A Noite Irá Escurecer, Junto Com Você?! escrita por Missomething


Capítulo 16
Cuidadoso e Observador


Notas iniciais do capítulo

DESCULPA OS QUASE TRÊS ANOS (LITERALMENTE) PRA POSTAR GENTE
SÉRIÃO
EU ATÉ ESQUECI QUE ISSO AQUI EXISTIA
FOI MALZÃO
FOI PÉSSIMO
FOI HORRENDO
EU SEI
DDD:
Espero que alguém aí ainda goste de RoLu
Porque Fairy Tail já me encheu o saco, mas eu vou terminar isso daqui, porque muita gente gostou e já tá com cinco mil acessos e :cccc
psé
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/377648/chapter/16

Rogue a olhava com frieza e Lucy não podia deixar de pensar em como o Cheney mais parecia um tijolo, o homem deveria doar sua cara para alguém que precisasse, já que mal usa a sua. A loira olhou um pouquinho mais para baixo sorrindo ternamente para Frosch, que aninhava-se nos braços do moreno de olhos gelados.

Os dois ficaram pelo o que pareceu um minuto sem falar nada, apenas ouvindo as exclamações alegres do gato voador que acreditava ser um sapo. E, quando o exceed finalmente se acalmou, olhou para Rogue e para Lucy com confusão estampada em seus olhos enormes.

— Rogue! - o exceed começou, com sua voz fina de criança. - A sra. Lucy vai dormir com a gente de novo?

Os dois olharam o gato surpresos. Lucy nem notara o exceed da última vez que estivera na casa do usuário de sombras e, pela expressão, Rogue também não. Oh, céus, como esse dragonslayer era desatento.

— Huh.. - Lucy foi a primeira a falar. - Você me viu dormir aqui, Frosch?

— Uhum! - exclamou ele, feliz da vida. - Sra. Lucy estava usando as roupas do Rogue! Mas Fro estava com muito sono, então ele não lembra muito das coisas!

— Hn... - o moreno fez questão de murmurar.

— Rogue! Rogue! Rogue! - o exceed falava com animação enquanto escalava até a cabeça de seu dono, chegando lá, brincava com seus cabelos pretos. - Sra. Lucy pode dormir conosco de novo? Pode? Pode?

O exceed era muito inocente, isso nós temos de observar, sendo assim, mais parecia um pirralho, diferente de todos os outros gatos alados que Lucy já vira na vida. Todos eles a irritavam, menos Frosch.

A loira olhou para Rogue, esperando alguma resposta, mas tudo que encontrou foi sua face fria. Lucy soltou um pequeno grunhido de desagrado.

— .... Sim... - demorou para o moreno soltar o murmúrio mas soltou, olhando intensamente a expressão confusa que Lucy fazia. - Se quiser, iremos juntos à sua casa buscar roupas.

— Ma--

— EBAAAAA! - A Heartfilia deu um pulo de susto com o grito agudo do exceed, percebendo assim o porquê de Rogue a querer ali aquela noite: o exceed havia se apegado à loira e não iria parar de encher o saco do moreno se ela não dormisse com eles.

Lucy Heartfilia suspirou.

— Ao menos comprou um sofá novo? - Lucy ousou perguntar, sendo respondida com um simples mover de ombros do moreno. Ugh.

(...)

Sua casa não era lá de se admirar mas dava pra viver nela, ao menos comer e dormir, como qualquer casa normal.
— Desculpe pela bagunça, ainda tenho algumas coisas para desempacotar.

Não olhou os outros dois seres entrarem em seu quarto junto a ela, mas sentiu a presença dos dois. Rogue olhava disfaraçadamente para o local, já Frosch voava por tudo e fazia algumas perguntas inocentes.

Não demorou para Lucy pegar suas roupas apressando-se para sair de sua morada, não gostava muito de deixar visitas entrarem quando as coisas não estavam organizadas, mas não podia fazer nada. E até que gostava de dormir na casa do Cheney, era mais arrumada que a sua própria.

(...)

Todos iriam dormir espremidos na mesma cama. Claro, antes mesmo de chegar na casa do dragonslayer Lucy já havia adivinhado.

Teve uma pequena conversa com Rogue, que parecia estar ao menos um pouco entretido com o fato de Lucy dormir lá mais uma vez.

Tanto que Lucy não parecia perder seus assuntos, sempre tinha o que falar, e isso encantava o moreno.

