Carrie's POV

– Creio que isso seja do interesse do monitor-chefe, vou chama-lo para resolver seus problemas - Disse Lucy subindo as escadas da esquerda.

– Creio que isso não seja da sua conta Lucy - James disse com desprezo.

– A é mesmo? Estou nem ai. - Continuou subindo as escadas. Senti um puxão na mão, James me puxou até o sofá e nos sentamos.

– Fica quieta e só concorda com o que eu disser. - Ele ordenou e eu apenas balancei a cabeça em um sim, afinal ele já deve ter passado por isso muitas vezes.

Vimos Lucy descendo as escadas com o monitor que logo fez uma cara de tedio quando viu James.

– O que fazem aqui? Deveriam estar dormindo.

– Não esta vendo?! Estamos sentados. - James disse se esparramando no sofá.

– E o que faziam antes de eu chegar aqui? - Ele perguntou ainda desconfiado.

– Estávamos conversando. - James respondeu impaciente.

– Não é proibido ficar fora da cama durante a noite? - Lucy perguntou irônica para o monitor.

– Só é proibido perambular pelo castelo. - James respondeu encarando Lucy com o maior ar de deboche.

– E o que estavam fazendo era exatamente isso, eu vi na hora que vocês chegaram. - Ele respondeu no mesmo tom.

– Somos inocentes até que você prove o contrário.

– Vamos ali fora falar com a Mulher Gorda então, ela saberá se saíram ou não. - Lucy disse puxando o monitor em direção ao corredor.

– E agora? Ela vai contar! - Eu murmurei para James

– Não vai não. - Ele me respondeu sorrindo.

Paramos todos de frente para a Mulher Gorda, que dormia novamente.

– Ei Gorda estúpida, acorde! - Lucy chamou e deu tapas no quadro.

– Quem ousa me insultar dessa maneira? - Ela disse abrindo os olhos e bocejando.

– Poderia nos responder se esses dois passaram por você agora de noite? - O Monitor perguntou com muito mais delicadeza que Lucy. James olhava para a mulher e só gesticulava um não com a cabeça, já que estávamos parados atrás deles.

– Não , não passaram não. - Ela disse depois de olhar para James e pensar antes de falar.

– Obrigado por nos tirar essa duvida, vamos, entrem todos.- Ele disse entrando novamente e puxando Lucy.

– Obrigado, eu juro que peço a George e Fred para que te deixem em paz. - James dirigiu a palavra à mulher depois que Lucy entrara.

– Menino ingênuo, seus tios são tão travessos quanto você, eles nunca vão parar. Tenho ódio da pessoa que resolveu colocar os quadros deles neste castelo. - Ela respondeu calma de mais.

Entramos e sentamos no sofá novamente.

– Vou dormir, boa noite pirralha. - James subiu as escadas e sumiu, resolvi ir deitar também.

Acordei com uma faladeira de todas aquelas meninas no quarto, levantei e fui direto para o salão, teria o café da manhã e depois as aulas.

Estava sentada na mesa da Grifinória esperando as outras pessoas chegarem. Depois que todos chegaram ouvi gritos vindos dos céus, eram varias corujas que traziam em suas patas cartas e pacotes, alguns pequenos, outros gigantes.

Era uma cena amável, todos sorrindo com suas cartas de alguém querido em mãos, ou então sorrindo abrindo pacotes com coisas que queriam muito. Olhei para Lucy que tinha um sorriso estampado no rosto enquanto abria um pacote, era incrível ver Lucy sorrindo de verdade, sem ser aquele sorriso forçado e debochado.

Olhei para James e vi-o olhando seriamente para uma carta, mas espera, não era uma carta comum, era um berrador. Ele desfez o nó da carta e eu tapei meus ouvidos.

" JAMES SIRIUS POTTER,

SE VOCÊ APRONTAR MAIS ALGUMA COISA ESSE ANO, VOCÊ ESTARÁ ENCRENCADO RAPAZ, ACHOU QUE SEU PAI NÃO IRIA NOTAR O SUMIÇO DO MAPA? FRANCAMENTE SIRIUS.

Alvo meu querido, parabéns por estar na Grifinória, estou muito orgulhosa.

JAMES ESQUEÇA SEU IRMÃO E O DEIXE EM PAZ. "

A carta parou de gritar e explodiu logo após. Todos olhavam para James que revirava os olhos. Como se ele fosse obedecer, pelo menos é o que eu acho.

Senti uma coisa bater na minha cabeça, olhei para mesa, duas cartas caíram e uma caixa pequena veio junto. Abri a caixa e lá dentro se encontrava uma escova de dente. Resolvi abrir a primeira carta.

" Querida Carrie,

Estamos preocupados, ficamos sabendo do chapéu seletor, e já mandamos sua mala com seu uniforme e tudo que irá precisar para este ano, com exceção da sua varinha. Você será liberada para irmos ao beco diagonal comprar a sua amanhã mesmo.

Com amor, mamãe. "

Só? Ok, li a segunda e era só a minha avó me xingando por eu estar em Hogwarts só para provocar minha irmã. Ela acha que tudo que eu faço na minha vida é para provocar Lucy, ironia não? Quem faz esse tipo de coisa é Lucy, não eu.

O café da manhã foi servido e depois todos saíram para qualquer canto do castelo e eu fui direto falar com Mcgonagall, perguntei onde estava minha mala, e ela disse que já estava em meus aposentos, fui até o meu quarto peguei meu novo uniforme, tomei banho rápido fiz minha higiene e desci novamente.

Resolvi conhecer bisbilhotar o castelo na tentativa de conhecer melhor o castelo, certamente vou me perder algum dia aqui. Entrei na porta do quarto andar e caminhei pelo corredor, no fim do corredor tinha uma enorme porta a esquerda.

Era lindo, havia livros para todo lado, eu estava no paraíso. Havia livros grandes, livros pequenos, livros que falavam, a biblioteca era tão entupida de livros que as prateleiras eram três vezes o meu tamanho. Havia alguns alunos ali, aparentemente todos mais velhos. Perguntei-me se eu realmente poderia estar ali ou se os outros alunos do primeiro ano ainda não tinham descoberto o local.

– Lucy? O que faz aqui? Achei que estudar não era o seu forte.

– Não sou Lu ...