Never Alone escrita por B Mar, B Mar


Capítulo 6
Cap 6 - Mais essa agora...




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Katniss PDV:

O clima não se amenizou durante o caminho até que Finnick começasse a falar de outras coisas. Para nosso conforto, Finnick logo entrou numa conversa de como os outros professores tinham ficado ansiosos para os novos professores “diferentes”.

- Então... – Finnick foi empurrando minha cadeira. – Katniss... Namorando muito?

Gargalhei  com a pergunta.

- Ah, Finnick, você sabe que não. – Revirei os olhos. – Você sabe, é o distrito 12. Se eu já amedrontava as pessoas antes, quem dirá agora...

Annie abriu a porta do restaurante e passou com Gale, então Finnick me ajudou a passar pela porta.

- Não acho que isso vai te influenciar em algo. – Ele franziu as sobrancelhas. – Eu quero dizer... Kat.

- Finnick, esquece. – Pedi. – Vamos almoçar?

Ele me olhou por alguns segundos, mas ficou em silêncio enquanto nos aproximávamos da mesa.

- Chegamos. – Meu primo anunciou. – Todos já se conhecem, então... Bom, olá.

Meu primo tirou a cadeira do espaço e me posicionei.

- Katniss. – Ouvi e olhei na direção.

- Olá. – Sorri. – Hum... Gloss.

- Gloss. – Confirmou vindo para a cadeira ao meu lado. – Eu... Posso fazer uma pergunta? Nós vamos trabalhar juntos e devemos ter uma relação amistosa então...

- Pode perguntar.

- Você namora?

Franzi as sobrancelhas lentamente, mas respondi.

- Eu sou solteira.

- Oh... E você... Namora? – Sussurrou.

Entendi o que ele quis dizer.

Será que as pessoas não sabem perguntar nada além de sexo?

- Olha, Gloss. Vamos deixar essa resposta no ar. Que tal? – Sugeri e ele riu.

- Tudo bem... Quer jantar comigo esta noite? Eu pago.

Lhe encarei levemente surpresa.

- Er... Claro. Tudo bem.

A cadeira ao meu lado oposto se moveu e visualizei Gale sendo ajudado por Annie, então sorri.

- Então... – Thresh chamou a atenção. – Quando é que nós vamos comer?

Rimos e Cashmere chamou o garçom.

(...)

Eles eram divertidos. Gloss era um grande piadista, e irmão de Cashmere, o que me fez imaginar de onde seus pais haviam tirado seus nomes.

- De onde vocês são? – Glimmer indagou, levando um pouco de comida à boca.

- Distrito 11. – Thresh deu de ombros.

- Nós viemos do primeiro. – Cashmere sorriu. – É aqui perto. Finnick e Annie, vocês se conheceram em seu distrito, certo?

- Somos do 4º. – Meu primo deu de ombros. – Praia, sol, frutos do mar... Sinto falta disso às vezes. É engraçado eu ser do 4º, porque eu sou primo da Kat. Nossos distritos são muito distantes.

- De onde é, Katherine? – Glimmer indagou com um sorriso falso.

- É Katniss. – Corrigi. – Eu e Gale somos do 12º.

- Oh. – Abriu mais o sorriso. - Você me é familiar.

- Todo mundo conhece Katniss Everdeen. – Peeta interrompeu. – Eu também sou do 12º. Glimmer, nunca ouviu falar de Katniss.

- Eu deveria?

Dei de ombros. Não me importava com isso.

- Bom, quando alguém revolucionou a música do país deve ser conhecido. – Annie deu de ombros.

- Eu não revolucionei a música. – Rebati. – Eu só... Comecei um movimento.

- Que dura até hoje. – Meu primo lembrou e revirei os olhos.

- Espere, você cantava? – A loira me encarou.

- Um pouco.

- Porque parou de cantar?

- Problemas na família. – Desviei do assunto. – Eles precisavam de mim.

- Achei que tivesse sido por causa do acidente. – Thresh opinou.

A mesa ficou em silêncio por longos minutos depois disso, mas Finnick quebrou o gelo.

- Então, Peeta. Você disse que era do distrito doze. Nunca se encontraram? – Apontou para nós.

- Creio que não. – O loiro me olhou. – Mas eu adoraria. Foi Katniss que me influenciou a fazer faculdade de música.

Senti meu rosto vermelho e voltei o rosto a meu prato.

A conversa seguiu e a sobremesa logo foi pedida.

Eu podia sentir o olhar de Peeta sobre mim durante todo o tempo, o que me obrigou a evitar olhar em sua direção. Meu telefone tocou e precisei me abaixar um pouco para atender sem chamar atenção.

- Katniss? – Prim indagou do outro lado.

- Hei, patinha. Boa tarde.

- Papai, a Katniss atendeu.  – Ela berrou e ri. – Como você está? Onde está? Como é Capitol?

- A cidade não mudou em nada, se quer saber, Prim.

- Fácil dizer. Eu nunca fui. – Lembrou e revirei os olhos.

- Como está todo mundo? – Me adiantei. – Papai, Rue, os Hawthorne.

- Estamos com saudades. – Ela se lamentou. – Quando podemos nos ver?

- Prim, eu acabei de chegar. – Lembrei. – Vou trazer você e Rue aqui quando puder, mas tenha paciência.

Olhei no relógio e suspirei.

- Tenho que desligar, eu vou trabalhar. Eu amo vocês.

- Também te amamos.

Desliguei e distanciei a cadeira da mesa, pegando a carteira.

- Pessoal, eu sinto muito, mas eu tenho que ir. Tenho uma turma em 20 minutos e tenho de organizar uma das fichas.

- Eu vou com você. – Finnick beijou a carteira de Annie.

- Não, pode ficar. – Mandei. – Eu só tenho que saber como vamos dividir a conta.

Gloss tirou um equipamento do centro da mesa, onde pude ver tudo o que pedimos.

- São 40 pra cada um.

Tirei o valor e guardei a carteira na bolsa.

- Se me dão licença. – Girei as duas rodas e Glimmer se levantou.

- Eu abro a porta.

- Obrigada.

Ela seguiu às minha frente e abriu espaço para mim, mas senti um baque na cadeira, o que me fez cair num grito. Visualizei a cadeira se distanciar em alguns metros e parar no batente da rua, o que a impediu de seguir.

Olhei para trás, mas Glimmer havia sumido restaurante a dentro, talvez para chamar ajudar.

Me apoiei no chão com os braços e notei o lugar vazio. Ótimo. Ninguém para ter pena de mim.

Respirei fundo e consegui encostar a uma pilastra, mantendo a coluna reta. O único problema seria pegar a cadeira.

- Katniss. – Ouvi e olhei na direção.

Peeta.

- Você está bem. – Se abaixou à minha frente e me pegou no colo. – Glimmer me disse que ouviu você gritar.

- Está tudo bem. – Me adiantei. – Eu só preciso da minha cadeira.

Ele correu na direção da mesma e me ajudou a sentar.

- Está tudo bem mesmo, você não se machucou?

- Está tudo bem. – Repeti, esfregando os braços. Havia ralado os cotovelos.

- Você está machucada. – Constatou. – Me deixe ver.

Estendi para ele, que gemeu um pouco.

- Isso deve ter doído. Venha, nós precisamos passar água nisso.

- Peeta. – Protestei.

- Não ralhe comigo. – Avisou.

Revirei os olhos e me encostei ao apoio.

Mais essa agora...

Continua...


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