Matemática Do Amor escrita por Lady Salvatore


Capítulo 16
- Acordo


Notas iniciais do capítulo

Pronto esse capitulo é essencial para nosso casal. Foi divertido escrever e prometo que a partir de agora as coisas vão dá um giro de 360 graus. Boa leitura



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O soar longe do bater da porta da sala e aquelas vozes finas se distanciado cada vez mais de seu quarto, eram como musica para os ouvidos de Damon. E quando ouviu o barulho do carro dando partida jurou que estava assistindo uma ópera. Passou a noite inteira em um banco de bar e com uma garrafa cheia grudada em seu peito, sem poder beber. E um coro de patricinhas escandalosas gritando animadamente por conta uma festa, era o pior remédio para essa maldita tristeza pela ausência do alcoólica em si. Até que ligou para Ric, que o encontrou tremendo de abstinência. O amigo o levou para casa, não queria que Isobel ou seus filhos que eram seus alunos, o vissem daquela maneira. Adormeceu no sofá do melhor amigo como há tantas outras vezes já fez.

Nunca ia às festas da mansão dos Lockwood. Ainda lembrava quando ele e Rose compareceram ao funeral do avô de Mason, ano retrasado, para expressar suas condolências e ele quase fez um escândalo. Antes Damon não entendia o porquê dele não ter o expulsado há três anos quando descobriu sobre ele e Rose, mas agora com a mudança de domicilio ele finalmente entendeu. No contrato onde Mason e ele assinaram, o apartamento tinha validade de moradia de ao minimo meia década. Menos que isso, Mason não poderia pegar o apartamento de volta sem que sofresse um processo. Normalmente, isso não era posto em um contrato de aluguel, mas aquilo era para garantir uma moradia para si em caso de Giuseppe viesse com algum atentado contra Damon, por raiva de sua ajuda a Stefan. Coisa que seu pai, mesmo depois de cinco anos nunca perdoa. Isso tinha sido uma clausula que Mason havia posto no contrato sem Damon ao menos pedir; Ele fez na tentativa de ajudar o melhor amigo para que tivesse um lugar que ficar, mesmo com os planos malucos e chantagens da parte de Giuseppe. Isso o fez pensar um pouco em tudo que aconteceu. Tentou pedir desculpas a Mason varias vezes depois do que ocorreu, tanto que já se considerou arrependido. Mas na época, há três anos quando foi seduzido por Rose, o arrependimento era derrotado desde que no fim da noite, Rose estivesse deitada na cama com ele... Era só ela que importava, de tão cego que estava. E por mais que odiasse admitir, ainda continuava cego por ela.

Saiu do banho e trocou de roupa. Pôs um tênis branco, calça jeans e uma camiseta polo azul escura. O banho e todos aqueles pensamentos o fizeram recuperar sua energia. Iria até o grill. Não havia comido nada e estava faminto. Prometeu para si mesmo outra vez que não iria beber, mas mesmo assim precisava ficar perto de onde havia bebidas. Mesmo que não pudesse possuí-las em seu corpo. Pegou o carro e voltou para o lugar onde a noite anterior havia quase padecido pela falta que lhe fazia um de whisky. Estaria vazio. A cidade inteira se mantinha na festa e não teria que se incomodar em puxar conversa com ninguém, poderia jantar em paz.

Já na festa, Rebekah ia para sua terceira taça de champanhe. O liquido descia amargamente em sua garganta, provocando-lhe arrepios toda vez que dava um gole.

— Tem certeza que não quer um, Elena? – Perguntou a loira estendendo uma taça extra em sua mão.

— Amorzinho, quando seu cabelo ficar danificado eu vou rir.

Rebekah sorriu rapidamente e deu mais gole. Esse pavor que Elena tinha de algum dano contra seu cabelo era a coisa mais engraçada do mundo.

Elena inspirou e expirou, entediada. Bonnie e Caroline tinham ido ao banheiro. Seus irmãos e sua mãe estavam dentro da mansão em uma das mesas para o jantar. Ela, Rebekah e os demais adolescentes se encontravam no jardim. Não havia musica. Quer dizer havia, era uma banda composta por seis homens tocando violino ou qualquer instrumento no estilo; Todos estavam entediados.

Ouviu uma voz a chamando em seu lado esquerdo.

— Princesa – Disse Tyler se aproximando. Finalmente. Implantou um beijo na bochecha de Elena e fez um leve carinho em suas costas. – Está linda! Como sempre.

— Obrigada – Murmurou Elena o olhando de cima a baixo – Você também. Muito bonito – E realmente estava. Ele vestia um terno preto muito bem costurado e moldado perfeitamente ao corpo, sapato social, da mesma cor escura, camisa branca e gravata vermelha.

