Blood & Wine escrita por Lysse


Capítulo 1
Capítulo Único.


Notas iniciais do capítulo

Antes de mais nada, só coloquei mais de 16 por que tem insinuações de Yaoi aqui XD, por isso, aqui está...
Mas e bem leve, mas enfim...
Espero que gostem.



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“Ódio”.

O nome dela era como um veneno em sua boca, assim como aquele ódio que sentia por ela...

Ele tentava encontrar um motivo para tal sentimento, nenhum aparecia em sua mente. Talvez fosse o sentimento mais forte que ele sentisse por ela...

Além de um desprezo sem igual que ambos demonstravam, sem se importar com os comentários maldosos que muitas pessoas faziam – ele destinava todo esse desprezo aos humanos, ou qual convivência com os mesmos, mas aquela mulher fazia qualquer sentimento ser muito mais intenso, principalmente o desprezo, mas do que qualquer outro tipo de emoção.

Talvez estivesse exagerando.

Não, ele sabia que não estava exagerando. Ele revirou os olhos com as palavras inúteis que lia no momento daquela mulher, controlou-se para não rasgar o bendito papel, fazer migalhas do mesmo, ou em cinzas, controlou assim o seu lado maldoso contra aquela mulher ruiva psicopata – enquanto apenas apertou os lábios com isso, relembrando das palavras que Mondo usou – irritado com o relatório a sua frente, mas que diabos? Aquela mulher ainda o irritava, não acreditava que Graziela era parte da Arcana Famiglia, pior que isso...

Só o inferno, enquanto franziu o cenho com isso, lendo novamente para ter certeza do que tudo que estava escrito ali – leu atentamente cada palavra, tentando encontrar falhas nela – mesmo contra a sua vontade, a mulher sabia como fazer um bom relatório, ótimo, pensou com irritação sobre isso.

Assim vai abrir um buraco no chão, ou destruir a sua mesa novamente, ora, ora... – a voz soou divertida – Chefinho?

Era feminina, mas irônica, ele só levantou as sobrancelhas com aparição repentina dela em sua sala, observando bem o rosto dela, encontrando vários de vestígios de malicia e um pouco de orgulho por aquela garota – viu um sorriso desenhar nos lábios dela, sempre sorrindo de forma tola para ele – mas ele sabia que aquele sorriso escondia alguma coisa.

–Você aqui... – sua voz soou irônica – Pensei que tinha virando comida aos cães.

Ela apenas arqueou as sobrancelhas com isso e passou as mãos sobre os cabelos ruivos. Ela estava na porta – encostada na mesma, suas sobrancelhas juntas como se lesse a expressão do mais velho, Jolly conhecia bem aquela expressão dela – vestia uma saia, roupas comuns na Arcana Famiglia... Afinal ela era parte da Espada assim como subordinada dele, pensou enquanto ele analisou as feições suaves e italianas, desenhadas com suavidade, um sorriso tolo brincava em seus lábios, os cabelos ruivos devidamente peteados num coque desajeitado e os olhos fixos, ironicamente, felizes, ou até mesmo rindo de sua desgraça por aquilo, mas ele não falaria aquilo em voz alta.

–Nee, está me tratando assim, já chefe, que maldade... – fez um bico com isso e riu disso – Deixe de maldade...

Jolly tinha uma veia saltante em seu rosto, seu “aprendiz” era o tipo de pessoa que ele mais desprezava depois de Graziela, mas ele havia escolhido ela por causar de suas habilidades pouco comuns entre os cíveis de Regulus suspirou ao perceber o sorriso cínico que estava no rosto da mais nova.

–Cale-se, Elizabeth... – rosnou para a ruiva – O que queres aqui?

Ela revirou os olhos com isso, ele estava com humor do cão hoje, mas ela conhecia bem o humor volátil dele, suspirou com isso, dando o seu melhor sorriso, um tolo e discreto sorriso – ele via semelhanças demais com sua inimiga natural, Graziela, mesmo ambas sendo totalmente diferente entre si, a garota só tinha 16 anos enquanto o demônio ruivo como outrora brigava constantemente estava na casa dos 40 anos, podia ser mãe e filha, mas Graziela negava para ele aos gritos para ele, afinal, era verdade, conhecia a mãe da ruiva a sua frente, elas eram idênticas, até mesmo nos olhos tom intenso de castanho-esverdeado ou no humor insuportável que a mesma exibia – viu o arquear dela, ela olhava curiosa.