— ... Então nós começamos a treinar, estranho né? Hehe.

Tentou dar um pequeno sorriso, mas não era muito bom nisso. Percebendo que Lucy olhava para ele com uma cara estranha, provavelmente pelo fato de ele ter feito uma cara estranha ao tentar sorrir, disfarçou limpando a garganta.

— Quer algo para beber?

— Oh, claro! Obrigada. - Lucy sorriu enquanto falava, gentilmente. Olhou Rogue despachar-se para a cozinha. Deu uma boa olhada na sala, já que não tivera a oportunidade antes pois estava empolgada demais em falar com Rogue Cheney, de alguma forma. - O que vai ser?

— Vinho. - Rogue respondeu da cozinha. Na verdade, era a única coisa decente para beber ali, já que só comprava alguns peixes para Frosch comer em casa, o que acabava estragando pois Sting e Megan sempre acabavam por arrastar Rogue para lanchonetes. - Pode beber?

— Oh, sim!

Deu um pequeno suspiro de alívio, ficaria sem jeito se ela dissesse que não pois já expliquei os motivos.

Logo já estava de novo na sala com Lucy. Os dois apreciavam o vinho que tomavam.

Rogue não tomava muito, era cuidadoso, não queria acabar bêbado. Já Lucy.... era completamente o contrário e, pelo jeito, não conseguia tomar nem mesmo duas taças de vinho sem já estar afetada pela bebida. Realmente, era muito sensível, observou Rogue, vinho supostamente não deixaria ninguém bêbado em apenas duas taças. Mas, como sempre, ficou calado, apenas ouvindo a voz embargada da loira soar pelo cômodo.

No fim, acabou dando graças aos deuses por Frosch já estar na cama dormindo. O vinho já havia acabado e Lucy ainda queria mais, mas estava bêbada demais para pedir. Rogue só havia tomado metade de sua primeira taça.

— HaaaaaAAAH! Minha bunda dóóóói, Rogueee! - reclamou. - Esse chão é muito duro! Por que não comprou um sofá? Ugh! - passou as mãos em sua bunda dolorida, fazendo cara de choro.

— Vamos dormir. - Rogue ignorou completamente as reclamações da bêbada sentada no chão ao seu lado. O traseiro do moreno também doía pra caramba mas ele era educado demais pra dizer em voz alta.

— Mas, Rogue! Eu ainda quero falar com você! - A loira jogou-se no colo do moreno, que ainda estava sentado. O mesmo ficou completamente paralisado.

— Lucy, o que...

— Sssshhhh... o Frosch está dormindo...! - soluçou.

Deus, não era ela que estava gritando agora há pouco? Rogue a olhou, sem entender. Bem, não que fosse normal bêbados fazerem sentidos mas Rogue não estava muito acostumado a falar com bêbados.

— Lucy, saia de cima de mim. - Rogue ordenou.

— Hahahaha, eu estou t-t-t-t-tremendo de medo, Rogue! - após sua fala, simplesmente se ajeitou ainda mais em cima dele. - É melhor do que ficar no chão. Hic! Apesar de que eu ainda tô com a minha busanfa no chão.

O moreno a observou; o rosto da loira estava corado, os olhos estavam entreabertos assim como sua boca de onde saíam palavras que ele não conseguia entender. Ugh! Tinha de tirá-la daquele estado. Continuou a encará-la, tentando pensar em um jeito de fazê-la voltar a si.

Talvez se jogasse água gelada nela? Sim, sim, tinham boas chances de ela 'acordar' mais rápido. O problema, seria convencê-la a ir para o andar de cima e fazê-la fechar o bico para não acordar seu exceed.

O moreno suspirou e passou as mãos pelo cabelo, os desajeitando e deixando a mostra seu olho que sempre escondia. Isso não passou nem um pouco despercebido pela loira.

— OH! - a boca de Lucy abriu-se em um perfeito 'o'. - Não tem nada demais! Hic!

Rogue Franziu o cenho.

— O quê?

Lucy o encarou no fundo de sua alma, pegou as bochechas do rapaz e as apertou, com uma expressão zangada.

— Seu mentirosoooo! Emo!

Agh! Já não bastava Megan e Sting lhe chamarem disso, agora Lucy também? Seu cabelo só gostava de ficar assim e ele tinha preguiça demais de ajeitar! Qual era o problema nisso?!

Já cansado demais para discutir com a bêbada, a jogou em seus ombros feito um saco de batatas.