— Você também está linda, Rebekah. Onde tá o Matt?

— No bar com o Dick, tentando subornar o garçom e conseguir Uísque pra gente.

— Os cabelos de vocês todos irão danificar – Disse Elena ainda sustentando o humor. Por fim, apanhou a mão de Tyler e piscou para ele maliciosamente.

Rebekah, como não queria ficar presenciando as cenas a seguir, deu mais um gole em sua bebida e sorriu com alegria.

— Bom... – Começou ela. Os dois nem ao menos a fitava. – Eu vou ajudar o Dick e o Matt. Tchau vocês.

Depois da saída da loira, eles se calaram. Ficaram um tempo mantendo os olhares e se servindo da mesa de frutas atrás dos dois. Mas ele nunca toma uma atitude. Que droga. Quando finalmente Bonnie e Caroline saíram do toalete e se aproximaram. Elena foi rápida o bastante para sinalizar para não se aproximarem mais. Resolveu apanhar um morango a mesa e deu uma mordida lenta. Fechando os olhos e mastigando o mais divagar que pode.

Abriu os olhos e encontrou Tyler parado a observa-la, sem ao mesmo se mexer.

— Quer um pedaço? – Perguntou ela sensualmente levantando a sobrancelha esquerda. Tyler assentiu sorrindo. – Feche os olhos. – E ele fez. A mente dele estava completamente aberta e entregue a ela. Levou o morango até os lábios de Tyler e o deixou morder. – Tá gostoso?

— Uma delicia.

— Mais uma mordida?

Tyler tombou a cabeça para trás gargalhando e beijou o rosto dela novamente.

Só, por favor, não borra meu blush.

Ele apanhou o morango e colocou no meio da boca dos dois. Mordendo cada extremidade da fruta até os lábios colarem em um beijo calmo; Bem parecido com o primeiro que trocaram no Grill. Sem entregar a brecha muito rapidamente, mas ainda muito proveitoso. Prendeu os braços em seu ombro e as mãos dele se mantinham em sua cintura, apertando de leve.

— Tyler? – Falou uma mulher atrás dos dois. Rapidamente os fazendo se soltarem envergonhados. Elena arrumou seus cabelos e Tyler ajeitou sua gravata e tirou o batom do canto se seus lábios.

Não, não. Por deus, não o meu batom.

— Mãe? Oi – Disse ele ainda ofegante e oprimido. Sem soltar as mãos das dela. – Essa é Elena. Minha... Minha... Amiga

Eles ainda não haviam conversado sobre seus termos de status. Ficou com medo, pois não sabia qual eram os sentimentos de Elena por ele. Apesar de quase certeza de que ela sentia o mesmo.

— Ah, claro. Amiga? Sou Carol Lockwood. Muito prazer senhorita...? – Carol estendeu a mão para Elena que delicadamente a apertou. A mulher aparentava ter ao menos 37, 38 anos. Vestia um vestido em couro branco, justo e um pouco abaixo do joelho. Sapatos em salto aberto em vinho e o cabelo castanho claro preso em um belo coque. Destacando os maravilhosos olhos azuis. Ela era linda e definitivamente sabia se vestir. O que já a fazia ganhar alguns pontos com Elena.

— Gilbert. Elena Gilbert. É um prazer.

Elena não obteve dificuldade em reconhecer a expressão no rosto de Carol quando ela disse seu nome completo. Se estivesse em uma grande cidade a reconheceriam sem ela ao menos dizer coisa alguma, bastava olhar para seu rosto, mas aqui era tudo muito isolado e diferente. Aqui, todos normalmente a paravam e perguntavam se a conheciam de algum lugar e quando perguntavam como se chamava, era inegável o reconhecimento. Como dessa vez, em que Carol se mantinha sorrindo e com as sobrancelhas elevadas e as maças do rosto coradas em ruge.

— Nossa! – Disse ela admirada – É uma honra. Estava querendo conhecer você e sua família há algum tempo, na verdade desde que soube da mudança e... Aqui estamos. É um prazer, de verdade. Um grande prazer.

— Muito obrigada, senhora Lockwood.

— Senhora está no céu, querida. Me chame de Carol, apenas Carol. Tudo bem? – Um sorriso divertido se formou nos lábios de Elena e ela assentiu alegre. – Tyler. Porque não chamou Elena para se sentar em nossa mesa? Quer ir, querida? Podemos colocar uma cadeira a mais, não há preocupações.

— Sim, vamos. Vamos, Princesa. Por favor. – Pediu Tyler apressadamente. Ele parecia ansioso. Com vontade de mostra-la para todos.

