Scarlet Blood I - One Last Heartbeat escrita por Léo Prime


Capítulo 29
Capítulo 28




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  Chris chegou correndo na escola. Sem delongas foi para o jardim. Começou a gritar por Drew, mas não teve uma resposta. Quando adentrou no corredor, viu o garoto sentado no chão. Gritou por ele de novo.

 - Drew!

  Quando Drew viu, ele tentou se levantar com esforço. Estava muito fraco. Chris correu na direção dele. Quando se aproximou, viu quão horrível estava o estado do amigo, todo inchado e cheio de cortes. Drew continuava tentando levantar, mas Chris fez com que ele ficasse sentado.

 - Oh, meu Deus! Drew, o que houve?

 - Mason... - falou com a voz fraca. - Mason me atacou!

 - Aquele miserável! - Chris elevou a voz. Se acalmou. - Venha, Drew, vou levá-lo para casa.

 - Chris, tem uma coisa sobre Mason...

 - O que é? Não, esqueça por enquanto, Drew. Você está muito fraco, evite falar.

  Chris colocou um dos braços de Drew em seu ombro. Elevou o amigo e começou a caminhar. Drew estava cada vez mais fraco, pois continuava perdendo um pouco de sangue nos cortes que Mason fizera com o canivete. Ele andava lentamente e mantinha a cabeça baixa.

  Chris era forte, mas estava fazendo um pouco de esforço para carregar Drew - que era maior que ele.

  Uma corrente de ar gelado começou a invadir o corredor. Quando o vento os atingiu, não demorou muito e Drew sentiu o cheiro forte e metálico de sangue. Aquilo fez seu corpo se agitar. De início, pensou ser o odor de seu próprio sangue, mas então seu olfato começou a seguir a fonte daquele cheiro. Foi um reflexo automático. Então, se deu conta...

  O cheiro vinha do pescoço de Chris. Drew começou a ter pensamentos, mas logo os afastou. Porém, a necessidade era maior. Fixou seus olhos no pescoço de Chris. Ele quase podia ver o fluxo de sangue percorrer a artéria. O cheiro só estava ficando mais forte a cada segundo que se passava. Sentia os batimentos do coração de Chris apenas de olhar para seu pescoço. Podia ouvir a pulsação.

  O desejo estava crescendo dentro de Drew, consumindo-o por dentro. O garoto lutava, mas aquilo era mais forte que ele. Uma dor imensa se fez em sua gengiva. Ela estava sendo dilacerada pelas presas. Drew sentiu quando elas tinham ficado expostas. Uma sensação ruim ocorreu em seus olhos também. Um incômodo passageiro.

  Quando Chris voltou seu olhar para Drew, viu o rosto dele transfigurado. Seus olhos estavam pretos e as presas tinham tomado o lugar dos caninos.

 - Drew?

  Chris tentou afastar-se, mas já era tarde. Drew tinha pulado em cima dele e Chris estava no chão. O vampiro atacou o amigo. Chris tentou lutar, mas era inútil. Drew havia o dominado e já estava prestes a enfiar suas presas no pescoço do amigo.

 - Drew? Drew! - gritava Chris desesperado. - Drew, pare! Pare! Esse não é você, Drew, lute contra isso! Lute! DREW!

  Chris gritou de dor. As presas do vampiro estavam cravadas em seu pescoço.

  Drew podia sentir o sangue fluindo em sua boca. Ele sugava com afinco, tentando não perder uma gota sequer. Todo o mundo ficou distante. Só o que sentia era a sensação de ingerir o líquido viscoso. Sangue. Sangue e mais sangue. Aquilo era vivaz. Drew começou a se sentir revigorado. Seus ferimentos começaram a cicatrizar. Os inchados e todas as partes doloridas de seu corpo desaparaceram. Os olhos de Drew, antes pretos, agora estavam vermelhos por causa que ele se alimentou direto da veia.

  Logo, Chris não tinha mais sangue nenhum no corpo. Drew continuava sugando o pescoço dele, em busca de mais. Depois de passar alguns segundos tentando, desistiu.

  Quando desenterrou suas presas do pescoço de Chris e viu o corpo do amigo ali caído morto, teve um baque. Primeiro, sentiu-se enojado. Depois, seus joelhos cederam e ele desabou no chão ao lado do amigo, caindo em prantos e não acreditando que fizera aquilo.

  Um grito tirou Drew de seu devaneio. Era o guarda que ele tinha encontrado mais cedo. O velho estava horrorizado, apontando a lanterna para o corpo de Chris.

 - O que é que você fez? - arregalou os olhos para Drew.

  O homem pegou o celular e começou a discar o número da polícia. Drew teve um impulso. Quando ele próprio se deu conta, já estava chupando o sangue do guarda. O celular caiu no chão e a atendente perguntava diversas coisas enquanto escutava o velho gritando do outro lado da linha.

  Ao drenar todo o sangue do homem, Drew limpou a boca. Deu uma última olhada nos dois corpos no chão. Ficou horrorizado com o que fez, mas a necessidade por sangue fora mais forte que ele. E Drew culparia-se eternamente por aquilo.

  Assim, ele saiu correndo em direção de casa.


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