Casais Improváveis escrita por Valerie Grace, Lady Salvatore, Hiccup Mason, Bess, Sherlock Hastings
Notas iniciais do capítulo
Olá pessoal!Essa one é pedido de uma leitora! Do X-Men, Wolverine e Vampira :)Espero que gostem!Enjoy!
Tema: X-Men
Shipper: Wolverine e Vampire
Vampire Kiss
Eu era bom em vigiar as pessoas, persegui-las e descobrir o que estavam fazendo ou planejando fazer. Mas eu não imaginei que usaria esse meu dom para espionar uma simples garota, quase uma criança, que estava apenas se divertindo com o idiota do namorado.
Quando me questionavam sobre o que estava fazendo, eu dizia que era apenas vigia de rotina dos garotos, já que eu sou uma espécie de professor ou tutor na academia Xavier.
Eu a observava faz tempo. Desde que a conhecera, para ser exato. Não é todo dia que se encontra uma garota que é capaz de absorver o poder dos outros com apenas um toque. E não esquecerei o dia que achei que a tinha matado. Dali em diante comecei a trata-la com todo o cuidado, como se fosse algum tipo de objeto que poderia se quebrar.
Era tão lindo o jeito que ela sorria, mesmo sendo por causa de uma piada estupida daquele estupido namorado dela. Bob era o nome dele, uma criança que acha que é o rei do gelo e vive de briga com um idiota que mexe com fogo. Crianças! Mas ela não. Ela não é como eles. Ela tem uma história, teve uma vida diferente, conheceu coisas que a deixaram mais madura que todos os adolescentes dessa casa. E talvez seja por isso que eu quero protege-la, para poupá-la de qualquer sofrimento e lhe deixar apenas felicidade, que é o que ela merece. Mas como protege-la quando tem um idiota congelante do lado dela? E como protege-la se eu sei que tenho idade para ser seu avô? A aparência pode não mostrar, mas ainda sei que sou um ancião do lado dela. E se andássemos juntos diriam que sou pai dela. Eu não deveria ter me apaixonado por uma criança, isso não é certo. O que ela iria querer com um homem velho como eu? Rabugento? Ela certamente deve me ver como um pai, e isso me magoava, pois pais jamais sentiriam tal atração por sua filha e eu não deveria querer tocá-la.
Agora aqui estou eu parado em frente a uma janela enquanto observo a minha amada Vampira sendo cortejada pelo idiota do gelo. Eles sorriam agora e fiquei sem graça quando ela olhou para cima e me viu pela janela. Ela sorriu tão lindamente para mim, de uma forma que jamais a vira sorrir pra ele ou qualquer um, parecia realmente feliz em me ver. Eu amava aquilo. Ela acenou e eu retribui dando um aceno de cabeça e saindo da janela.
– Você nem é tão velho assim. – comentou uma voz conhecida atrás de mim.
Me virei e encontrei a mulher de cabelos brancos e pele morena. Tempestade.
– O que? Agora você lê mentes? – perguntei encarando-a.
Ela riu e ficou olhando Vampira e o idiota do gelo pela janela onde eu estava.
– Não é preciso ler mentes para saber o que sente por ela. – respondeu.
– Então? Não vai me dar um sermão? E me mandar ficar longe da garota? – indaguei cruzando os braços.
– E quem sou eu para dar sermões para você? – ela me olhou franzindo a testa – Desde quando é crime estar apaixonado? – continuou me fitando.
– Desde que seja um velho por uma criança. – suspirei encostando-se à parede pensativo.
Tempestade ficou me analisando por um tempo e então se aproximou e segurou minha mão, como amigos fazem quando tentam te animar.
– Você não é um velho e ela não é uma criança. E desde quando há padrões de idade no amor? – sua expressão era doce e gentil – Fale com a garota Wolverine. Sei que ela irá gostar de saber disso. – ela piscou sorridente e então saiu me deixando ali com meus próprios pensamentos.
Eu não deveria. Aliás, eu precisava pensar sobre isso. Se contasse a garota que eu a amava poderia acabar com seu namoro, acabar com um romance jovem – não que eu me importasse com o idiota do gelo – mas não queria deixa-la triste ou perturbada.
As tarefas do dia me ajudaram a esquecer o assunto e então quando anoiteceu fui para meu quarto decidido a tomar uma decisão sobre Vampira. Ou eu iria deixa-la livre e esquecê-la, ou iria lhe contar a verdade, que eu a amava.
Fiquei sentado na cama refletindo sobre o assunto. Deveria contar a Vampira que eu a amava ou não? O que ela poderia dizer? Que me vê apenas como um pai? Provavelmente. Mas será que havia a possibilidade de ela me amar também? Talvez não. Ou provavelmente não.