Idiota. Se quiser que eu me mostre, que seja em um quarto. Só nós dois... Besta.

— Tudo bem então. – Disse ela apertando a mão dele um pouco mais.

— Ótimo – Sorriu Carol com a mesma animação de quando fez o convite. – Vou pedir pra algum garçom colocar uma cadeira a mais em nossa mesa. Vai indo lá e me esperem. Os dois.

Depois, Carol saiu e Tyler se postou na frente de Elena. Suas mãos saíram das dela e foram para pescoço da garota. Que agora só torcia para não encostarem-se a seus cabelos.

— Porque essa cara, Princesa?

— Nada. Eu só... Eu só – Sussurrou ela se aproximando a enrolando os dedos na gravata vermelha de Tyler. Colou suas bochechas e continuou a falar, no mesmo tom baixo do inicio da frase. – Queria que. – Beijou aquela área do rosto de Tyler. – Você e eu. – O queixo. – Pudéssemos – A orelha – Ficar. – O pescoço – Sozinhos. – E finalmente seus lábios. Num aperto intenso das bocas, um simples selinho, mas bem demorado e finalizado com uma leve mordida. Tyler inicialmente trincou os dentes, ficando completamente rígido pelo contato daquela linda boca.

— Bom – Disse ele em um gemido. Foi tudo que conseguiu formular na hora, devido a grande quantidade de ar preso em seu peito. Tentava se controlar para não fazer uma loucura bem ali na frente de todos. Calmamente ele a afastou. – Vamos jantar primeiro e depois podemos conversar. Essas festas acabam tarde. Tá só no começo.

Elena não disse nada. Apenas o olhou de lado e deu um gole em uma bebida solta perto da mesa. Ele já havia a estressado o suficiente; Tanto que a fez beber e arriscar a quebra de seus preciosos cabelos. Que foi avaliado em mais de 18 mil dólares, há dois meses pela revista People.

Tyler a ouviu murmurar um ‘’tudo bem’’ ou ‘’ entendi’’. Depois, Elena apanhou o espelhinho em sua bolsa e permaneceu por uns sete minutos tentando acertar a melhor posição para seu cabelo. No fim, decidiu que deixaria da mesma maneira.

O jantar estava tranquilo. Tranquilo até demais. Havia começado muito bem, Elena sentou-se ao lado de Tyler na mesa dos Lockwood, que ficava praticamente ao lado da mesa destinada a família de Elena. Isobel estranhou inicialmente, mas resolveu deixar passar e questionar quando chegassem em casa. A família dele era um doce, exceto pelo pai. Muito serio e que raramente falava, tinha o típico visual de prefeito malvado.

— Então, Elena – Disse o prefeito pela primeira vez, enquanto cortava sua carne. – Gostando de Mystic Falls? – NÃO, pensou ela – Afinal, é uma grande mudança. Da badalada Nova Iorque para a calmaria da Virginia. Deve ter te enlouquecido

— Enlouqueceu, sim senhor. – Afirmou provocando gargalhadas altas a mesa. Ela levemente também sorriu. – Só que tudo é questão de costume. Tenho que dizer que estou adorando a cidade cada vez mais. É belíssima e simplesmente acolhedora.

UAU. Eu não mentia assim desde quando disse para Hayley que aquele vestido verde e azul da Givenchy não a deixava gorda.

O resto ocorreu bem. Só não havia conhecido Mason, irmão mais velho de Tyler. Ele disse que seu irmão estava na Califórnia, para uma competição de surf profissional.

Agora, os dois haviam voltado para o jardim; sentados em um banco cor de creme. Os adultos ainda continuavam dentro da casa enquanto os jovens se mantinham no mesmo lugar que eles. Pelo visto Matt, Dick e Rebekah não haviam conseguido as então sonhadas garrafas de Uísque. Ficaram mais de meia hora tentando convencer o garçom e nada... Nem ao menos uma batida; Tiveram que se contentar com os Champanhes sem álcool distribuídos pelos funcionários do bufê.

— Tyler, meu cabelo. Vai bagunçar. – Disse Elena manhosa. Pela quinta vez. Ele definitivamente teria que parar com essa mania.

— Tá bom, Princesa não mexo mais. Feliz?

Devagar ela se aproximou para fazer sua ultima tentativa. Dessa vez, não colou as bochechas. E sim, as testas.

— Ainda não. – Ele já sabia o que ela iria fazer. Somente fechou os olhos e deixou-se por escuta-la sussurrando. Não iria mais resistir, Elena queria e ele também. – Falta quanto tempo pra essa festa acabar?

