I Would Bring You The Stars To See You Smile escrita por Lithium


Capítulo 41
40. Eu Te Traria As Estrelas Para Te Ver Sorrir


Notas iniciais do capítulo

OI MEUS DIVOS CARA QUE SAUDADES DE VOCÊS!

Não, eu não morri. Novamente, posso explicar tudo:

Minhas aulas voltaram (não me diga!) e já tive tempo o suficiente para perceber que o nono ano não é todo aquele pesadelo que eu pensava, porém estou escrevendo bastante na escola já que está tudo "corrido" graças a praga da Copa. Porém isso de fato não é desculpa, mas fez com que meu tempo no Nyah! ficasse escasso, e se o tempo no Nyah! está escasso, acredite, meu tempo para desenvolver a criativity também não estava muito grande. Empaquei nesse capítulo (por isso esse atraso de quase dois meses) e destruí toda a ideia da maratona para que ele ficasse especial, afinal, não é todo dia que algo assim acontece, e só hoje terminei essa belezinha de... 6.052 palavras de acordo com o Word. (Pensei em dividir, mas mudei de ideia na mesma hora. Seria mais que muito injusto com vocês u.u) Então acho que só pelo tamanho estou meio que perdoada... Né?

Enfim, mesmo que não seja esse o meu caso, sobrevivi a dois meses e estou aqui trazendo uma das primeiras cenas que imaginei quando criei a fanfic. Foi realmente difícil escrevê-lo porque eu realmente precisava de algo especial, então... Bem, só espero que vocês façam uma boa apreciação :)

Agora é hora de agradecer aos lindos REVIEWS e as perfeitas RECOMENDAÇÕES que recebi nesse intervalo de tempo! Sério, amo muito vocês! E gostaria também de dar as boas vindas às novas leitoras, claro.

Quem curtiu o banner hiper divo? Pois é, eu amei *-*

Usufruindo das notas para dizer algo nada a ver com a fic, digo que agora a pouco, enquanto procurava um link no YouTube, me peguei em um daqueles momentos de nostalgia em que se tem muita saudade do passado de que você só se lembra dos bons/ótimos momentos... Isso só acontece comigo?

E o que vocês têm feito da vida, meus darlings? Li algumas sagas a mais e estou mais que viciada. Sério, PJO recentemente esteve brigando com HP por território em meu coração, mas agora tudo já se acertou e cada um tem um cantinho... E vocês, vêm lendo o quê?

Eu trouxe duas músicas nesse cap :D Uma é My Song For You e a outra é Counting Stars. Super recomendo que ouçam a partir de onde o nome delas é citado para dar mais um efeito, sabem?

But anyway is that, nos vemos lá em baixo (bem lá em baixo!).

Enjoy!

P.S: AVISO: Capítulo açucadoramente (isso existe?!) fofo. O Ministério da Saúde adverte diabéticos e diz: LEIAM!

P.P.S: As músicas estão "linkadas", mas caso os benditos links não funcionem, aqui vão eles:

My Song For You: http://www.youtube.com/watch?v=fDI0HIhOg70

Counting Stars: http://www.youtube.com/watch?v=9BMnXXrvcyA



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NOTAS INICIAIS! EXPLICAÇÕES LÁ EM CIMA!

“...But I just found a perfect gift for you. Now I got it all ready, but it’s not about the red or green. Come in and sit down beside me here, underneath the Christmas tree. We’ve got the mistletoe and fire light on this cold December night. The snow outside will set the mood as I sing my song for you”

Bridgit Mendler ft. Shane Harper, My Song For You

“… Mas eu apenas achei um presente perfeito para você. Agora eu tenho tudo pronto, mas isso não é sobre o vermelho ou o verde. Venha cá e sente-se aqui ao meu lado embaixo da árvore de Natal. Nós temos o visco e a luz do fogo nessa noite fria de Dezembro. A neve lá fora vai definir o humor como eu canto minha canção para você.”