Houve um momento de silêncio.

— Eu vou apertar sua bunda, Rogue.

O Cheney arqueou uma sobrancelha, pronto para responder a loira porém Lucy não perdera tempo, assim que dissera aquela frase, deu um apertão na bunda de Rogue, o fazendo pular.

— É durinha!

Puta.

Que.

Pariu.

— O.k. Já chega, Heartfilia! - começou em tom autoritário, mudando a posição da loira, agora a carregava como uma noiva. - Eu lhe proíbo de fazer isso novame-

— EU SOU UMA PRINCESA! HIC!

Parou instantaneamente, não fazia sentindo argumentar contra uma bêbada. Sem dizer mais nada, Rogue Cheney subiu as escadas com Lucy Heartfilia em seus braços.

— Rogueeee! Hic! A gente já tá na lua de -Hic!- mel? - Lucy fechava os olhos embriagados e sorria alegremente.

Claro que o moreno nem deixou-se controlar e corou, afinal, podia fazer o que quisesse, Lucy estava bêbada demais para se lembrar de qualquer coisa na manhã seguinte. A Heartfilia tinha sorte de Rogue ser alguém confiável e decente o bastante para não fazer nenhuma 'bobagem' (se é que você me entende) com ela. Ela não devia baixar a guarda com homens de jeito nenhum, seu corpo deixava qualquer um louco por ela. Ele decidiu não pensar muito sobre isso, senão acabaria sendo um desses loucos.

A porta do banheiro estava entre-aberta, abriu-a completamente com um chutezinho fraco, acertou o interruptor com o ombro para ligar as luzes e suspirou ao colocar Lucy na banheira vazia.

— Rogue Chene-Hic!-y! Exijo saber por que caralhos eu tô numa banheira! - ela parecia ofendida, sem nenhuma razão aparente.

— Você vai tomar um banho.

— Tu tá de brincadeira com a minha -Hic!- cara?! Por acaso você sabe com quem você tá falando agora?! Eu sou a FILHA DA MORTE! HIC! BRINCA COMIGO NÃO QUE EU SOU PERIGOS--

Rogue tapou a boca dela com a mão direita, enquanto a esquerda ligava a torneira em água fria.

— Certo - ia entrar no joguinho dela. - Sra. Heartifilia da Morte. (Por algum motivo, estava se sentindo confortável com piadas agora.)

— Hmmf! Hmpfffhmmf! - ela cruzou os braços, decidida. Não parecia saber que ele não havia entendido bulhufas do que dissera.

— Agora, você não precisa gritar comigo, estamos entedidos, Filha da Morte?

— Uhum! - ela estava mais feliz agora.

Mas a felicidade da Heartfilia não durou muito tempo, quando a água fria começou a preencher a banheira, ela se arrepiou, esperneou e gritou, tentando sair dali, mas Rogue era fisicamente mais forte, havia treinado há mais anos que ela, não em magia, mas em força física.

— Hn! Você não vai à lugar algum, Heartfilia! - segurou os braços da garota, a deixando imobilizada enquanto sentia a água fria em suas coxas e traseiro.

— M-mas tá muito fria! Hic! Muito!

— Você também está muito bêbada. Muito.

Ela grunhiu e gemeu em desagrado. Depois de um tempo de reclamações e soluços, a banheira estava finalmente cheia. Lucy já havia se acostumado com a temperatura então parou de encher o saco.

— Hmm... - ela olhava para seus próprios joelhos

— Hmm? - jogou um pouco de água na cara dela, que nem pareceu notar.
Lucy bocejou, colocando uma de suas mãos em frente a sua boca. E lá havia uma coisa que Rogue não pudera deixar de notar: uma cicatriz de queimadura terrível. Sentiu-se curioso é claro, mas aquele não era o momento para perguntar coisas para Lucy. Guardou a cicatriz na memória para perguntar na manhã seguinte, talvez.

— Sentindo-se melhor? - o Cheney perguntou.

— Eu tô toda molhada.

Suspirou e alcançou uma toalha no armário em baixo da pia do banheiro.

— Levante-se.

— Você não manda em mim.

— Por favor. - Aquilo não saíra de bom grado, mas era necessário se não quisesse machucá-la.

— Tá, tá! - Lucy proclamou ao levantar-se, completamente encharcada. - Vai me secar também agora?

