A Irmã De Renesmee escrita por Thatty


Capítulo 8
O colar de safira


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



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Minha cabeça parecia que ia explodir. Eu me sentia totalmente exausta, como se um trator tivesse passado por cima de mim ou como se eu tivesse acabado de chegar de uma guerra.

Quando abri os olhos devagar minha visão estava embasada, sem foco nenhum. Pisquei algumas vezes e tentei me levantar sentando na cama e percebi que estava na mansão, mais precisamente no escritório de Carlisle o qual estava com a cara enfiada no computador enquanto Edward estava encostado a uma janela distraído.

Meu coração disparou de repente e Carlisle correu até mim como um vulto.

—Até que enfim acordou. - Disse me fitando, seu corpo todo emanava preocupação e até mesmo um certo alivio. Aquilo começou a me preocupar. - Como se sente?

—Horrível - Fitei minhas roupas e estavam surradas e sujas de terra e grama. - Quanto tempo eu dormir?

—Quatro dias. - Respondeu com a voz tensa e eu arregalei os olhos.

Eu apaguei por quatro dias?

—O que foi que aconteceu? - Perguntei mais para mim, do que para ele.

Eu nem conseguia imaginar o que pudesse estar havendo comigo. Quatro dias?

—Do que se lembra Elizabeth? - Perguntou meu pai se aproximando.

Seu rosto para mim estava duro, sem expressão, mas eu conhecia aquele olhar de poucos amigos. Mas assim como Carlisle, cada parte do seu corpo não exalava outro sentimento a não ser preocupação.

Aquilo estava me incomodando de verdade.

—Lembro de vocês me acusarem de bater em Renesmee - disse respirando fundo - Eu fiquei nervosa. Não sei direito o que houve. Só sei que perdi o controle dos meus impulsos. Foi uma coisa estranha. - Sussurrei confusa. Não conseguia me lembrar com clareza do que tinha acontecido. - Meu corpo ficou quente e meu coração disparou tão rápido, que doía cada vez que ele batia - suspirei - Depois só lembro de sair correndo. O que aconteceu depois? - Perguntei tentando me levantar e cai de cara no chão no mesmo segundo.

Acho que não tinha força nem para soprar uma velinha de aniversário. Meu pai me pegou e me levantou, sentando-me na maca outra vez.

—Você está bem? - Perguntou.

—Estou, só quero saber o que houve. - Perguntei agoniada.

Carlisle deu um longo suspiro e senti aos poucos a preocupação se esvaziar dele e a irritação tomar conta.

—Na verdade não sabemos com exatidão. - disse andando de um lado para o outro. - Nós achamos que isso possa ser algo relacionado com seu lado humano, que talvez só agora resolveu aflorar, ou você fez isso sozinha sem perceber.

—Como assim?

— Pense comigo Elizabeth. Os recém-criados são muito mais fortes do que nós, certo? Isso porque nos seus primeiros meses de vida eles ainda tem sangue humano correndo em suas veias numa velocidade altíssima. Depois de um tempo esse sangue é eliminado, e ele passa a ser como nos. - disse explicando devagar para que eu pudesse acompanhar.

Eu estava tentando, porque geralmente as teorias de Carlisle faziam sentido.

—E?

—E que você Elizabeth, assim como Renesmee também é humana. Há sangue humano correndo em suas veias, só que seu sangue não funciona como o dos recém-criados. Ele está aí apenas para mantê-la viva e saudável. Porém não foi o que aconteceu quatro dias atrás...

— Quando você ficou nervosa - meu pai começou a explicar - Seu corpo disparou o seu coração. O que fez com que seu sangue começasse a circular muito mais rápido. Isso fez você ficar com a mente nublada, talvez pelo susto ou até mesmo pela raiva. A questão é que, precisou que eu, Emmett e Jasper pudéssemos segura-la para conte-la. Sua força foi tão grande, que você quase arrancou meus braços.

Eu engoli em seco absorvendo a informação.

— O que isso quer dizer?

—Que você precisa controlar suas emoções. Isso está ligado ao seu lado sensitivo. É como se um puxasse o outro. - Carlisle explicou e pela minha cara ele viu que eu não entendi. - Você e Nessie são meio humanas, mas só você é sensitiva. A intensidade com que sente as coisas deu o gatilho para o que aconteceu quatro dias atrás. Seus dons estão interligados. - Meu avô suspirou se sentando ao meu lado. -  Liza isso pode ser algo bom. E pode ser algo horrível. Não queremos que faça nada que possa se arrepender no futuro, tem que começar a ter controle disso...