Bridgit Mendler ft. Shane Harper, My Song For You (Traduzida para português)

No capítulo anterior…

“– Você perdoou James Potter.

– Não, não valeu. Eu não estava ciente de meus atos.

– Você não estava bêbado, então valeu sim.

– Acontece, Lucy, que eu estava bêbado sim. De rir. Então não valeu.

POV – JAMES SIRIUS POTTER

– Eu pensei que precisaria fazer algo realmente grande para reconquistar a Angie – falei, começando a apresentar, finalmente, o plano aos dois. – Então, eu tentei lembrar daqueles filmes românticos, tipo, Titanayc...

– Titanic, James – corrigiu Lucy.

– Isso aí – confirmei. – Tipo, Titanic, desse tipo. Lembrei que, geralmente, o cara faz uma serenata para conquistar a mocinha, mesmo que isso não aconteça em Titanic. A questão é que a serenata não teria sentido sem uma plateia.

Lucy começou a andar em círculos, quando faz quando está pensando.

– Hm... Plateia não é mau. Mas você sabe que, com plateia, você precisa fazer tudo perfeitamente, não sabe?

– Sei, sim. Por isso preciso da ajuda de vocês. Eu queria Lysander na plateia, também, por isso eu vou precisar da ajuda de alguém que tem experiência e que não está comprometido.

Eu olhei para Fred, e vi que ele tinha um sorriso maroto no rosto.

– Seduzir Lysander – deduziu. – Hm. Vai ser nojento – afirmou.

– Vai – concordei.

– Mas fácil como roubar doce de criança... Porém, você vai ficar me devendo uma, James Sirius Potter.

– Convenhamos, Fred, você me deve milhares e vice-versa – falei.

– Talvez seja verdade – disse ele. – Enfim... Como vai ser o resto?

– Como eu disse, pensei em uma serenata nos jardins – continuei –, assim ficaria mais romântico. Achei importante que Lysander estivesse lá, porque...

– Hm, ela seria humilhada na frente de Hogwarts inteira porque é uma completa idiota ao ponto de achar que poderia separar o casal mais bonito dos muitos alunos da escola e porque ela ficaria com uma cara de tacho hilária que renderia milhões ao Profeta Diário e porque a cara seria tão hilária que você de fato vai tirar uma foto e enviar por coruja para que a sua mãe dê um jeito de publicar mesmo cobrindo Quadribol para que o mundo bruxo inteiro ria da cara da Lysander?

De repente, comecei a rir feito uma hiena e Lucy só me acompanhou. Fred falou tudo de uma forma tão simples, que parece que ele humilhava seus inimigos todos os dias.

– Eu não iria fazer a parte do Profeta Diário, mas obrigada pela dica – falei. – Só não tenho certeza se minha mãe publicaria de fato. Quer dizer, ela cobre Quadribol.

Foi a vez de Fred rir.

– Então, acho que convencer a tia Gina não será problema – supôs.

– Claro que não.

– Ah, então é muito simples convencer o pessoal do Profeta Diário a publicar a matéria. É só a sua mãe me levar lá que eu seduzo a diretora do jornal rapidinho.

Lucy e eu começamos a rir, mas, falando por mim, só comecei a rir mais por falta de opção. Qual o problema do meu primo?!

– E os problemáticos aqui são vocês.

Lucy e eu trocamos um olhar e o encaramos espantados.

– Mas não dissemos...

– Mas estavam pensando – Fred me interrompeu, cruzando os braços e fazendo cara de emburrado. – Por isso que eu disse que vocês são problemáticos, o.k.?

Minha prima e eu voltamos a rir da cara do nosso amigo.

– Olha que fofo, James – ela comentou. – O Fred ficou chateado.

– Lucy, cala a boca antes que eu conjure uma daquelas fitas isolantes que os trouxas usam e coloque o rolo todo na sua boca.

– Nossa, que violento – zoou. – Mas continuando. O que mais?

