Anteriormente em A Stranger:

– Eu sou Demitria Gilbert.

– Humm, outra Gilbert. Um prazer te conhecer. Damon Salvatore.

– O que acontece entre você, Elena e Stefan?

– Demitria. Só lhe dou uma dica: Não queira se intrometer em tudo isso.

– Legal de sua parte se preocupar com Demitria, Damon.

– Eu te amo, Demi.

– Seu nome era Aghata Carter...

– Eu sou Elijah.

– Que-Quem é Klaus?

– Niklaus te levou para casa dele e cuidou de você

– Olá... Aghata.

Eu fui apaixonada por Klaus e Elijah...

– Eu não quero te perder.

– E não vai.

– Eu fugia com Elijah na noite anterior ao nosso casamento.

– Por séculos pensei que estivesse morta!

– Sabe, Damon, como é ser apaixonado por duas primas?

– Você beijou a Damon e eu fiquei com Alyssa.

– Você é apaixonado por Elena, Stefan!

– Eu realmente gosto de Alyssa. Não sei bem o que está havendo entre ela e eu, mas está sendo muito importante para mim.

– Nik tinha lhe transformado quando você ficou muito doente. A mesma doença que tinha afligindo a seu pai.

– Se eu me transformar, você volta a viver, só que em mim?

– Disse que gosto do seu jeito.

– Você sente algo por ele, e eu sei, assim como sei que ainda sente algo por mim.

– Aceita se casar comigo, Aghata?

– Garanto-lhe que não é nenhum de vocês dois que amo.

– Você sabe que te amo, e nunca quis lhe fazer nada que te magoasse. - concordei sorrindo e ele passou seus lábios nos meus.

– Eu posso ainda amá-la, mas eu já não a tenho mais.

Klaus então apertou seus lábios contra os meus e fechei meus olhos, sentindo-me plenamente no paraiso.

– Demitria está morrendo.

– É como se fosse um tumor. Esse tumor é uma bomba relógio que está para explodir a qualquer momento. E não há cura.

– Georgina.

– Lys, como é ser imortal?

– Todos seus sentimentos ficam aguçados, você só consegue pensar em sangue! Quando se torna um assassino, a sensação é a melhor que tem. Mas depois a culpa vem... Você tem sempre a imagem de sua vitima o gosto de seu sangue...

– Sabe como é viver séculos amargurada, viver séculos presa nessa mesma idade?! Sabe como é desagradável ver todos felizes e você sempre parada, sem nada e sem ninguém?!

– Eu não quero ser vampira, Klaus!

– Demitria... Está morta?

– Você está em fase de transição... Você morreu.

Agora...

– Não! - gritei chorando - Não! Não! - desesperei-me. Eu não queria aquilo. Eu não podia ser vampira. Nunca quis isso - Eu não posso, Damon! Eu não posso! - chorei o olhando desesperada.

– Demi... - ele segurou-me nos braços - Fica calma. - pediu e neguei chorando.

– Eu não quero, Damon! - neguei limpando meu rosto rudemente.

– Até as oito da noite você terá de ter tomado sangue humano. - ele disse se lamentando.

– Eu... Eu... - minhas falas não saiam, meu choro aumentava e minha cabeça negava.

– Demitria, - ele olhou-me sério - você precisa de sangue. - neguei novamente, não podia acontecer isso comigo - É viver ou morrer.

Ninguém tinha a noção do quanto eu não queria aquilo. Minha vida estava acabada, para sempre. Ao contrário de que Damon disse: é morrer ou continuar morta. Era culpa dela. Georgina conseguiu destruir minha vida, seja por qual motivo. Ela destruiu-me... E eu não podia fazer mais nada.

– Demi...? - Damon chamou-me antes de me deixar sozinha para pensar muito naquilo. Eu o olhei ainda trêmula e com meu rosto umido de lágrimas - Quem lhe deu sangue antes... de você morrer? - olhou-me confuso. Meus olhos arregalaram-se imediatamente, quando lembrei-me perfeitamente de tudo. Eu teria de contar a Damon.

– Klaus. - sussurrei quase inaudível. Ele olhou-me incrédulo e confuso ainda - É uma longa história... me deixe sozinha, Damon. - implorei fechando meus olhos.

Escutei quando a porta se abriu e fechou, e novamente desabei-me a chorar. Eu não queria me tornar vampira. Não queria passar por tudo que passei novamente. Não queria ter que matar mais pessoas, como matei anos atrás... Desta vez eu não teria Klaus para me ajudar. Como num flashback, eu via os rostos das pessoas que eu tinha matado.

– Não! - levantei-me num salto e ofeguei percebendo o que tinha acontecido. Caminhei lentamente pelo quarto e parei a frente do espelho. Meu rosto estava pálido, sem vida. Meus olhos estavam um pouco avermelhados.

Me vi vestida de outra forma, com presas saltando de minha boca cheia de sangue. Uma linda jovem morta ao chão, com seu pescoço rasgado. Olhei-me novamente no espelho e vi meu rosto transfigurado, os olhos negros, a boca cheia de sangue e grandes presas.

