Dreams escrita por AustinandAlly


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Gente, primeiramente quero pedir desculpas pela enorme demora. Sei bem que estou em divida com vocês. Acabei meus projetos a pouco tempo e somente agora tive tempo para voltar a escrever... espero que não abandonem a fic e que possam entender a minha situação. O capitulo está curto, pois ainda estou buscando inspiração para voltar a escrever normalmente..postei porque realmente estava muito em divida com vocês leitores. Bom é isso e por favor comentem :) beijos e obrigada.



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Austin

Aquilo realmente estava acontecendo? Era de se imaginar que as coisas nunca dariam certo, mas vê-la com outro cara? Isso sim era desconcertante e estava me fazendo sair do sério. Me aproximei a fim de que ela me visse, ela tinha que saber que eu estava ciente de suas atitudes. As risadas dela eram baixas e se tornaram silenciosas quando encontrou meu olhar, nós nos encaramos.

Eu não estava mais agindo por vontade própria, não estava sendo racional.. eu estava puto de raiva. Me aproximei mais enquanto ela permanecia chocada, fazendo com que o tal cara procurasse o que tanto ela observava e então ele se deparou comigo, comigo e com minha cara furiosa. Ally retirou o capacete da moto o qual ela nem havia colocado direito.

– Rápida você. – proferi sem me dar conta que realmente estava falando, Ally bufou claramente irritada com meu comentário.

– Você o conhece? – o cara perguntou só aumentando a minha raiva. Claro que ela conhece, pensei.

– Sim, somos colegas de sala. – ela disse sem dar muita importância, seus olhos estavam cravados em mim.

– Austin, acho que esse não é o momento para conversarmos. – ela disse fracamente, seus olhos estavam tristes.

– E qual é o momento então? Já se passaram dias! – disse um pouco alterado. Ela olhou pra baixo, pela primeira vez desviando sua atenção de mim.

– Quer ir embora? – o acompanhante dela disse, apoiando com delicadeza seus dedos no queixo da garota, fazendo com que ela olhasse para ele. Aquilo me consumiu na minha maior raiva, cerrei meus punhos.

Dei as costas, eu não iria continuar fazendo papel de imbecil. Comecei a caminhar, mas sua voz doce me parou.

– Austin. – ela disse hesitante. Me virei devagar para encara-la. Nossos olhos se conectaram e nosso silêncio aconteceu por alguns minutos.

– Eu... eu quis te procurar, só estou confusa. Tente me entender. – ela disse tímida, havia uma certa distância entre nós, distancia a qual eu estava enlouquecendo para quebrar.

– Você chama isso de confusão? Eu... – não consegui terminar, eu estava com ciúmes da aproximação dela com o cara que nos olhava atentamente, eu não tinha coragem para dizer em voz alta que estava puto porque ela havia me trocado.

– Ally, vamos logo! – ouvi o grandão falar um pouco mais alto para que chamasse a atenção da garota a minha frente.

– Acho melhor você ir. – disse duro e seco. Seus olhos perderam o brilho e ela se manteve parada.

Eu dei pela segunda vez minhas costas, estava mais do que na hora de ir embora e aceitar que isso nunca ia dar certo. Ela não tentou me impedir e eu resolvi me distanciar o mais rápido que pude, o fim do dia não iria ser fácil.. eu sabia.

Ally

Os últimos dias não estavam sendo fáceis, apesar das sessões de quimioterapia estarem dando resultados cada vez melhores ainda faltava algo e eu sabia bem o que, Austin. Nós não havíamos nos falado desde o dia em que ele me disse aquelas coisas malucas sobre sonhos e sei lá o que. Poderia ser idiotice da minha parte me afastar dele por conta de algo tão bobo como um sonho, mas eu senti medo. Senti medo por simplesmente não o conhecer, não saber nada de sua vida...e pra ser sincera essa história de sonho e morte não é nenhum pouco agradável.

Ele faltava muitas vezes no colégio, inúmeras na verdade e isso me preocupava. Ele devia estar muito mal, devia estar sofrendo... mas eu ainda não tinha coragem o suficiente para encarar a situação e procura-lo. Talvez eu estivesse sendo má com ele, mas eu sentia que ainda não era o momento de conversarmos. E agora eu estava aqui parada no meio da calçada do colégio vendo ele ir embora diante dos meus olhos, deus como eu o queria de volta... mas eu ainda tinha medo.

– Hey! – ouvi uma voz família me chamar. Me virei e me deparei com Dave.

Dave é universitário de medicina e está estudando alguns tipos de câncer por conta de um trabalho da faculdade. Eu estava fazendo uma sessão de quimioterapia quando nos conhecemos, desde então ele passou a acompanhar não só o meu caso de leucemia, mas também um pouco da minha vida. Éramos amigos.

– Ele meche com você não é?

– Muito, mas não quero conversar sobre isso agora. – sorri de lado, eu não estava pronta para me abrir mesmo Dave sendo um cara legal.

– Tudo bem, eu entendo. Mas ainda acho que devíamos fazer o nosso passeio. – ele deu um sorriso aberto e brincalhão e eu lembrei de seu convite para andar de moto.