– Abra o meu malão.

Lucy franziu as sobrancelhas desconfiadamente, e Fred, O Curioso (ignore o nome à lá história infantil), a seguiu. E assim que eles viram o objeto em cima de toda a minha bagunça, fizeram várias expressões diferentes, mas a mais interessante foi a que insinuava que eles iam desmaiar.

– James Sirius Potter – Fred arfou. – Que droga é essa?

O.k., não contem a ele, mas confesso que a expressão dele me deixou meio mal comigo mesmo. Ele parecia traído, até.

– Não é nada para agora – expliquei, rápido demais, mas não importa porque a expressão dele se suavizou. – Só para coisa de vinte e dois anos, por aí. Ainda temos dezoito, está cedo.

– Dear, eu não sei se você sabe, mas nem eu nem Angie completamos dezoito ainda – disse Lucy, dramaticamente. – Mas tudo bem, obrigada pela consideração com sua prima/melhor amiga e com a garota que você ama. Porque meu coração agradece.

Fred sacou a varinha, fez um floreio e um rolo grosso de fita isolante apareceu na mão dele. Para colocar mais efeito, ele puxou um grande pedaço de fita e encarou Lucy.

– Meu último aviso!

Ela só revirou os olhos e lhe deu um soco. Já eu sorri, mas internamente. Era bom ver que depois de tudo o que passamos, tudo já estava como antes... A não ser por Angie.

– Agora quanto a música. Já sabe o que vai tocar? – Lucy perguntou.

– Eu pensei em, sei lá, As Esquisitonas – confessei, comprimindo os lábios.

– As Esquisitonas?! James, você bebeu?

–... Mas como você é menina, eu pensei que você pudesse me ajudar.

Lucy suspirou longamente, sentou-se na minha cama e me encarou.

– Você é um caso perdido – ela “elogiou”.

– Obrigado.

Ela apenas me ignorou.

– Existe uma cantora trouxa chamada Bridgit Mendler, de que também gosto muito. Ela deve ter uns vinte e oito anos agora, mas há uns oito anos, ela gravou uma música com outro cantor trouxa, Shane Harper, chamada “My Song For You”. A letra fala sobre uma noite de Natal e descreve uma cena romântica. Acho super adequada, afinal você estragou o Natal da Angie e a tal cena podia muito bem ter acontecido entre vocês dois. A letra é simplesmente linda, e como você agora está todo amor, sei que você vai gostar. Escrevo em um pergaminho para você decorar até hoje à noite, porque faremos hoje.

Ela mal terminou de falar e já roubou um dos meus pergaminhos, sacou a minha pena e mergulhou no tinteiro vermelho.

– O.k. – falei, mas só porque eu não tinha outras opções. – Hm... Então quando começamos?

Fred encostou-se a parede e o encarou.

– Suponho que você queira conquistar a guria hoje mesmo, então acho que é melhor começarmos.

– É.

Fred tinha o talento incrível de semicerrar os olhos e manter as sobrancelhas erguidas, e o olhar que resultava acabou marcando. Você sabe o que ele pensa quando você recebe um olhar desse. Algo na linha de “Você é um completo retardado.” Não preciso dizer que ele me lançou um olhar desses.

– O.k., vou ficar aqui com a Lucy enquanto ela...

– Nada disso – Lucy interrompeu. – Eu não sei se você está sabendo, mas você precisa avisar duzentos alunos com idades entre onze e dezoito anos que você vai cantar uma linda serenata para sua amada Angie Katherine Rachel McKormick. – eu abri a minha boca para dizer que já estava vazando, quando ela acrescentou: – Ah! Quer uma dica? Marque para as 8h00. Além de cantar uma linda música, Angie ainda vai se admirar por você ter convencido toda Hogwarts a burlar o toque de recolher.

Perguntei-me como diabos faria para convencer toda Hogwarts a burlar o toque de recolher, mas eu disse que tudo bem.

