Paradise On Hell escrita por Gilbert


Capítulo 12
Let's diffuse it


Notas iniciais do capítulo

Eu não sei se ficou bom, eu escrevi esse capitulo meio que correndo, porque aproveitei que meu pai estava em aula. Basicamente tive dois dias pra escrever, e juntando os dois dias, eu tive 3 horas! Então, me perdoem se não estiver engraçado, e nem romantico.. ://
Mas comentem, e me deixem feliz hahah
Obrigado pelos comentários aliás..
Ah gente, alguém ai viu a nova historia que eu to pensando em postar? Se alguem viu, comenta lá o que acharam e tal. Quero, de verdade, a opinião de vocês..
Ta, acabei ♥



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KLAUS P.O.V.

Confesso que estava meio nervoso, nunca havia preparado uma "surpresa" para nenhuma menina, ainda mais tão exigente quanto Caroline. Eu queria que tudo ficasse perfeito, e que pelo menos a fizesse sorrir. Eu sei que não faz muito tempo que nos conhecemos, e que essas coisas são bobagens. Mas acredito que em um mês você consegue ter certeza se é realmente aquilo que você quer. E eu queria Caroline mais do que queria qualquer pessoa no mundo.

Peguei meu celular no bolso da bermuda, olhei em volta pra me certificar de que tudo estava do jeito que eu queria, e lhe enviei uma mensagem:

"Carol, venha me encontrar no quarto 201 assim que seu treino acabar. Não deixe que ninguém te veja. xx s2"

Me sentei no chão, encostado em uma das camas, esperando sua mensagem de resposta. Achei que no meu quarto seria o melhor lugar para nos encontrarmos. Já que não tenho companheiros de quarto, desde que Elijah decidiu se mudar para o dormitório de Matt.

Senti meu celular vibrando, e na tela estava escrito Caroline. "O treino já acabou, daqui a pouco eu estou aí então!"

A porta bateu em seguida e eu estranhei. Não fazia nem um segundo que ela havia respondido. Me levantei e fui até ela, e abri. Me deparei com Rebekah.

– Maninho, você pode..

– Não. To ocupado. - Fechei a porta na cara dela.

Falta de educação? Falta de educação por parte dela, só se for. Sempre que Rebekah vem me procurar é pra pedir algo impossivel. Outro dia ela queria que eu arrumasse um jeito dela conseguir sair de carro da escola, sendo que o carro tava na garagem da diretora. O jeito foi dopar a velha, que teve alucinações. Há boatos de que ela atacou o Professor Alaric no telhado do prédio dos professores. Mas, os alunos que falaram isso foram suspensos, e se tinha alguma foto, eu duvido muito que ela vá vazar. Hoje eu não podia me meter em nenhuma confusão por causa da minha irmã.

Eu sabia que Caroline ainda iria demorar um pouco, então fui até o banheiro, ver se eu estava "bem". Não que eu me achasse lindo, mas eu até me pegaria, se eu fosse gay ou algo do tipo. Meu cabelo estava devidamente despentiado, a barba começando a crescer, pouco aparente. Estava vestindo uma bermuda branca com uma blusa preta e sapato da mesma cor. Nós nem íamos sair do quarto, mas eu tinha que ficar apresentável para a minha garota.

Caroline me mandou uma mensagem, avisando que tava quase chegando, para que eu abrisse a porta. Desci rapidamente, obedecendo-a. Assim que abri a porta ela apareceu, linda como sempre. Acho que seria dificil encontrar alguém mais linda que ela nessa escola. Nesse planeta. Ela estava usando um vestido rosa claro, com o cabelo mais ou menos preso, destacando seus olhos azuis. Lhe dei um selinho, e a puxei pra dentro do quarto.

Ela parou, surpresa com a decoração. Eu tinha feito o melhor: colocado duas grandes almofadas no chão, em volta de uma mini-mesa enfeitada, com sushi em cima, e alguns corações em volta.