Soquei o espelho com toda força e assustei-me. Os poucos pedaços que sobraram do espelho mostrou-me como realmente eu estava: a pele pálida, o rosto limpo de sangue e sem grandes presas.

Ofeguei afastando-me do espelho... Minhas lembranças quando vampira... Tentei controlar minha respiração e fechei meus olhos. Eu não podia deixar aquilo acontecer.

PDV Lyss

– O que faremos agora? - Elena perguntou preocupada - Não podemos deixá-la morrer!

– Não podemos forçá-la a se transformar! - disse incrédula, sabia o quanto aquilo seria muito ruim a Demi, digo por próprias experiencias - Ela tem que tomar a própria decisão.

– Temos que conversar com ela. - Jeremy disse suplicante - Demi não pode morrer.

– Ninguém conseguirá convencê-la. - Damon murmurou amargurado.

Todos nos calamos, poderia ser o fim agora. O fim de minha melhor amiga. Eu sabia o quanto ela não queria aquilo. E também sabia que ninguém aqui a convenceria.

– Eu... Eu acho que Klaus pode. - murmurei receosa. Todos me olharam incrédulos - Ele convenceu Aghata, pode muito bem convencê-la agora.

– Não irei pedir nada aquele hibrido Original mesquinho. - Damon falou enojado.

– Além do mais, nós tentamos matá-lo. - Elena lembrou - Duvido muito que ele nos ajudará. - suspirou negando.

– Ele é Klaus. - disse esperançosa - Todos sabemos o quanto ele é imprevisivel. Aghata foi o unico grande amor da vida dele, ele fará de tudo por ela. Temos que pelo menos tentar.

Todos ficaram calados. Até que Elena manifestou-se.

– Ligue para ele. - ela pediu-me.

Concordei levantando-me e pegando meu celular. Disquei rapidamente o numero de Klaus, que demorou alguns segundos para me atender.

– Estão me convidando ao funeral? – sua sádica e sarcástica voz atendeu-me.

– Você sabia que ela tinha seu sangue, não? - respondi incrédula.

– Você deveria me agradecer, caso o contrário, ela não estaria mais 'viva'. – deu certa enfase na palavra viva – Aliás, já encontraram quem fez tal barbaridade?

– Ela fugiu de todos por séculos, acha mesmo que conseguiremos encontrá-la tão facilmente? - disse sarcástica. Klaus ficou em silencio por alguns segundos - Sim, estou falando dela mesma, Niklaus. Georgina. - disse com ódio.

– Desta vez eu a encontrarei. – ele disse convicto.

– Deixe Georgina de lado, o problema maior é Demitria. - disse respirando fundo - Ela não quer se transformar.

Não demorou muito para que Niklaus chegasse a mansão com toda sua pomposidade e sarcasmo. Claro, Damon não quis ficar para vê-lo chegando, e ficou distante.

– E onde ela está? - ele perguntou-nos erguendo uma sobrancelha.

Há alguns minutos que Demi tinha entrado no banho. Tínhamos escutado o chuveiro sendo ligado.

– Falarei com ela antes. - avisei subindo as escadas.

Entrei no quarto de Damon e estranhei em ver a janela aberta. Demi já deveria estar incomodada com a luz do sol. Andei até o banheiro e bati na porta.

– Demi? - chamei-a. Ninguém respondeu-me. Bati novamente e nada. Abri a porta com força e assustei-me quando vi o banheiro vazio, apenas a agua caia do chuveiro.

– Demitria sumiu! - gritei desesperada já descendo as escadas.

– Como assim?! - Elena assustou-se.

– Ela não está no quarto, deixou a chuveiro ligado para não percebemos que ela já não estava mais aqui. - disse tudo de uma vez.

– Três vampiros dentro da casa e vocês não perceberam uma garota fugindo? - Klaus vociferou nervoso.

– Ela está fraca. - Alaric disse sensat0 - Não deve ter ido muito longe.

– Vamos atrás dela, temos que encontrá-la antes que anoiteça. - Stefan disse preocupado.

Klaus e Damon sumiram ao mesmo tempo, sem esperarem por ninguém.

PDV Demi

Meu corpo escorregou na arvore atrás de mim. Tentei ao máximo me distanciar, mas meu corpo parecia que estava se desmanchando por dentro. O sol parecia que me queimaria aos poucos. Gemi fechando meus olhos em baixo daquela sombra da arvore.

Como anos atrás eu me sentia fraca, precisava de sangue. Escutei a voz de Elijah dizendo-me de que eu precisava de sangue. Abri meus olhos assustada, mas Elijah não estava aqui.

PDV Lyss

Já tínhamos ido ao Grill, à casa de Elena, até mesmo no colégio. Todos estávamos atrás dela, e tinhamos deixado todos em alerta. Eu já não sabia mais por onde procurá-la. Estava com medo de que quando a encontrássemos, fosse tarde de mais.

– Stefan... Estou com medo. - choraminguei triste. Ele me abraçou forte e beijou-me levemente.

– Ficará tudo bem. - ele prometeu-me e fechei meus olhos assentindo levemente com a cabeça.

