A Nerd E O Astro escrita por AmmaSC


Capítulo 3
Você me irrita!


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura. Espero que gostem (:



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Abri a boca, sem conseguir pensar em uma resposta á altura para a garota absurda, mas de qualquer modo, ela já tinha dado as costas para mim e se afastava sem nem olhar para trás. Não consegui esconder minha surpresa, ela fez tão pouco caso que eu custava a acreditar que ela realmente sabia quem eu era. Que nerd lunática!

- Não acredito! – as vozes chocadas logo atrás de mim me fizeram pular. – Edward Cullen acabou de conhecer alguém que não se joga a seus pés!

- OMG! Quem é ela?

- Finalmente uma garota de atitude no meio das siliconadas.

Gemi de frustração. Eu só devia estar em um tipo de inferno astral hoje!

- Vamos atrás dela. Precisamos conhecer a pessoa que não se derreteu pelo panaca aí!

- Vocês duas querem parar! – girei meu corpo para encara-las. E pela minha cara devem ter visto que eu não estava para brincadeira.

- Mas foi ela que disse. – a pessoa minúscula acusou a loira, e levou uma olhada feia que a fez se encolher mais ainda, como se fosse possível.

- Tanto faz. – conclui irritado. – O que vocês duas estão fazendo aqui?

- Viemos vender banana... É claro que ver o show, panacão - A loira revirou os olhos.

A baixinha riu, mas logo ficou séria e me encarou com os olhos semicerrados – Você sabe que amamos os Butterflies Fries Killer e nem nos convidou para vir com você – Se esticou para apertar meu peito com aquele dedo magricelo. – Você já foi bem mais legal, Edward Cullen.

Bufei, cansado da velha ladainha.

- Você nem tem idade para estar aqui, Alice.

Rosalie inflou mais ainda. - Ela tem sim! É um show e não uma daquelas casas noturnas nojentas que você frequenta.

- Eu não frequento... Esquece. – Era melhor não tentar argumentar com a psicótica. - Como conseguiram ingressos? Achei que estava lotado...

Fez pouco caso olhando as unhas. – Falamos que somos suas irmãs e eles deixaram a gente entrar. Parabéns, idiota, você ainda serve para alguma coisa. – sorriu cínica.

- Me deixem em paz. – brandi, cansado da chateação das duas.

Alice olhou para a loira louca. – Até queríamos, mas não dá. Mamãe disse que é para levar a gente em casa depois do show.

- Como? – Eu ia ter que ser babá dessas doidas?

- Ei. – Rosalie se ofendeu. – Também não é nenhuma honra para a gente ficar do seu lado, tá. – cruzou os braços e me encarou.

- Eu pago um táxi para vocês, e problema resolvido – determinei, dando um fim na confusão.

- Vai deixar suas duas irmãs mais novas irem embora sozinhas de táxi a essas horas da noite?

- Olha aqui, vocês estão aqui porque querem, não é problema meu.

- Nunca é problema seu, Edward, não é? Somos sua família...

- Eu sei! – me controlei para não gritar. A última coisa que eu queria era chamar atenção para um barraco familiar, mas não conseguia esconder minha irritação. – Já escutei isso antes. – debochei.

Os olhos de Rosalie ficaram semicerrados e eu podia ver a raiva próxima de estourar, ela estava pronta para dar uma de suas respostas nada delicadas se Alice não tivesse tomado a frente. – Acho que a mamãe quer que você nos leve, sabe, para poder ver você já que quase nunca vai nos visitar ou tem tempo para recebê-la. 

Respirei fundo. Era sempre o mesmo papo sentimental. Estava cansado disso. Será que elas não entendiam que eu precisava trabalhar? Que eu tinha outra vida agora, que tinha coisas mais importantes para fazer?

Exaltado, dei as costas e fui até o balcão, pedi outra cerveja ciente que elas tinham me seguido e estavam atrás de mim. Virei-me para as duas, preocupado que Rosalie fizesse um escândalo. A morena de antes ainda estava lá também, me avaliando. Com certeza esperando eu ficar sozinho para vir tentar a sorte.

- Que foi? – perguntei, já que Tiker Bell e Cinderela não deixavam de me encarar.