– Klaus isso ta... Lindo. - Ela falou, sorrindo de orelha a orelha.

– Espera, ainda tem a melhor parte. - Fui até a gaveta e peguei uma pequena coroa folheada a ouro. - Eu sei o quanto ficou chateada por não ter sido coroada Rainha. Mas queria que soubesse, que pra mim, você sempre será a princesa. - Ela riu, um pouco emocionada, quando coloquei a coroa em sua cabeça. - Sei que a frase foi clichê, mas é que sou péssimo nessas coisas.

– Eu acho você ótimo. - Ela segurou na barra da minha camisa e me beijou de forma gentil.

Só nos separamos do beijo um minuto depois.

– E então, ta com fome? - Perguntei, enquanto me sentava em uma das almofadas.

– Morrendo. - Ela disse, animada.

O bom de Caroline é que ela fica animada com tudo, mesmo que só pra não magoar as pessoas. E o bom também é que o assunto nunca acaba, ela falaria pra sempre se deixassem. Muitas pessoas acham isso irritante, como a Elena já me disse, mas eu acho admirável. E as vezes é extremamente util. Como agora, por exemplo. Nos ficamos conversando o tempo todo, por 30 minutos, enquanto comíamos nosso sushi. Acredito eu que ficariamos conversando por mais 30 minutos, se eu não tivesse a interrompido.

– Caroline, eu tenho algo pra te pedir.

– Vai me pedir pra calar a boca né? Elena e Bonnie sempre fazem isso, até Rebekah, eu sei que eu falo demais...

Agora eu vou te pedir pra ficar quieta, mas não era isso que eu ia pedir antes. - A interrompi, e ela sorriu sem graça. - Carol, eu sei que nem faz tanto tempo assim que a gente conhece, e eu sei também que podia me declarar, mas não sei fazer essas coisas. Enfim, você não quer namorar comigo?

Fiquei com medo de parecer mais nervoso do que eu planejava. Mas, pra minha sorte, Caroline sorriu e me beijou. Entendi isso como um "sim".


TYLER'S P.O.V.


– Saiam dai, mariquinhas, porra, vocês vão me ajudar ou não? - Gritei para Damon e Stefan, enquanto arrumava minha fantasia.

Os dois viados não queriam sair do banheiro, justo hoje que eu precisava de ajuda. Antes de eu arrombar a porta, Damon saiu primeiro. E ELE TAVA RIDICULO. Não aguentei e comecei a rir, Damon usava uma sunga azul, com uma capa e uma mascara, a mascara era verde e a capa tinha um "S". Era pra ser uma fantasia de super-homem, mas foi o melhor que eu consegui.

– CARA, TU TA BONITÃO EM? - zoei, e minha barriga tava doendo de tanto rir.

– VOCÊ QUER QUE EU QUEBRE A SUA CARA? - Ele ameaçou, e a veia de sua testa tava alta e pulsando mais que o normal.

– De jeito nenhum que eu vou sair daqui vestido assim Tyler, desculpa. - Stefan tava dando uma de franguinho.

Eu não mereço essas bostas de amigos viu?

– Ah mas você vai sim, se eu vou você vai. - Damon falou, enquanto puxava stefan pela capa rosa.

STEFAN TAVA PIOR QUE DAMON, ele vestia outra mascara, só que rosa, e com a sunga da mesma cor. Com uma capa de Batman.. Ou seria Batgirl?

– Vocês... Estão... Hilários. - Falei entre as risadas.

– Não tinha fantasias melhores pra arrumar não? - Eles perguntaram.

– É, enquanto a gente ta assim a sua fantasia de "The Flash" ta normal. Filho de uma cadela..

– Ué manos, a fantasia boa ficou com o bom.. Agora vamo invadir o quarto dessas meninas!!

Eu já ia saindo pela porta, quando Stefan me parou.

– Nah, vamos pela janela! Eu não quero ser visto assim! - Reclamou.