E ele estremeceu. Sentindo os músculos se contraírem com o toque das mãos pequenas dela em sua coxa

— Um pouco mais de duas horas.

— Ótimo. – Exclamou Elena sorrindo nos lábios dele. Apanhou a mão de Tyler e se levantou puxando-o junto. – Vamos pro seu quarto!

— O QUE? – Gritou ele parando de andar, atraindo a atenção de um pequeno grupo. Percebendo a gafe, abaixou seu tom e continuou a falar. Elena deveria estar louca; Praticamente toda Mystic Falls estava em sua casa. – Não podemos Elena. A cidade inteira tá aqui. Não dá.

— Claro que dá Tyler. Vai ser legal. Vamos. – Ronronou ela, estressada. Tentou puxa-lo novamente, mas ele não foi.

— E outra, meu quarto tá trancado. E minha mãe tá com a chave.

Elena não desfez o bico. Cruzou os braços e bufou. Agora estava irritada. Caramba, o que uma mulher tem que fazer pra transar nessa cidade? 

— Tudo bem então. Vou pra casa. – O encarou incrédulo e revirou os olhos. Amanhã arranjaria alguém menos complicado...

— Espera! – Gritou ele, fazendo-a se virar e se aproximar novamente. Ela deveria estar pensando que eu concordaria com essa loucura. Dessa vez ninguém ao redor olhou. – E a sua casa?

— O que tem a minha casa, Tyler? Por deus. Vou embora...

— Não. Você não entendeu. – Correu até a frente dela, para não ter o risco de tentar fugir novamente. – O que eu quero dizer é... Para irmos para sua casa.

Elena arreganhou os olhos e o olhou estranhamente. Tyler não podia estar falando serio? Ela parecia atônica e pensativa.

— Ty. Não posso. O diabo tá morando lá agora, esqueceu?

— Elena. Você queria fazer com a cidade inteira no andar de baixo e agora tá com medo do idiota do Salvatore? Isso é loucura. Parece até que você não confia em mim.

Eu não confio em ninguém que não seja em mim mesma. E Vicki, e a Hayley e meu cabeleireiro Ben.

Elena franziu a testa e pensou mais um pouco. Damon chegou tão cansado que há essa hora já devia estar no décimo sono, não iria ouvir. E se ouvisse não poderia fazer nada, afinal querendo ou não ele não tem o direito de se envolver em sua vida pessoal. E Elena acreditava que era algo na qual ele também não se interessava.

Elena revirou os olhos e ajeitou a bolsa em seu corpo. Que seja bom de cama... Porque não quero me arrepender.

Era oficial. A pizza de mussarela do Grill era a mais cheia de orégano do mundo inteiro, mas Damon estava com tanta fome que não se importava. Estava contente por não ter sentido falta da bebida.

Ao menos por hoje.

Perdeu duas ligações de Stefan. O bar estava completamente vazio, exceto por alguns bêbados ao fundo que gritavam por alguma coisa sem sentido. Só havia dois garçons trabalhando e a televisão e o radio estavam desligados. O que deixava o visual do local bem mais deprimente e obscuro. Como onde os motoqueiros rebeldes se encontram nas madrugadas ou algo do gênero. Estava cheio dessa cidade, completamente cansado de ter que tomar cuidado por onde anda para não esbarrar com Giuseppe, com sua mãe Grace e principalmente com Mason e a família Lockwood. Ter que aguentar Tyler em suas aulas já parecia ser péssimo o suficiente. Ano que vem, tiraria seu mestrado na cidade vizinha, Whitmore, se mudaria para Nova Iorque e ficaria com Stefan.

Havia terminado sua pizza. Estava sentado no lugar que tinha costume em sentar-se junto ao Ric em toda vez que vinham aqui. O que era muito. Nas cadeiras distribuídas em frente ao balcão, tomando sempre a mesma coisa. Uísque Bourbon. A parte do uísque parecia algo do passado. Ouviu o barulho da porta do bar se abrindo, não iria olhar para ver quem era, mas acabou sendo inevitável quando a pessoa chegada sentou-se na cadeira ao seu lado. Na que Ric costumava se sentar.

Pela roupa deveria estar vindo da festa. Usava um vestido amarelo claro de um ombro só, com uma flor no local e cintura marcada. Teve a impressão de que a conhecia de algum lugar; Cabelo loiro, grandes um pouco a baixo da linha dos seios e bem liso, que agora estavam presos em um alto rabo de cavalo e saltos brancos.

— Damon, não é? – Perguntou ela o reconhecendo. Sua voz tinha confusão e seus lábios sustentavam um enorme sorriso – Sou Lexi. Lexi Branson. Recepcionista do consultório da Doutora Isobel Flemming. Lembra de mim?

