Sweet Madness escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 9
Capítulo 8 - Mudando




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Capítulo 8 – Mudando

A locomotiva a vapor viera a toda velocidade desde Portsmouth até Londres na estação Paddington. Não havia movimento na estação naquele dia, aliás, a mesma estava fechada devido ao horário. Isabella dormia com a cabeça apoiada no ombro do pai, e Charlotte estava encostada num canto do assento. Charlie dormiu e acordou várias vezes, dormiu novamente e acordou quando um funcionário veio lhe chamar. O duque do chá conseguira garantir uma viagem tranquila e segura naquele trem, em troca de algumas moedas de ouro que ele levaria ao maquinista e aos seus serviçais no outro dia.

O duque acenou para um cocheiro que estava de prontidão próximo ao local da estação. Isabella ainda estava sonolenta, assim como Charlotte.

O som dos cascos dos cavalos despertou interesse em alguns criados e guardas, que logo saíram para ver do que se tratava. Dois deles ficaram a frente da porta, esperando que a porta da carruagem se abrisse. Quando ela finalmente parou e abriu, eles ficaram estarrecidos por ver o Duque descendo, seguido pela filha e pela dama de companhia.

— Meu senhor! Não o esperávamos tão cedo! — Um dos guardas exclamou.

— Por favor, pague o cavalheiro.

Charlie entrou, percorrendo uma fila de criados que se curvavam a medida que ele passava. O mordomo Javier, um espanhol que foi encontrado nas terras do Duque quando fugia de alguém, apareceu no final do corredor. Ele fez uma reverência e entortou o pescoço para analisar o duque e sua filha.

— Devo dizer senhor, não está nos seus melhores dias. — Javier dissera. — Onde está...

— Mande aprontar meu banho e o delas. Preciso descansar, mas quero ser acordado para o jantar. Por favor, mande chamar Waylon, Eleazar, Billy, Paul, Embry, Quill e Weber. É urgente. — Charlie interrompeu o mordomo.

— Sim senhor.

— Vão descansar, as duas. Nos vemos no jantar. Você precisa dormir, Bella. Vou mandar que preparem um chá para as duas. — Charlie dissera, com o cansaço permeando sobre si.

— Sim, papai.

Isabella e Charlotte subiram as escadas lentamente. Charlotte guiou Bella para seu próprio quarto e ajudou-a a tirar as roupas batidas da viagem. Ela as jogou sobre uma poltrona, enquanto Isabella retirava os grampos enfiados no meio de seu cabelo. A menina tinha olheiras arroxeadas sob os olhos e seus pés e mãos estavam inchados; quando ela entrou em contato com a água quente que enchia a banheira, o corpo dela se arrepiou e então adaptou-se a água.

Charlotte deixou-a e pediu que uma criada arrumasse o quarto para Bella, enquanto ela iria cuidar de si mesma.

Em Siena, Edward observava a vinícola do alto de uma colina. Ele estava vestindo um traje de montaria e passara a maior parte do dia percorrendo o lugar e aprendendo sobre gestão com seu pai, Emmett e Clemente. Mas naquele momento, ele não pensava em outra pessoa, senão Isabella.

— Parece-me que a menina rebelde mexeu contigo. — Emmett comentou, juntando-se ao amigo.

— Parece-me que tens razão. Mas ela é só uma criança, Emmett.

Emmett gargalhou.

— Entendo, e porque a vi como uma mulher no dia do baile? Ela é apenas uma criança em certos atos, Ed. Mas aquela senhorita é bem mais decidida e esperta do que imaginamos.

— Ela deixou-me isto. — Ele mostrou o relicário. Emmett abriu e viu a foto dela.

— Mexeste com ela também. — Emmett murmurou. — Então sentes afeição por ela? Jamais imaginei que o tão correto Edward Cullen fosse sentir afeição por uma espevitada senhorita.

Edward sentou-se num banco de madeira envelhecida que havia sob um grande carvalho. Ali, ficou observando o movimento na vinícola, que não parava, até mesmo nos dias de folga. Emmett estava em pé, no mesmo lugar que o amigo estivera há poucos instantes; ele conhecia seu amigo, bem demais para se dizer a verdade. Sabia que Edward não era o tipo que se apegava facilmente á alguém, todavia, o modo como ele estava ali, sentado e pensativo, lhe dizia que aquela garota havia mexido com ele.

