Scarlet Blood I - One Last Heartbeat escrita por Léo Prime
Logo, o mês de setembro de esvaiu. Foi embora tão rápido quanto veio. Já era outubro.
Os alunos já tinham superado o luto por Sue. Alguns ainda relembravam da amiga e do sorriso que ela tinha estampado no rosto todos os dias. Mas, a vida precisava continuar, e isso era fato. Tudo voltou ao normal.
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Matt e Annie ficaram bastante próximos no último mês. Foi ele quem a ajudou a superar o luto por Sue.
Estava escrito na testa de ambos: eles se gostavam. Só não queriam admitir um para o outro.
Toda vez que Annie via Matt logo cedo, seu estômago chacoalhava de agitação. Era como se dezenas de borboletas tivessem sido soltas lá dentro e estavam voando, tentando se libertar de sua prisão. Matthew sentia-se diferente a respeito de Annie... Havia algo nela que ele nunca encontrara em qualquer outra garota. Não sabia dizer bem o quê. E isso o intrigava muito, pois, em seus mais de cem anos caminhando sobre esse mundo, nunca se sentiu assim.
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Mason continuava a fazer suas vítimas, mas escondia os corpos em terrenos isolados ou abandonados.
Certo dia, estava enterrando o corpo de Sophie Daniels num terreno baldio. Porém, fora surpreendido. Uma fina voz o interrompeu de seus afazeres. Era uma criança, reconheceu.
- O que é que você está fazendo?
Mason congelou. Lentamente se levantou e virou para trás. O garoto o encarava com os olhos esbugalhados.
- Eu é que pergunto - tentou manter a voz controlada -, o que uma criança como você faz aqui a uma hora dessas?
- Moro ao lado, naquela pequena casa...
Mason olhou para o garoto. Suas roupas estavam velhas e, mesmo sob todas aquelas blusas, ele aparentava ser magro. Quando olhou para o lado, na direção da “casa” do menino, viu um trailer com aspecto abandonado.
- Eu sugiro que vá embora, garoto. Está frio aqui fora. Além do mais, é tarde... Há muitas coisas ruins escondidas nas sombras.
- É aqui que acendo minhas fogueiras para me aquecer...
Mason o olhou mais uma vez.
- Ora, essa, a quem eu quero enganar? - Mason gritou mais para si mesmo do que para o menino. Sua voz mudou de tom. - Como você se chama, pequeno?
- Shane... - o menino engoliu em seco - Shane Langston.
- Olá, Shane...
Shane tentou correr porque sentiu que algo ruim iria acontecer. Mas, quando se virou, Mason já estava atrás dele. O menino gritou.
- Eu prometo fazer isso rapidamente. Você só vai sentir uma leve picada!
O rosto de Mason se transformou. Os gritos de Shane ecoaram na escuridão da noite. A dor da mordida foi intensamente dolorosa. As presas se afundaram profundamente no pescoço da criança. O menino Shane já estava fraco e um pouco debilitado. Morreu em questão de segundos. Todo o seu sangue fora drenado por Mason. O vampiro jogou o corpo morto do garoto no chão, sem nenhum resquício de remorso.
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E assim, mais um mês já se ia embora. Era novembro.
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