Be Your Everything escrita por Rainy


Capítulo 19
Capítulo 18 - Meu coração já está preenchido...


Notas iniciais do capítulo

geeeente, oi oi oi! Nem demorei tanto pra postar dessa vez, hein u-u
Caras leitoras, uma novidade: AMANHÃ É MEU ANIVERSÁRIO O// UHUUUUUUUU!
E seria muuuuito bom se vocês recheassem esse capítulo com vários reviews.
Mas enfim, não me matem por conta desse cap. Continuem amando o Niko, ok?
SPOILER DO PRÓXIMO CAPITULO: Festa. Kath. Niko. Sozinhos. Praia.
huuuuuuuum... -v-
Bom, minhas fofas e divas, espero que gostem XD
Boa leitura ^^



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Tá, aquele definitivamente não era um bom dia para eu levantar da cama. Na verdade eu queria ter ficado lá com Niko, mas sempre tem aquela coisa, ou alguém, que atrapalha. Parece que Deus ou qualquer força sobrenatural existente gosta de tirar com a minha cara.

Naquela manhã eu acordei com o sol invadindo o quarto. Senti um peso sobre meu corpo e quando finalmente consegui abrir os olhos, me deparei com uma cena. Vamos dizer que eu não estava em uma posição favorável... Ou até mesmo decente.

Não, pelo amor de Deus. Não pensem que eu estava pelada. De jeito nenhum. Ainda tenho a minha dignidade. Ou não.

O fato é que eu estava com os braços no peito do Niko e a perna em volta de sua cintura. Sua mão estava propositalmente – ou talvez estivesse lá sem querer, mas por algum motivo desconhecido eu não conseguia acreditar muito nisso. Deve ser porque eu convivo com esse garoto há um mês e provavelmente deve ser o cara mais safado que já conheci. Não que eu não goste disso, afinal um pouco de safadeza é bom para o relacionamento... Ou qualquer coisa que fosse o nome do que estávamos tendo. – posicionada no meu bumbum. E eu estava usando shorts. E eu deveria sair dali. Deveria gritar com ele e empurrá-lo da cama.

Mas eu não quis fazer isso. Só porque eu devo fazer algo, não quer dizer que eu realmente vá fazer. Por algum motivo – que eu devo saber o nome, mas não estou afim de admitir no momento. – eu não queria, em hipótese alguma, me desvencilhar dele. Era como se, mesmo em uma posição ''indecente'', eu ainda me sentia segura. Ainda me sentia... Salva? Ou até mesmo feliz por ter encontrado alguém que me proporcionava uma sensação tão boa e de certo modo, viciante.

Sim. Acho que Niko acabou se tornando a droga que eu me viciei tanto que não conseguia ao menos imaginar como seriam meus dias sem ele. Sem seu toque, sem seu cheiro inebriante e principalmente, sem seus doces e carnudos lábios colados aos meus.

Eu quero o Niko. Eu o quero mais que tudo.

Mas ele não sente o mesmo.

Ok, agora é a hora que você se pergunta: Mas Katherine, ele não se declarou pra você? Sim. Ou não. Talvez, eu acho. O problema é que ele não disse ''estou apaixonado por você''. Ele disse: ''tenho a leve impressão de que posso estar me apaixonando por você.'' Tem diferença. E uma grande diferença no meu ponto de vista. É como se ele estivesse no processo de se apaixonar enquanto eu já passei pelo processo, fiz faculdade, mestrado, doutorado e qualquer outro ''ado'' que exista nesse mundo.

Eu continuo querendo o Niko. Mas quero que ele me queira na mesma quantidade, ou até mais se possível.

Suspirei, resignada. Talvez eu só estivesse apressando as coisas em minha cabeça. Talvez devesse me contentar com esse ''posso estar me apaixonando por você''. Vamos concordar que é melhor isso do que ''você é como uma irmã pra mim''. Isso seria um tapa na minha cara. Uma manada de elefantes pisoteando meu corpo. Um caminhão passando por cima de mim umas 4154141563 vezes.

Coloquei as mãos em minhas têmporas e depois esfreguei os olhos. Eu necessitava de um banho urgentemente, só que mais uma vez eu não conseguia levantar da cama. Não queria acordá-lo. Não quando ele tinha uma expressão tão serena e doce em seu rosto.

Seus cabelos negros, agora maiores do que costumavam ser, estavam caindo levemente em sua face. Seu maxilar estava relaxado, sua boca tinha um tom rosado e sua respiração era contínua e pesada.

Muito contrariada, acabei me desvencilhando dos seus braços. Tomei o maior cuidado para não acordá-lo e assim que coloquei meus pés no chão, senti uma mão indo de encontro a minha cintura e me fazendo deitar mais uma vez.

– Que susto, garoto. – coloquei a mão no peito.

Olhei para o rosto de Niko e o mesmo estava com um sorriso de canto estampado. Seus olhos estavam semi-cerrados e sua mão foi de encontro ao meu rosto, o acariciando com gentileza.

