Pokémon: A Revolução escrita por Kaox


Capítulo 1
Prólogo - O Ressurgimento


Notas iniciais do capítulo

- Este capítulo serve como apresentação do enredo.



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A tentativa da Equipe Plasma de dominar o mundo através do monopólio de pokémons havia fracassado, mas ao redor do planeta algumas pessoas observaram tudo com atenção, analisando cada detalhe e borbulhando de ideias e desejos corrompidos, esperando apenas uma oportunidade que possibilite seus planos inspirados se tornarem realidade.

Ghetsis estava arruinado, todos os seus planos tinham sido destruídos, ele não podia mais ficar ali. Sua influência em Unova estava condenada, pois com o peso de seu fracasso, não poderia manter o apoio dos detentores do poder, toda a população já conhecia seu rosto e seu nome e o viam como um verdadeiro demônio.

Mas em outro continente, na região de Kanto, ele ainda mantinha seus contatos. Ele sabia que a sede por poder estava pregada no fundo da alma de muitos indivíduos, bastava encontrar as pessoas certas. Decidiu reunir o que ainda restava-lhe de integrantes leais e de pessoas que poderiam lhe ser úteis, e então atravessou os mares. Ele não estava fugindo, estava apenas recomeçando.

O começo foi difícil, mudou seu nome e sua aparência, era óbvio que as notícias sobre suas ações iriam se espalhar ao redor do globo, e as coisas progrediam devagar, mas tudo mudou quando conheceu um homem misterioso que identificava-se somente como M2. Aquele provou-se o aliado mais incrível que já teve, conseguia concluir todas as missões que lhe eram atribuídas, como obter informações, manipular pessoas, convencer novos aliados a se juntarem à causa e até mesmo realizar assassinatos sem deixar vestígios, muito diferente de seus velhos capangas incompetentes. Desta forma, um a um, seus inimigos foram caindo e o caminho se tornava cada vez mais limpo. Por outro lado, ele era certamente perigoso, apesar da eficiência e de aceitar todo tipo de trabalho, sua lealdade era duvidosa enquanto suas intenções permanecessem incertas, portanto Ghetsis poderia ter que livrar-se dele depois. Como esse tipo de situação ele conhecia bem, já havia garantido medidas de se prevenir e também descoberto sobre a vida do homem, seu nome real era Mark Katz e aparentemente era um rico dono de bancos, famoso por sua ganância e métodos inescrupulosos, embora a forma com que conseguia agir infalivelmente permanecesse um enigma.

Mesmo assim, teve altos e baixos, mas não desistiu, um homem que conheceu a ruína tem sua vontade maximizada pelo desejo de ressurgir. Pouco a pouco, com a ajuda de M2, foi crescendo, reunindo pessoas poderosas e contaminadas pela ganância, e logo alcançou influência sobre governantes. Por fim, com a união e aceitação de todos, formou uma nova organização, da qual batizou de Equipe Stealth. Eles não anunciariam seu nome ou sua existência para o mundo, não poderiam arriscar suas reputações e nem chamar a atenção da opinião pública, iriam apenas agir por trás dos panos, como uma legítima organização secreta.

Dessa vez, tudo seria medido nos mínimos detalhes, ele não repetiria os erros do passado. Aprendeu que, para se dominar pessoas deve-se manipulá-las, deve-se deixá-las pensar que estão felizes e que seguem o rumo certo. Obrigar que todos simplesmente libertem seus pokémons e que aceitem passivamente a força bruta fora seu grande equívoco, a agressividade sempre gera revolta. Se não podia retirar das pessoas a companhia de seus amados pokémons, utilizaria seus laços estreitos a seu favor.

Começou, com a ajuda de donos de meios de comunicação, campanhas sobre a preservação da integridade dos pokémons. Mostrava como as duras rotinas de treino que muitos treinadores impunham poderiam tornar seus pokémons desgastados e infelizes. Logo a mídia fazia matérias frequentes sobre o estado grave e às vezes fatal que alguns pokémons se encontravam após batalhar. Financiou, com ajuda de seus aliados no governo, programas de educação com caráter extremamente alienador que ensinavam as crianças a cuidar de forma saudável e a nunca permitir que seus pokémons se machucassem. Pagou, sem que ninguém mais além dos organizadores soubessem, para que manifestações contra abusos de pokémons fossem criadas, e logo estas infestaram as ruas das cidades, e claro, contou com M2 para o trabalho sujo.

Finalmente, o primeiro passo de seu plano foi alcançado. Estava, por lei, terminantemente proibido que batalhas entre treinadores de pokémons fossem realizadas na região de Kanto, sendo como única exceção, as batalhas para treinos dos pokémons a serviço da polícia e do exército. Todas as ligas e ginásios foram fechados, enquanto competições como os Festivais Pokemón, desde que não possuíssem fases de batalha, competições de beleza e outros tipos de disputa que não envolvessem violência foram amplamente incentivadas. Desta forma estava garantido que a população manteria o entretenimento alienante, conhecido desde antigamente como ‘’Pão e Circo’’, ao mesmo tempo em que perderia o domínio sobre o poder e a força de seus pokémons.

Daí para frente as coisas evoluíram rapidamente. Ghetsis, sempre controlando tudo sem expor sua imagem, conseguiu que vários de seus vassalos fossem eleitos para cargos importantes do governo. Com a população enfraquecida e indefesa, passou a utilizar a violência da força militar para atingir novas metas. Proibiu a captura de pokémons selvagens, alegando que eles devem ter o direito de serem livres e de viverem em seus ambientes naturais junto de suas famílias, e proibiu, como consequência, a fabricação de novas pokébolas. Criminalizou a evolução de pokémons, alegando que um pokémon, ao evoluir, perdia parte de sua essência e de sua personalidade, sendo este um ato desumano.

Cada vez mais leis severas foram criadas, e as punições eram exemplares. Toda a mídia foi controlada pelo governo, e quem se opunha ou se manifestava contrário era duramente castigado. Não era mais permitido que pessoas de outras regiões entrassem em Kanto, pois segundo o governo elas eram uma ameaça aos pokémons locais, e nem que os habitantes de Kanto saíssem do continente, pois eles poderiam caçar e abusar de pokémons em lugares em que essa prática ainda era permitida. Em um período de quinze anos entre a chegada de Ghetsis e a sua ascensão, a região de Kanto foi completamente dominada por um novo regime, que se auto intitulava de Pokeigualdade, e que afirmava buscar a paz, a igualdade e a harmonia entre humanos e pokémons.

O último passo teria de esperar mais um pouco, Ghetsis precisava reunir poder militar e político o suficiente para o seu principal objetivo, o mundo inteiro. Mas ele sabia esperar, já havia esperado anos para conquistar Kanto, poderia esperar muito mais se fosse necessário.

Porém, ainda havia quem quisesse manter os velhos costumes ou lutar contra opressão. Treinadores e outras pessoas revoltadas criaram ligas independentes e ilegais, que ficaram popularmente conhecidas como ligas piratas. Nelas, todas as antigas práticas eram mantidas, desde treinos e aulas sobre conhecimento de técnicas, até batalhas e campeonatos. As ligas funcionavam sempre em lugares escondidos e tinham que conviver diariamente contra a perseguição da polícia.

Nem todas as ligas piratas tinham os mesmo objetivos, a corrupção e o crime eram parte integrante de seu ambiente. E além delas, outras facções misteriosas e muito mais complexas passaram a existir.


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