– Ninguém vai te reconhecer com essa mascara, seu idiota. - Falei. - Não é possível que só eu penso por aqui. - Damon revirou os olhos.

Ele sempre fazia isso, e eu nunca entendi o por quê.

Nós saimos pela janela, quer dizer, conseguimos sair depois que Damon tropeçou na própria capa e depois que stefan conseguiu se soltar da janela. Eu cai no chão de bunda, mas isso ninguém precisa saber e ninguém precisa comentar.

– Cara, porque a gente ta fazendo isso mesmo? - A anta do Stefan falou.

– Eu já disse.. Elena se recusou a me dar uma foto da Caroline de sutiã, então nós vamos roubar o sutiã dela!

– VOCÊ VAI ROUBAR O SUTIÃ DA ELENA? - Damon se exaltou.

E DEPOIS EU QUE SOU O BURRO..

– Não, sua anta, o da Caroline. - Ele ficou mais calmo. Garoto estranho.

Stefan e Damon começaram a discutir sobre... Tá, eu não prestei atenção. Quando eles discutiam era sempre algo muito complexo, tipo DR de namoro. Acho que era por isso que sempre meus namoros acabavam na discução. Eu nunca presto atenção nessas coisas.. ta, do que estavamos falando mesmo? Ah é, invasão no quarto.

– Gente, tem só um probleminha. - Admiti. - Eu não sei qual é o quarto delas mais.

– PORRA TYLER, TU NEM PENSA NA DROGA DO PLANO E QUER METER A GENTE NESSA? - Damon começou a dar uma de mocinha.

– Calma, de qualquer maneira a gente sabe qual é o quarto, mas Tyler, tem como ser menos idiota uma vez na sua vida? - Stefan acalmando a situação era tão estranho.

– Shhhh, falem mais baixo, vocês querem colocar tudo a perder?

Eles reclamaram mais um pouquinho, coisa que adoravam fazer, até que chegamos a janela esperada. A luz tava acesa, pra nossa infelicidade elas estavam no quarto. Pra nossa não, pra minha!

– Vamos voltar, elas tão acordadas. - Tefinho começou a ir pra tras, e eu fiz sinal pro Damon puxar ele de volta.

– Então, é o seguinte. - Falei. - O PLANO É INVADIR. Stefan segura Rebekah, Damon segura Elena, e eu pego o sutiã, calcinha, o que eu conseguir.

– Pra que você quer tanto isso?

– NÃO INTERESSA, VAMO INVADIR!!!! Mas sem fazer barulho. - Tentei disfarçar a animação.

Depois de tentarmos duas vezes quebrar a janela, Damon simplesmente a abriu, com a maior facilidade do mundo. Eu ia brigar com ele sobre o motivo dele não ter feito isso antes, mas na minha cabeça eu já sabia que era só pra me irritar. A gente contou até três e pulamos a janela, devagar e rápido ao mesmo tempo. Entendem?

Enfim.. Nós finalmente conseguimos entrar e..

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHH - Gritos femininos dentro do quarto. Não gritos de "terror" e sim de guerra.

Alguma coisa acertou a minha cabeça, me fazendo cair, e outras coisas acertaram Damon e Stefan. Claro, a gente tava querendo invadir o quarto da Caroline, mas não contávamos com uma Serial Killer que vivia alí também: Elena.


ELENA'S P.O.V.


Tirei a máscara do invasor de rosa, e vi magicamente o rosto do Stefan. Claro, só podia ser... E os outros com certeza eram Damon e Tyler. A julgar pelo tanquinho, o da Sunga azul era Damon. Rebekah estava puxando os cabelos de Damon, e Bonnie tava com as unhas agarradas no braço do nosso "The Flash" aka Tyler.

– Que merda vocês querem aqui? - Perguntei exaltada.

– A culpa não é nossa. - Stefan começou a se safar. - Alias, a culpa não é minha nem do Damon, é tudo culpa dele. - Stefan apontou para Tyler, e Damon concordou com a cabeça.