– Aonde você pensa que está indo? – perguntou, por fim.

Vou pra qualquer lugar, desde que você esteja comigo.

É óbvio que eu não disse uma coisa dessas. Não queria assustá-lo com o meu extremo e esquisito romantismo repentino. Por isso só falei:

– Vou tomar um banho.

E sabe o que ele disse?

Não.

Dá uma pausa.

Parou o momento.

Congelou.

Qualquer pessoa em sã consciência me deixaria levantar e tomar meu tranquilo banho. Mas o Niko parece ter alguém neurônio faltando ou a sua safadeza aumentou significavelmente de nível, já que ele disse:

– Ótimo. Vou junto. – e se levantou, indo em direção ao banheiro.

O que eu devo fazer numa hora dessas? Ir lá com ele?... Hahaha, mas é claro que não! Por tudo que é mais sagrado e divino nesse mundo, eu nunca fui preparada emocionalmente para uma situação dessas. Nenhum garoto... Bom, nenhum garoto teve algum tipo de atitude como essa comigo.

Mas o Niko não é qualquer garoto.

Ele é o MEU garoto, mesmo eu não dizendo isso a ele.

E foi por isso – com meus insanos pensamentos – que eu me levantei da cama e fui em direção ao banheiro.

E então... Bom... Er... Eu meio que o joguei na banheira, gritando para que ele apodrecesse no inferno e que nunca mais dissesse uma coisa daquelas.

Sai em passos fortes, quase que perfurando o chão com o meu pé grande – mentira, porque meu pé é minúsculo, igual a mim. – e me joguei na cama, amaldiçoando a geração inteira dos Romanov.

Como ele me diz uma coisa daquelas? Como ele tem coragem de me deixar pasma e de bônus, deixar meu corpo mais quente que o sol e minha cara parecendo uma pimenta malagueta?

A verdade é que eu gostei do que ele disse. Gostei e muito... Mas é que... Ah, é um assunto delicado. Lá vai:

Eu sou virgem.

Sim, completamente virgem. Inteiramente virgem. Lacrada. Não fui rompida. A minha tampa está preservada.

Tá, parei. Acho que todos já entenderam.

O fato é que o Niko tem experiência. Muita, acredito eu, já que tenho certeza que tonta era a menina que resistia a ele. Principalmente com aqueles olhos verdes sedutores, sua boca levemente avermelhada, suas mãos grandes e macias, seu abdômen definido e...

– Ainda pensando em mim? – não, isso não é justo comigo. Acho que ele resolveu pegar esse dia para me afundar no poço da vergonha.

– Er...C-C-Claro que não! – perfeita hora para gaguejar. Sério, depois dessa eu preciso me internar no manicômio.

– Você sempre foi péssima em mentir, Katherine. Pode falar que está babando no meu corpo sensual. Não te culpo. – deu de ombros e se jogou por cima de mim.

Detalhe: ele saiu do banho agora e me molhou toda.

Detalhe 2: ele só usava a toalha.

Me diz se não é muito para o meu pobre coração... Desse jeito eu não sei se aguento.

– Niko... – não sei dá onde tirei voz para pronunciar seu nome. Não consegui em nenhum momento estabilizar meu nervosismo por tê-lo tão perto de mim.

E eu estava o desejando. Desejando por completo. C-o-m-p-l-e-t-o, entenderam?

Talvez eu me entregasse para ele. Talvez eu tivesse o beijado e arrancado sua toalha ali mesmo. Talvez eu realmente quisesse só que nada é do jeito que eu quero.

Não quando uma voz extremamente idiota ecoa pelo quarto, me fazendo ruborizar dos pés a cabeça.

– Vão para um motel. – e de quem mais poderia ser essa voz? Dou um beijo em quem acertar...

Quem respondeu que era do Nate, errou! Era o Fred. O palhaço do Fred. O estúpido do Fred. Por que eu ainda não fui matar o Fred?

– Cai fora daqui, caralho. – Niko saiu de cima de mim – nãããããããããão. – e voltou mais uma vez para o banheiro, levando uma muda de roupa.

E eu fiquei ali encarando o Fred. E o Fred me encarando. E dando um sorriso malicioso tão grande quanto ao gato da Alice.

– Dá pra parar de ficar me olhando? – abaixei a cabeça e tentei disfarçar a minha vergonha ao brincar com as minhas mãos.

– Você gosta mesmo dele, né? – admito que não estava esperando por essa. Ergui meu olhar e fitei Fred. Aquele sorriso já tinha desaparecido do seu rosto e ele estava encostado na porta, de braços cruzados e me olhando de um modo assustadoramente sério.

Por mais que tentasse, nenhuma palavra saia da minha boca. Eu só conseguia abri-la por uns segundos, mas logo a fechava. Mais uma vez, não estava emocionalmente preparada para isso.

