A Irmã De Renesmee escrita por Thatty


Capítulo 38
Um dia de paz.


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!



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Algumas semanas depois:

Eu estava completando 3 meses de gravidez.

Todo dia que eu acordava era uma nova mudança em meu corpo. Meus seios estavam bem maiores. Minha barriga mais saliente agora, já estava ficando marcada nas roupas e eu estava um poço de hormônios descontrolados.

Carlisle já tinha feito todos os exames possíveis em mim e no bebê e estava tudo bem, seguindo do jeito que tinha que ser.

Como uma gravidez humana normal, e aquilo estava enlouquecendo minha família de ansiedade.

Lauren depois da nossa conversa, resolveu ficar.

Estávamos vivendo uma fase um pouco complicada. A adaptação dela a nova vida, não estava sendo fácil. E nos acostumarmos a ela, e ela se acostumar conosco, estava sendo um verdadeiro campo de batalha.

A família de Nicolas decidiu se aproximar mais ainda, e compraram uma casa aqui em Forks. Não muito longe da mansão, mas também bem distante da cidade.

Os lobos não estavam muito felizes com outro clã residindo por aqui. Muitos garotos estavam se transformando desde a chegada deles.

Bom, eu estava amando o fato deles estarem aqui, era o meu escape.

Por exemplo, nos últimos 3 dias eu dormi aqui. Estava cansada de ver a cara da minha família que só quer dar palpite na minha vida.

Eu me sentia sufocada o tempo todo.

Todos estavam ansiosos e me deixavam mais ansiosa ainda, aflorando meus sentimentos em relação a gravidez.

Como se eu precisasse de ajuda pra isso.

Aqui eu tinha um pouco de paz. Bom, pelo menos tentava...

—Búu – gritou Lauren atrás de mim.

Eu estava olhando a janela e observando o quintal quando ela me assustou. Sim, meus dons não funcionam em Filhos da Lua.

Coisas que eu tenho descoberto aos poucos.

—Sua idiota. – Gritei me virando para ela e soltando vários palavrões em seguida. – Vai ficar me assustando grávida?

Nicolas apareceu na escada e olhou para nós duas cansado, como ele fazia todo santo dia quando brigávamos.

Todos achavam que depois dos nossos momentos, e de Lauren ter devolvido meu colar e de eu praticamente a convencer ficar, nos iriamos ser melhores amigas.

É, não rolou...

—O que houve dessa vez? – Nicolas perguntou.

—Vou dá uma voadora na cara dessa menina. – Disse com a mão no peito.

— Não posso fazer nada se você fica distraída pelos cantos da casa. – Ela disse lixando uma unha bem despreocupada.

—Pode cuidar da sua vida e me deixar em paz, antes que eu mate você, o que acha?

—Acordou de mau humor foi? – Me olhou com um sorrisinho debochado.

Eu odiava quando ela fazia isso.

—Não é da sua conta. – Disse me afastando da janela –Preciso sair, não aguento mais olhar para sua cara...

—Faça esse favor para nos duas. - Ela disse revirando os olhos.

Lauren passou por mim subindo as escadas e reclamando como sempre, como se eu fosse à culpada de tudo.

—Ainda vou dar uma surra nela. – Sussurrei.

Nicolas estava encostado no corrimão, deu um suspiro olhando dela para mim, depois balançou a cabeça cansado.

—Quando vocês vão parar com isso?

—Não sei. – Disse com indiferença.

Ele desceu a escada e me beijou, depois beijou minha barriga.

Era sempre assim agora.

Toda vez que ele me via, dava um beijo em mim e outro na barriga, e quando nos afastávamos também.

—Está estressada – concluiu passando os dedos pelos meus ombros tensos. – Porque não vamos dar uma volta? Me mostre Forks.

Eu sorri e ele sabia porquê.

—Você conhece Forks como a palma da sua mão – o acusei e ele riu também.

—É, mas não tudo. Estou morando aqui agora, e nos dois merecemos um minuto de folga.

Eu suspirei com a ideia, porque eu sai de um cativeiro para entrar em outro.

Mal me deixavam caçar, ou ir na varanda do quarto. Eu vivia 100% vigiada por todos.

Eu sei que tinha motivos, mas isso estava acabando comigo e não ia melhorar com o tempo. Quando o bebê nascesse, só pioraria.

—Não vão nos deixar sair sozinhos – sussurrei.

—Ninguém precisa saber. – Ele sussurrou de volta.

E eu não neguei, precisava de ar puro.

Peguei meu casaco e Nicolas pegou as chaves do carro e nós dois sumimos.

Precisávamos de um momento só nos dois.

[...]

Era tão bom poder me afastar de todos, nem que por algumas horas.

Estar em um radar onde eu não capitava nada de ninguém, nenhum sentimento, nenhuma ansiedade excessiva.

E eu queria passar mais tempo com meu namorado.

Porque na verdade, eu e Nicolas mal ficamos sozinhos desde que começamos a nos envolver.

E isso era um crime.

Hoje eu estava sendo um guia turístico. Por mais que ele já conhecesse Forks por me vigiar a muitos anos, ele disse que era diferente estar nos lugares sem precisar se esconder.

Forks não tinha muito a oferecer, passeamos por alguns pontos turísticos e depois ele quis conhecer Charlie.

Quando chegamos na casa do meu avô, minha mãe já tinha ligado dezenas de vezes. Alice devia estar de olho em cada decisão minha.

