Luz Dos Olhos escrita por Mi Freire


Capítulo 41
Mais problemas


Notas iniciais do capítulo

Nem sempre é possível evitar ou fugir de todos os problemas.



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— O tempo está mudando! – Daniele comentou, olhando para o céu. Ela e Melina estão no intervalo, na ultima semana de aulas antes férias. — Ouvi na televisão que os dias vão esfriar e há uma grande possibilidade de chuva também.

— Frio é bom, mas nem tanto. – Melina torceu os lábios. — Está ansiosa para a viagem? – ela deu uma mordiscada em seu sanduíche enquanto mantinha seus olhos atentos em Daniele que acariciava a barriguinha de pouco mais de três meses de gestação.

— Estou ansiosa – ela bebericou seu suco de laranja. — Mas também estou nervosa, tenho medo da reação dos meus pais.

— Tenho certeza de que eles vão de apoiar. – Melina sorria, segurando a mão de sua amiga e a outra acariciando sua barriguinha.

— Assim espero – Daniele retribuiu o sorriso. — E você e Nicolas, tudo bem entre vocês depois daquele beijo?

— Ah sim, tudo ótimo. – Melina limpou a boca com um guardanapo. — Decidimos que o melhor seria esquecer aquele beijo. Foi sem querer, mal pensando, não deveríamos ter nos beijados. Somos amigos, apenas amigos. E isso não pode mudar. No começo tive medo de perder sua amizade, mas Nicolas é tão sensato quanto eu. Entramos em um acordo, juramos que isso não voltaria a se repetir.

— Será? – Daniele tinha um olhar desafiador. Melina sentiu-se desconfortável e se ajeitou no banco de madeira, desviando o olhar.

Mais tarde, naquele mesmo dia, Melina terminou seu ultimo afazer na loja antes de dar o horário de ir para casa. Ela tirou o avental e foi dobrando-o enquanto se aproximavam de Nicolas que tinha um bloquinho de anotações entre as mãos.

— Tudo bem ai? – ela perguntou.

— Sim. - ele a olhou, sorriu.

Melina guardou seu avental no lugar devido, pegou sua bolsa atrás do balcão e jogou nas costas.

— Você e Analu vão sair hoje juntos?

— É, marcamos de sair para poder conversar.

— Ah. Então, eu vou indo. Uma boa noite para vocês.

Em seu apartamento, Melina preparou algo para comer. Algo simples e rápido. Daniele ficaria até mais tarde no mercadinho onde trabalhava para juntar uma grana extra para sua viajem; Ariela estava saindo com um carinha da sua turma na faculdade e Marcela estava aos beijos com o namorado em seu quarto. Trancados.

Enquanto Melina comia de frente para tevê vendo um de seus seriados favoritos na tevê a cabo, ouviu seu celular tocar. O aparelho estava enterrado entre as almofadas do sofá.

— Oi Henrique. – ela já sabia que era ele, pois tinha seu numero salvo e verificou no identificar de chamadas antes de atender.

Por um momento ela pensou que poderia se Thomaz a sua procura, com a mesma ladainha de arrependido e que precisava de perdão. Os dias estavam sendo bem mais fáceis com ele mais distante, sem nenhum tipo de contato. Melina suspirou ao ver que era Henrique.

— Liguei pra saber como está você. Há um bom tempo não nos falamos. Na ultima vez, você não me pareceu muito bem e pediu que lhe desse um tempo. E agora, está melhor? O que aconteceu?

— Estou bem, obrigada por se importar. Aconteceram umas coisas, não muito importantes. Mas já passou, estou bem. Prefiro não ter que falar a respeito, é mais fácil pra mim.

— Ah, tudo bem. Se é assim que você quer... – ele sorria do outro lado. Henrique estava deitado em sua cama, com o violão no colo. — Pensei que poderíamos voltar a nos encontrar, qualquer dia desses.

— Acho ótimo! Estou mesmo precisando fazer coisas novas. Tem alguma ideia em mente?

— Por enquanto não, mas vou pensar em algo. – ele se silenciou por um momento. Melina poder ouvir que já caia uma garoa fina lá fora, ela viu pela janela. Nesse momento, Daniele chegou, fechando o guarda-chuva e soltando os cabelos presos em um coque.

— Então pense. E quanto tiver uma ideia, me ligue. Agora, preciso desligar, tudo bem? Até qualquer dia.

— Até qualquer dia. – ele desligou.

— Henrique ao telefone? – Daniele perguntou curiosa, tirando sua jaqueta jeans e jogando sobre o sofá.

— É, era ele. Como sabia?

— Deduzi. Pois você só fica assim, toda boba, quando é ele ou Nicolas ao telefone. – Daniele se sentou. — Hum, o que você fez para comer? Parece ótimo!