POV – FRED WEASLEY

Eu encontrei Lysander rapidamente com a ajuda do Mapa do Maroto. Ela estava justamente nos jardins, embaixo da árvore grande que eu e meus amigos costumávamos ficar.

Lysander Scamander olhava para o tempo como se não houvesse amanhã. Pelo visto, estava muito feliz com a vida... E por ter arruinado a vida do meu primo. Mas tudo bem, hora da vingança.

– Oi. – falei.

– Fred! Oi! – ela sentou-se na grama e deu dois tapinhas na grama do lado esquerdo dela.

Sentei-me ao lado dela e devolvi o sorriso falso que ela me lançava.

– Eu estava precisando conversar com alguém – menti. – Você me ajudou muito quando abriu os olhos da Angie quanto ao James... Acabou abrindo os meus também.

Ao acreditar que eu estava irritado com James, o sorriso falso de Lysander ganhou um pouquinho de “verdade”.

– Amigos servem para isso, Frederico.

Dei um sorriso o mais verdadeiro que eu pude, porém não sei se fui convincente.

– Sabe... A Karina e eu...

– Ah, sim – ela disse. – Eu soube do namoro de vocês. É sério ou só estão ficando?

Dei de ombros.

– Sei lá. A questão é que terminamos.

Isso não era completamente mentira. Eu realmente estava pensando em terminar com Karina por 1) ela era metida demais, 2) ela me lembrava demais a Jessica e 3) eu tinha uma séria intuição que ela também estava louca para transar com o James.

A expressão de Lysander vacilou para o choque, depois felicidade e por fim, o mesmo sorriso voltou, mas dessa vez tinha ainda mais “verdade”.

– Ah, que pena, Fred! Mas acho que foi até bom o fim do namoro de vocês... não que eu esteja feliz com isso, não me entenda mal! – falsa. – Mas eu acho que aquela Karina só estava brincando com você... Digo, se você queria algo sério, com certeza não iria rolar, porque ela iria trair você rapidinho. E vocês também não davam um bom casal, entende?

– Hm.

– Eu entendo que esteja solitário, mas se serve de consolo, eu sei de uma garota que está totalmente na sua e...

Ou seja, ela mesma. Mas não fazia diferença, era justamente isso que eu queria ouvir.

– Não importa quem ela é – falei, rispidamente, a encarando. – Eu já estou super afim de outra. – então eu me aproximei, ficando colado nela, e dei o golpe final. – Lysander Scamander, eu estou pensando em você daquele jeito.

Cara, socorro. Eu vou vomitar.

Os olhos azuis de Lysander brilharam de felicidade, e quando eu me dei conta, ela já estava tentando me engolir.

Lysander tinha pressa. Ela nem separou os lábios dos meus pela primeira vez quando começou a enfiar a mão embaixo da minha camisa, por isso, fui eu quem separou nós dois.

– Aqui não. – sussurrei. – Na sala precisa.

Lysander sorriu maldosamente.

– Transar na sala precisa... Parece-me bom.

Reprimi uma careta.

– Transar não. – falei, o mais naturalmente possível. –Não hoje... Antes eu tenho uma surpresa para você nos jardins. Hoje à noite. Conto com você lá?

Ela balançou a cabeça alegremente.

– Que horas?

– Às oito – respondi. – Mas tenho que ir agora... Eu preciso falar com o seu irmão. Afinal, eu não quero o Lorcan tentando me matar porque comecei a namorar a irmã dele.

Lysander sorriu e acenou, enquanto eu abria o mapa a procura de uma única pessoa.

Lorcan Scamander.

. . .

– E aí, Fred? – cumprimentou Lorcan, assim que me viu entrando no salão comunal.

– Aquieta a bunda nesse sofá que o papo é sério – mandei, sentando ao lado dele. – Lorcan... O que você acha da sua irmã?

Lorcan piscou surpreso com a pergunta.

– Ah, sei lá... Essa pergunta tem vários sentidos, Frederico.

