POV Austin

Acordei eram quase oito da noite e me assustei por ter dormido tanto. Olhei em meu celular e sorri imediatamente ao ver que tinha uma mensagem da Ally.

"Loiro do meu coração, hoje não vai dar para nós sairmos. Sai muito tarde da casa do Dez e estou exausta. Amanhã vem tomar café aqui em casa lá pelas 10:00. Beijos de sua linda e super gata namorada."

Comecei a rir com a "humildade" da morena e lhe respondi.

"Claro que vou, não perderia isto por nada, até por que seu namorado super gato tem que falar com seu pai para lhe informar adequadamente o pedido de namoro. Beijos minha pequena."

Quando a mensagem se deu por enviada eu deitei novamente e alguns minutos depois quando estava quase adormecendo novamente recebi uma mensagem dela em resposta.

"Vai pedir minha mão adequadamente? Só quero ver como vai ser isto. Aguardando ansiosamente por amanhã."

Meu sorriso não deixou meu rosto enquanto encarava a mensagem e deixava meu celular em cima do criado mudo. Adormeci em seguida tendo sonhos com olhos castanhos de uma garota que estou loucamente apaixonado.

POV Ally

Fiquei com uma enorme vontade de continuar na cama e aproveitar o sono um pouco mais na manhã seguinte, mas eu mesma não me permiti. Levantei, tomei um banho rápido e fui escolher minha roupa. Peguei uma calça jeans preta e uma blusa branca com a frase "I love music" o que era uma completa verdade. Calcei minha pantufa de coelhinhos e prendi meu cabelo em um coque frouxo. Mesmo com o pessoal vindo ai, lembrei-me que estava em casa e não tinha necessidade de maquiagem, então desci as escadas em seguida sentindo o cheiro de comida. Quando cheguei a cozinha encontrei meu pai com um avental de flores e sorri com a imagem.

- Virou cozinheiro é pai? - Ele sorriu e me deu um beijinho na minha testa como um "bom dia".

- Aprendi a não queimar mais as torradas querida. - Ele começou a rir e eu resolvi ajudá-lo com o café da manhã. Comecei a preparar panquecas enquanto meu pai já estava cozinhando ovos mexidos e um pouco de bacon. - Que pantufas são essas de coelhinho?

- Fofas não?

- Achei que você tinha dezessete anos e não sete.

- Pai! - Ele começou a rir e levantou as mãos em sinal de defesa.

- Tudo bem, tudo bem, vou parar. Quem irá vir para o nosso café honey?

- O Dez, a Trish e o Austin.

- Quem são esses seus dois amigos novos?

- A Trish é melhor amiga do Austin e namorada do Dez e o Austin é o meu namorado. - Falei a parte final um pouco mais rápida e o meu pai fez uma cara meio confusa.

- Ele é aquele cantor famoso, não?

- Sim, ele... Espera! Como você sabe que ele é famoso se eu nem disse o sobrenome dele? - Meu pai logo desmanchou sua expressão confusa e começou a rir.

- Eu vi você na capa de uma revista como a nova namorada do famoso Austin Moon e logo deduzi que era ele.

- Ah... Você viu. - Concentrei-me em acabar de preparar a massa para panqueca e ele tocou meu ombro gentilmente.

- Quando você terminou com o Elliot?

- Faz um tempinho. Ele teve que ir amparar sua mãe que estava doente e acabou tendo que se transferir para o outro lado do país.

- Vocês terminaram?

- Na verdade... - Pensei em não contar que na verdade só tínhamos dado um tempo, mas ele era meu pai e sabia muitas coisas sobre mim, não tantas quanto o Dez e minha mãe, mas sabia bastante coisas. - Bem, só demos um tempo, mas eu já estava pensando em terminar com ele assim mesmo.

- Ele não vai para faculdade com você?

- Vai sim. Comigo e com o Austin.

- O Austin vai para faculdade com você?

- Sim, ele vai dar uma pausa na carreira dele e irá para faculdade de música.

- De Nova York também?

- Sim. - Meu sorriso aumentou e acho que meu pai percebeu, tanto que me deu um abraço.

- Fico muito feliz por você viu? - Concordei com a cabeça. - Mas e ai, quando começam as inscrições para a faculdade?

- Bem, já iniciaram. Estamos basicamente nos últimos dias do semestre e as pessoas que querem entrar já tem que ir pensando em seus projetos de música e ir apresentando o quanto antes.