Foi uma visita rápida, eu estava com saudades de Charlie, e ver que ele e Sue estavam bem me deixavam em êxtase. Fora que eles amaram Nicolas e foi uma conversa engraçada até.

Terminamos o dia indo ao meu lugar favorito em Forks. A pedreira que ficava na frente da praia La Push.

Bom, não existia mais tratado entre os lobos e minha família desde que Nessie e eu nascemos. Então nós podíamos circular tranquilamente por ali, e eles podiam se transformar onde quisessem.

Eu amava aquele lugar, a vista, o cheiro...

—Parece mais calma – Nicolas disse deitado sobre minhas pernas.

Tinha um pequeno feixe de sol iluminando nos dois. Eu estava com os olhos fechados sentindo aquele breve calor que Forks me proporcionou hoje.

Quando abri os olhos vi o sol começar a se pôr.

—E eu estou – passei a mão em seus cabelos. – Eu mal tenho dormido. Quando estou acordada, sou 100% vigiada. Eu sinto o sentimento de todos, e eles são relacionados a mim. Isso só intensifica ainda mais a confusão que eu já estou sentindo. Me afastar um pouco ta ajudando minha mente a respirar.

—Também não estou no melhor dos meus momentos – disse fechando os olhos. – Lucinda e Lauren estão transformando minha vida em um verdadeiro inferno. E pensar em Ícaro, está acabando com o pouco de sanidade que tenho.

Lucy não estava aceitando bem a volta da irmã para a família. Ela tinha crises de ciúmes constantes e as duas brigavam mais do que eu e Lauren. Esse período não estava sendo nada fácil.

Definitivamente eu e Nicolas estávamos no nosso limite.

—Eu evito pensar nele. - disse falando sobre Ícaro. - Dizem que gravidez é uma fase de luz e benção. Até agora não tive nada disso.

—Vai ter – ele levantou minha blusa e acariciou minha barriga. – Adoro que sua barriga está crescendo, o suficiente para verem que está carregando meu filho.

—Pela minha família, ele ou ela já tinha nascido... – revirei os olhos.

—Calma – ele deu um beijo nela. – A última gravidez dessa família foi da sua mãe. E ela durou cerca de 2 meses. Você está tendo uma gravidez humana meu amor, vai durar os 9 meses, temos 6 meses pela frente ainda.

—Eu vou surtar – disse encarando o céu, que estava meio laranja meio amarelo, numa mistura penetrante.

Nicolas levantou sentando de frente para mim, segurou meu rosto com um sorriso bobo.

—Quando nosso bebê nascer, vamos embora. Ficar um tempo só nos 3.

—Promete? – Pedi quase sem ar.

Era tudo que eu queria.

—Prometo. Essa é a nossa família agora. – ele beijou minha bochecha. – Ele ou ela, terão que ouvir as histórias e saber de tudo de nos dois.

—O que acha que é? – Perguntei e ele encarou minha barriga pensativo.

—Eu não faço ideia – disse dando de ombros e eu ri.

—Nem eu. Mas deveríamos começar a pensar em nomes.

—Sim. Até porque, ele ou ela vai carregar dois grandes sobrenomes do nosso mundo. Não pode ser um nome qualquer.

Eu passei meus braços por seu pescoço, e nos beijamos enquanto o sol se punha a nossa frente.

Tinha sido um dia leve, em 3 meses o melhor dia que eu tinha vivido.

Só eu, Nicolas e nosso bebê ainda na barriga. Começamos com o tour, fomos visitar Charlie e terminamos ao pôr do sol na pedreira de La Push, conversando sobre nosso futuro.

Eu não poderia ter desejado dia melhor. Primeiro momento que senti paz em meses.

Eu ainda não estava pronta, mas tive que voltar para a prisão domiciliar na mansão Cullen, porque nem no chalé me deixavam ficar.

Era sempre onde tinham mais pessoas possíveis.

Edward estava esperando na entrada quando eu cheguei.

—Bonito – ele bateu palmas para nos dois. – Vou colocar um rastreador em vocês.

—Não precisa, você já tem Alice. – Dei de ombros. – Não estava assaltando, traficando ou matando outra família. Só fui atrás de um pouco de paz.

—Não vou dar sermão porque você está viva. Se estivesse morta mocinha, você ia ver só. – ele cruzou os braços parecendo emburrado. –  Agora entre, meu neto está cansado e quer paz também. Boa noite Nicolas.

—Boa noite Sr. Cullen.

Meu pai entrou nos deixando sozinhos no jardim de Esmee.

Eu odiava quando ele dizia estar lendo a mente do bebê. Todo mundo parecia saber o que ele queria, menos eu.

—Vou voltar para casa agora – disse Nicolas tirando o cabelo do meu rosto. – Foi um ótimo dia.

—Foi, eu não queria que acabasse... – disse triste, quase chorando. Esse inferno de hormônio de gravidez.

Ele sorriu e me beijou de leve.

—Não vai – ele sussurrou no meu ouvido. – Deixe a janela aberta.

Eu sorri sabendo que não dormiria sem ele hoje.

Quando nos separávamos era algo fora do comum. Minha marca ardia, o colar parecia pesar mais no meu pescoço e meu coração queimava.

Ficar longe dele era uma dor física que eu não suportava.

Mas saber que ele estaria aqui daqui a pouco, comigo novamente, e passaríamos a noite juntos, me trazia paz de novo.

 


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Notas finais do capítulo

(E)