Alice balançou a cabeça, e me olhou daquele jeito que me deixa desconfortável. – Quando o show acabar nos encontramos aqui. – mandou, sem me dar chance de opinar. – Vamos, Rose... Ele não precisa mais da gente, há um bom tempo.

Revirei meus olhos para seu drama.

- Imbecil. – Rosalie não podia perder a chance de me ofender antes de seguir Alice.

Eu precisei respirar fundo para não ir atrás dela e comprar essa briga. Que droga essa menina idiota pensa que é para me xingar? Dei um gole na cerveja, precisando aliviar a tensão que eu sentia, e só de imaginar que ainda teria que vê-las e leva-las até minha antiga casa para receber mais uma rodada de drama...

Procurei meu celular no bolso do jeans, disquei o numero e meu motorista particular atendeu no primeiro toque. – Caius. – saudei. – Eu não vou voltar com você, mas Alice e Rosalie vão... De táxi, não se preocupe. – E desliguei.

Elas não podiam reclamar que eu as deixaria sozinha com um desconhecido. Elas voltariam com Caius enquanto eu iria de táxi direto para minha casa. Estava tudo certo.

Bella Swan

Balancei minha cabeça, tentando espantar a distração que a beleza de Edward Cullen foi para mim, mesmo que eu não assumisse isso nem que me torturassem. Até porque em poucos minutos de conversa já deu para ver que o cara era um mané. 

Eu estava pensando seriamente em chamar um grupo de resgate para tentar encontrar Jacob, mas quando passei perto dos banheiros presenciei essa cena:

“Flashbackon”

- Com licença. – Pedi, já sem ar por estar sendo espremida entre casais que se agarravam na porta dos banheiros. – Eu preciso passar... Senhor, com licença... Senhor!...

As pessoas estavam quase se comendo, e era tanta mão voando que ninguém parecia saber quem é que estava apalpando. Vi um mulher sendo “devorada” por três homens e um homem tentando dar conta de quatro mulheres, com uma ajoelhada de um modo que me fez enrubescer. Gente se esfregando, beijando... E rebolando.

Se aqui já estava assim eu não queria nem ver lá dentro. Desisti de ir ao banheiro e já estava dando meia volta quando dei um pulo assustada com uma mão que apertou minha bunda.

-EPA! – Gritei pronta para a briga, girando para ver a cara do futuro defunto, quando me deparou com ninguém mais ninguém menos que meu amigo perdido, me olhando com cara de tapado.

- Bella? – arregalou os olhos.

- Jacob! – Vociferei, estreitando os olhos para o imbecil.

- HAHA, eu apertei sua bunda. – riu como um maníaco. – É puro osso!

Segurei-me para não voar no seu pescoço, mas percebi que ele não estava bem... E melhor, que tinha uma loira pendurada no seu pescoço olhando para nós e rindo de tudo que seu “peguete” falava.

Eu conhecia aquela mulher. Fui me aproximando do seu rosto, atenta em lembrar quem era a pessoa completamente bêbada...

- Oh meu Deus, você é...

- Shiu! – a popstar pediu, tentando colocar o dedo na minha boca, mas na sua situação conseguiu apenas acertar meu nariz. – Eu estou disfarçada. – confidenciou.

Só então reparei que a cabeleira loira era uma peruca muito da ruim. Perguntei-me porque alguém se disfarçaria em um lugar cheio de celebridades.

- Disfarçada? – Jacob se manifestou, confuso.

- Sim, gatinho. – Ela riu, se atrapalhando nas palavras. – Na verdade eu sou muito mais gostosa. – Piscou para ele, e então voltaram a se atracar.

Revirei os olhos, não acreditando naqueles dois bebaços. Só eu que nunca me divirto! Mas não ia ficar aqui vendo os dois trocando salivas quando faltava tão pouco para o show começar – Jacob? – Chamei, constrangida por aquela situação, mas ele pareceu nem me escutar ocupado com a boca da cantora. – Jacob? – falei mais alto, e nada. Então algo me ocorreu e eu não consegui controlar minha língua.

- Você não é casada? – praticamente gritei, e isso sim chamou atenção o bastante para a “vadiatora” me olhar.

Ela se desgrudou dele com o mesmo barulho de desentupidor de pia, e olhou seriamente para mim.

- Cada um com seus problemas, queridinha. – E gargalhou espalhafatosamente. Franzi a testa quando um som de porco veio dela.