—É necessário que tome muito cuidado daqui para a frente, raiva, ansiedade, felicidade, qualquer sentimento intenso que dispare seu coração daquele jeito... Vai disparar isso de novo. - Meu pai disse - Você vai precisar aprender a controlar.

—É tão ruim assim? - perguntei.

—É difícil dizer - Carlisle estava pensativo - Eu nunca vi tamanha força em uma semi-humana. Mas também pode ser ruim por conta dos Volturi. Imaginamos que eles possam ter algum interesse em você por ser sensitiva. Se sonharem que você tem essa coisa, vão querê-la a qualquer custo.

Senti minha cabeça dar voltas e voltas. Porque os Volturi sempre estão envolvidos em algo que tenha haver com minha família?

E porque agora esse alvo aparentemente sou eu?

—É melhor se alimentar, ficou quatro dias sem sangue e comida. Está fraca. - Disse meu pai.

—Por que eu apaguei tanto tempo? - Perguntei o ignorando.

—Esgotou muita energia de uma vez só. - Meu avô disse indo até a porta - Vou pegar algo para você comer.

—Quero sangue. - Disse pondo a mão na garganta e sentindo a ardência de 4 dias sem beber.

—Comida primeiro, está sem forças para caçar. - Insistiu saindo do quarto e me deixando sozinha com meu pai.

Edward vagou os olhos sobre mim e soltou um suspiro cansado. Suas emoções estavam confusas enquanto ele me olhava.

—Depois conversamos sobre o ocorrido com sua irmã. - Depois disso ele também saiu me deixando sozinha.

Eu sentia como se fosse desmaiar novamente, minha cabeça doía e minha visão ainda estava meio embasada.

Depois dessa notícia desanimadora então...

Tio Emmett apareceu na porta me lançando um sorriso, que para mim era impossível não corresponder.

—Como você está? - Perguntou da porta.

—Não sei - disse sincera - Não está com raiva de mim também, pelo que houve com Renesmee?

—Bateu mesmo nela?

Revirar os olhos foi inevitável.

— Acha mesmo que eu precisaria da ajuda dela para fugir do país? Já fiz isso antes, e mesmo que vontade não me falte, eu não bateria nela por isso. Fora que Nessie sabe se defender. Acha que eu iria fazer isso com ela e ela não iria devolver na mesma moeda?

Ele considerou o que disse balançando a cabeça.

—Acredito em você.

—Eu sei que acredita. - Disse sorrindo. Sim eu sabia, eu sentia.

—Você pode ter muitos defeitos, mas sei que minha sobrinha não é mentirosa. - Ele disse - Só que precisamos saber por que Nessie está mentindo, ela nunca foi disso.

—Eu também não sei o porquê, mas vou descobrir - disse convencida.

Logo Carlisle voltou com uma bandeja enorme de comida.

Comi um pouco apenas para recuperar minhas forças, depois fui caçar, eu precisava de sangue.

Sai sem olhar na cara de ninguém. Principalmente da minha mãe. Fiquei horas vagando pela floresta com os pensamentos imersos no que aconteceu quatro dias atrás.

Eu já era uma aberração antes, agora virei um tipo de Hulk versão vampira?

Minha vida já é uma loucura completa e é lógico que existe a possibilidade de piorar. Já não basta estarem me acusando de ter feito algo que não fiz, agora essa.

Enquanto corria pela floresta senti que alguém estava me seguindo. Parei na mesma hora quando percebi quem era.

Renesmee surgiu entre as árvores e me encarou sem jeito.

—Como você está? - A encarei incrédula quando ela perguntou.

Me segurei pra não partir em cima dela e dar um motivo de verdade para me acusarem de algo, mas apenas respirei fundo e respondi cinicamente.

—Não é como se eu tivesse apanhado imaginariamente sabe.

—Não fica assim comigo, por favor Elizabeth.

Eu não aguentei e explodi de ódio.

Ela tinha noção do que estava me pedindo?

—Que droga Renesmee, o que deu em você? - Gritei dando um pontapé em uma árvore - Por que está fazendo isso?

—Eu não sei. - Falou dando de ombros.

—Não sabe? Só pode estar brincando comigo, não é? Nossos pais, assim como o resto da família estão me odiando por algo que eu não fiz, e você me diz que não sabe? - Soltei um riso de nervoso.

—Liza acredite em mim - ela pediu com a voz embargada - Eu realmente não sei o que houve. Só senti uma enorme necessidade em fazer...

—Some da minha frente. Não quero olhar pra sua cara. - Mandei com um olhar assassino e ela me encarou assustada.

—Liza por favor... - implorou.

—Eu mandei você sair! - Gritei.