Já estava anoitecendo, e estava quase completando 24 horas.

Pdv Demi

Abri meus olhos com muita dificuldade. Quase nem conseguia respirar. Eu estava morrendo, sabia disso. Levantei-me com pouca dificuldade e comecei a caminhar arrastando-me. O que estava muito dificil.

Vi Klaus chegando com uma garota ao seu lado, a mesma estava com seus olhos vagos e parecia nem saber onde estava. Só então percebi que a garota continha o pescoço sangrando. Senti algo estranho e meus dentes começaram a doer, junto com uma grande quentura em minha garganta. Klaus trouxe a garota para mais perto de mim e segurei-a calmamente...

Abri meus olhos parando de me arrastar pela floresta. Enxerguei meio embaçado alguém proximo a mim...

– Hey! - era uma suave e delicada voz - Você está bem?

Fechei meus olhos com força e os abri novamente, conseguindo ver uma mulher preocupada. Eu não sabia quem era, mas já tinha visto seu rosto por Mystic Falls. Meu corpo ficou pesado e quase tombei para trás.

– Garota! Quer que eu chame alguém? Uma ambulancia? - ela disse novamente preocupada.

Só então percebi que agora estava numa estrada vazia, apenas um carro distante, claramente era daquela mulher.

Cai no chão gemendo e fechei meus olhos. A mulher correu até a mim e segurou-me.

– Vou ligar para uma ambulancia. - ela disse atenciosa e tirou seu celular de sua bolsa.

– Não... - gemi negando. Ela olhou-me confusa e então mexeu em seus cabelos, jogando-os para trás, deixando-me ver todo seu pescoço. Senti uma grande quentura em minha garganta e meus dentes arderam em dor. Ela olhou-me assustada e senti meu rosto ficando diferente.

– Oh meu Deus... - ela tentou se afastar - Jared!

Rapidamente eu a segurei e mordi seu pescoço com toda força. Suguei seu sangue desesperada, ouvindo seu grito de medo. Era um gosto maravilhoso, era como se somente aquilo me importasse, sangue e nada mais. Minhas presas pareceram crescer rasgando mais a pele frágil da garota.

"É melhor deixá-la viva" Niklaus falou-me receoso. Era um maravilhoso sabor, que me viciava de mais. Então Niklaus puxou-me a garota a força e o olhei nervosa. "Você não vai querer matá-la, Aghata. Acalme-se"

– Não!

Um grito fez-me despertar.

Larguei a mulher que estava desfalecida em meus braços e a olhei enojada. Estava me sentido péssima, com medo de mim mesma. Tomei seu sangue, à força.

– O que você fez? - levantei meu olhar e vi um homem desesperado e assustado. Ofeguei querendo me levantar, mas aquele cheiro me era tão atrativo... Eu queria e precisava de mais.

– Por favor, desculpe-me! - implorei ficando de pé, aquele homem tentou se aproximar, mas tinha medo. Limpei minha boca enojada e olhei para minha mão com sangue. Ele correu até aqui e segurou o corpo da mulher. Arfei quando meu corpo implorou por mais sangue e olhei para o homem... Abri levemente meus lábios e aproximei-me rapido dele.

– Não!

PDV Lyss

Klaus tinha ligado à Stefan, para irmos até uma estrada na saida de Mystic Falls. Não demoramos muito para chegarmos e encontrarmos Klaus, Damon e Rebekah. Ambos estavam tensos.

– O que houve? - perguntei me aproximando deles - Vocês a encontraram? - eu os olhei esperançosas.

– Não exatamente. - Klaus murmurou e deu um passo para o lado.

Olhei para o chão e me assustei vendo dois corpos. Era um casal, ambos mortos mordidas nos pescoços. Ofeguei sem saber o que falar e não consegui nem ao menos me mexer. Neguei desesperada...

– O que isso significa? - Stefan perguntou preocupado.

– Ela se transformou. - Rebekah disse com medo.

Todos ficamos calados no mesmo momento. Senti um forte aperto em meu peito, ao mesmo tempo um alivio. Minha amiga estava viva.

– Mas... onde ela está? - Stefan perguntou preocupado. Eu também olhei a eles querendo respostas e Niklaus soltou um grande suspiro.

– Ela sumiu. - Rebekah disse tensa.

NO PRÓXIMO CAPÍTULO (3X02 – ALREADY OVER)

– Ela conseguiu superar isso, pode superar novamente.

...

– Me ajude... Nik... Por favor.

...

– Você sabe pelo que passou, Aghata. Passará novamente. Ninguém te conhece como eu te conheço.

...

– Quantas pessoas você já matou, Demitria?

Larguei o corpo daquele homem no chão. Seu pescoço estava rasgado com a marca de minhas presas. Um sorriso formou-se maliciosamente em meu rosto.

– Por favor... não me mate. - ele implorou-me.

Ele tentou se rastejar para longe, mas o segurei com força.

– Não tente lutar contra mim. Deixe-me acabar logo com isso, prometo que serei rápida.

Então cravei minhas presas em seu pescoço.