Porém, o silencio em que os jovens estavam fora interrompido por um dos criados da família Santi. O homem vinha a cavalo, e parou quando os viu. O cavalo relinchou e ele teve que dar batidinhas no pescoço do animal para acalmá-lo.

— Jovens senhores, pediram-me para avisá-los que os senhores Carlisle, Roger e meu senhor Clemente estão indo á propriedade do Duque Swan.

Edward levantou-se prontamente.

— Eu irei.

— Eles estão na entrada da casa principal. Partirão á cavalo pelos campos e pela mata. — O capataz informou.

— Estarão vigiando a entrada da propriedade do duque? — Emmett perguntou curioso, pois não era de feitio deles irem a cavalo e partindo ao entardecer.

— Provavelmente. Querem evitar a estrada, ao menos na ida. Não sabemos se a propriedade estará sendo vigiada.

Os dois rapazes montaram em seus cavalos e galoparam junto ao capataz para a entrada da casa principal. Chegando lá, Clemente Santi descia as escadas e trazia consigo uma capa. Uma criada entregou aos jovens outras capas espessas, feita de um algodão trabalhado, perfeitas para cavalgadas noturnas e que fossem em meio á mata e campos.

— Mary Alice, a senhorita não vai! — Meredith McCarty exclamava enquanto andava apressada, segurando seu vestido longo.

— Alice, minha querida. Por mais que-

— Poupe-me do discurso, meu pai. — Alice rapidamente montou num cavalo negro, que estava aos cuidados de um dos criados.

As orbes castanhas, de um tom escuro quanto chocolates suíços, se abriram logo no final da tarde. Fecharam logo em seguida. E então um par de braços espreguiçou-se, sentindo dores em todos os lugares do corpo. Isabella Swan soltou um longo e cansado suspiro; ela levantou-se e olhou ao seu redor, então se lembrou dos acontecimentos dos últimos dias. Tinha estado tão cansada, que dormiu profundamente, sem sonhar, sem ter pesadelos. E tudo voltou naquela manhã.

Contudo, por mais que a perda de sua mãe lhe ferisse o coração e abrisse um buraco em seu peito, que parecia arder tanto quanto os ferimentos de bala de chumbo, havia outro pensamento que não queria lhe deixar.

Edward.

Por mais que não quisesse pensar no Duque, ela não conseguia. Seus próprios pensamentos a traíam. O jovem Cullen tinha sido gentil para com ela, mesmo antes de partir, naquela noite fresca. Então, novamente, seus pensamentos traíram-na e ela lembrou-se de suas últimas palavras ao jovem Duque Cullen: “Se não poderei estar contigo, então fique com a única preciosidade que tenho. Acredite quando lhe digo que... Que estou sendo sincera e estou sofrendo. Aceite meu coração e guarde-o com você, pois se ele ficar comigo, irá se perder e eu nunca mais o acharei.”

— Bella?

Charlotte entrou no aposento da menina através de uma porta sem maçaneta num dos cantos do quarto. Atrás desta porta havia uma pequena saleta, onde Isabella costumava esconder-se de visitas indesejadas, e dentro dessa saleta havia outra porta, que dava para o quarto de Charlotte. A dama de companhia trajava um vestido mais simples, sem armações e sem um corpete. Um traje num amarelo pálido, que ela costumava usar em seu dia-a-dia no castelo.

— Quer descer?

— Oh, Charlotte. Será tão aterrador nunca mais poder estar com minha mãe. — A menina murmurou.

— Eu sei, Bella. A senhora Renée fará falta nesta casa. Acredite, também sentirei falta dela.

Isabella abraçou Charlotte. Confortou-se no abraço quente e gentil de sua quase irmã, sua dama de companhia que fora contratada pela sua própria mãe.

— Suas amigas logo estarão de volta, Bella. Terá o apoio delas, também.

— Edward não me apoiará.

— Se eu o entendo bem, Bella. Ele a apoiará sim.

— Deixei tudo o que tenho nas mãos dele. Tranquei o que eu tinha de mais importante num quartinho, para que o resto possa ser sacrificado. — Ela disse sombriamente. — Vamos Charlie, não deixarei me abater. Temos um império para comandar e a vida de minha mãe para fazer ser lembrada.

