanto a outra ainda trabalhava em acariciar seu pescoço. – Promete que não vai fazer mais nenhuma besteira não é? – Disse ele em seus cabelos. Fechou os olhos, entorpecida pelo contato.

– Se você não fizer... Eu não faço. – Replicou abafando um baixo riso. Em um movimento delicado ele puxou seu queixo com um dos dedos para cima. Olhou seu rosto por alguns segundos e seus olhos brilhavam. Elena não soube identificar o que era ou qual a razão para aquilo. Todavia também não dera tempo; Damon juntou seus lábios aos dela antes que pudesse estudar qualquer tipo de expressão.

– Eu quero tanto você. – Ele arfou despejando todo seu desejo.

Queria resistir e relutar, mas o toque quente da língua dele entreabrindo seus lábios suplicando por uma simples brecha, fora o suficiente para corresponder ao beijo da maneira mais tórrida e ávida possível. As mãos firmes e grandes de Damon invadiram seus cabelos o puxando para cima. Segurou uma gargalhada quando ele tentou levar a boca para seu pescoço sendo surpreendido pelo curativo.

O puxou novamente. Fora tão pouco tempo, mas estava com tantas saudades daqueles lábios que era como se seu autocontrole não existisse.

E de fato, quando se tratava dele não existia.

– Para, para. – Repreendeu Elena se afastando. – Vai ser sempre desse jeito? Eu lutando, sofrendo as consequências e você fazendo o papel de arrependido que me consegue de volta fácil? É assim que vai ser sempre? Na primeira desconfiança você me deixa sozinha sem nem uma chance de explicar depois que eu lutei tanto pra fazer dá certo. Não quero assim, Damon.

Ele se virou para o lado completamente atônico e envergonhado por cada palavra que ela dizia.

– Me explica. Explica, por favor. Eu quero que você me explique Elena.

– Agora você quer que eu explique? – Riu irônica. – Agora depois que eu sofri de novo outra consequência. Dessa vez não foi emocional não; Foi física. A doutora disse que podia ter atingido uma artéria. Qual vai ser a próxima tragédia que vai acontecer comigo na próxima vez que você desconfiar de mim, brigar comigo, não me dá nenhuma explicação e depois vir ‘’lutar’’ por mim? – Doía dizer o que estava dizendo, mas precisava disso. Ele precisava saber. Lembrou-se de Damon tão feliz com Rose, precisava de um choque de realidade. Ambos precisavam; Isso nunca daria certo. – Você me fez acreditar que tudo entraria nos eixos e que você tava disposto a me amar. Só que... Na primeira falha você fez o que fez. Pra mim chega.

Diz alguma coisa. Ele gritava para si mesmo em seu interior, mas estava sem total argumento. Completamente sem palavras perante as verdades que ela ia desabafando em si. A fez literalmente sangrar... Uma menina. Uma criança; Se fazia tão mal assim para ela como os fatos mostravam era melhor que ficasse calado.

Perante sua falta de fala, Elena o encarou em perplexidade esperando algum tipo de resposta.

Quando viu que não teria saiu em passos largos e indignados dali.

Porque ele não luta por mim? Nunca.

Sua vontade era gritar para que ela voltasse, mas isso não adiantaria.

Nada poderia adiantar.


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Notas finais do capítulo

Bom... que tenso heim meninas. Espero realmente comentários e reações de vocês. Não sei vocês, mas eu... Em particular gostei muito desse capítulo, Sei que esse término é complicado e tudo que tá acontecendo tbm não facilita, mas prometo muitas surpresas daqui pra frente. Comentem por favor, me ajudem a chegar aos mil comentários e ao cem favoritos; Obrigada :)