Rebekah voou pra cima de Stefan, tentando segurar a risada por causa da fantasia ridicula. Eu cruzei os braços e me sentei no chão. Tyler começou a choramingar.

– Vocês são um bando de idiotas. A culpa é de todo mundo. - Bonnie falou.

De repente começou uma discução dentro do quarto, todo mundo falando junto sem entrar em acordo nenhum. Um acusando o outro, enquanto Damon ao mesmo tempo que falava dava tapas na cabeça de Tyler, que a essa altura já estava sem mascara. Stefan tava tentando se explicar, morrendo de medo que Rebekah não entendesse, e Bonnie tava culpando todo mundo. Se Caroline tivesse alí só ia dar pra ouvir a voz dela, graças a papai do Céu ela não tava. Aquele "zom zom zom" ia dar problema pra gente a qualquer momento, porque tava ficando cada vez mais alto. Sem pensar duas vezes, tampei os ouvidos e dei um grito:

– CHEGAAAAAAAAA!!!

O quarto ficou em silêncio, mas antes uma unica frase ecoou no ar.

– Eu só queria minha calcinha e meu sutiã... - Claro, isso só podia ter saído da boca do Tyler.

– Tá, eu vou fingir que eu não escutei isso. Mas, alguém pode me explicar o que ta acontecendo? - Damon ia começar a abrir a boca pra falar, mas não deixei. - Nah, você não. Você só piora tudo. Stefan, por favor!? - Damon fez cara de bravo, a qual eu ignorei.

– Então, Tyler disse que você prometeu uma foto da Caroline de sutiã e não deu. Então ele queria vir aqui, com a brilhante ideia de invadir o quarto e roubar uma calcinha e um sutiã! - Ele explicou.

– Mas isso aina não explica as fantasias. - Rebekah falou, e eu e Bonnie concordamos com a cabeça.

– Caso alguém nos pegasse, não iriam nos reconhecer, e poderiamos fugir. - Tyler respondeu.

Até que dessa vez ele pensou em algo plausível. Claro, se ignorássemos o fato das fantasias serem ridículas.

– Tyler, pega a droga do sutiã e da calcinha que você quer, e saiam do quarto! - Falei, sentando na minha cama.

– ELENA! Vai deixar esse tarado pegar as coisas da Caroline? - Bonnie advertiu.

– To ne aí, por mim pode levar até ela se ele quiser. - Tyler abriu um sorriso ouvindo minha frase. - Mas como não tem como levar a Caroline, se contente com as roupas intimas, pateta. - O sorriso dele ficou um pouco menor, mas não sumiu.

Ele fez o que eu disse, e em seguida saiu pela janela.

– Bom, eu tenho outros planos pra esse tanquinho. - Rebekah falou e Stefan sorriu. Eu queria vomitar, mas me segurei.

Os dois saíram do quarto.

– Eu preciso de tomar um ar depois dessa.. E preciso falar com Jeremy também. - Ela saiu do quarto também.

Ainda tinha um ser horrendo e idiota sentado no chão do quarto. Revirei os olhos.

– O que ce ta esperando pra vazar daqui, cabeção? - Perguntei.

– Não to afim de sair, eu quero ficar aqui, sabe? Com você. - Damon falou, e em seguida deu um pulo na minha cama. como se fosse por instinto, eu me afastei.

– Nem pense, pode saindo.. Anda.

Parecia que eu não tinha falado nada, porque ele permaneceu ali, com um estúpido sorriso cheio de segundas intenções. Eu queria bater naquela cara de pau dele, mas eu simplesmente não conseguia. Por mais que eu o mandasse "ir" eu queria pedir pra ele ficar.

"POR FAVOR ELENA, NÃO CAIA NA TENTAÇÃO!!!"

– Você é insistente, e chato. To falando sério. - Reclamei, carrancuda.

– E você é rabugenta e linda! - Ele falou, se aproximando de mim e dando um beijo no canto da minha boca.

– Para com isso.. - Pedi, com os olhos entreabertos.