— Fiz uma mistura com as sobras da sua comida, até que ficou bom. Mas espera, eu não entendi. O que você quer dizer com eu fico toda boba quando é qualquer um deles?

— Não sei dizer, qualquer um deles parece perfeito pra você.

Melina pensou naquilo durante horas, ainda mais quando foi se deitar. O que Daniele realmente queria dizer com aquelas palavras? Melina nem se arriscou em perguntar. Ela tem medo de algumas respostas.

~*~

— O que está acontecendo aqui? – Thomaz entrou na sala de sócio e viu uma cena um tanto intrigante: Rebeca e Tiago próximo até demais. — O que diabos está acontecendo aqui?

Tiago e Rebeca se entreolharam.

— Estávamos falando da nova papelada que chegou, Tiago precisava assinar – foi a primeira coisa que veio na cabeça dela. Rebeca passou a mão pelo vestido e limpou o canto da boca, para não deixar nenhum vestígio de que ela e Tiago estavam se beijando.

— Ah – Thomaz não sabia se podia acreditar naquela desculpa. Mesmo assim, deixou outros papeis sobre a mesa de Tiago antes de dar meia volta para sair. — Rebeca, me acompanhe até minha sala.

E ela se foi, temendo pelo pior.

— Eu posso explicar chefe...

— Não precisa! – ele a interrompeu friamente. — Não me interessa! Afinal, nem somos namorados. Você é uma amiga, minha secretária. Mas ele, Tiago, está namorando há setes anos. Prestes bem atenção em suas atitudes. Aqui é um lugar de trabalho.

— Não é isso que você está pensando...

— Eu já disse: não precisa se explicar, não me interessa. Agora volte para o seu trabalho imediatamente.

— Sim, eu vou. – ela forçou um sorriso bem humorado. — Mas me diga: ainda vamos jantar juntos essa noite?

— Eu vou pensar.

Rebeca saiu contendo a raiva que sentia.

Como não havia planos melhores, sua vida estava um caco ultimamente, Thomaz saiu para jantar com Rebeca logo depois do expediente, mesmo chovendo lá fora. O lugar escolhido foi um restaurante não muito longe dali, frequentando por muitos engravatados.

— O que você tem? Ainda está pensando que eu e Tiago...

— Não! Estou pensando em Melina. Sinto falta dela.

Rebeca trincou os dentes. O dia já havia sido terrível, desde o momento que ela acordou até então. Já não sabia se poderia suportar ainda mais essa.

— Chega! – ela bateu os punhos na mesa, todos observavam. — Esqueça aquela garota! Somos eu e você. Aqui. Agora. Olhe pra mim, eu sou mais bonita, mais sensual, mais madura, a mulher ideal para você. E não mereço ser tratada assim, como se eu não fosse nada pra você, apenas um brinquedinhos, uma amiga, uma secretária.

— Eu não vou te pedir em namoro, se é isso que você quer.

Rebeca bufou.

— O quê? Como não? Você é um idiota! – ela se levantou, quase derrubando a cadeira para trás. — Um estupido! Um imbecil. Não me admira você ter perdido sua namoradinha...

— Cala essa boca! – ele levantou-se também. — Você nunca será como ela. Nunca. Você só é mais uma. Tanto pra mim, quanto para o Tiago. Ou você acha que eu não sei que vocês tem um caso? Não sou tão estupido quanto acha que eu seja, Rebeca.

Ele aumentara o volume da voz.

— Então vá atrás dela!

— É exatamente isso que eu vou fazer. Amanhã mesmo vou procurar por Melina.

O jantar, antes mesmo de ser servido, foi cancelado.

~*~

Como o noticiário havia previsto: o tempo realmente esfriou. Apesar de fazer sol, o ar era gelado e muitas nuvens acinzentadas cobriam o céu. O frio ficava pior de manhã e ao anoitecer.

Melina havia feito um convite a Nicolas aquela manhã, ultimo dia de aula antes das férias, chamou ele para ir com ela até a casa de Leila, onde jantaria com seu pai, pois ele alegou que os motivos do jantar eram os melhores. Melina já podia deduzir.

— Você e Analu se acertaram? – Melina perguntou durante o caminho até em casa. Aquela sexta feira era sua folga.

— Sim. Ela prometeu que não vai mais mandar bilhetinhos – ele sorria, com as mãos dentro do moletom da tentativa de esquenta-las.

Eles se beijaram, isso nunca poderia ser esquecido. E naquele mesmo dia conversaram para resolver aquela situação. Ficou combinando que o beijo não voltaria a se repetir, fora um erro. E que a amizade teria que continuar sendo a mesma. A principio Melina duvidou que conseguissem salvar a amizade entre eles, mas estava sendo bem mais fácil com a colaboração total de Nicolas. Era como se o beijo jamais tivesse existindo, exceto quando ele ou ela paravam para lembrar e acabavam sorrindo maravilhados com a lembrança.