Ela respirou fundo e segundos antes de sair disse:

—Me desculpa - sussurrou e desapareceu no meio das árvores.

Deu vontade de bater nela de verdade, mas bater tanto que seria capaz de matá-la, e o pior é que eu não iria me sentir culpada por isso.

Mas as coisas estavam estranhas. Os sentimentos de Nessie ao conversarmos estavam estranhos e isso me deixou confusa.

Será que não estou sabendo mais usar meus dons? Deve ser a quantidade de coisas que eu estou tendo que lidar ao mesmo tempo, só pode ser isso.

Eu continuei a correr pela floresta enquanto pensava sobre isso, e novamente estava sendo seguida. A presença daquele imundo do Josh me perseguindo me preencheu de mais ódio e raiva.

Parei de novo já xingando até a quinta geração da linhagem dele. Hoje eu não estava em um bom dia para conversinhas fiadas.

—Vocês devem ter combinado para destruir meu dia, não foi? - Perguntei.

Ele apareceu com aquele sorriso cínico e debochado.

—Você sumiu. - Disse enquanto se aproximava.

Ele me analisa com aquele sorriso prepotente dele que eu queria quebrar com um soco.

—Que foi, sentiu saudades?

—Fiquei sabendo da sua briguinha familiar. - Disse tentando parecer descontraído.

—Como sabe disso?

—Eu sei de muitas coisas Elizabeth. - Disse sorrindo largamente - Como eu também sei, que você não bateu na sua irmãzinha.

—Do que está falando?

Ele me lançou um olhar superior, eu engoli em seco enquanto ele se enchia de autoritarismo e superioridade ao falar comigo.

—Foi eu quem fiz Renesmee fazer aquilo.

Ok. Agora não entendo mais nada.

—Renesmee jamais obedeceria você. E se obedecesse, porque faria com que ela fizesse isso? - Perguntei, mas para mim mesma do que para ele.

—Porque é divertido. - Ele respondeu como se fosse óbvio e deu de ombros.

—Acha divertido brincar com a vida dos outros? - Perguntei incrédula cerrando os punhos.

— E porque não seria? - Ele deu de ombros.

—Sabe o que também vai ser divertido? Quando eu matar você. Nossa, vou me divertir muito enquanto rebato sua cabeça em uma rocha. - Falei rindo imaginando a cena e ele fechou a cara, entendendo que eu estava falando sério. - E vou dar seus restos mortais para os vira-latas da matilha comerem. Já pensou? Virar ração de cachorro? Você não deve ser muito saboroso, acho melhor queimar...

— Vou ignorar o que está dizendo, porque nos dois vamos nos divertir muito ainda. - Disse e piscou para mim - Até logo Elizabeth Cullen.

E então ele sumiu, correndo pela floresta, me deixando olhando para as árvores completamente irada e assassina.

Porque será que as maiorias dos problemas sempre aparecem para mim e tem que ser todos de uma vez?

Eu realmente queria entender isso. Queria entender muitas coisas agora que não estava conseguindo.

Fui correndo para casa querendo tirar essa história a limpo. Mesmo querendo resolver isso logo, meus pais decidiram me dar uma bronca daquelas por ter feito algo que eu não fiz.

Bom, mais um dia normal na minha vida. Eu os ignorei, basicamente nem olhei na cara dos dois.

Quando acabou, fui para o quarto de Renesmee tentar entender o porquê de ela ter feito aquilo.

—O que você quer? - Perguntou assim que eu abri a porta do seu quarto sem bater.

—Recebeu ordens de Josh Brandoom? - Perguntei sem rodeios.

—Quem é esse? - Perguntou olhando para mim, fazendo cara de confusa.

—O vampiro novato que está na cidade. Quero saber o que anda fazendo com ele Renesmee.

—Eu nunca falei com ele.

—Não foi isso o que ele me disse. - Cruzei os braços.

—Eu não estou mentindo. - Disse gesticulando para si mesma. - E eu jamais falei com aquele cara, mas vejo que você por outro lado, andou tendo conversas com ele.

Realmente parecia que ela não havia falado com ele, porque suas emoções estavam neutras e ela estava sendo sincera comigo. Do mesmo jeito que foi pela manhã na floresta.

O estranho é que ele também não estava mentindo quando disse que ele fez ela fazer aquilo, e ela também não parecia mentir sobre o que disse

Ah pronto.

Voltei para o meu quarto pensando no que podia estar acontecendo. Bom, meu don nunca foi de falhar antes, mas, parece que eu estou dando defeito agora.

Como que Josh e Renesmee podem estar falando a verdade, quando ambos dizem coisas diferentes?