Charlotte sorriu.

— Então vamos nos vestir de acordo. — A dama de companhia entrou no grande closet da menina e abriu alguns baús. Retirou um longo vestido negro, de renda também negra, adornado com pequenos laços de fita vermelha.

Isabella despiu-se da chemise de algodão fino e da saia longa de algodão, trajes que usava para dormir. Então, vestiu uma longa combinação negra, feia em sua maior parte de um linho escuro, fino, quase transparente; em seguida a dama de companhia ajudou a atar adequadamente o corpete negro, cuja armação definia uma cintura fina e empinava os seios pouco fartos da menina. Ainda, ela ergueu um pouco a barra da combinação e colocou os pés para dentro da saia do vestido negro, em seguida ergueu-a e deixou que Charlotte desse os laços.

O novo vestido havia sido usado somente uma vez, no funeral de sua avó Marie, uma Condessa francesa que falecera a pouco mais de dois anos. Não havia quaisquer armações. Somente o tecido fluindo, que era unido por laços carmim em suas costas, que delineavam seu corpo. O decote do vestido era quadrado, aberto; o vestido não tinha mangas, apenas um punhado de tecido negro e fluido que terminava em seus ombros e caiam feito cascata. A própria menina ergueu seus cabelos e enfiou aos alguns grampos, prendendo uma lateral. Quando ela se olhou no espelho, exibiu um sorriso maroto nos lábios.

— Esta é a nova Isabella. — Ela riu alto. — Charlotte, amanhã pela manhã, retire os vestidos claros dos baús. Venda-os se quiser. Use-os, doe, o inferno que quiser fazer. E chamaremos a modista. Quero novos vestidos. E você também.

— Como desejar, senhorita. — Charlie assentiu. Embora por dentro estivesse divida; ainda não tinha certeza sobre as consequências que essa nova atitude de Isabella poderia causar, em contrapartida, também não sabia se lamentar-se pela morte de Renée Swan era a atitude certa a se tomar. Charlotte sabia que sua vida também mudaria.

As duas senhoritas saíram do aposento e percorreram os amplos corredores do palácio. Era hora do jantar e provavelmente o duque do Chá já estava encaminhando-se para o salão onde a mesa estava posta.

Isabella percorreu por um longo corredor, de paredes compostas por painéis de carvalho, dando opulência a área dos aposentos. Neste corredor haviam pinturas e fotografias de membros antigos da família Swan e Dwyer. Lá estava um quadro de Renée e sua pequena bebê. Isabella sorriu, tocou o quadro levemente e continuou seu caminho.

— Alteza, os senhores já chegaram para o jantar. E as senhoritas Ângela e Rosalie estão na sala de visitas. Elas esperam ver Isabella. — O criado informou.

— Não é preciso mandar me chamar, papai! — Isabella entrou na sala de jantar como se estivesse entrando num baile. Ela beijou a bochecha de Charlie e sorriu. Seu pai trajava vestes negras.

— Rosalie e Ângela estão presentes. Porque não as convida para o jantar?

— Farei isso. Mas quero estar presente aqui, quando for tratar de outros assuntos. — Ela dissera decidida.

— Acho melhor ficar de fora, Bella. Trato com questões que você não entenderia e, algumas vezes, não aguentaria ver. — Seu pai respondera solenemente.

— Pior do que ver minha mãe ser levada? Sinto muito papai, nada é pior do que isso. — A não ser ver o possível amor de sua vida desacreditar você, isso também é pior, ela completou mentalmente. — Eu falei sério quando disse que quero caçar cada italiano e que vou aprender seus negócios.

Ele suspirou. Era uma batalha vencida e, por mais que quisesse atender os desejos de Renée, ele também queria que sua sede de sangue fosse saciada. Pensando assim, e deixando todo o resto a escanteio, o duque do chá assentiu e convidou sua filha para seu primeiro jantar de negócios.