— Ah, claro. Lembro sim, como vai? – Disse ele retribuindo o riso a cumprimentando. Era a garota que me paquerou no dentista.

— Vou bem... Meio cansada, mas bem. Você?

— Bem também. – Bebeu mais um gole do refrigerante. Sem álcool por hoje. – Porque não está na festa? Foi expulsa? Ou vai me dizer que se arrumou desse jeito pra vim em um barzinho de esquina?

— Nenhum dos dois – Comentou em um longo suspiro. – É que eu simplesmente odeio essas festas. Todo ano eu vou, assino a lista de presença, riu, converso, interajo com as pessoas, mas nunca aguento ficar mais de uma hora.

— Te entendo. Acredite, eu realmente te entendo. Quer beber alguma coisa? Eu pago.

— Claro – Respondeu Lexi alguns segundos depois.

Damon sabia o que poderia vir a acontecer. Naquele dia no dentista, ele não se importava, não teve vontade de chama-la para sair e tudo e todos se tornaram completamente pequenos se comparar que foi naquele dia que conseguiu um lugar para dormir. Só que hoje era diferente. Amava Rose, mas era homem e precisava de uma companhia às vezes. Lembrou-se das mulheres com quem dormiu depois que descobriu que ela foi embora. Ficou com tanta raiva que toda noite ia atrás de uma nova garota para satisfazê-lo. Nenhuma delas era Rose, mas serviam para alguma coisa e Lexi também serviria.

Como havia planejado, não demorou muito para começarem a se beijar. Os lábios dela possuíam gosto de uva, a língua era pequena, mas sabia como comandar um beijo. Tinha mãos aventureiras, que diversas vezes ousaram tocar em seu tórax. Tentaram ir para o banheiro, mas Alex, um dos garçons do bar o impediram. Hesitou em ir para a 'casa', mas depois pensou melhor e seguiram de uma vez.

Quando chegaram tudo estava escuro. O caminho do Grill até a residência foi calmo e quieto, nenhum dos dois possuíam algo para falar. Só o que ela perguntou foi se tinha preservativos e ele respondeu que possuía um na carteira e mais alguns pacotes em casa.

Quando saíram do carro, ele ferozmente agarrou pela cintura da loira a trazendo para si. Nem se lembraram de trancar a porta, simplesmente a fechou em um grande estrondo e Lexi o jogou no sofá da sala. Não havia ninguém ali mesmo...

Deslizou as mãos por dentro do vestido de Lexi e apertou as nádegas com força deixando a marca de seus grandes dedos naquela branca pele. Começou a descer alguns selinhos pelo seu pescoço e depois fez o caminho de volta para sua boca a fazendo gemeu alto. Ela entrelaçou os dedos nos cabelos escuros dele e em seguida sentou-se no meio de suas pernas. A respiração de ambos já estava ofegante. Com os dedos, rapidamente Lexi os direcionou para a barra de sua camiseta e a tirou, jogando em algum lugar distante. Distribuiu beijos pela área e observou a respiração dele aumentar.

Lá fora, o carro de Tyler estacionou bem em frente à casa de Elena. Haviam demorado mais tempo do que o planejado. O pneu tinha estourado no meio do caminho e fora necessário esperar um guincho levar até um posto. Elena havia deixado seu carro com Bonnie, que garantiu que amanhã mesmo devolveria.

— Bom. Depois de tudo isso, acho que não vai rolar. – Disse Tyler em referencia à confusão de ter que esperar o guincho e do pneu do carro. Aquilo podia facilmente acabar com qualquer clima, mas Elena estava tão afim que não deixaria tudo se encerrar dessa mameira.

Ela não disse nada. Apenas virou-se para o banco do motorista em que ele se sentava e levou as mãos até a barra de seu vestido, que ao retirar, revelou o corpete vermelho e a calcinha de renda preta fio dental.

A visão de Tyler ficou escura por alguns segundos. Aquela patricinha era mesmo maluca, mas ele estava tão envolvido por ela que não pensou em desviar por nenhum segundo. Tinha certeza de que estava se apaixonando. Resolveu ignorar o fato de que ela não gostava que tocasse em seu cabelo, agarrou aquela cascata de chocolate e a trouxe para seus lábios tão rapidamente que não houve tempo dela sequer se incomodar. Agora, seus beijos não eram calmos como os outros que costumavam trocar; Esse era voraz e parecia que as línguas de cada um competiam para ver quem permanecia mais tempo na boca do outro. Tyler desceu a mão esquerda para os seios dela e o tocou levemente brincando com seus mamilos por cima do pano do espartilho. Elena parecia uma dessas mulheres que só existem nas fantasias mais loucas de todo homem, de tão linda e selvagem que era. A feição de anjo que ela tinha era muito contraria ao que Elena Gilbert realmente é.