– Então fala que você não quer me beijar. - Ele sussurrou, enquanto mordia o lóbulo do meu ouvido.

– Eu não posso fazer isso. - Falei.

Damon depositou beijinhos no meu pescoço, e eu tava me amaldiçoando por ter caído na tentação. A minha carne era mais fraca do que eu imaginava e isso era mais errado que tudo. Damon finalmente encontrou meu lábios, dessa vez eu nem tentei me fazer de difícil, eu sabia que ia ceder no final. Só estava me poupando tempo e esforço. Sua boca era exigente e macia. Pela primeira vez eu admiti pra mim mesma que eu amava beijar aquela boca. O gosto de menta sempre presente, e aquela língua gelada, que num segundo ficava quente. Seu corpo se deitou sobre mim, e aquilo era meio constrangedor: ele estava usando só uma sunga, quase igual uma cueca. Eu já tinha o visto de cueca no chuveiro, mas isso era meio diferente. As mãos de Damon deslisaram pela minha perna, depois foi passando pela lateral da minha barriga, trassou um caminho perigoso perto dos meus seios, mas se pousou em meu pescoço.

– Damon.. - Disse ofegante, enquanto ele mordia meu lábio inferior e o chupava.

– Fala - Ele mordeu meu queixo.

Puxei seu cabelo, afastando seu rosto do meu. Ele me encarou.

– Eu acho melhor a gente parar por aqui... Você me entende né? - Perguntei, sentindo minhas bochechas queimarem.

– Acredite ou não, eu não pretendia fazer nada. - Ele falou, provocando, e eu o encarei com a cara fechada. - Eu entendo. - Ele disse, por fim.

Saiu de cima de mim, e se sentou ao meu lado na cama.

– Posso te fazer uma pergunta? - Ele já perguntou.

– Não. - Respondi rapidamente.

– Deixa de ser chata. - Reclamou.

– Ce ta querendo brincar de verdade ou consequencia por acaso?

– Não.. Eu só quero saber se você já.. Você sabe. - Ele tava mais constrangido do que eu.

– Isso que cê ta querendo saber é se eu já fiz sexo? - Perguntei, rindo.

Eu não me sentia constrangida falando sbre aquilo, na verdade. Achava graça de como as pessoas lidavam com esses assuntos.

– É pô. - Ele balançou a cabeça.

– Eu queria dizer que sim, mas não. Nunca. Eu já enrolei muitos caras, mas sempre pulei fora. - Admiti.

– Que filha da mãe. - Eu ri.

– Já me falaram isso uma vez. Mas o caso é que eu nunca achei a "pessoa certa". - Ele concordou com a cabeça. - Mas vamos mudar de assunto? Ah, eu tenho que te alertar, que to com mil piadas sobre essa sua fantasia aí.

– Qualé, não zoa que a culpa nem é minha. - Ele cruzou os braços.

– Tá, eu até concordo que o Tyler é um idiota, mas você e Stefan só de terem entrado na onda, se tornaram tão idiotas quanto. Na verdade, você já era idiota antes, continua idiota agora, e vai ser idiota pra sempre. - Ele revirou os olhos e sorriu.

– Sou idiota, mas acabei com a sua frase de impacto. - Disse, com uma cara de vitória.

– Oi?

– "Eu só te beijo a hora que eu quero". Quando eu te beijei agora a pouco, você não queria, mas mesmo assim não resistiu. Taram.

Dei um tapa no braço do cabeçudo, que reclamou de dor.

– Eu te beijei porque eu quis. Só tava me fazendo de difícil.

– Vou fingir que acredito. - Dei outro tapa, com mais força. - Para de me bater. - Reclamou, e.. Outro tapa.

– Já calou a boca? - Perguntei, quase que rosnando.

Já, até porque já chega de toda essa tensão sexual sendo descontada em mim. A não ser que você queira descontar do jeito bom.– Ele deu um sorrisinho.