A menina percorreu alguns corredores amplos, com portas duplas em vários locais. Em umas delas, numa sala também ampla, com poltronas próximas á lareira e com um uma mesa onde chá havia sido servido. Geralmente, os mordomos da casa, liderados pelo mordomo-chefe Javier, deixavam algumas visitas entrarem e ficarem mais á vontade no castelo. Geralmente aqueles que tinham acesso, quase que inteiramente livre, ao primeiro piso do castelo, eram as amigas mais próximas de Isabella, os empregados de Charlie e algumas senhoras que eram amigas íntimas de Renée Swan. Porém, naquela noite, todas as visitas, com exceção dos empregados de Charlie, foram direcionadas para salas de recepção.

Isabella abriu a porta dupla com as duas mãos, empurrando-as para dentro do recinto e entrando. Seu semblante era indecifrável e sua amiga Ângela não sabia o que pensar.

— Oh, Bella! Sinto tanto! — Rosalie abraçou-a apertado, derramando algumas lágrimas.

— Oh, minha querida amiga! Eu não posso imaginar sua dor... — Ângela abraçou-a e chorou nos braços dela.

Charlotte aproximou-se e ficou num canto próximo da sala de recepção, junto á duas senhoritas, que também eram damas de companhia. E geralmente, quando as damas tinham que esperar as jovens senhoritas, a vida podia se tornar muito entediante, e acabavam por transformarem-se em amigas uma das outras.

— Ainda está em choque, Bella?

— Não Rose, tive tempo suficiente para absorver tudo o que estava acontecendo. Creio que agora eu esteja pensando com clareza.

— E como as coisas ficarão agora? Charlotte ainda ficará contigo? — Rosalie perguntou.

— Sim, eu não sei o que faria sem Charlotte comigo. — Bella comentou, sentando-se numa das poltronas próximas á janela. Ela olhou de relance para a moça e sorriu.

— O que houve, Bella? Vi meu pai saindo ás pressas hoje e fiquei horrorizada em saber que...

— Que minha mãe está morta. — Bella completou.

Ela contou tudo o que acontecera na Itália, desde sua chegada, até a partida da vinícola de Clemente Santi. Seu coração se apertou em alguns momentos e ela quase perdeu o controle de si mesma, principalmente quando relatou ás amigas sobre o encontro com Edward e as palavras que eles trocaram. Contou sobre o relicário que deixara com ele.

Ângela suspirou. Das três amigas, ela era a mais propensa ao romantismo; Rosalie sorriu, feliz por Isabella ter encontrado um ponto de luz na escuridão em que se enfiara.

— Eu prometi a mim mesma que faria de tudo para destruir aqueles italianos. Jurei a mim mesma que o faria, pois minha alma não ficaria em paz se eu não o fizesse. — Ela continuou. — Não sei até que ponto meu pai permitirá que eu me envolva em seus negócios, pelo menos enquanto não tenho idade, eu imagino.

Ângela e Rosalie se entreolharam. Sorriram uma para outra, em cumplicidade e compartilhando do mesmo pensamento, embora elas não tivessem essa noção.

— Então estaremos com você. Estaríamos de qualquer maneira. — A jovem Weber comentou sorrindo.

— Eu não poderia ficar mais feliz, mas penso que eu vá me envolver em coisas obscuras, querida Ângela. — Bella falou por um fio de voz.

— B., nossos pais comercializam ópio por vários países, são donos e gerentes de bordéis em vários lugares da Inglaterra e ainda já experimentamos daquela sensação. Não foi de todo ruim, devo acrescentar. — Rose murmurou. — Porém, o que quero dizer lhe é... Estamos nessa mesmo se não quiséssemos. És nossa melhor amiga, se formos afundar, afundaremos juntas.

Na sala de jantar, os convidados e empregados de Charlie tomavam seus lugares enquanto uma bebida era servida. O duque em breve mandaria chamar sua filha para juntar-se a conversa, mas não naquele momento.

— Em breve minha filha Isabella irá juntar-se a nós, nos negócios. — Charlie anunciou.

— Acha prudente, senhor? — Eleazar perguntou.

— É o que ela deseja. Eu o farei. — O duque bebericou um pouco do whisky em seu copo. — Amanhã quero que seja enviada uma carta e meu nome, com meu selo, para todas as nossas casas e para os portos.

— O que deve estar escrito, meu senhor? — Weber pegou um bloco de anotações e um tinteiro que lhe era oferecido. Começou a anotar.