–Hmm... Que mau-humor chefe, eu pensei que estivesse de bom humor hoje, mas vejo que está o demônio hoje, mas... Vim atrás do relatório do Dante, ele me pediu para falar com você sobre esse relatório, chefinho... – explicou rapidamente, olhando a pilha de papel em cima da mesa com interesse – Nee, já o analisou não é?

Ela coçou a cabeça, enquanto Jolly viu um sorriso brincar nos lábios dela. Ele sorriu – cínico para ela, apenas estreitou os olhos pra ele com aquela atitude, um sorriso tolo brincou nos lábios dele enquanto o mesmo sumia dos lábios dela, aquele sorriso dava calafrios em qualquer um que convivesse com o mais velho – enquanto procurou o bendito relatório do moreno, apenas achou e olhou rapidamente, e ela olhou desconfiada para aquela atitude extremamente estranha de seu chefe que odiava ler um relatório mais de uma vez.

–Onde está a Graziela?

Aquela pergunta a pegou de surpresa, seus olhos se estreitaram, pensou por meio segundo sobre isso.

–Algum lugar do inferno que eu desconheça chefe, pergunte ao assistente dela e não a mim, Eros sabe mais que eu sobre a senhora Graziela... Eu sou sua subordinada, e não de dela, senhor... – resmungou com petulância, malcriação em sua voz enquanto apenas o outro a fuzilou com os olhos por causar daquilo, apenas deu um sorriso debochador ao homem – Não acha que deve assumir a sua paixão por ela, chefinho, não me olhe com esse olhar assassino. Ah! Sim, meu pai mandou dizer que está feito o que pediu...

Jolly arqueou as sobrancelhas, fuzilando-a, enquanto apenas apertou as mãos debaixo da mesa.

–Ele fez rápido... – comentou para ele, num tom seco.

Ignorando assim o que outra dizia.

–Ora, ele é um ótimo fabricador de armas, afinal e o melhor da ilha... – resmungou num tom seco por aquela insinuação do outro– Até parece que não conhecer o meu pai... Ele fez o pobre do Mario trabalhar até tarde, mas para que diabos que aquela arma? Ou você enlouqueceu de vez, eu não souber.

Jolly apenas sorriu – mostrando o seu cinismo a outra que apenas sentiu que o homem escondia algo, bem isso não me interessa, pensou a ruiva apenas andando – a garota a sua frente, sentiu o um arrepio com isso.

–Nada de interessante, só um enfeite... – deu de ombros – Aqui está a sua carta de alforria da minha presença.

Ela apenas revirou os olhos com as idiotices dele, enquanto apenas olhou a sala em que outro trabalhava – Jolly viu apenas pegar o relatório e olha-lo com a atenção, depois apenas franziu o senhor.

–Hmm... Aceitou, pensei que tivesse persuadi-lo a aceitar... – sorriu irônica, mas feliz por não gastar mais saliva com ele – Até mais, chefinho...

–Até, Spider, e não me chame de chefinho, sua idiota...

Ela apenas sorriu.

–Mas e claro, professor...

Jolly apenas suspirou – irritado com as palavras acidas e cheias de malicia da mais nova, mas que diabos? Ele voltou ao relatório que analisava, suspirou irritado com isso, enquanto apenas fechou-a, grunhido, talvez Elizabeth merecesse o dobro em seu treinamento...

Seus pensamentos estavam longe, enquanto olhava com certa irritação o bendito relatório.

–Você me pagar, Spider...

x

Tia Graziela!

A voz despertou de seu sono, apenas apertou os olhos com isso – ela resmungou palavrões contra a pessoa, não sabendo quem era – enquanto levantou os olhos cor verde-grama irritada com ele, o rapaz tinha 15 anos, os olhos mais azuis que ela tinha visto na vida, sério com ela, apenas suspirou.

–Meu sobrinho favorito, Nova, o que devo honrar? – o sarcasmo tingiu a sua voz.

O rapaz ignorou o sarcasmo, viu a expressão curiosa no rosto dela.

