Cheguei em Storybrooke muito feliz por tudo ter ocorrido bem, foram anos de muitas lutas, recaídas, viagens e finalmente recuperação. Já se passaram 6 anos que eu não vejo Emma e nem tenho notícias sobre ela, descemos do avião, Grace estava muito animada para conhecer Henry, porque ela diz que não se recorda do garoto, realmente ela tinha 4 anos quando partiu. A primeira coisa que faríamos era ir para nossa antiga casa reencontrar eles.

Chego a porta cheio de esperanças e apertando a mão da minha filha com muita ansiedade, ela sorri muito, um belo sorriso que eu não via muito tempo. A porta se abre e meu coração está acelerado.

– NEAL? - Sim, foi ele que abriu a porta, muito estranho!

– Pois não?

– Emma está? - Como não...

– Não! - NÃO?

– Como assim, ela está na delegacia! mandei uma carta avisando que vínhamos nesse horário, desculpa, estou indo lá - Vou me retirando

– Espera - Eu paro e subo os pequenos degraus - Emma não te disse?

– Disse o que? - Falo curioso

– Ela não está morando aqui, ela foi para Boston trabalhar - Eu não estava entendendo mais nada!

– P-pra onde? - Fico sem fala, na verdade eu escutei muito bem

– Boston, recebeu uma oferta de emprego e se mandou sem mais nem menos - Nossa, muito impressionado com Emma, nunca pensei que ela faria isso comigo, sinceramente.

– Obrigado Neal, foi um prazer revelo - Menti

– O meu também - Neal solta um sorriso falso, nunca gostou de mim.

Ele fecha a porta e nós estávamos a caminho da lanchonete da vovó, quem sabe alguém de lá, ou Ruby que era um pouco amiga da Emma me da mais detalhes.

Nossa está tudo muito mudado, também né

– Papa, onde vamos? - Grace se vira e pergunta pensando que estávamos perdido. Não respondo pois tinha visto uma placa escrito "Lanchonete de Ruby" a claro, por isso não estava encontrando, Ruby tinha pintado a lanchonete de vermelho que mais parecia um cabaré de entrada.

– Aqui filha - Fui em direção ao local e entramos, logo vejo Ruby! ela não estava servindo, estava no lugar da vovó, chego até ela.

– Ruby? - Ela se vira

– Jefferson - Arregala os olhos e me abraça - Quanto tempo!

– Oi, muito mesmo, cadê sua avó? - Pergunto erguendo a cabeça a sua procura.

– Então Jeff, ela se foi há 1 ano - Falou muito triste, eu não poderia imaginar

– Desculpa, é que..

– Não tem problema, já estou superando aos poucos, antes de partir me ensinou como administrar aqui e tals. Ela sempre foi como uma mãe para mim. - Fala me interrompendo - Cadê sua filhinha, Grace né o nome dela?

– Sim, olha ela aqui - Falo colocando a mão sobre sua cabeça

– Nossa! Ela está muito grande - Grace da um sorriso e um oi - Quantos anos ela está?

– 10 anos - Grace responde simpática

– Então, você tem notícias da Emma? - Eu logo vou ao assunto

– Ela se foi Jeff, não mora mais aqui, parece que ela foi para Boston - Fala tentando lembrar - Melhor você perguntar ao Neal que inclusive ficou com a casa.

– Ta certo, obrigado.. - Falo chamando Grace para irmos

Eu precisava retomar minha casa antiga! não foi difícil por que a casa não estava alugada. Quando eu fui morar com a Emma, vendi-la para Mr. Gold e conseguir alugar. - Legal, aluguei minha antiga casa - Ironizei assim que conversei com o Gold e fui arrumar minhas coisas.

Conversei também com Mary Margaret e amanhã mesmo Grace iria para a sua escola Preparing For The Future.

;;No dia seguinte;; POV. Grace

Meu papa disse que vivi minha infância aqui antes da descoberta da leucemia, na verdade ainda sou criança, farei 11 anos mês que vem, mas quer saber, eu não lembro de absolutamente NADA. Por cada lugar que passávamos eu tentava me recordar, mas não tive sucesso. Hoje é meu primeiro dia de aula, estava ansiosa!

Mais tarde..

– Gente, esta é Grace, nova colega de vocês, cumprimentem-a - Professora me apresenta e logo escuto um "olá" em coro da turma.

Procuro um lugar para me acomodar e logo sento ao lado de uma garotinha de cabelos pretos e pele corada.

– Oi Grace - Ela fala ao me ver

– Oi - Sorrio e pego minhas coisas

– Meu nome é Lucyana, mas pode me chamar de Lucy

– Lucy, o meu você já deve saber

Sinto alguém me cutucar e dar gargalhada, me viro e dou de cara com um ruivo que provavelmente deve ser o "engraçadinho" da turma

– Não liga pra esse idiota - Lucy se pronuncia, eu assinto

Eu ficava pensando que alguém estava me observando até que cruzo os olhos com um garoto e ele desvia o olhar.

Algumas horas depois o sinal toca para o recreio, me aliviei, pois estava faminta, vou me levantando, até que o chato do menino que estava atrás de mim sai correndo e acaba me derrubando pra valer, e ao invés dele mim ajudar ficou rindo da situação, envergonhada demais por ter caído, vou levantando com Lucy me ajudando - Seu imbecil - Fala para ele que vai correndo como um flash sem dar a mínima com o que havia ocorrido. Assim que acabara de me ajudar, sai ao seu rumo.

Dou uma olhada ao redor para encontrar alguma mesa vazia ou com menos pessoas, e a única que achei foi a de um garoto sozinho, me aproximei e vi que era o menino que ficou me flertando na sala de aula.

– Oi, posso me juntar a você? - Falo ainda de pé, o garoto ergue a cabeça e faz que sim, sento-me

– Grace né? é nova por aqui? - Ele tenta puxar assunto quando percebe o silêncio

– Sim - Tomei coragem e perguntei - Por quê estava me olhando tanto lá na sala?

– A-ah eu.. sei lá, achei você muito, como se diz, familiar

Engraçado! eu também estava sentindo essa sensação assim que vi ele me observando.