“Á todos os colaboradores, empregados e administradores que trabalham para a companhia Swan de Importação de Ervas Medicinais e Chás. Fica, a partir desta hora, vetado o comércio e qualquer espécie de transação com empresas e particulares italianos. Após os últimos acontecimentos, que presumo, meu caros, que já tenham conhecimento, a partir deste momento minha confiança em meus empregados não será mais testada; minha lealdade está com aqueles que estão comigo e aqueles que ousarem ultrapassar esta linha, como os senhores Volturi ousaram fazer, estão banidos de meus cuidados e proteção. Lealdade e confiança são conquistas que devemos fazer ao longo da vida e com pessaos que tratamos, assim será: qualquer empregador ou empregado da Companhia Swan, que for flagrado fazendo negócio com italianos ou que estiver em contato direto com qualquer Volturi, será executado, sem o direito de um interrogatório. Á todos dos relacionados á Companhia Swan, O Duque.” — Charlie terminara de ditar a carta que deveria ser copiada e selada com o símbolo da família.

— Imediatamente irei para meu escritório e farei as cópias das cartas, alteza. Assim que terminar, antes do final da tarde, venho selá-las e então poderemos ir até a fábrica e enviar por lá, junto com o carregamento. — Weber sugeriu.

— Excelente. Redija outra cópia aos administradores dos três portos na China, um para o mercado indiano, outras devem ir para a Espanha, França e Alemanha.

Charlie dava instruções atrás de instruções. Cada uma delas era anotada por todos os membros ali presentes e todas tinham uma única coisa em comum: vetar o comércio com os italianos. Charlie Swan tinha noção do que esse veto iria causar. Para ele não faria diferença, afinal,comercializar em mais de quatro países diferentes, mais a Inglaterra, tinha seus benefícios. Embora seu negócio fosse extremamente amplo e necessitasse de muitas pessoas trabalhando e, ainda, exigia um nível altíssimo de confiança e lealdade, o Duque do Chá teve pouquíssimos problemas com má gestão – ou corrupção – em todo seu tempo traficando o ópio.

Quando ele descobriu, há cerca de dez anos, que um espanhol resolveu superfaturar algumas notas, ele mesmo fez uma viagem surpresa até Madrid e fez algumas cabeças rolarem. Após esse evento, os empregados de Charlie passaram a respeitá-lo de outra forma, assim como Charlie aprendeu que seus funcionários deveriam ser selecionados a dedo e que boas condições de vida, resultavam num funcionário trabalhando bem e á seu favor.

— Senhor Charlie, e quando a Albert? — Billy Black perguntou-lhe.

— Mandarei uma carta pessoal para Albert. Ele ainda está na Suíça, então, se precisar, terei tempo de fazer uma viagem rápida.

— E quanto a Isabella?

— Por hora minha filha será apenas ela mesma. Não quero envolve-la ainda, deixe que ela seja feliz por algum tempo.

— Ela vai ficar irritada, senhor.

— Sim, Waylon. Vai. Mas logo entenderá o que eu quero dela, e como ela vai me ajudar em minha vingança contra Aro Volturi.

Isabella Swan havia terminado o jantar e escutado atentamente as instruções de seu pai, interferindo em alguns momentos com ponderações e berros, porém o final foi exatamente como o duque do Chá havia previsto. Sua filha acatou suas ordens e decidiu de ideias primárias que tinha em mente.

Assim que o jantar foi encerrado, alguns criados entraram na sala de jantar para retirar os pratos e talheres, enquanto o mordomo guiava os senhores para o escritório, onde um café e charutos tinham sido servidos e dispostos numa mesa central. O duque do Chá bebericou um pouco do liquido cor sépia de sua pequena xícara de porcelana, e por alguns momentos ficou observando a pequena louça e pensando em sua adorada esposa, que não estaria mais ali para brigar com ele sobre sua falta de cuidado.

— Javier.

— Sim, meu senhor? — O mordomo aproximou-se do duque.

— Amanhã pela manhã eu quero que mande limpar este conjunto de porcelana chinesa. Coloque-o num espaço adequado na cristaleira. — O duque instruiu. — Era o conjunto que a senhora minha esposa mais gostava.

— Se me permite, alteza, — Eleazar fez um sinal. — acharia adequado que preparássemos um funeral para a duquesa?