–Pensei que estivesse com Felicita... – ele cruzou os braços ao redor do corpo, a katana ao lado do corpo, ela apenas analisou o rosto por meio segundo e deu um meio sorriso com aquela postura – Não acha que está negligenciando...

Ela arqueou as sobrancelhas ruivas, apoiando suas mãos sobre o queixo, pensativa, um sorriso desenhou os seus lábios, enquanto riu levemente, fazendo outro corar levemente.

–Ora, meu lindo sobrinho... Sou a conselheira da Famiglia, eu não me lembro de ser babá da minha sobrinha linda, querido... – ajeitou os cabelos num coque e sorriu mais ainda ao perceber o rosto contraído numa careta de desgosto – Não seja tão protetor, assim como minha filha, Rose, minha doce sobrinha quis entrar na Famiglia por conta própria, então deve dá seus próprios passos...

Nova apenas estreitou os olhos para ela, o mais novo apenas fitava a mais velha com certa curiosidade por aquelas palavras vazia, sem sentindo algum para ela, mas percebendo o olhar vazio que a mais velha tinha no rosto, como se ela estivesse morta.

–Está querendo dizer o que? Tia Graziela?

Sua voz soou como não soubesse o verdadeiro significado das palavras dela, a risada musical dela saiu dos lábios, apenas olhou atentamente o mais novo, ele tem o mesmo olhar penetrante de Moreno, ah, meu irmão... Sinto a sua falta.

–Não seja tão tolo, querido... – murmurou num tom calmo, enquanto apenas observou os orbes se estreitarem para si – Simples, Felicita saber se cuidar assim como a minha pequena Rose, e não acho que devo ser babá dela, não é?

Havia ironia em sua voz, um toque seco e uma leve repreensão ao outro que corou com isso, muito raramente ela usava essa voz – disfarçada por um sarcasmo conhecido do outro, mas alguma coisa mal disfarçada por ela – um sorriso desenhou os lábios dela, e olhou atentamente.

–Deveria falar com ele, seus sentimentos nunca mudam mesmo, ora... Se eu fosse mais nova me declarava ao loirinho, querido sobrinho... – murmurou num tom inocente e leve, ele corou com isso – Ora, jovens sempre tão sentimentais...

–Tia! – protestou olhando, desviando o rosto.

Ela apenas olhou, enquanto suspirou com isso.

–Ora, mas e a verdade... – riu do rosto corado dele, enquanto apenas sorriu de forma inocente para ele – Ora, meu jovem sobrinho, deveria falar realmente com ele...

Nova apenas desviou o olhar dela.

Fique quieta, Tia – repreendeu corado.

–Ora, ora... – riu-se a mais velha – Não seja tímido...

O rapaz corou com isso, pigarreou, mesmo com a face corada.

–Senhora está louca... – resmungou num tom lento e sério – Onde está o Eros para colocar um pouco de juízo na cabeça da senhora?

Ela levantou-se suspirando, coçou a cabeça e sorriu.

–Nee, não devia ser tímido, meu lindo sobrinho... – se aproximou da estante – Quanto tempo nutrir sentimentos por ele? Deixe o pobre do meu assistente longe disso, ele e muito sentimental quanto a isso...

Nova a ignorou aquelas palavras, enquanto a expressão dela era pensativa.

–Não interessa tia, a senhora está louca... – murmurou baixo, enquanto desviou o olhar dela, recaindo sobre um porta-retratos – Senti falta do tio Alberto?

Ele estava à família dela, uma foto antiga, bem antiga, Nova percebeu o vago sorriso que a ruiva mais velha tinha no rosto – um homem alto e bem constituído, moreno de cabelos bem azuis e um sorriso fácil no rosto, ao lado da ruiva que apenas sorria juntamente com o casal de gêmeos, um menino sorria em frente ao pai e menina no colo do mesmo.

–Ora, sinto um pouco, ele foi um ótimo companheiro além de um ótimo pai a Octavio e Rose... – sorriu para ele, afagando os cabelos azuis com delicadeza – Seu tio foi um homem bom, mas ainda me lembro das traquinagens que ele fazia...

Ela riu saudosa daquela época.

–Mas amava ele? Como um homem? Antes de se casarem?