— Vem... – Gemeu ela, foi tudo que conseguiu dizer. – Vamos entrar. No meu quarto é melhor.

Pelo fato de praticamente toda uma cidade estar em uma festa. Elena simplesmente pegou o seu vestido e sua bolsa e correu junto a Tyler para sua varanda. Não havia riscos de alguém além do garoto a ver vestida naquela Lingerie. Então, não preocupou em cobrir-se. A luz da sala estava acesa, Damon deveria ter se esquecido de apagar. Ele não devia estar na sala, sempre ficava no quarto e se trancava lá o tempo todo. Estando lá pessoas, ou não.

Sem pressa, Tyler recostou o corpo de Elena na parede da varanda e a beijou. Seguiu para sua orelha e ali ficou a brincar com a língua e os dentes, fazendo a garota arfar novamente.

— Isso... Desse jeito.

Em meio a esforços e dificuldades, ou melhor, devido à língua de Tyler em sua orelha, ela conseguiu abrir a bolsa e achar sua chave. Ainda estava com o vestido e a bolsinha na mão, por mais que o tesão fosse grande e a vontade de largar tudo também, sua roupa e seu acessório ainda eram valiosos demais para irem ao chão. Após apanhar a pequena chave, Tyler a segurou pelas pernas e a entrelaçou em sua cintura sem precisar de muita força. Era como se ela já estivesse completamente mole.

Retirou a boca da orelha dela e seguiu de volta para os lábios, andando apressadamente em direção à porta de carvalho. Que abriu logo que pressionou o corpo de Elena no lugar.

Porque a porta estava aberta? Pensou ela. Conseguindo pela primeira vez ponderar algo que não fosse tirar as roupas do garoto.

Estava prestes a atacar o pescoço de Tyler, quando ele assustadamente a soltou de seu colo e estremeceu arregalando os olhos. Ainda sem entender o que aconteceu, Elena se virou e encontrou o que tanto amedrontou Tyler.

O senhor Salvatore sentado no sofá, sem camisa e com Lexi em seu colo. Os dois olhando para Tyler e Elena da mesma maneira com que eles olhavam. Vergonha, susto, raiva... Vergonha, novamente.

Lexi rapidamente saltou do colo de Damon, que bufou jogando a cabeça pra trás e pegou duas almofadas, colocando uma contra seu rosto para esconder sua timidez, claramente estampada. E outra em cima de sua calça para esconder... Outra coisa, também, claramente estampada. Um pouco mais até que seu acanhamento.

Lexi foi a primeira a falar. Ninguém olhava para ninguém. Damon com o rosto coberto e Tyler, Elena e a loira com os olhos em direção ao chão.

— Me desculpem. Damon e eu só estávamos... Só estávamos...

— Entendemos. – Gritou Elena para cala-la. Não sabia o que era, mas queria que aquela mulher calasse a boca.

— Me perdoem, de verdade. Por favor, senhorita Gilbert não conte nada para sua mãe eu posso perder meu...

— Fique tranquila – Interrompeu-a, de novo. Só que mais baixo. – Não vou dizer nada.

Damon retirou a almofada do rosto e olhou rapidamente na direção de Elena e Tyler. Amanhã mesmo, Mason saberia disso e tentaria contar a Rose quando ela voltasse.

Droga, droga, droga.

Retirou a almofada de seu rosto e encarou um ponto alternativo da parede. Ainda não tinha coragem de olha-los. Respirou fundo e levantou-se em direção a cozinha para beber água. Assim que Damon saiu, Elena virou-se para Tyler e revirou os olhos. Lexi voltou a falar.

— Eu acho que eu já vou. – Disse ela pegando seus sapatos. – Desculpem, novamente. De verdade.

— A gente entende. Serio. Não foi culpa sua, eu e a Elena também estamos envergonhados. Pedimos desculpas também. Não é, Lena? – Elena mal havia ouvido. Poucas vezes havia sentido tanta vergonha. Isso era pior do que queimar seu cabelo com chapinha. Despertou somente quando Tyler deu uma pequena cotovelada em seu braço, em sinal para que concordasse.

— Ah, sim. Sim, claro. – Gaguejou Elena. Não teve certeza se havia convencido Lexi ou não. – Pedimos desculpas também.