Eu revirei os olhos.

– Bem, então no sentido de amor fraternal.

Ele deu de ombros.

– Sei lá. Amo a minha irmã, mas a Lysander consegue ser bem maluca às vezes... Sei lá. Ela é exatamente o meu oposto.

Naquilo eu tinha que concordar. Eu não conseguia comparar alguém como Lysander com alguém como Lorcan – principalmente considerando que a Lysander era filha de Luna Lovegood Scamander e Rolf Scamander.

– Bem... Aconteceram uns lances de uns tempos para cá. Senta aí em um dos sofás, teremos uma longa conversa.

Então eu contei tudo a ele em detalhes, desde que James assinou a aposta até aqui – ocultando os nossos segredos, claro. Quando eu acabei, Lorcan parecia incrédulo e pasmo.

– Deixe-me ver se entendi. Você está me dizendo que James se apaixonou e está me pedindo permissão para comer a minha irmã?

– É... Basicamente isso.

Basicamente?! – ele exclamou. – Eu sempre suspeitei do fato da minha irmã não ser flor que se cheire, mas depois dessa... Não tenho mais dúvidas!

– Isso é um sim?

– Eu não vou te dar permissão para transar com a minha irmã! – ele gritou. – O que você acha que eu sou?

– Lorcan, eu não quero estuprar a sua irmã – me defendi, falando calmamente. – Ela quer muito transar comigo. Só perguntar a ela.

Lorcan suspirou visivelmente enojado com a conversa.

– O.k. Se ela quer... Vai fundo. Mas não garanto que não vou te matar.

– Isso é animador – falei, mas acabei sorrindo pro cara. – Ah, e, aliás, talvez eu nem precise transar com ela.

– O quê?! – ele exclamou com a voz uma oitava mais alta.

Tive que usar todos os meus poderes supremos para não rir da cara dele.

– Bem, a menos que ela seja apressada... A verdade é que Lysander fez muitas merdas, como eu te contei, e nós três estamos planejando uma vingança. Mas não posso saber se ela vai querer ir para a cama antes das oito, então...

– Que droga você vai aprontar?

Suspirei, sorrindo maroto.

– Oito horas, nos jardins. Você verá.

POV – JAMES SIRIUS POTTER

Se eu algum dia fiz tanta coisa de uma vez, aposto que não foram tantas quanto naquele.

Em apenas uma hora eu deixei toda Hogwarts a par do “evento secreto” nos jardins, decorei os acordes do violão trouxa e estava quase decorando o primeiro verso da música.

Meninas, nós fazemos de tudo por vocês.

Pois é, enquanto eu lia a letra daquela música (simplesmente linda), eu só pensava em uma única pessoa: Angie. No sorriso dela, no quão doeu vê-la chorando, na felicidade dela, mesmo que segura, quando eu lhe dei aquele selinho em seu aniversário que mesmo que seja recente, parece que aconteceu há décadas, em sua irritação com minha extrema lerdeza ao perceber que ela estava tão apaixonada quanto eu, em seus momentos tristes, malucos, e acima de tudo nos alegres. Em nossas discussões quando começamos a fingir que namorávamos; em nossos estranhos e repentinos momentos de carinho. No olhar agradecido que pude ver em seu rosto quando eu jurei acabar com o Creevey naquela maldita festa. Em seu ódio por seus “hormônios” quando me beijou após derrotarmos as aranhas assassinas, em nossos momentos em Vegas, em nossos momentos na Long Lake’s Reserve. Meus pensamentos foram adiante, e eu nos imaginei casando. Depois, Angie tendo um menininho ou uma menininha no St. Mungus. E eu nos vi vendo nossos filhos crescer, enquanto envelhecíamos. Cheguei a ver nossas lápides, uma ao lado da outra, com as lápides de Fred e Lucy ao nosso redor. Imaginei até mesmo nossa família no geral – todos os Weasley, e Fred e Lucy segurando uma criança cada um (não me pergunte quem é a mãe do filho do Fred ou o pai do filho da Lucy). Minha irmã, Lily, casada com alguém. E Angie e eu vivendo tudo isso, juntos. Passando por cima de todas as dificuldades.