Não existe duas verdades opostas.

Ok. Eu acho que estou com defeito.

O resto da semana foi igualmente terrível, meus pais não falavam comigo e aconteceram coisas bem estranhas nesse tempo. Parecia que tudo que acontecia era minha culpa, ninguém acreditava em mim e eu não conseguia controlar as coisas que estavam rolando.

Minha família estranhamente acabou fazendo amizade com Josh e eu não sei como, já que eles jamais falariam com alguém como ele tão misterioso e claro querendo arruinar minha vida, sem eu a menos entender o porquê.

Estávamos perto do casamento e a mansão estava uma loucura, tia Ali estava surtando com a decoração atrasada, eu me sentia uma intrusa perto deles. Nem parecia que eu fazia parte daquela família.

Todos estavam com raiva de mim e parece que tudo no final das contas ficava ligado a Josh. Então nem fazia questão de ficar perto deles, simplesmente os ignorava.

Hoje minha família resolveu fazer um último jantar antes do casamento que seria amanhã, só que antes eu fui caçar. E bom, aconteceu algo muito estranho enquanto eu estava na floresta...

Quando eu estava voltando para casa, encontrei Josh por acaso.

Ele não havia percebido minha presença, e estava conversando com Leah. Sem que eles me vissem, me aproximei e fiquei escondida perto de uma árvore escutando a conversa.

—O novo amiguinho dos Cullen quer o que comigo? - Perguntou ela.

Leah não parecia confortável em conversar com ele. Ela estava toda desconfiada.

—Um favorzinho.

—Não faço favores a vampiros - ela o respondeu dando as costas.

Ele correu até ela e a prensou numa árvore numa fração de segundos a imobilizando.

—Mas vai fazer esse favor para mim - falou sorrindo, ele segurou o rosto dela com uma das mãos a obrigando a encara-lo e olhando dentro dos olhos dela - Você vai começar uma briga com Elizabeth nesse jantar. E vai deixa-la matar você...

As pupilas de Leah dilataram enquanto ele falava e ela repetiu tudo que ele disse. Como um hipnotismo. Quando percebi o que estava acontecendo, corri dali o mais depressa que pude.

Josh era um manipulador.

Desgraçado. Fazia sentido. Carlisle já havia me falado que existiam vampiros com esse tipo de Don, são raros, mas existem.

Ele deve ter feito isso com a minha família para poder virar amigo deles, a única coisa que me estranha é a minha mãe, como ela se deixou levar se tem um escudo que a protege? E porque ele está ferrando comigo?

Sai correndo e fui direto para casa, fui até o quarto da minha mãe onde ela estava e entrei sem bater na porta, toda afobada.

—Mãe! - Gritei e ela se virou prontamente arregalando os olhos observando meu estado ansioso - Eu já sei de tudo.

—Está falando do que?

—O Josh. É um tipo de manipulador e está querendo acabar com a minha vida através de vocês. - Disse rápido atropelando as palavras e ela me olhou confusa.

—O que? Ele é nosso amigo.

—Não, não é. - Gritei e ela me encarou. -Ta, então como fez amizade com ele?

—Seu pai me apresentou a ele.

— E como o papai fez amizade com ele? -Insisti e ela revirou os olhos.

—Liza eu não sei, pare com isso está alucinando - ela disse - E me assustando.

—Vocês é que estão alucinando e não percebem. - Disse jogando os braços no ar irritada - Já percebeu que as coisas ruins só começaram a acontecer depois que ele chegou?

—Elizabeth pare. - Ela se levantou e me encarou - Ele é nosso amigo e ponto.

—Certo. - Suspirei contrariada - Depois não se arrependa quando souber a verdade. - Falei indo até a porta. - E a propósito, não vou ao jantar. Estou indisposta.

—Deu para perceber - disse me ignorando.

Eu não posso aparecer lá de maneira nenhuma. Se Leah for obedecer ao que Josh falou, eu não sei se vou me controlar, principalmente agora que posso acabar mesmo matando ela de verdade.

Mas pensando por um lado, até que seria bom viver em um mundo sem Leah Clearwater, não é?

Não. Foco Liza, foco.

Meus pais sairão para o jantar e eu fiquei sozinha em casa, tensa e preocupada. Para distrair me enfiei no chuveiro e tomei um longo banho.

Quando voltei, minha janela estava aberta. Escancarada na verdade, e eu sabia que a tinha deixado fechada.

Tinha um cheiro estranho ali, porém parecia familiar pra mim de alguma maneira. Fui até a janela ver se conseguia ver alguém, mas não tinha nada. Nada além de um cheiro diferente, e que com certeza eu conhecia.