Jacob também riu, mas eu duvidava que ele soubesse porquê.

Eu pressenti a encrenca chegando.

- Seu marido esta aqui?  -engoli em seco.

Ela pareceu pensar. – Esta sim. – E voltou a agarrar meu amigo desavisado, mas eu consegui impedir dos dois se embolarem de novo puxando Jacob com toda minha força. O que acabou resultando em eu sendo esmagada por ele e outro cara quando o idiota se desequilibrou e veio com tudo para cima de mim.

- Desculpa. – pedi ao cara atrás de mim, mas que nem pareceu me ouvir ou perceber que tinha sido empurrado, ele estava distraído demais na sua própria pegação. – Vamos, cara, precisamos sair daqui logo. – segurei o braço do moreno, pronta para tira-lo de perto da mulher confusão.

Eu sentia o cheiro de chifre queimado cada vez mais perto, e sabia que se o marido dela encontrasse os dois naquela situação a coisa ia ficar realmente feia.

- Mas eu não quero ir. – choramingou, se chacoalhando para tentar se soltar. – Acha que é todo dia que eu consigo encontrar alguém que queria me pegar? – Olhei assustada para ele quando sua voz saiu tão embolada que achei que fosse começar a chorar.

Ele estava mais lesado do que já é.

- Como conseguiu ficar bêbado em tão pouco tempo? O que você bebeu?

- Nada. – Deu de ombros, me parecendo honesto.

Olhei para a sua companheira de suruba, ela estava um traste, nem de longe lembrava a sofisticação que representava ser em público, e ainda cheirava a gambá morto dentro de um barril de álcool. Era possível alguém se embebedar só com o bafo de outra pessoa? Suspeitava que esse fosse o caso do já sempre afetado Jacob.

- Cara, precisamos ir. – fiquei nas pontas do pé indo até seu ouvido para sussurrar. – Sabe quem é o marido dela?

- Não. Quem é? – sussurrou também.

- Julios Morte-Músculos.

Seus olhos quase saltaram do rosto a menção do nome do ator hiper-musculoso e com fama de mal.

Jacob se virou para a vadiatora sorrindo amarelo.

- Bom, é isso, foi bom te conhecer. Adeus, e não me ligue. – e saiu me puxando de perto da encrenca, parecendo estar já curada da bebedeira que apresentava até segundos atrás. Nada como um susto na vida!

Eu aproveitei para rir da sua cara de pânico.

- Como você se meteu nessa? – indaguei interessada em saber como ele conseguiu se atracar com uma estrela do pop de fama mundial.

- Eu estava indo mijar, e aí ela me puxou. Eu só me dei ao trabalho de ter certeza que era uma mulher e aproveitei. – respondeu calmo e eu ri mais ainda da sua inocência.

“Flashbackoff”

- Vocês dois demoraram. O show já vai começar! – Jasper ralhou quando finalmente os encontramos.

- Culpa do mané pegador, aí! – acusei, apontando para o moreno.

- Pegador? – Emmett se encrespou. – Ei, eu sou o pegador daqui!... Mas quem você pegou?

O moreno sorriu como um tarado, pronto para se gabar da sua recente conquista, mas então as luzes se apagaram iniciando o show, e seu momento de glória foi esquecido – uma vez que ele mesmo tinha voltado ao seu estado semivegetativo.

- OHMEUDEUS! OHMEUDEUS! OHMEUDEUS! – Eu pulava como uma britadeira quando o grupo mitológico subiu ao palco. Aqueles eram os melhores lugares do mundo, e eu sabia que era graças ao meu pai que estávamos aqui, então tinha que me lembrar de ligar para agradecê-lo amanhã.

Foi durante a quinta música que eu tive a estranha sensação de estar sendo observada. Olhei em volta, incomodada, mas ninguém estava me olhando. Mesmo assim não consegui deixar de reparar na estrela Cullen um pouco mais para trás, com o rosto sereno enquanto bebericava no gargalo de uma garrafa de cerveja, fazendo um biquinho que...

Enrubescida olhei para frente, sem me atrever a dar mais uma olhada se quer para onde ele estava.

...

- Esse foi o MELHOR show do mundo!

Balançamos a cabeça freneticamente concordando com Emmett. Ainda estávamos elétricos com a apresentação fantástica.

