Quem é o Pai da Minha Filha? escrita por Jessica_94


Capítulo 12
Sequestro


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu sei que fiquei mais tempo dessa vez sem postar, é que não me veio nenhuma ideia, mas agora veio :D
Desculpem pessoal, só queria postar um capítulo legal para vocês.



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Ela tinha sumido de novo, talvez fosse melhor assim, não conseguia ficar tanto tempo perto dela, daquela filha que nem parecia sua. A falta de semelhança física só fora o começo, o pior foi quando ela cresceu, e mostrou que não tinha, e não queria nada com magia. Tudo igual ao pai, até na profissão escolhida.

Aquilo foi uma apunhalada em seu coração, afinal, Viviane nunca pensou que a filha quisesse tanto ser parecida com o pai, já não bastava a aparência? Nem mesmo a sua pele ela herdou, tinha de ter nascido com aquelas benditas sardas salpicadas pelo corpo.

Se dirigindo à janela, Viviane pensou que encontraria a filha com aquelas malditas plantas. Não a encontrou, então sem poder ver a filha com seus olhos, viu com os seus pensamentos, direcionados em suas lembranças.

Quando soube que estava grávida, imaginou uma garotinha, um pequeno reflexo seu, a qual ensinaria tudo sobre magia, e ela adoraria aprender. Acertou no sexo, errou em todo o resto.

Estava velha, embora ótima para a sua idade, ser uma bruxa garantia isso, mas não sabia se era capaz de ter mais filhos, ainda mais, com a possibilidade de sofrer de novo uma decepção.

– Oh, céus...

A exclamação veio tão baixa, que Viviane apenas ouviu porque fazia um silencio imenso naquela casa. A interjeição veio do quarto de Ramona. Viviane poderia ser tudo, ter o relacionamento mais complicado do mundo com sua filha, mas ela sempre estava atenta para o que acontecia a volta de Ramona. E como uma mãe dedicada que sempre procurou aparentar ser, foi ver o que houve.

– Ramona, aconteceu algo de interessante?

– Mãe, é a Denise. Ela colocou no blog dela que Monique é a filha da Mônica!

– Eu não sei quem é essa Monique, mas sei quem é a Mônica, e se ela é mãe solteira, como conseguiu esconder a barriga?

Ramona não se preocupou com as ligeiras ofensas que sua mãe dirigia aos seus recentes amigos, já sabia que era impossível sua mãe terminar uma frase sem uma ofensa, quase sempre direcionadas a ela.

– Monique veio da máquina do tempo do Franja.

– Não gosto das tecnologias daquele rapaz, parece que está querendo substituir qualquer magia do mundo. Mas me fale da filha da pirralha, de repente fiquei curiosa.

Ramona apontou a foto da garotinha na tela do computador, e ao ver, Viviane sentiu uma fisgada no útero, e outra em seu coração. Ela não entendeu esses sentimentos, mas entendeu um deles: inveja.

Aquela dentuça tinha o que ela não tinha, uma filha reflexo de sua mãe.

– Ela é bonita... mais bonita do que a mãe, devo dizer.

Ramona percebeu a irritação repentina da mãe, e as duas não prolongaram a conversa.

Se apoiando discretamente na parede, Viviane entrou em seu próprio quarto e se desfaleceu na cama, abraçando a si mesma. Não chorou, ela há muito acreditava seria incapaz disso. Não aceitaria mais sofrer por inveja, os outros é que tinham de lhe invejar.

Viviane pegou o seu celular, e acessou a internet e o blog da tal Denise.

Sorriu ao ver a foto, ela era realmente linda, cabelinhos pretos cortados em Chanel, pele branquinha e sedosa. Olhou um pouco mais, e sorriu ainda mais, aquela garotinha parecia com ela, qualquer um que as vissem poderiam afirmar que eram mãe e filha.

Salvando a imagem no celular, Viviane se deitou mais relaxada. Teria uma filhinha de novo, e não se decepcionaria novamente.

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– Quem você ama mais?

– O papai!

– Quem é o cara mais lindam do mundo?

– É o papai!

– Quem te ama mais do que tudo neste mundo?

– Papai de novo.

– Argh, com você não tem graça.

Cebola estava brincando de "perguntas e respostas" com a Maria cebolinha, masque a verdade seja dita; com Monique era muito mais divertido.

– Eu não acredito que aquela garotinha conseguiu me superar, eu estou perdendo meu charme!

Acontece que Monica tinha realmente estabelecido os horários de visita, mas seu horário ia do 12:30 h às 16:00 h. E adivinha? Já tinha acabado à uma hora.

– Estou com saudades dela.

– você acabou de se despedir dela.

– É, mas Mônica me dá pouquíssimo tempo com ela, poxa, eu tenho os meus direitos!

– Pelo que eu sei, direitos se vêm em cartório, ou seja, registro de paternidade. Entre outras palavras, você não tem direito nenhum!

Cebola olhou para aquela coisa pequena e irritante.

– Que tipo de criança é você?

– É justamente pelo fato de eu ser criança, que tenho a cabeça no lugar e não sou influenciada pelos instintos irrefreáveis da adolescência - ela disse enquanto saia do quarto. - e tem mais, por que você três não saem juntos?

É, era bom ter raciocínio de criança.

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–... Diz pra mim... O que posso fazer por você...

Monique dançava pela sala, rodando a saia e sorrindo enquanto ouvia a mãe cantar.

– Quero saber... Seu sorriso é tudo que quero ver...

Chegou o momento em que Monique rodou tanto que caiu de bunda no chão, enquanto ainda sorria alegre.

– Você adora essa música, não é meu bem?

– Mais, mais!

– Vou colocar o CD, assim me impede de ficar rouca.

Assim que Mônica colocou o CD da TMJ, bateram na porta três vezes, se deu dois segundos e bateu mais três vezes, seja quem fosse, era bem insistente.

Mônica suspirou, não, bufou irritada pois já tinha ideia de quem era.

– Cebola, eu já disse que seu horário aca... - quando Mônica abriu a porta, era quem menos queria ver que estava ali.

– Boo!

Uma fumaça preta nublou não apenas os olhos, mas todos os sentidos da Mônica. Logo ela não sentia mais nada, nem ao menos sentiu dor quando caiu no chão, gritou quando a invasora adentrou a sua casa, viu quando Monique foi pega pela invasora, e nem quando Monique chorou quando foi levada.


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Notas finais do capítulo

gente, eu sei que - como minha professora diz - viajei na maionese colocando Viviane aqui, sejam sinceros, se não gostaram podem falar.
Gostaria de agradecer as recomendações de:
Tathiane Rodrigues de Souza
GarotaReview

Muito obrigada, gente!