E eu nunca estive tão certo de algo, porque era aquilo o que eu queria. Eu queria aquele futuro: fazer os N.I.E.Ms, me tornar jogador profissional de Quadribol e formar uma família enorme com ela.

[Ah, é, ainda há os N.I.E.Ms para se preocupar. Se Lucy já pirou, nem quero saber o que vai acontecer com o resto de Hogwarts...]

Talvez nós dois pudéssemos estudar para os N.I.E.Ms juntos.

São só “talvez”.

– Terra chamando James!

Só quando Lucy estalou os dedos na minha cara que eu voltei à realidade. Sentia-me como se tivesse acabado de acordar de um sonho muito bom, e tudo o que eu queria era fechar os olhos e tentar ver o final.

– Hm – grunhi.

– Muito educado – ela sorriu sarcástica. – Mas e então. Está terminando?

– Terminado?! Eu mal comecei!

Ela deu de ombros, fazendo pouco caso.

– Não importa, ande logo. Preciso ensinar você a pegar em um violão direito...

– Mas eu decorei todos os acordes...

–... Porque você parece um idiota com ele.

– Lisonjeiro.

– De nada.

Revirei os meus olhos e voltei a atenção para a segunda estrofe da música, fazendo o possível para decorar tudo logo e ver se Lucy me deixava em paz, mas aparentemente ela queria uma longa conversa.

– O que foi? – perguntei, desviando novamente os olhos da música.

– Os N.I.E.Ms, e eles não foram, ainda vão – Lucy respondeu. – Eu estou com medo. Vou reprovar feio e...

– Lu, você gabaritou o simulado que fizemos uns meses atrás – relembrei calmamente.

– Uma coisa é um simulado, James. Os N.I.E.Ms reais são outra história. Se eles forem tão difíceis quanto os N.O.Ms... Argh! Tenho pesadelos com aquele exame até hoje!

–... Você tirou um “O” em todos os N.O.Ms.

– E tem ideia do sacrifício que foi conseguir uma nota dessas?! – ela gritou. – Meu Deus, eu quase morri com toda aquela tensão!

– Lucy, sejamos otimistas, o.k? – pedi. – Você é inteligente e tem uma facilidade enorme para decorar os conteúdos de matérias chatas como História da Magia. História da Magia, Lucy. Eu durmo em todas as aulas, e aliás, como você suporta aquele zombie ambulante do Binns?!

– Ele é um fantasma, não um zombie – ela corrigiu, com o indicador erguido. – Está bem, o cara é monótono mesmo, mas e daí? Continua sendo nosso professor! E se eu fosse você, James Sirius Potter, trataria de prestar mais atenção nas aulas dele e passar o mesmo recado para o Fred, porque eu não darei uma aulinha sequer a vocês dois!

– O quê?! – eu esganicei, em choque. Fred e eu só passamos nos N.O.Ms porque ela nos ajudou a pegar boa parte da matéria de História da Magia. – Lucy, você não vai...

– Vou sim, e pronto e acabou. Ponto final. Agora esqueça os N.I.E.Ms e decore essa música!

Bipolaridade dando um oi.

. . .

A cada minuto que se passava, decorar My Song For You foi se tornando uma tarefa cada vez mais difícil, porque eu só conseguia pensar em uma coisa: minha declaração de amor e a serenata seriam suficientes para fazer com que Angie me perdoasse?!

A tensão estava me matando. Eu comecei a me imaginar sem ela. Na próxima excursão para a L.L.R, sem ela. Na formatura, sem ela. Na final do Quadribol, sem ela.

Eu estava enlouquecendo ou o quê?!

Tudo piorou quando Fred e eu estávamos indo em direção aos jardins, já de noite. Eu suava em bicas.