Pensou no que a garota dissera, não poderia secá-la completamente sem que a mesma tirasse as roupas.

— Tudo bem, mas não tente gracinhas, Heartfilia - Rogue proferiu enquanto saía do cômodo.

— Que gracinnha, seu babaca tijolão? - sussurrou ela. Sabia que ele tinha ouvido pela audição aguçada. - Hunf!

Rogue jogou-se na primeira planície macia que encontrou, sua cama, voltando a passar a mão pelos cabelos, nervoso.

— Mas que diabos.

O rapaz encarava o teto, procurando relaxar. Só procurando mesmo. Mas a busca não durou muito tempo.

— Ô, emo! - a maldita atrevida gritava do banheiro. - Traz minhas roupas!

Ela não obteve resposta.

— ... Por favorzinho?

UGH!

Levantou-se e procurou em seu quarto onde ela havia deixado suas roupas. O pijama da garota estava em cima de sua cômoda, pegou a peça e a examinou; uma camisola curta com um desenho de um morango com uma cara de gato estampada no peito.

— Você é o quê? Uma criança? - não pôde deixar de irritá-la um pouco.

— Cala essa boca e me traz logo ela!

De mau grado dirigiu-se até o banheiro. A porta estava aberta, entrou lá sem pestanejar e contemplou uma loira de cabelos encharcados só de toalha.

— Onde eu deixo as roupas molhadas? - e a loira nem parecia se preocupar com o fato de estar 'só de toalha' em frente ao Cheney, isso o deixou intrigado e um pouco ofendido (talvez bastante ofendido).

— Eu dou um jeito, só se vista - murmurou, entregando a camisola pra ela, não tardando a sair do banheiro mais uma vez.
Quando Rogue entrou no quarto ouviu uma voz sonolenta.

— Rogue? - era Frosch, deitado em cima de um travesseiro na cama. - Onde está sra. Lucy?

— Ela já vem. - na verdade, ela já estava ali.

— Frosch! - ela exclamou, se jogando na cama e abraçando o exceed. Rogue olhou estupefato a cena, Lucy quase esmagava o pobre coitado com seus peitos giganormes.

— S-sra. Lucy, Fro não consegue r-respirar!

— Oh! Desculpa, Frosch, mas você é tão fofinho que dá vontade de apertar! - exclamou Lucy, brincando com as orelhinhas do exceed, o fazendo dar pequenas gargalhadas.

Rogue Cheney bufou se ajeitando melhor na cama, já cobrindo-se com o edredom. Pouco ligava se não estava com os trajes apropriados para o sono. Ele só queria dormir, e seria ótimo se Lucy também o fizesse.

— Hmmm... - A loira encarou as costas do rapaz. - Forte. - passou um dos dedos por toda a extensão das costas de Rogue.

O mesmo, mais uma vez, paralisou.

— Rogue é muito, muito forte e legal! - disse Frosch. - Fro ama Rogue!

— Hehe, sim, sim Frosch. - abraçou o exceed mais uma vez, tentando não esmagá-lo, o exceed aceitou o abraço de bom grado soltando exclamações carinhosas.

Mas Frosch também queria estar abraçado a Rogue.

— Rogue, Rogue! - o exceed o chamou, sonolento.

— Hn?

— Abrace Fro também!

— ...Não.

Não demorou para que os olhos de Frosch se enchessem de lágrimas.

  - N-não chore, Fro! - Lucy desesperou-se. - Rogue!

 - Ugh. - perdera a conta de quantos ugh's havia pensado e dito naquela noite. Virou-se para Lucy, era por isso que não queria abraçar Frosch, teria que abraçar Lucy também, e se tentasse abraçar apenas o exceed, acabaria tendo que passar o braço entre os seios da garota. A melhor opção foi abraçar ela. Cuidadosa e cautelosamente ele o fez. Deixando o exceed super feliz, já fechando os olhos.

 - Fro ama sra. Lucy e Rogue. - Foram suas últimas palavras antes de cair no sono.
        Lucy também não aguentara muito tempo até dormir, mas Rogue ficara acordado, pensando sobre como perguntaria sobre a marca nas costas da mão da maga na manhã seguinte.

E enquanto pensava, teve certeza de uma coisa.

Jamais a deixaria beber de novo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Dessa vez nada de Grell ou outros personagens de Kuroshitsuji, só minhas sinceras desculpas.

:(



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Noite Irá Escurecer, Junto Com Você?!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.