Todas Contra O Damon escrita por Sonhos de inverno


Capítulo 15
Ótimo, estou fodida


Notas iniciais do capítulo

Hey galera! Como é que ta do lado dai??
Eu sei... andei meio sumida e tals, mas ta realmente uma barra aqui! 3 colegial, ENEM, faculdade e pressão kkkk sim, ta foda!
Chega de blá, blá e bora ler



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/376138/chapter/15

Colei o ouvido na porta e parei de respirar. O fato de que, a mais de quatro horas, quatro mulheres estavam fechadas no meu quarto, bolando um plano incrivelmente tolo, e, que, sem dúvidas, daria errado, enquanto eu, a idiota que realizaria todo o espetáculo, estava do lado de fora, sem nenhuma notícia, sem poder escutar absolutamente nada deixava algo extremamente claro. Oh, Deus, eu estava tão fodida.

Não havia ruídos, palavras sussurradas, batidas, absolutamente nada. Estavam tão incrivelmente silenciosas, que de alguma forma, pensei que essa seria a melhor maneira de invadir a casa de alguém, pois, naquele exato momento, elas seriam perfeitas para a realização deste trabalho.

Não, a quarta integrante de todo o imbecil espetáculo não era a minha fiel companheira, na verdade, ela estava ao meu lado, encurvada, apoiando as duas mãos em direção ao copo, um pequeno objeto cravado na madeira da porta e seu ouvido. Uma bela dupla, uma patética lastima.

Soltei um suspiro e acarretei um beliscão nada sutil, ora essa, sutileza não era nosso foco. Entortei a coluna ate chegar ao buraco da fechadura, mas, por mais estupido que pareça, não havia nada, isso ai, nadinha, somente um preto e mais nada. Ótimo, elas sabiam o que eu estaria fazendo, e não queriam bisbilhoteiras.

POV. DAMON

Estava rachado no meio. Não me lembrei exatamente, qual foi a causa desse buraco no meio do teto, contudo, tudo isso tinha algo curioso a ser revisado, me lembrava exatamente de todas as situações constrangedoras que foram a causa dos outros espaços abertos no maldito teto descascado.

– Uma garota por seus pensamentos! - Klaus sussurrou.

Ele não se deu ao trabalho de virar a cadeira, na verdade, seus olhos, estavam fixos e cravados na tela do computador a mais ou menos umas três horas; pois, de acordo com ele, seu trabalho era ser o meu advogado, segurança e que ainda vinha com um bônus em ser especialista em marketing. Sim, e fingia, desastrosamente, que caia nessa; mas era capaz de ter a ampla visão de sua rede social aberta e seu suposta "conversa" com uma prostituta dois anos mais velha que ele. No fundo, seu desespero estava focado no meio de sua calça, e eu tinha absoluta certeza ue incomodava.

–Acho que isso só acarretara em uma proposta para ser ator... - não, eu não menti.

Virou as rodinhas para mim e sorriu maliciosamente.

– Aguentaria mais uma rodada?

Desgraçado. Estava me testando. Eu estava cansado com a construção do que estava se passando a cada segundo, seria capaz de arrancar meu próprio braço para tentar não pensar em mulheres e como uma boca conseguia ser quente.

– Aposto que ela, a prostituta, não daria conta - menti descaradamente.

Ora essa, nem por outra rodada com um delicioso comburente, ainda mais um loiro, eu seri capaz de levantar um único dedo. Fraco e mentiroso, a vida e suas distintas fases.

–Desista! - me deu as costas.

–O que? - estava incrédulo.

– Isso não cola não comigo - sorriu ironicamente.

– Precisa de um medico, Klaus! - ajeitei as cobertas - Esta ficando louco.

– E você esta mentindo, tentando enganar que lhe ajudou em m trágico momento! - abri a boca, mas com um único aceno ele me calou - Esta desgastante o foto de você sempre tentar ser o melhor, esta caindo cada vez mais, e isso, não é algo bom!

– Lorotas estão ocupando sua cabeça, imbecil! - resmunguei meio atordoado.

– E o romantismo a sua! - gargalhei com o rumo de seus pensamentos.

– Klaus, não estou apaixonado, somente cansado - suspirei e fechei os olhos, mas os abri logo em seguida.

–Eu, realmente, espero que não esteja! - comprimiu os lábios.

– Não estou, e nem pretendo ficar, simplesmente não vai acontecer!

POV ELENA

A madeira rangeu e um segundo foi o tempo que tive para afastar bruscamente a orelha incherida. Um suspiro dolorido foi escutado, pois, infelizmente, minha mãe, não teve a mesma sorte.

Ali, impecavelmente, paradas exatamente onde a porta estava, havia quatro cabeças acompanhadas por carrancas e no chão, minha mãe, com as canelas finas para cima e um copo quebrado ao lado de sua blusa. Meus músculos rígidos estavam travados; não, não era por medo, afinal não havia exatamente nada a temer em relação ao trio de malucas, e, mesmo tendo uma integrante a mais no meio que ate então era uma presidiaria totalmente desconhecida para mim, não era capaz de definir a súbita mudança da contração muscular como medo, ate porque, todas nós havíamos acabado de sair de uma delegacia. Posso dizer que, o que realmente casou o panico e fez minhas veias se dilatarem foi o que havia em suas mãos.