– Não precisa responder. – disse, por fim. – Eu já entendi. Fico feliz por vocês. – vi um sorriso sincero brotar em sua boca e foi impossível não sorrir junto. – Só usem camisinha.

Plaft. Acabou o momento fofo.

Xinguei Fred de todos os nomes possíveis e joguei nele o primeiro sapato que encontrei.

– Para, Katherine. Só to falando a verdade. – se desviou de uma almofada dessa vez. – Vai me dizer que você não quer?!

– Sai. Daqui. Agora. – devo ter feito à expressão mais aterrorizante desse mundo, porque Fred saiu na mesma rapidez de um coelho.

– Cadê o Fred? – olhei para a porta do banheiro e vi o deus grego mais sexy sair de lá.

Niko usava uma calça jeans cinza, uma camisa polo azul escura e um tênis preto. Ele estava secando o cabelo com uma toalha e quando a passou na nuca eu pude notar seus músculos se flexionarem.

Acho que eu devia estar babando naquele momento. Babando não, mas deixando um Oceano Pacífico sair da minha boca. Péssimo, eu sei, mas ele realmente estava muito bonito. O maior gato.

Ele sorriu para mim de um jeito tão doce e tão apaixonante que senti meu coração se derretendo naquela hora. E eu teria pulado em seus braços, mas outra pessoa invadiu o quarto e fez isso por mim.

Já devem saber quem é, não é mesmo?

Incrível como eu consigo atrair coisas ruins.

E é por isso que eu não deveria ter levantado da cama hoje!

(...)

– Você vai aonde?! – desliguei o secador de cabelo e olhei de relance para Niko, que estava sentado no pequeno banco que havia no banheiro do meu quarto. Seus punhos estavam fechados e sua expressão não parecia nem um pouco agradável.

Depois da vaca-desgraçada-filha-de-uma-mãe-mal-amada ter invadido o meu quarto e pulado no colo do Niko, ela ainda inventou que estava triste por ele não estar passando tempo suficiente com ela e o chamou para dar uma volta na fazenda.

E o que ele fez? Se alguém responder que ficou comigo, sinto muito, mas você errou. Errou feio. Ele acompanhou a mestra das vagabundas e me deixou sozinha.

É nessas horas que eu acho que aquelas palavras que ele disse podem não ter sentimento algum. Podem muito bem ser da boca pra fora. Eu realmente queria acreditar que ele gosta mesmo de mim, mas desse jeito fica difícil.

– Vou à cidade com o Iván. Ele perguntou se eu não poderia ajudá-lo com algumas compras para festa de hoje à noite e eu aceitei. – respondi, simplesmente.

Minutos depois do ''showzinho'' da Ashley, Iván apareceu no meu quarto e me convidou para sair com ele. Disse que tinha uma pequena feira na cidade e gostaria de me levar até lá, mas é obvio que não contei essa parte para o Niko.

– Você tá gostando do meu irmão, por acaso? Por que isso seria muita sacanagem comigo.

– Sacanagem com você?! – perguntei, incrédula. – Sacanagem é o que você vem fazendo comigo! Diz que gosta de mim e que pode estar se apaixonando, mas não pensa duas vezes em ir correndo igual a um cachorrinho para aquela coisa chamada Ashley. Você pode não perceber Niko, mas eu gosto muito de você. Até mais do que você realmente merece, mas, infelizmente, não mandamos no coração. E eu não me arrependo disso, só que uma hora cansa... Cansa lutar por uma pessoa e nunca ter certeza de que ela sente o mesmo. Eu quero paixão, Niko, mas também quero estabilidade. Eu não sou essas putas que você está acostumado a pegar na esquina e que despacha no dia seguinte. Eu tenho sentimentos e se você não der valor a eles... – engasguei com o nó formado em minha garganta. Meus olhos já estavam marejados e minhas mãos, trêmulas.

– Kath... – Niko tentou dizer algo, mas o interrompi.

– Não me chama de Kath! Pra você é Katherine. Agora se me dá licença, estou atrasada para o meu compromisso. – fui até meu quarto, pegando minha jaqueta e minha bolsa que havia deixado em cima da cama. Olhei por cima dos ombros e encarei Niko. – Aproveite o tempo que não estou aqui e vá se divertir com a Ashley. Só que dessa vez, quando eu chegar na fazenda, não o quero ver no meu quarto. Entendeu? – não esperei sua resposta e fui marchando e direção a porta, a fechando com a maior força que encontrei naquela hora.

Eu me recuso a chorar. Não quero demonstrar minha tristeza para o Iván, que se mostrou tão animado quando aceitei seu convite. Às vezes tenho a impressão de que ele, mesmo com o pouco tempo de convívio, me faria muito feliz.

Pena que meu coração já estava preenchido por um idiota.


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Notas finais do capítulo

A roupa do ''encontro'' da Kath com o Iván é essa aqui: http://www.polyvore.com/katherine/set?id=92773003
Não sei porque, mas o link não tá indo na palavra --'
beijoooos ♥



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