– Está pronto? – ele perguntou com expectativa na voz.

– Sim.

– Pronto para reconquistar a garota dos teus sonhos nem tão sonhados assim?

– Pronto – eu respondi, e confesso que me assustei com a incerteza em minha voz.

– Para reconquistá-la ou para desmaiar?

– Desmaiar. – e toda aquela incerteza sumiu.

Fred deu uma risada gostosa, a prova concreta que ele tem talento para me zoar não importa a situação, mas de súbito, ele parou.

– O que foi?! – eu perguntei ainda mais nervoso. – Por que você parou?

Ele franziu os lábios e me encarou. Pude ver algo que raramente está estampado em seu rosto – receio.

– James... Tem certeza que quer seguir em frente com isso?

A raiva me subiu a cabeça e eu serrei os punhos. Que droga aquele cara estava pensando? Eu não ia desistir!

– Tenho sim – sorri sarcástico. – Não vou desistir.

Meu comportamento pareceu assustá-lo um pouco, mas Fred também não ia desistir de tentar fazer seja lá que merda ele estava fazendo.

– O amor é tenso, James – ele disse. – Vou parecer o tio Percy falando assim, mas lá vai: vocês são bastante... Jovens. Vocês dois têm a vida inteira pela frente, e quantos anos vocês podem viver se não sofrerem atentados e nada do tipo? Oitenta? Noventa? Cem, quem sabe? A vida é bem longa, dependendo do destino. Muita coisa ainda vem por aí.

– E toda aquele seu lema com o Carpe Diem? – indaguei. – Você realmente parece um velho receoso agora, tipo o tio Percy.

Tio Percy não era velho, mas tinha quase quarenta e aquilo era o suficiente para fazer Fred fechar a cara.

– Não me ofenda! Porque eu não tenho a menor intenção de te ofender! E de fato, há o Carpe Diem. E se ela não perdoar você?

Ao pensar naquela ideia, meu estômago deu uma volta e comecei a me sentir enjoado.

– Cara, nem pense em uma coisa dessas, pelo amor de Merlin. – eu implorei, me sentindo de repente, bipolar. –Ela vai me perdoar. Eu sinto isso.

Fred suspirou.

– Certo. Tomara. Agora, vamos logo. Não pega bem para o “noivo” se atrasar. Isso é papel da noiva.

Ele me agarrou pelo colarinho e quase me arrastou para o jardim. A multidão de alunos era enorme – Hogwarts inteira agrupada em uma roda perfeita. No centro da roda, Lucy a enrolava com desculpas hiper esfarrapadas, que ela ignorava. Mas então, o olhar dela se cruzou com o meu, e meu coração deu um salto. Angie...

– Oi – cumprimentei com um sorriso meio tímido, porém cauteloso.

Ela estreitou os olhos castanho-esverdeados, e vi várias emoções passarem por ele: tristeza; compreensão; raiva; curiosidade; mais raiva; e ainda assim, um pouco daquele brilho feliz que eu conseguia ver em seus olhos quando estávamos juntos.

Minha vontade era de correr até ela. De abraçá-la, de beijá-la, de levá-la para a cama mais próxima... Mas eu precisava me conter, ou eu estragaria tudo.

– James – grunhiu ela. – Posso saber que merda é essa?!

– Não, sou eu quem pergunto! – uma voz familiar gritou do meio da multidão. Lysander... Hahahahaha.

– Lyz, fique aí – pediu Fred, com uma vozinha de cachorro que caiu da mudança que as mulheres veem algo demais ao ponto de fazerem tudo o que ele quer. – Tudo será explicado logo, logo...

Percebi que ele olhou, de relance, para uma cadeira no meio da roda. Isso seria divertido, mas antes... Eu precisava falar com a Angie.

– Será que podemos ir direto ao ponto? – ela pediu, extremamente irritada, por sinal.

Eu sorri.