Enfiei a cara no travesseiro e gritei. Só pra não ter que bater nele de novo. Era impressionante como Damon conseguia me irritar.


STEFAN'S P.O.V.


Eu e Rebekah estavamos "passeando" pela escola, já que mais tarde eu pretendia levá-la para o quarto abandonado. Tudo bem que lá não era o lugar mais sexy do mundo, era até meio broxante, mas pelo menos era econdido. Haviam boatos de que o lugar era amaldiçoado, e que o antigo Reitor morto vivia por lá. Eu sabia que era tudo mentira, não acreditava nessas coisas e já tinha ido lá milhares de vezes. Além do mais, me amarrava numa história de terror.

– Stef.. Vai dar ruim. - Rebekah falou, apontando pra um canto.

Demorei um pouco, mas depois de forçar a visão consegui enxergar Matt e Elijah, andando feito dois bandidos.

– O que esses babacas tão aprontando?

– Coisa boa que não é, né? - Ela fez uma careta.

Rebekah não se dava bem com Elijah, ele sempre foi o "pestinha" da familia. Quando era criança ele cortou o cabelo de todas as bonecas dela. Mas, pelo que eu sei, eles brigaram feio depois dele fazer o antigo namorado da Bekah ficar com uma stripper, depois de droga-lo.

– Eu to com muita vontade de seguir esses dois. - Falei, chegando um pouco pra frente.

Os dois estavam indo para o lado do vestiário do ginásio de futebol. O que eles iriam fazer lá, num sábado, e a essa hora, eu não fazia ideia. Nem minha imaginação estava funcionando.

– Nem pense, se der merda, você se ferra junto. - Ela falou, segurando na barra da minha calça, me empedindo de andar. - Além do mais, eu tenho outros planos pra você.

Rebekah me olhava com o rosto cheio de segundas intenções, e arranhava levemente um pedaço da minha barriga.

AI PAPAI, VIVER EM PECADO NÃO DEVERIA SER ASSIM TÃO BOM!


DAMON'S P.O.V.


(Segunda-feira)

Depois de 40 minutos de caminhada, os folgados filhos da mãe, também conhecidos como Stefan e Tyler, me fizeram carregar todos os uniformes, já que Stefan tinha que falar com não sei quem, e Tyler tava ocupado sendo ele mesmo. Nós três estávamos de castigo, por causa das brigas frequentes no campo. Matt e sua gangue pegaram a pior, já que agora teriam que limpar o campo todo dia depois das aulas. Bem feito, na verdade. Mas aqueles uniformes fediam a queijo e xulé. Não era agradável.

Deixei os sacos de bosta no vestiário, na verdade eu acho que deveriam ser jogadas foras. Os caras pareciam que nunca tomavam banho... Não era possível federem tanto assim. O pior é que eu tava fedendo junto. Tirei a minha camisa e deixei jogada ali também, por sorte hoje era um daqueles dias que faziam sol, e eu estava suado. Frio eu não sentiria.

Estava andando tranquilamente pela escola, suado, sem camisa e com a estranha sesação de liberdade e felicidade, provavelmente por causa da adrenalina de que eu poderia levar uma advertencia a qualquer segundo. Pelo menos, quando eu me dava mal na escola, meus pais lembravam da minha existencia. Há.

De loge avistei Elena sentada em um dos banquinhos perto das arvores, com fones de ouvidos e de olhos fechados, aproveitando o sol. Engraçado é que, sendo do jeito que ela é, deveria preferir a escuridão, mas ela gostava do sol, que deixava as coisas alegres.. Isso era meio bipolar até!

Fui andando rapido até ela, dando um pulo e sentando em seu colo. A Senhora Estressadinha murmurou vários xingamentos a meu respeito, só me divertindo ainda mais.

– SAI DAQUI DAMON, VOCÊ TA FEDENDO A MIJO. - Ela tentava, inutilmente, me impurrar.

– Poxa, ta tão ruim assim? Achei que depois de carregar 45 uniformes do time de futebol eu estaria bem cheiroso.