– Precisamos que esteja acordada as cinco da manhã na segunda! - a Barbie sorriu amigavelmente.

Engoli o seco. Sabia exatamente o que teria de fazer, e, pela primeira vez, desejei não saber.

– N- não posso - gaguejei e dei alguns passos para trás.

Bonnie ficou impaciente, segurou meu braco e nem se limitou a sorrir.

–Coloque um despertador, se quiser, empresto meu celular - levantou uma mão quando abri a boca - Não precisa agradecer!

–Não é t- tão sim-simples assim - gaguejei pateticamente.

–Um obrigada, seria esplendoroso - levantou meus bracos e verificou meu cabelo - Mas, não se preocupe, querida - observou minhas unhas e ficou desgostosa -, contanto que ele continue intacto, não haverá problema algum! - disse sorrindo.

–Não se sinta comprometida a nos agradecer! - a vagabunda choramingou - Bonnie fica ate feliz em lhe emprestar algo.

– Não é bem isso - não foi firme, mas pelo menos não gaguejei.

Elas me arrastaram em direção a cama e jogaram o corpo ali.

–Bem, já que insiste tanto... - hesitou um segundo - Existe algo que pode ser um ótimo agradecimento...

Seus olhos miraram os de suas comparsas e foi neste exato momento em que eu realmente percebi o quanto manipuladoras elas poderiam ser. Estava eu, ate a menos de um minuto atras do lado de fora de meu quarto a horas, enquanto três pessoas extremamente malucas bolavam um plano com uma presidiaria, que me envolvia, e eu ainda tinha que agradecer por uma delas me emprestar um celular. Elas no minimo, me deviam uma alma.

– Tivemos repensando em algumas estrategias sobre o nosso inimigo, e bem, achamos algo bem...

– Interessante - a presidiaria completou.

–Estão querendo te envolver nisso... - a Barbie reclamou - Sabe, um papel de muita importância - foi dita cautelosamente dessa vez.

–N-não posso aceitar - sorri meio sem jeito.

Deixe eu lhes explicar algo bem drástico, nunca, ouse em ser grossa ou fazer qualquer tipo de comentário desnecessário na frente de três psicopatas loucas por vingança e uma presidiaria, pois isso, pode ser o motivo absurdo dito pelo jornal depois de sua morte.

– Oh, não seja tímida! - amigável, foi o sorriso desenhado nos lábios da vagabunda -Só queremos uma prestação de serviço, não vamos te matar!

– A menos que estrague tudo com um de seus tiques nervosos - Barbie resmungou e recebeu um pisão no pé.

–Não lhe de ouvidos - Bonnie fez biquinho.

– Vou ligar para o Ric! - a presidiaria saiu.

Quis levantar da cama e dar um basta nisso, juro que quis, mas, infelizmente, ficou somente na vontade. Olhei para minha pobre e ainda caída companheira, mas ela não me disse uma única palavra, e sinceramente, não foi necessário, a lucidez de seus olhos imundados com curiosidade e talvez loucura foi como um testamento. Ela queria tentar, e eu, no fundo, também; por ela, por elas.

POV DAMON

Apoiei meus pés na porta do vestiário masculino enquanto Klaus socava a porta.

–DAMON, ABRA ESSA MALDITA PORTA! - esbravejou.

Digamos que, sua reação ao ficar completamente nu na frente dos diretores da escola não foi muito considerável. Resolvi fixar a mente em seus berros e constatei que a melhor escolha para manter minha saúde intacta, era simplesmente ignorar seus pedidos.

– Acalme-se! A bigoduda ate ficou interessada em seu amigo - segurei o riso.

–VOU ARREBENTAR O SEU AMIGO QUANDO ABRIR ESSA MALDITA PORTA - mais um soco foi dado na madeira.

–A única coisa que vai arrebentar é a sua mão! - murmurei e firmei mais os pés na porta esperando um outro soco.

Silencio. Foi isso que recebi depois do insulto, um absoluto silencio. Aguardei pacientemente por um ponta pé inesperado, mas nada ocorreu durante longos cinco minutos. Movido pela maldita curiosidade, abri a porta e foi neste gesto, considerado, desastroso, que eu finalmente entendi o por que do silencio. Meu queixo foi ao chão. Ali, diante do meu melhor amigo, ainda pelado, estava uma mulher, mas não qualquer uma, era extraordinária de mais para não ser notada. Sorri bobamente para seus olhos, mas, este sorriso se foi no exato momento em que atras dela saíram minhas três ex- namoradas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, eu achei que ficou um lixo, mas espero que tenham gostado meus lindos!!
Comentem que ai eu volto mais rápido!!
beijocas