Reparei que em cima da minha escrivaninha, tinha um papel enrolado e do lado dele uma pequena caixinha.

Peguei o papel o desenrolando e li.

"Use sempre. Depois que colocar, não o tire em circunstância alguma. Ele vai te proteger."

Peguei a caixinha e abri. Meu queixo caiu na mesma hora.

Era um colar de safira. Um colar de safira! Nossa, ele era muito lindo e extravagante. Parecia uma relíquia antiga. Seus fios pareciam ouro branco, finos e longos e seu pingente de safira, era uma lua.

Me senti enfeitiçada por ele, na hora que o vi. Era como se eu reencontrasse algo que perdi.

Quem será que me deu isso?

Sinceramente eu não conseguia imaginar, mas tinha um ótimo gosto. Porém eu não poderia aceitar aquilo, e começar a andar com aquele negócio pendurado no pescoço sem saber da onde veio.

Mas ele parecia tão precioso, tão atraente para mim, que eu decidi por só pra ver como ficava...

Olhei-me no espelho ainda enrolado na toalha, vestindo somente o colar. Senti um arrepio percorrer por todo o meu corpo, parecia que ele brilhava com o contraste da minha pele.

Eu não podia ficar com ele, mas foi mais forte que eu. Não consegui mais tira-lo do pescoço.

Estranho, porque eu nunca fui apegada a jóias ou bijuterias e essas coisas, mas aquele colar simplesmente mexeu comigo.

[...]

Pov. Josh

Estávamos em confraternização onde Esmee fez um último jantar aos noivos antes do casamento.

—Está perfeito Esmee - A senhora a minha esquerda elogiou. Era a mãe da loba que faria o servicinho para mim.

—Vejo que a casa não está completa hoje. - Disse puxando assunto, enquanto me questionava o porquê daquela maldita não ter aparecido ainda.

—Elizabeth está em casa, se sentiu um pouco indisposta hoje. - Bella me respondeu.

Desgraçada. Como ela pode ter ficado em casa? Esse era o meu último golpe e ela estava estragando tudo.

Mas tudo bem, nada que eu não possa resolver.

—Com licença, espero que não se importem, mas eu preciso fazer uma ligação. - Falei me levantando da mesa, fazendo todos olharem para mim.

—Fique a vontade. - Esmee sorrindo de forma amável.

Caminhei para a saída da casa e fui para fora da mansão.

Respirei fundo e comecei a caminhar diretamente para casa de Edward e Bella, onde eu sabia que Liza estaria.

Ela vai pagar por isso.

A porta estava aberta então fui logo entrando, subi até seu quarto e acho que ela percebeu minha presença, pois estava acordada e sentada em sua cama, com a face séria e calma, como se já me esperasse.

—Olá - Disse abrindo descaradamente a porta de seu quarto.

Ela se levantou da sua cama me olhando nada surpresa.

—Estou cansada de olhar para sua cara, sabia? - Disse enojada enquanto me encarava.

Sem poder demorar, porque aquela família ridícula estava à minha espera, fui até ela sedento de raiva fazer minha mágica.

—Você vai ir para a mansão, e vai matar Leah.

Ela não repetiu o que eu disse, como de costume, somente levou suas mãos para os meus ombros e me afastou com uma certa força, que me fez cambalear para trás.

—Não, eu não vou.

—O que? - Disse e olhei dentro dos seus olhos, disposto a tentar de novo. - Você vai para a mansão, e matará a Leah Clearwater! Agora!

Geralmente não preciso repetir as coisas mais de uma vez pra funcionar.

Mas Elizabeth ficou me encarando por uns segundos e o que eu não esperava aconteceu. Um sorriso foi surgindo aos poucos na sua boca e ela soltou um riso.

—Juro que não sei por que, mas a sua mandinga parece não funcionar mais em mim. Então vou te dar 10 segundos pra sair da minha casa antes que a pessoa a qual eu mate seja você, e não Leah. - Falou entre dentes. - E nunca mais entre na minha casa sem ser convidado.

Ainda atônito com o que houve, eu sai da casa dela, pois ela parecia falar sério.

Isso nunca acontecera antes. Nunca. Como de repente ela passou a ser imune a mim? Isso não faz sentido.

Não tem explicação.

[...]

Pov. Liza

Quem quer que tenha me dado esse colar tinha mesmo razão.

Ele funciona.

Eu não sei como, mas ele funcionou e me salvou hoje.

 


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Mereço comentários? *-*

Beijos da Thatty!

(E)

(Editado 01/04/19)



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