— Bom trabalho pra você. E não se atrase hoje à noite.

Nicolas foi em direção a loja e Melina para seu prédio.

— Ei, você. Espere! – alguém chamou Melina quando ela já estava prestes a subir as escadas. Assim, virou-se para trás e deparou-se com um garoto muito alto. Um dos amigos de Rafael , Júlio, que mora no ultimo andar. Eles fedem a tabaco. — Podemos conversar?

— Se você for rápido, podemos sim. – ela esboçou um sorriso, tentando ser simpática. — O que foi?

— É sobre o Rafa. Eu estou preocupado com ele. – Melina respirava com dificuldade com a aproximação do garoto. Ela odeia o cheio de cigarros. — É verdade que ele vai ser papai?

— Sim, é verdade. Ele contou isso pra vocês? – Melina estava surpresa, não esperava que aqueles garotos tivessem o mínimo de sentimentalismo. Ela julgara mal.

— Não a todos. Mas contou pra mim. – ele sorriu gentilmente. — O Rafa não está bem desde que soube que vai ser pai. Ele não se sente preparado. Chegou a sumir por alguns dias. Eu fiquei preocupado, é claro. Somos quase irmãos. Ele some com frequência, mas volta. Mas dessa vez ele demorou mais que o normal e quando voltou parecia acabado, como quem não dorme e come há dias. Ele chegou a chorar, mas não contou o porque. Na verdade, ele não conversa muito. Mas eu que já o conheço há muito tempo deduzi que ele estava com problemas e insisti até que ele me contasse.

— Tá. – Melina o interrompeu, jogando o peso do corpo para a outra perna. — Eu não sei onde você quer chegar com isso.

— É fácil: só me ouça. Ser pai não é uma tarefa fácil, não que eu seja e já saiba. Eu tentei dizer a ele que daria tudo certo, que ele precisava colocar a cabeça no lugar e pensar de maneira sensata. Mas ele ficou com raiva de mim e não quis mais me ouvir. E eu fiquei com isso martelando na minha cabeça. A verdade é que, não que ele não esteja preparado para ser pai, ele só tem medo de não ser bom pai. O Rafa nunca teve um pai exemplo. Eu sei que, pelo que ele disse, acho que ele gosta muito da Daniele. Ela é especial para ele. O Rafa só não sabe expor o sentimento, a infância dele foi muito difícil e dura. Ele não tem boas lembranças de quando era pequeno. Esses sentimentos estão oprimidos dentro dele e talvez seja por isso que ele faz tanta merda.

— Eu sinto muito por tudo. – Melina podia imaginar o quanto estava sendo difícil para Rafael, mas estava sendo ainda mais para Daniele. — O que eu posso fazer para ajudar?

— Gostaria que você pudesse me ajudar a fazer com que ele dê mais importância para a vida, agora que ele precisa ser um homem direito e ter responsabilidade de pai...

— Eu não sei se posso ajudar. – Melina interrompeu. Tudo estava muito confuso.

— Você talvez não posso ajudar, mas Daniele sim. Acredito que o Rafa tenha algo muito significativo dentro de si por Daniele. Ele só não saber como dizer ou demonstrar.

— Eu sinto muito, de novo. Mas não sei se isso vai ser possível, já que a Daniele vai viajar. Ela vai contar tudo aos pais. Ela precisa estar com eles nesse momento tão importante em sua vida. – Melina voltou a subir as escadas. — Desculpe. Se eu puder ajudar de outra forma...

Em casa Melina tomou um banho e se trocou. Logo depois ela se juntou a mesa para almoçar com Ariela. E as duas conversaram animadoramente, como há tempos não faziam.

~*~

 — Que bom que vocês vieram! – Leila recepcionou os convidados que acabaram de chegar em sua casa.

Melina tirou o sobretudo e deixou para que Leila o pendurasse no suporte. Nicolas estava logo atrás de Melina, um pouco mais receoso.

— Melina! – Enzo surgiu do nada, para abraçar a convidada. — Venha! – ele a puxou. — O papai estava esperando por vocês.

O jantar foi servido e todos sentaram a mesa. Nicolas não falou muito desde que chegou. Melina ajudava Enzo com o garfo e faca. Leila e Alberto pareciam animados.

— Estou muito feliz essa noite! – Alberto resolveu dizer logo depois de todos terminarem suas refeições. — Vocês são todos muito importantes pra mim. Até mesmo você, Nicolas. E por isso, devo aproveitar esse momento tão prazeroso para fazer algo que há muito tempo em venho sonhando em fazer. Apenas esperei pelo momento certo e creio que ele finalmente chegou.