Bella, que deixava o escritório naquele momento, estacou. Ela voltou-se para Eleazar Denali e disse:

— Senhor Eleazar, seria muito gentil de sua parte se o senhor pedisse para que cuidassem de um funeral para minha mãe.

— Pedirei que minha esposa o faça, jovem alteza. Ela sabe como estas coisas devem ser feitas. — Ele sorriu, levantou-se e abaixou, beijando a mão da jovem duquesa e voltou ao seu lugar.

— Vou me retirar, senhores. Tenham uma boa noite.

Charlie foi até Isabella e beijou-a na testa. A menina voltou para o corredor principal e seguiu escada acima, indo para seu aposento, onde suas amigas estavam á espera. As três damas de companhia foram dispensadas e ficaram nos aposentos de Lucy, conversando até que o sono finalmente chegasse. No quarto de Isabella Swan, enquanto a jovem despia-se sem a ajuda de criadas, ela pensava no que poderia estar acontecendo em Siena, na vinícola.

Os criados do duque do chá deixavam a propriedade pelos fundos, em algum lugar de Siena. Tony, o mordomo, estava com os senhores McCarty, Cullen e Santi percorrendo os cômodos, quando ouviram o grito de Mary Alice. Roger correu, com Tony em seu encalço.

— O que uma jovem senhorita faz aqui? — Um homem de aparência maltratada e bruta perguntou, agarrando a jovem pelo braço. — Quem é você? ME DIGA!

— Me solte! — Alice gritou, quando Emmett apareceu á porta.

O homem imediatamente largou a menina e foi para cima do irmão dela. Emmett fechou um dos punhos e usou toda sua força para bater no homem que tinha seu tamanho. O homem desviou e meteu-lhe um soco em um dos olhos, fazendo o jovem conde cambalear.

— Edward, o que houve?

— Quem é ele?

Clemente e Carlisle perguntaram quando chegaram e viram Roger saltando sobre o filho e indo para cima do estranho. Roger desviou de alguns socos e deu outros, encurralando o desconhecido, contudo, ele iria conseguir revidar se não fosse a esguia Alice, que pegou uma barra de ferro que havia no chão e bateu na cabeça dele com toda sua força.

— Alice, Alice minha querida! EU falei que não era boa idéia vir. — Roger abraçou-a. — Estás bem?

— Sim, papai. Estou perfeitamente bem.

— Até que a senhorita tem um braço bom. — Tony comentou.

— Pelo menos o balé tem lá suas vantagens. — Emmett levantou-se, usndo uma das mãos para apoiar-se.

— Oh meu irmão, foste tão bravo! Mesmo apanhando, defendeu-me! — Alice abraçou-o forte.

— Morreria por ti, Allie. És minha irmãzinha. — Ele sorriu.

— Quem era ele?

— Não tenho certeza, senhor Edward. Mas não era empregado do duque Swan. Talvez fosse um capataz dos Volturi.

— Então sugiro que peguem todos os castiçais e comecem a lançar fogo sobre tudo. — Clemente sugeriu.

— Começarei pelo quarto de minha falecida senhora. Tudo o que importava foi tirado. Façam no resto da casa e nos encontramos nos fundos.

O mordomo correu para o quarto principal da casa e pegou um castiçal que fora acesso por um dos outros criados. E assim, de cortina em cortina e móvel em móvel, ele foi ateando fogo e destruindo a casa.

Quando todos encontraram-se nos fundos da mansão, viram os primeiros vidros estourando e chamas consumindo a casa de veraneio. Enquanto a casa queimava, Edward apertou o relicário em seus dedos e na outa mão, observou uma caixinha de prata, toda filetada, que continha um anel de safira adornado com serpenteados de prata e com pequenas folhas. Aquela jóia tinha sido encontrada no quarto que parecia ser da jovem Isabella. Edward julgou ser importante.

Qualquer dia lhe entregarei esta joia, Bella. E poderei lhe ver de novo.


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Notas finais do capítulo

Olá meninas!

Desculpem o sumiço, eu sei que fiquei milênios sem postar, mas eu andei tão ocupada e ando tão cansada, que a criatividade não tem contribuído muito. Este capitulo não saiu exatamente como eu pensava, porque encontrei alguns problemas que tenho que pensar sobre SM. Espero que gostem e comentem!

Beijinhos,
@ninaxaubet



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