– Acho que não estou no clima hoje. Me desculpe, de verdade. – não era certo, estar com ele agora não era certo. Eu apenas queria ficar sozinha.

– Deixa pelo menos eu te levar em casa. – ele insistiu, então eu resolvi aceitar.

...

Mais uma semana passava sem que eu pudesse reencontra-lo novamente, Austin simplesmente não comparece mais as aulas de matemática e eu não o encontro em qualquer outro lugar. Dez uma vez me disse que ele estava apenas evitando qualquer tipo de contato comigo, pois achava que eu não queria vê-lo.. impossível!

– Está pensando nele, não é? – Trish me tirou de meus devaneios, apenas assenti de cabeça.

– Ally, sei que está com medo... eu também estou, mas acredito que vocês precisam conversar, entender melhor essa situação e os sonhos misteriosos. Não sei nem se consigo acreditar nessas coisas, mas tendo como prova os pais de Austin fica difícil não ter um certo medo.

– Eu sei amiga, sei de tudo isso! Eu só... só quero me curar. – respondi confusa, nem eu mais sabia o que era certo. Procura-lo ou não.

– E você vai! Mas precisa resolver sua situação com o garoto, isso tá matando os dois por dentro. – ela tocou de leve em meu ombro.

– Tem razão... preciso encarar de frente. Eu vou procura-lo... apesar de agora ser quase impossível, ele sumiu. – sorri fraco.

– Dez... tem o telefone dele. – ela me confessou.

– Sério? Achei que ninguém soubesse nada dele, nem quando namorávamos eu soube o número.

– Austin é reservado, mas algo me diz que você vai desvenda-lo. Ele te via nos próprios sonhos Ally! a ligação entre vocês é forte demais, pense nisso. – ela me disse, seus olhos esbanjando a sinceridade.

– Você está certa Trish, tem algo de muito maior nisso tudo. Preciso encontra-lo! – de repente senti que era isso que eu deveria fazer.

...

Austin

– Cara... não faz isso! – era a milésima vez que Dez me pedia para desistir.

– Vai ser melhor assim... a situação está insustentável. Já falei com minha tia e ela entende que eu ainda não superei tudo o que me aconteceu nos últimos tempos. – respondi enquanto arrumava minha mochila.

– De boa Austin...me desculpe, mas isso não tem nada a ver com seus pais. Você precisa estar aqui com a Ally. – ele disse duro, pela primeira vez o ruivo estava furioso comigo.

– Dez, chega! Eu fiz mal aos meus pais e faço mal a ela! Isso nunca vai dar certo, eu preciso me distanciar... vai ser melhor pra todos. – disse sem olha-lo, ia ser difícil me despedir.

– Eu não acredito nisso. Você não faz mal a ninguém cara! Você tem um dom, será que não percebe? Você é capaz de ajudar os outros com suas premonições... você está aqui pra salvar a Ally. – ele praticamente cuspiu as palavras e eu senti um arrepio enorme passando pela espinha.

– Você ficou louco, ela está se curando! Ela precisa ficar longe de mim pra passar por isso. Eu realmente gostaria que não fosse assim, mas é. Então nada mais justo do que eu refazer a minha vida também. – disse ao fechar o zíper da mochila, estava pronto pra partir.

– Sua vida é aqui, seus sonhos te levaram até aqui. Você sabe disso. – ele tentou mais uma vez me convencer, mas era tarde e eu estava decidido.

Terminei de pegar meus documentos, meus movimentos sendo vistoriados pelo ruivo. Estava sendo difícil sair assim sem ao menos me despedir da garota dos olhos castanhos, mas acho que depois de tudo estava bem claro que o certo era me manter longe.. e se for para que ela fique bem então eu o farei.

– Está tudo pronto querido? - ouvi minha tia falar adentrando meu quarto.

– Sim Tia Charlie. – sorri fraco e ela me abraçou.

– Não queria que tivesse que ir meu amor, você tem certeza? – ela tentou me persuadir de forma indireta.

– É o melhor tia, preciso de um tempo pra mim. – disse a apertando ainda mais.

– Eu achava que você tinha espaço aqui meu amor, que tinha feito novos amigos. É por causa daquela garota? – ela perguntou acertando em cheio, Dez pigarreou atrás de nós.

– Tia já conversamos sobre isso, eu realmente preciso ficar sozinho dessa vez. Sou maior de idade e sabe que tenho juízo e sei me cuidar.

–Tudo bem, mas quero que volte pra casa em algum momento. Não te quero longe desse jeito.

– Assim que eu colocar a cabeça no lugar eu prometo que volto. – sorri enquanto a afastava delicadamente de mim, estava na hora de ir.

Nós caminhamos até o carro e em poucos minutos estaríamos no aeroporto, eu enfim tinha decidido passar uma temporada pela europa pra espairecer. Estava perdido em pensamentos quando Dez me mostrou o visor do celular acendendo, era o número de Ally.

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Notas finais do capítulo

Desculpem-me pelo capitulo curto e por qlqr erro ortográfico...prometo capítulos melhores de agora em diante. espero que comentem e n abandonem a fic :/



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