Alberto levantou-se, todos observam calados. Alberto pegou a mão de Leila, encantadoramente bonita trajada em um vestido simples preto com um colar de pedras verdes ao redor do pescoço. Ela se levantou também a pedido de Alberto. De dentro do paletó ele tirou uma caixinha aveludada, que coube da palma de sua mão. Diante dos pés de Leila ele se ajoelhou, abriu a caixinha e deixou o anel de compromisso brilhar a pouca luz da sala de jantar.

— Leila, você é a melhor coisa que me aconteceu em anos. – ele sorria e ela chorava de emoção. — Onde você esteve todo esse tempo? Esperei por alguém como você a vida toda. E finalmente te encontrei. Aproveito esse momento, diante de todos, para lhe dizer o quanto te amo, o quanto você me faz bem. Também agradeço por você ter me proporcionado dias melhores, uma nova família e uma segunda chance para o amor. – Alberto pausou, tomando folego para o que tinha a pedir a seguir: — Você aceita ser minha namorada?

— Sim, claro. Eu aceito ser sua namorada. – Leila respondeu, Alberto levantou e eles se abraçaram emocionados antes de ele colocar a aliança de compromisso no dedo anelar.

Melina, Nicolas e Enzo bateram palma.

— Então quer dizer que agora eu sou seu irmão oficialmente? E você meu novo pai? – Enzo perguntou durante a sobremesa.

Todos riram.

— Se você quiser que eu seja, eu serei seu novo pai.

— E eu sua irmã mais velha.

~*~

— Acho que finalmente conseguimos o que queríamos: a felicidade de nossos pais. – Nicolas comentou sorridente, enquanto acompanhava Melina até a portaria de seu prédio.

— É. Acho que finalmente as coisas estão dando certo e entrando nos eixos. Ou quase tudo.

Uma garoa fina começou a cair no céu.

— Melina! – alguém se aproximou correndo e ofegante. — Finalmente você chegou! Esperei por você todo esse tempo! Onde você se meteu? – Thomaz deixou todos surpresos. — Ah. Oi Nicolas.

— O que você está fazendo aqui? – Melina arregalou os olhos, olhando fixamente para Thomaz sem conseguir entender o que tudo aquilo significava. Ela não esperava.

— Podemos conversar? – ele perguntou. Nicolas via no rosto de Melina a aflição por aquele reecontro.

— Não! Claro que não! Thomaz, eu pedi a você que...

— Eu sei, eu sei Melina. Eu não resistir...

— Melina, eu posso ajudar? – Nicolas se intrometeu, acreditava que seria melhor fazer alguma coisa antes que fosse tarde demais. Sabia o quão difícil seria para Melina ver Thomaz outra vez. Ela não estava totalmente recuperada do rompimento.

— Não se mete cara. – Thomaz olhou ferozmente para Nicolas.

— Vai embora Thom! – Melina elevou o tom de voz, queria mostrar ao ex o quanto estava sobrevivendo sem ele. Mesmo que aos poucos, estava conseguindo se recuperar. Agora já não tinha tanta certeza. — E por favor, não briguem! Por favor.

— Melina, será que dá pra gente conversar um minuto? Por favor, eu preciso muito falar com você. É importante. Me escuta!

— Thomaz, melhor você dá um tempo pra ela – outra vez, Nicolas interveio. Só queria proteger Melina. Se pudesse a tiraria dali, a levaria para bem longe e a tomaria em seus braços impedindo que qualquer um a machucasse. — Ela não está em condições...

— Não se mete, eu não vou pedir outra vez.

Nicolas e Thomaz estavam furiosos um com o outro. Encaravam-se friamente como búfalos selvagens

— Tudo bem, Nick. Uma hora ou outra esse momento iria chegar e acho que estou pronta – ou quase, ela pensou consigo mesma. — Eu vou ficar bem, não se preocupe. Já pode ir, e obrigada.

Nicolas deu um rápido abraço em Melina e ela beijou-lhe seu rosto em despedida. Ele não queria ter que ir embora e deixa-la ali com o ex-namorado. Mas era preciso. Ela garantiu que ficaria tudo bem. Esse momento era só dela e do ex. Nada ele poderia fazer. O melhor seria mesmo ir embora e deixa-los mais a vontade.

— Me liga, se precisar.

Nicolas se foi, de cabeça baixa.

— Thomaz, é realmente necessário essa conversa? – ela perguntou, depois de Nicolas se afastar.

Ele assentiu.

— Que tal se fôssemos para outro lugar?


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Notas finais do capítulo

O que será que o Thom tem a dizer? Comente!



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