Mas depois de alguns minutos Jasper conseguia abaixar nossa bola. – Como vamos conseguir arrumar um táxi?

Era uma imensidão de gente, tantas pessoas juntas que eu me sentia tonta e precisei me escorar em Jacob para me sentir segura. Tinha milhares de táxis também, mas todos já ocupados. E somos quatro pessoas, um numero grande para achar alguém que queira dividir uma corrida com a gente quando todo mundo aqui parecia estar acompanhado.

Andamos um pouco para lá e para cá e demos voltas e voltas, a posição tinha se invertido e já era Jacob que se escorava em mim por causa da sua fadiga costumeira. Eu estava cansada e só queria minha cama.

- Precisamos comprar um carro! – o Brutamonte choramingou.

- Nunca vamos conseguir um táxi. E não tem mais ônibus essa hora, então precisamos andar até a próxima estação de metrô.

Lamuriamo-nos em uníssono. Teríamos que andar muito até chegar lá, e as ruas de Los Angeles não eram seguras essa hora da noite – mesmo sendo quatro pessoas e tendo o Emmett como membro do grupo. – Eu já me via nos noticiários do dia seguinte.

- Ei, olha lá, UM TÁXI LIVRE! – Jacob apontou o milagre encostado á alguns metros de distancia, e não pensamos, apenas disparamos a correr até lá como os loucos desesperados que somos.

Quando vimos alguém se aproximar e se abaixar para falar com o motorista. Escutei o palavrão esbaforido de um dos meus amigos, mas não me importei, estreitei os olhos e me forcei a correr ainda mais, pronta para brigar pelo táxi com unhas e dentes.

Mas a poucos centímetros da pessoa, ele se virou e eu pude ver quem era, quando tentei frear já era tarde demais, e assustada cai por cima dele com nós dois indo ao chão. O Cullen amorteceu minha queda colocando seus braços envoltos da minha cintura mesmo que eu tivesse caído por cima dele.

Seus olhos se arregalaram quando ele percebeu quem era a louca que tinha o atacado.

- VOCÊ? – Ele não parecia acreditar.

- Oi. – sorri sem graça.

- Bella? Bella? Você esta bem? – Meus amigos chegaram sem folego nenhum, e invés de me ajudar estavam tentando recuperar o ar para dentro dos pulmões.

- O que foi isso? – A estrela ainda estava aturdida. E confesso que eu também estava.

Eu não conseguia me mover. Era proximidade demais para meu gosto. Eram olhos verdes muito perto. Hálito de menta com cerveja muito perto. E eu confirmava minha teoria de músculos por baixo da camiseta. Engoli em seco antes mesmo que conseguisse entender o porquê de me sentir quente de repente. Seus braços me apertavam em um abraço constrangedor.

 E então percebi que estava sendo uma lesada novamente perto dele. Fiz força para me levantar e ele se tocou ficando em pé primeiro e estendendo a mão para me ajudar.

– Obrigada. - Sorri. Tentei soar simpática já que a culpa tinha sido minha. - E desculpa. – balbuciei, certa que estava enrubescida.

Mas o Cullen passou as mãos pelo cabelo e pareceu irritado.

- Você devia olhar por onde anda. - Foi ríspido.

Não gostei do seu tom de voz, e imediatamente fiquei na defensiva.

 – Não foi minha intenção te atropelar...

- É claro que não foi. – debochou com um sorriso irônico.

Respire, Bella! Eu não ia começar a discutir com um cara como ele, a noite tinha sido perfeita e nem a estrela e seu grande ego irão acabar com minha felicidade hoje.

Ajeitei meu óculos, e olhei para meus amigos que encaravam de boca aberta. – O que foi? – perguntei.

- Você quase matou Edward Cullen. – Jasper sussurrou frisando o nome com admiração. Falou tão baixo como se não quisesse que outras pessoas o escutassem.

Era bem verdade que um bando de fãs malucas – como eram as do cara – poderiam surgir de algum beco escuro e nos atacar até a morte só por eu ter relado no ruivo sem sua permissão.

- Foi um acidente. – respondi chateada.

O estressadinho sorriu. – Seus amigos parecem normais... Quem diria que você anda com gente normal!