– AI QUE NOOOOOJO, seu porco nojento e fedido. E além de tudo ta todo suado, inclusive na bunda.

Ela ficava muito engraçadinha nervosa. Sério.

– Assim você até me magoa, sabia? - Falei, enquanto saia do seu colo e sentava do seu lado.

– Achei que não podíamos sair andando pela escola sem camisa! - Indagou.

– Achei que não podíamos usar o uniforme desse jeitinho aí. - Ela ficava uma delicia com ele, inclusive. O chato era só os outros garotos achando a mesma coisa que eu..

– Você não pode, não ficaria bonito!

– Você pode sair por aí sem camisa, ficaria maravilhosa! - Pisquei e ela deu um soco no meu ombro.

Lhe roubei um selinho, e sua resposta foi limpar a boca.

– Uau, se fazendo de dificil a essa hora? - Provoquei e ela me ignorou.

– Sério, cara, você precisa de um banho urgente. - A Encrenca tampou o nariz, fazendo cara de nojo.

– É por isso que eu tava aqui. - Me olhou, sem entender.

– Oi?

– Eu tava pensando que eu e você poderíamos tomar um banho juntos, o que acha? - Acabei de ter essa idéia, mas na verdade, não seria nada mau.

– ENE, A, Ó, TIU. NÃO! - Bufou.

– E por que não? Ta com medo de eu ser gostoso demais pra você?

– Até parece, me poupe.

Não respondi, só mordi sua boca, passando a minha lingua suavemente pelo seu lábio inferior. Ela gostava assim, e não ia negar meu beijo. E realmente não negou. E nós não estávamos nem aí de a escola toda poder ver. Mas quando o beijo tava ficando bom, ela se afastou com um ultimo selinho.

– Você ta nojento, suado e seu cabelo ta molhado de suor. Eu não beijo caras assim. - Elena falou, sendo inconveniente.

– Bom, já que não quer me beijar, acho que não aceita minha proposta do banho também né? - Perguntei, divertido.

– Ta brincando né? Claro que não. - Revirou os olhos.

– Então ta.. Acho que vou pedir pra outras garotas..

Me levantei do banquinho, e fui andando até um bolo de garotas. Parei a pouco centímetros delas, e encarei de novo a Encrenca. Ela me lançou um olhar de incentivo, e ao mesmo tempo de deboche. Revirei os olhos. Respirei fundo, e chamei uma das garotas. Pedi para que fingissem que iriam para o meu quarto comigo e elas concordaram. Me permiti dar uma olhadinha para encarar a "minha garota", e ela estava com uma cara amarrada. Ri internamente e saí andando, bem devagar, com as meninas, que estavam rindo e acariciando meu abdome.

– Eu acho bom todo mundo vazar, anda, xô. - Elena apareceu atrás da gente, nos fazendo parar, com um olhar ameaçador.

– Qualé, vai empatar minha diversão agora? - Perguntei, fingindo que estava com raiva.

– Você, cala a boca. E vocês, anda, tão esperando o que pra saírem daqui? - Ela as ameaçou, e eu fiz sinal para que as garotas saíssem.

A encarei, e ela revirou os olhos.

– O que foi essa ceninha de ciumes Elena Gilbert?

– Vai a merda.

– Responde aí, valentona! - Segurei o riso. A cara dela estava engraçada.

– Vai se foder! - Respondeu carrancuda.

Adoro quando você fala sujo assim.– Pisquei e ela me mostrou o dedo. - Tá, já que vai ficar agindo assim, eu vou procurar OUTRAS garotas, e tchau.

Sai andando a deixando pra trás. Mas Elena me surpreendeu, pulando em cima das minhas costas. Não reclamei, apenas fui andando com ela em cima de mim, e rindo. Ela sussurrou no meu ouvido, com a voz brava e ao mesmo tempo sexy:

– Damon Salvatore, não brinca comigo!

E eu achei que eu era o dono do "duplo sentido".


(Continua...)



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