- Como seriam  os tais projetos? - Ele perguntou enquanto me ajudava a preparar as panquecas já que os ovos e o bacon já estavam prontos.

- Os alunos que desejam entrar devem compor uma música totalmente nova e apresentá-las aos júris que estarão lá. Além, é claro, de apresentarem os seus propósitos de por que quererem estar lá.

- A parte da música confio totalmente que você tem capacidade e os propósitos? Já pensou neles?

- Já, mas tenho que escrever em uma pauta com argumentações plausíveis que me deem uma grande chance de entrar. Minhas notas ajudam, mas o projeto é o que define totalmente se você entra ou não.

- Você tem que estar presente lá para mostrar a eles tudo isto?

- Tenho. Pretendo ir depois da semana que vem já que está estará cheia de provas finais e tenho que acabar a música, se isto não for de incomodo a você pai.

- Claro que não querida. Pagarei sua viagem tranquilamente desde que você saiba o que quer querida. Esse é o seu sonho mesmo?

- Totalmente.

- Então eu apoio e fico contente de você estar tão certa de seu destino. - Lágrimas de felicidade invadiram meus olhos e eu o abracei.

- Obrigada. Eu te amo muito pai.

- Eu te amo mais querida. - Acabamos de preparar tudo e arrumamos a mesa. No instante em que meu pai acabou de colocar os copos escutei a campainha tocar e abri a porta me deparando com um loiro super gostoso me encarando.

- Quem é a garota mais linda da Terra? - Ele me perguntou levantando as sobrancelhas. Ri um pouco e olhei seu visual. Sua camisa era branca e sociável e sua calça jeans não estava rasgada nem nada. Seu All Star e seu cabelo perfeitamente bagunçados davam o ar de que aquele era mesmo o Austin e não seu gêmeo (se existisse) ou algo do tipo.

- Não sei, isto quem tem que me dizer é você.

- Vem cá vem. - O abracei e envolvi meus braços em volta de seu pescoço sendo levantada do chão e recebendo um beijo caloroso dele. Aquela sensação de explosão momentânea dentro de mim, fazia-me ficar arrepiada e as borboletas davam voltas e mais voltas em meu estômago.

- Te amo. - Ele disse em meio aos tantos selinhos que ele me dava quando o beijo chegou ao fim. Acho que ele não queria deslocar sua boca para longe da minha tão cedo.

- Te amo mais. - Ele sorriu e escutamos meu pai fazendo um barulho como se quisesse limpar a garganta. Gesto clássico de pais dizendo algo do tipo "estou aqui e está é minha filha, então a largue um instante para eu poder conversar com vocês sem que eu esteja segurando vela ou algo do tipo". Acho que é isto mais ou menos que ele quis dizer com seu gesto...

- Olá Senhor Dawson. - O loiro segurou minha mão e a entrelaçou com a sua e ofereceu sua outra mão para meu pai segurar.

- Senhor Dawson? Prefiro Lester, assim soa menos formal.

- Oh, claro. - Os dois acabaram de apertar as mãos e o Austin prosseguiu. - Então Senhor... Opa, Lester. Vim aqui dizer que estou namorando sua filha e quero que não se preocupe, pois eu vou cuidar bem dela.

- Gosta de música?

- Totalmente.

- Então já está aprovado. - Comecei a rir da pergunta quase óbvio de meu pai e puxei o loiro para dentro e sentei na mesa ao seu lado. Meu pai também sentou-se e os dois começaram a conversar. Fiquei um pouco por fora e quando a campainha soou novamente corri até lá e a abri vendo um casal muito fofo a minha frente.

O ruivo está com o cabelo desarrumado e com uma blusa branca e uma calça social, juntamente com seus sapatos sociais de cor preta. A latina está com um vestido roxo que lhe cai incrivelmente bem e sapatos da cor branca. Seu cabelo está encaracolado caindo muito bem em seu rosto que está com um pouco de maquiagem.

- Bom dia mi amore. - O Dez sorriu sorrateiramente para mim e eu apenas revirei os olhos conhecendo muito bem aquele ser. A Trish que estava com a mão segurando a dele me deu um longo abraço.

- Fico feliz por ter me convidado para o seu café. Quando o Dez me contou fiquei muito contente.

- Parece que eu já lhe conheço a anos e super simpatizei com você.

- Digo o mesmo. - Fiz sinal para eles entrarem e nós todos nos sentamos a mesa para tomar um delicioso e agradável café.