Revirei os olhos. Só porque eu não babava no imbecil eu era anormal? Ele era só um cara que fazia filmes e ganhava milhões por isso. Nas horas vagas posava para fotos e ia a entrevistas e premiações, e depois reclamava nas revistas de como a exposição e fama eram ruins e blábláblá... Eu estava mais do que acostumava com gente como ele, que acha que o mundo gira aos seus pés.

Mas mesmo assim me senti chateada por suas palavras. Era mais um que me julgava sem me conhecer...

- Vamos chegar tarde em casa se não fomos andando. – Minha voz saiu mais baixa do que eu queria, e o imbecil deve ter reparado porque arqueou as sobrancelhas.

- Mas e o táxi?  -Jacob perguntou assustado. A ideia de ter que andar chateava mais ele do que qualquer um de nós.

- A gente arranja outro...

- Vocês queriam o táxi? – O Cullen se intrometeu.

- Sim. – Jass respondeu, depois de uma rápida olhada para mim.

- Eu liguei para que ele viesse me buscar. – Explicou. Informação desnecessária, panaca. Era muita conversa jogada fora para mim, eu não via a hora de estar longe dele.

- Desculpe, mas você esta sozinho? Se não for abusar muito, poderíamos ir com você, é que moramos longe...

- VOCÊ ESTA LOUCO? – Gritei com Jasper como se ele estivesse fazendo algo estupido. O que no caso, ele estava mesmo!

- Bell’s. – Emmett se lamuriou. – Ninguém aqui quer andar...

- Não! – decretei, e esperava que para o bem dele fosse atendida.

- Por que não? – indagaram. E o palhaço só ficava lá, olhando nossa discussão com um sorriso patético no rosto. Com certeza feliz por eu estar precisando dele, mas nem ferrando que eu ia dar o braço a torcer.

Pensei em um motivo que parecesse bom o suficiente e não me fizesse gaguejar.

- Porque não o conhecemos e não vamos dividir um táxi com um completo estranho. – essa era boa... Quer dizer, mais ou menos.

- Mas é claro que o conhecemos. Ele é Edward Cullen.

- E daí? – indaguei, já estressada.

- Eu já assisti um monte de entrevistas dele, parece ser um cara legal.

Controlei-me para não chutar Emmett e ignorar a cara de convencido da estrela. Não fazia nem sentido estarmos discutindo na frente dele, do jeito que era babaca ele nem iria nos dar uma carona no final. O ego dele devia ocupar todo o espaço livre dentro do carro.

– E você acha mesmo que eles são honestos nas entrevistas para TV? – sibilei, minha voz carregada por lembranças do passado, e os meninos devem ter percebido pelo modo que me olharam.

- Ei. – a estrela se intrometeu, ofendido. – O que você quer dizer com isso?

Revirei os olhos sem dar atenção a ele.

- Vamos andando. – Disse, e meus amigos começaram a andar sem protestar dessa vez, eu só detestava que o motivo fosse a compaixão que eles sentiam por mim.

Eu me virei para o Cullen.

- Foi um não prazer. – sorri falsa.

Ele revirou os olhos. - Porque esta tão nervosa? O que foi que eu te fiz? – perguntou sem esconder seu estresse.

Nem me dei o trabalho de responder, já corria atrás dos meninos... Na verdade, nem eu sabia por que aquele tapado me irritava tanto.

Edward Cullen

Fiquei olhando a garota enfurecida se afastando, quase marchando enquanto andava rápido para longe de mim. Cara, ela é mesmo uma nerd lunática!

Quando eu a observei mais cedo, no show, ela pulava e cantava como uma garota normal, até me surpreendi e pensei que tivesse me enganado em relação a ela e seu comportamento. Mas depois desse “encontro”, ela se mostrou ser mesmo uma completa pirada! E eu não estava com paciência alguma depois de ter que despachar Alice e Rosalie e aguentar mais uma rodada de reclamações.

Precisava ligar para James, porque ele com certeza se enganou: nem ferrando que aquela menina era mesmo a filha do Silver Charlie.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Os dois são duros na queda, né? E bem diferentes ao mesmo tempo que são parecidos - entenderam? eu não kk
Obrigada pelos comentários do capítulo anterior e quem favoritou a história. É MUITO importante saber o que vocês estão achando e os comentários são o combustível para qualquer fic (:
Bom final de semana, gatas
Beijos!



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