Assentiu timidamente e dobrou seu vestido no sofá, colocando a bolsa por cima. Mais tarde, Lexi saiu e Tyler também. Ambos ainda envergonhados e querendo que o chão abrisse sobre seus pés. Elena igualmente se sentia desse jeito, mas procurou pensar que não havia sido só ela que tinha sofrido dessa humilhação. Ele também... E Tyler... E Lexi.

Damon ainda estava na cozinha. Sabia por um tipo de barulho que vinha de lá. Teria que falar com ele sobre o que havia acontecido, era impossível. Quer dizer, ela prestes a transar, chega em casa e encontra seu professor/inquilino no sofá, também prestes a transar, com a recepcionista do consultório da sua mãe... Era no mínimo algo para ter que se discutir.

Quando chegou ao cômodo e o viu sentado na cadeira, já vestido com a camisa, de olhos fechados, a mão esquerda sobre o rosto e a outra mão com a aliança batendo em cima da mesa.

Elena grunhiu alto e esperou com que ele a olhasse. Quando olhou correu ao vê-la vestida daquela maneira.

— Não, espera. Espera. – Gritou ela o fazendo parar. – Precisamos conversar. Urgente, agora.

Igual a vez do Baby doll. Damon também se mantinha de costas para ela. Não tinha forças para falar algo sem manter a voz fraca e ofegante, então resolveu também, gritar.

— Sim, precisamos. Mas troque de roupa, menina. Isso lá é maneira de criança se vestir?

— Criança? – Igualmente brava, ela também gritou se pondo na frente dele. Se fosse para dizer essas coisas sobre ela, diria na cara. – Depois do que viu ainda acha que sou criança? Só pode estar maluco, não é mesmo? Precisamos conversar...

— Se troque primeiro – Respondeu seco. Olhando-a profundamente nos olhos. Levando ao fato, de que em baixo, o apertado corpete fazia os seios pularem para fora. Seios volumosos e convidativos... Mas também proibidos, pensou ele, não vou fazer nenhuma besteira, não sou louco e Elena também, apesar de ser lindíssima, não me causava nenhum interesse. Mas, ainda sim era um par de peitos bem na minha frente.

— NÃO VOU ME TROCAR. Você tem noção de que a partir do momento em que eu entrar naquele quarto eu não vou conseguir sair por tanta vergonha que aconteceu nos últimos 15 minutos? – Sem esperar uma resposta ela continuou: – Temos que falar disso agora. – Mandaria o plano de amizade e de gentileza para o inferno.

Damon fitou o teto e depois voltou à atenção para o rosto dela.

Ela tinha olhos castanhos... Adorava olhos castanhos. Deveria ser pelo fato dele e de toda sua família ter olhos claros, azuis no caso dele e de sua mãe. Verdes, no caso de Stefan e de seu pai. Ficava fascinado cada vez que via um olho castanho, um olho preto, um olho em tom de mel, e os dela tinha o contraste perfeito da escuridão.

Logo depois ela perguntou se podiam sentar-se. Não seguiram para a sala de jantar, nem para o sofá. Sentaram-se ali mesmo na cozinha. Havia três cadeiras, afinal a mesa era pequena. Um de frente para o outro.

— Então... – Iniciou Damon. Ainda tentando não se deixar abalar pela falta de roupa de Elena. Olhava para baixo. E Elena também

— Então... Que eu não sei, mas precisamos conversar, não acha?

Damon assentiu e tomou mais um gole do copo da água em sua frente. Seus pulsos ainda estavam acelerados.

— Como eu disse pra sua namorada eu não vou contar nada pra minha mãe.

— Ela não é minha namorada. – Disse ele grosseiramente a interrompendo. Sexo casual havia virado algo tão fora de moda assim?

— Tudo bem, não me interessa a sua vida amorosa, sua pessoal, sua vida sexual. Mas foi algo que, por sua causa, eu quase presenciei e espero que não aconteça novamente.

— Como é? Tá dizendo que a culpa agora é minha? Ta maluca, Regina George? Ninguém teve culpa... Você também tava prestes a fazer a mesma coisa do que eu.

— Senhor Salvatore, com todo respeito – Ela falou quando sua respiração voltou ao normal, embora ainda estivesse um pouco descompensada. Teria que ser educada, o Maximo possível devido a circunstancias. Ele ainda era seu professor e o plano de aproximação não havia se acabado pra sempre. – Mas a culpa é do senhor. E o senhor sabe disso

Damon ficou receoso para responder. Abriu e fechou a boca varias vezes e também piscou sem ao menos um intervalo. Ela estava vestida de espartilho e calcinha e ele era o tarado que causou tudo isso?

