Why So Serious, My Love? escrita por Rine


Capítulo 3
Capítulo 3 - Terceira consulta.


Notas iniciais do capítulo

oiee *u*olha, não demorei tanto o/consegui fazer um maiorzinho q os outros hduashduash espero que gostem :33



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How many secrets can you keep?

Jack se preparava mentalmente para adentrar a sala de consulta. Ultimamente aquelas sessões realmente o perturbavam. Harleen Quinzel o intrigava. “Eu vou conseguir” ele disse. “Você vai à loucura” eles responderam. Jack era considerado o melhor psiquiatra da área que trabalhava, com pacientes até o nível 3. Harleen era nível 5, o nível mais leve entre as categorias dos vilões, por não cometer tantos crimes em comparação aos outros. Mas ela era diferente. Ela era pior do que qualquer outro paciente com que Jack ja conversara.

Geralmente, os pacientes dos níveis 4 e 5 tinham a psicopatia adquirida na infância, por traumas como estupro, abandono etc. Mas Harley, pelo que dizia, só fazia as coisas por querer ser livre. Ou não, ninguém podia provar que era verdade. Nem mentira. Isso intrigava Jack.

Abriu a porta. “Prepare-se.”

– Harle...

– Bom dia, Jack Nickled. Queira se sentar. – Harleen falou, com tom sério.

Ela trajava um vestido branco e formal, estava sem a típica maquiagem de palhaço, tendo só o batom vermelho como modificação. Seus cabelos loiros estavam presos em um coque e ela usava óculos que a deixavam com um rosto mais intelectual. Jack estava boquiaberta. Aquela não parecia a palhacinha infantil que ele estava acostumado.

– H... Harley Quinn?

– Quem vos fala é a doutora Harleen Quinzel. Vamos começar a consulta. – Disse ela, estendendo a mão.

Foi aí que Jack entendeu. Na última consulta, ele havia concordado com a ideia de troca de papeis. Jack apertou a mão da mulher e se sentou.

– Hum... Jack Nickled, 25 anos, signo Leão...

– Como você sabe disso?

Harleen o fuzilou com o olhar.

– Ok, sem mais perguntas. – Jack falou, constrangido. Harley consegue tudo, claro. As tais “vantagens de ser mulher”. Harleen sorriu.

– Vamos começar agora. Só fale o necessário. – Harleen falou, em tom sério.

“Como se você fizesse isso.”

– Conte-me sobre a sua infância.

– Eu hum... Nasci e me criei em Gotham. Meu pai me abandonou com a minha mãe assim que nasci, e ela me criou sozinha.

– Você era feliz?

– Na medida do possível. Minha mãe sempre foi muito guerreira, e muito ótima para mim. – Ele falava com um tom distante e nostálgico.

– E a sua adolescência? – Harleen não parecia realmente interessada, só o olhava com atenção e escrevia algo no papel que segurava.

– Comecei a trabalhar aos 14 para ajudar a minha mãe com as despesas. Foi uma das melhores épocas da minha vida, pois minha mãe vivia sorrindo. O meu dinheiro pagava as contas e o dela ela usava para se divertir. Meus suados dias de trabalho eram compensados pelo sorriso dela.

– Se eram os melhores dias, quando piorou?

– Quando eu fiz 16 anos. Meu pai voltou para casa implorando pelo perdão da minha mãe. Ela, com um ótimo coração, o perdoou e tentamos viver em família por um tempo.

– Até que ele começou a beber... – Harleen complementou.

– É, ele começou a beber quando fiz 17. – Jack parou e olhou para ela. Não se sentia mais surpreso com a extensão de conhecimento de Harley. – E a bater em minha mãe.

– Conte-me sobre isso. – Harleen falou, indiferente.

– Ele, na verdade, já me batia quase todo dia. Só que quando começou a beber de verdade, chegava de madrugada em casa, bêbado e ia bater na minha mãe. Um dia – A voz de Jack falhou. – Ele perdeu uma aposta que envolvia todo o seu dinheiro. Na verdade, o dinheiro era da aposentadoria da minha mãe, e ela o repreendeu, dizendo que não teria como continuar assim. – Uma lágrima caiu do seu olho esquerdo. – Ele a espancou, e ela, já com 65 anos, não resistiu... Ela morreu, Harley.

– Hum... – Harleen continuava anotando. Jack olhou para ela e viu que ela não alterava a expressão séria. Não demonstrava sentimento. Típico de um psicopata. – E você, o que fez diante disso?

– Fugi de casa na mesma noite e fui morar na casa de um amigo. A família dele me recebeu bem e pude completar os estudos.

– E por que virou psiquiatra?

– Porque nessa época eu quase enlouqueci. Um psiquiatra me ajudou sem cobrar nada, e eu sou eternamente grato a ele. – Jack limpou os olhos. – Daí resolvi ajudar as pessoas com mente perturbada também.

– Hum... Isso é nobre. Você tem algum trauma dessa situação ou de qualquer outra?

– A tatuagem no braço direito do meu pai. Uma caveira com uma argola no nariz, como se fosse um touro. É até normal se for analisar, mas era ela que me observava enquanto ele batia, barbaramente na minha mãe e em mim. Quando em mim, ela olhava bem nos meus olhos.

Harleen se levantou e foi em direção à porta, com a folha onde escrevia em mãos. Jack, meio atordoado, esperou que ela saísse, já que eles trocaram os papéis e agora ela era a psiquiatra, mas depois se tocou que ela indicava a saída para ele.

– Nossa consulta chegou ao fim. Até, Jack Nickled. – Disse Harleen, após ele passar pela porta. Ela entregou o papel, que ele julgava ser sua ficha, e fechou a porta.

“Vamos ver como eu me saí...” Jack se calou. No papel não tinha uma ficha analisando sua vida, infância e traumas. No papel tinha um desenho perfeito dele, porém com algumas diferenças.

Suas sombrancelhas quase se fechavam, de tão raivosas que olhavam. Um sorriso enorme, completamente maldoso e traços psicopatas. Tinha um pequeno topete, e olheiras em volta dos olhos inteiros.

No canto acima do papel, tinha um coração com as iniciais “H+J”, e logo abaixo da imagem, Jack leu a frase “Let’s put a smile on that face!”. No canto direito de baixo,tinha “Joker e Harley”.

“Joker? Algo como ‘Coringa’ em inglês?”. Ele dobrou o papel e guardou em seu paletó, sorrindo. “Essa mulher ainda me levará à loucura.”


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Notas finais do capítulo

Obrigada, HMichaelis e KateOfSpades, por favoritarem *----* obrigada a quem lê e acompanha ♥ e pelos comentários, voces me deixam mais felizes u..ubjos ♥