Graziela apenas sorriu, enquanto olhou bem nos fundos dos olhos dele – fora realmente pegar de surpresa por aquela pergunta – fechou os olhos verdes, por um segundo, depois de um sorriso.

–Não, eu nunca o amei de verdade... – comentou baixo – Era um casamento arranjando, mas ainda assim eu amei do meu modo, como bom amigo que foi, mas isso foi há muito tempo...

–Mas já amou alguém de verdade, tia? – insistiu o azulado.

Ele parecia interessado, enquanto a ruiva mais velha revirou os olhos.

–Ah! Sim, eu amei uma pessoa... – murmurou para o nada, um sorriso brincou em seus lábios – Mas isso foi há muito tempo.

Ela andou até a estante, pegando assim a retrato.

–Ele deve ter sido importante... – comentou com sua voz baixa.

–Ora, ora... Foi e muito, pessoa mais importante...

–Quem e importante?

A voz soou alto – em bom som pelo cômodo – na porta do escritório, estavam o ruivo mais velho e os dois morenos, um deles olhava sério, ela apenas respondeu com o mesmo olhar, enquanto sorriu ao outros dois.

–Ora, ora... Que visita agradável, irmão, e jovem sobrinho nossa conversa ficará para outra hora... – apenas ajeitou o retrato no lugar, afagou os cabelos de Nova – Vejo que trouxe esses trastes consigo...

Ela recebeu olhares fuzilantes de ambos, mas Dante apenas sorriu.

–Não seja maldosa, Graziela! – repreendeu Mondo, olhando intensamente e lendo a expressão maldosa no rosto dela – Não retruque!

Ela fingiu está ofendida com as palavras do irmão, e revirou os olhos com isso, enquanto voltou-se a Nova com um sorriso.

–Vai meu querido, pense no que eu disse... – piscou para ele que corou miseravelmente – Respondendo a sua pergunta, meus filhos, caro irmão...

Ela sorriu falsamente, enquanto lançou um olhar à Nova que entendeu que ela não queria prologar aquela conversa com os homens, cruzou os braços ao redor dos seios, observando eles.

–Nova, pode sair, tenho assuntos a tratar com meu irmão e os trastes... – sorriu ao sobrinho – Depois, peça a Fel que me acompanhe no chá...

O mais novo assistiu, enquanto saiu – sendo observando – a ruiva apenas contornou a mesa.

–O que desejar da minha fantástica pessoa?

–Deixe de seu cinismo, e desde quando você e Felicita tomam chá? – indagou Mondo juntado às sobrancelhas.

–Ora, desde... – pensou por meio segundo e deu um sorriso maldoso ao irmão que estreitou os olhos para ela – Sempre, Fel sempre gostou da minha adorável companhia...

Mondo riu levemente, sendo seguido de Dante – único a não rir era Jolly – enquanto o ruivo sentou-se na poltrona.

–Sempre cínica querida irmã, e seu orgulho e inabalável... – resmungou num tom amável com ela, sempre falava assim com a ruiva – Tenho uma missão para Eros, mas preciso de seu aval...

–Nossa isso mesmo que pensar de mim, que maldade irmão! Ora, não seja tão idiota Mondo. Desde quando pedir a minha opinião? – questionou a ruiva abismada – Eros está liberado, mas que missão é essa?

–Nee, nada demais, só capturar uns piratas... – contou Dante, falando pela primeira vez naquele segundo – Ele voltará em dois dias.

–Ah! Entendo bom, desde que ele me traga alguma lembrança... – riu a ruiva, enquanto sentiu a dor no braço esquerdo – Mas não veria até aqui para falar só disso, querido irmão? Dante? Jolly? Está tramando alguma coisa.

O ultimo nome saiu cheio de desprezo.

–Respeito, ruiva idiota! – replicou Jolly.

Uma discursão acalorada aconteceu, a ruiva sorria cínica e divertida e expressão de Jolly era de puro desprezo para ela, enquanto Dante apenas observava divertido, nunca diga que aqueles dois pareciam, mas era... Um casal, um belo casal, pensou o ruivo com um meio sorriso. Mondo apenas observou os dois, enquanto o Dante apenas cochichou baixo.

Como água e vinho, eu não disse...

O ruivo sorriu, ao perceber que eles nunca se misturariam.

Fim.


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Notas finais do capítulo

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