— Me explica então. Porque a culpa é só MINHA, sendo que eu não estava me masturbando e sim com uma pessoa?

— O QUE? – Grunhiu Elena revirando os olhos e deixando seu queixo entre aberto. Como ele ousa em dizer algo assim pra mim? Agora havia se esquecido do fato dele ser seu professor e do mantra do respeito. Ao menos depois dessas palavras – Como se atreve a me dizer algo desse tipo?

— Bom a Senhorita mesmo disse que não era criança, então... Vamos ter uma conversa de adulto. Anda, me explica.

— Pra começar. – Disse Elena fechando os olhos por alguns segundos. Tentando controlar seu tom de voz, mais uma vez. – Você deveria estar no quarto. Mas, não, você estava na sala, no sofá. Onde qualquer um poderia entrar. E detalhe, a porta estava aberta, facilitando ainda mais a possibilidade dos dois serem pegos. E se eu não tivesse com o Tyler? E se eu tivesse com a minha mãe e meus irmãos? E se nós voltássemos mais cedo? Diz pra mim.

Damon ficou em silencio. Voltou a abaixar a cabeça e bebeu todo conteúdo restante de sua água.

— Você tem razão. – Admitiu timidamente depois de alguns segundos quieto. – Eu devia ter ido pro quarto. Desculpa.

Elena surpreendeu-se com aquilo. Ele pedindo desculpas e assumindo seus atos? Era algo para se lembrar. Respirou fundo e levou às mãos as têmporas, rapidamente.

Antes que o silêncio pudesse abater de novo entre os dois, ela disse:

— E a nossa situação fica?

— Esquecemos... Não dissemos nada pra ninguém e nem falaremos disso de novo. Nunca mais.

— Concordo – Assentiu Elena antes de levantar-se. Quando virou para seguir para o quarto, a parte exibida das nádegas por conta do fio dental rendado que usava se expôs aos olhos de Damon que rapidamente desviou o olhar e soltou um grito rouco e baixo da garganta.

— Será que você não tem roupa não, heim menina?

— Desculpa? – Disse ela virando-se novamente para ele. Novamente Damon estava com as mãos em meio à testa e os olhos, como quando encontrou ao entrar na cozinha.

— Eu disse...

— Eu entendi. – Interrompeu ela rudemente. Ainda estava confusa e as ações dele não ajudavam muito em achar qualquer conclusão – É a coisa que eu mais tenho no mundo. Quer ir até o meu quarto pra provar? Eu te mostro

— NÃO. – Gritou Damon. Agora ele a interrompeu. Por mais que soubesse que ela disse aquilo em sentido figurado, só a palavra quarto saindo da boca de uma aluna sua já era o bastante para tira-lo do sério e acabar com qualquer tipo de razão que sua mente pudesse prender. Nem brincando ela poderia falar uma coisa dessas. Nunca. – Chega. Minha cota de conversa com você já passou dos limites. Vou dormir. – Respirou fundo e abriu os olhos ficando de pé a alguns metros dela. – Eu espero que o nosso acordo ainda esteja valendo. Não quero nem pensar mais nisso e me preocupar.

— Não é preciso. Assim que eu subir eu ligo pro Tyler e conto o que combinamos. E você se encarrega da Lexi.

Não era preciso e Damon sabia. Lexi estava com mais medo que ele próprio, ela não era preocupação. Tyler era...

Tyler que é = à Mason e Mason que é = à obsessão pela Rose e Rose que é = ao amor de sua vida.

Antes que ela pudesse virar-se novamente, Damon já havia entrando no quarto. Não queria ter que encarar aquela ‘’parte de trás’’ do corpo de Elena novamente.

Deitou-se na cama e afundou a cabeça no travesseiro. A noite já havia sido intensa suficiente pelo que ocorreu naquela sala. Ouviu o barulho da escada sendo ecoada, provavelmente por Elena. Não era a primeira vez que foi pego em um momento como esse. Lembrou-se do dia em que Mason o flagrou com Rose. Só podia ser carma. A diferença era que Tyler e Elena o viram a ponto de fazer, e Mason... Acabou assistindo um pouco mais do que deveria.

Amanhã teria que ir ao colégio. O maluco do diretor agora teve essa ideia idiota de que todos os professores teriam que participar das atividades bestas desses alunos. Não demorou muito para enfim pegar ao sono.


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Notas finais do capítulo

Essa foi a primeira cena quente q eu escrevi kkkk me sair bem?Pessoal, to fazendo capitulos cada vez maiores pra vcs e o número de comentários tá cada vez menor... Isso me chateia e ñ me da tanto animo pra continuar. Comentem... Só isso, só falem o que achem, é importante pra mim.