Eu já nem fazia ideia de que horas eram quando ouvi alguém abrir a porta do meu quarto de fininho, como se tivesse querendo espionar. Fiquei atento e pronto para o combate quando vi uma cabeleira morena olhar para dentro, e assim que avistei uns fios de cabelo branco soube quem era. Era ela. Era a minha Vampira. Ela estava ali, como num sonho.
– Logan? – perguntou baixinho e com timidez.
Fiquei um tempo apenas decorando em minha mente aquele lindo e doce som que era sua voz pronunciando meu nome.
– Vampira? – falei sentindo um sorriso em meus lábios.
– Eu posso entrar? – perguntou timidamente.
– É claro! – respondi fazendo sinal com a mão para que ela entrasse em meu quarto.
Ela entrou e em seguida fechou a porta, depois olhou para mim e colocou as mechas brancas do cabelo atrás da orelha com um sorriso divertido. E como ela estava linda! Não pude deixar de reparar! Poderia admirá-la assim para sempre, apenas com uma camisola fina branca, com alcinhas que deixavam o colo a mostra e uma saia que lhe chegava perto do joelho, deixando suas pernas a vista. Percebi que ela não calçava sapatos, estava descalça e isso me fez pensar que ela poderia estar com frio.
Isso me despertou dos meus pensamentos sobre a camisola dela.
– Você quer se sentar? – perguntei apontando para a cama.
– Obrigada. – respondeu vindo em passos suaves e sentando-se perto de mim, seu corpo próximo aos meus pés.
– O que você quer aqui? – perguntei me lembrando da hora e de que ela provavelmente deveria estar na cama. Quer dizer, na cama dela.
– Eu vim perguntar se posso dormir com você. – respondeu casualmente, como se não fosse nada de mais.
Fiquei boquiaberto por um tempo apenas processando aquilo que ela dissera ainda sem acreditar.
– Como é? – indaguei piscando para ter certeza de que não era um sonho.
– Eu não te acho velho. E nem de longe vejo você como meu pai. De onde tirou essas ideias? – perguntou ela rindo.
– Mas como... Quem te disse isso? – ela está mesmo aqui na minha cama perguntando isso?
– Logan, pode parar de fingir! Eu já sei de tudo. – afirmou rindo da minha expressão de bobo.
– Como? – indaguei.
– Kitty. – respondeu – Ela gosta do Bob, sabe? E então ela ouviu a sua conversa com a Tempestade por trás de uma parede e me contou. Ela é esperta, descobriu um jeito de fisgar o Bob que nem eu imaginava.
– E como ela vai fisgar o Bob com isso? – indaguei ainda não entendo.
– Logan você é mais esperto do que isso. – ela riu – Ela quer ficar com o Bob, certo? Ele namorava comigo, mas não irá namorar mais se eu quiser ficar com outra pessoa. – disse erguendo as sobrancelhas como se fosse óbvio.
– Agora acho que entendi. – falei refletindo sobre o que ela havia me contado – Então quer dizer que você não quer mais namorar com ele? – ela assentiu – Então gosta de outro cara? – ela assentiu rindo e eu ri junto.
– Vamos resumir isso? – indagou ela, e antes que eu pudesse perguntar alguma coisa, ela se aproximou de mim e me beijou.
O beijo dela era tão cálido e doce. Embora fosse de certa forma uma menina atrevida, também era uma moça tímida. Eu a segurava com delicadeza, suas pele era tão macia e seu corpo tão pequeno que me deixava louco e minhas mãos queriam explorá-lo.
– Espere. – falei depois que nos separamos – Como me beijou? Quero dizer, eu não sinto nada. Eu não deveria estar morto? – indaguei notando que minhas mãos estavam em suas pernas e as dela em meu peito.
– Andei praticando. – ela sorriu – Com o professor Xavier. Ele não me deu muitas esperanças no inicio, mas eu consegui. Treino desde que cheguei aqui, em segredo. Não queria que soubessem caso não funcionasse.
– Então ainda pode me matar? – perguntei.
– Posso. – respondeu e então senti uma dor em meu peito onde ela me tocava, mas logo cessou – Viu? Tenho os poderes, mas agora os controlo como todos aqui.
– Isso é realmente ótimo. – afirmei sinceramente – Significa que posso fazer isso. – eu a puxei e a deitei abaixo de mim.
– Pode. Isso e muito mais. – ela me beijou e então como um sonho nós tivemos nossa primeira noite juntos.
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