– Angie, eu gostaria de dizer, aqui para todos os alunos de Hogwarts, que você tem todo o direito de me odiar. Porque eu errei com você, e confesso que no começo eu só queria te usar para me livrar da consequência que Lysander me impôs, já que meu segredo era... É ruim demais para que mais gente tenha ciência sobre. Mas eu não contava que logo, logo, as coisas iam fugir do meu controle... Para melhor.

Ela continuava inexpressível, mas meu sorriso só aumentou.

– Passei grande parte da vida jurando para mim mesmo que nunca iria me apaixonar, já que eu desprezava esses ataques açucarados que os caras apaixonados têm... Mas depois que nos aproximamos e nos conhecemos de verdade, meu juramento nunca me pareceu tão bobo... Só que eu também fui bem lerdinho – eu ri, e podia jurar que vi as pontas dos lábios dela se curvando. – Afinal, demorei meses para perceber que você estava totalmente na minha... E que eu estava ainda mais na sua. E então, nós dois vivíamos dos ataques açucarados, e ríamos de Fred e Lucy morrendo de ciúmes...

– Não é legal rir dos amigos – Fred interrompeu, fingindo-se de chateado.

–... Achando que estaríamos tão entretidos em nosso namoro que nós os esqueceríamos. E depois, tudo desandou... E aqui estamos. Então, eu gostaria de dizer que... Eu não sei viver sem você, Angie McKormick, e não faço a mínima ideia de como não morri nesse tempo em que ficamos separados, e você me conhece bem o suficiente para saber que eu não estou brincando. Por isso, tudo o que eu quero é o seu perdão, porque eu te amo como ninguém nunca será capaz de te amar. Passei os últimos dias totalmente sozinho, pensando apenas em você...

– Nos ame menos – Lucy disse, torcendo o nariz.

–... E em todos os nossos momentos junto de Lucy e Fred.

– Ele pensa bastante nos amigos, não? – perguntou Fred ironicamente para o nada.

– E é por isso que estou aqui, dizendo isso para tudo e todos. Mas antes que você diga alguma coisa – comecei meio inseguro, porque ela não parecia querer dizer porcaria nenhuma –, eu quero que você ouça isso.

Então eu comecei a tocar, e logo depois, a cantar.

BRIDGIT MENDLER ft. SHANE HARPER – MY SONG FOR YOU

Enquanto eu cantava, meu cérebro processava centenas de pensamentos. Eu era afinado? Eu estava cantando bem? Afinal, ela me perdoaria ou não? Como estava há minha cara? Há quanto tempo eu não me olhava no espelho? Já estava me sentindo uma máquina a vapor. Se eu estivesse em um desenho animado, teria fumaça saindo da minha cabeça, sério.

Não vou nem descrevera você minha voz enquanto eu cantava, mas para ajudar em sua imaginação, pense no cara mais gostoso do mundo cantando numa voz extremamente sexy: pronto, sou eu.

Quanto a Angie... Bem, a expressão dela era sempre indecifrável. Ela ouviu tudo atentamente, e a reação repetida dela só fazia o meu coração se acelerar mais. Aquilo era um bom sinal? Porque tio Rony costumava dizer que, quando uma mulher dizia que não (ou fingia que não, no caso de Angie), ela queria dizer sim, já que com as mulheres as coisas são todas ao contrário... Só não sei se ele está certo.

E quando eu acabei, o jardim caiu em um silêncio quase mortal, até que Angie disse:

– Mais alguma coisa a declarar? – tentei encontrar alguma dica na voz dela, mas não obtive sucesso, então só confirmei com a cabeça.

– Eu te amo!

Ela riu com sarcasmo.

– Não parece!

Suspirei, com o coração a mil. Eu não queria pensar no que aconteceria comigo se aquela garota não me perdoasse. Porque eu não conseguia viver sem ela.

– Eu sinto muito, mesmo! – exclamei desesperadamente. – Será que nem me vendo nesse estado você acredita?! – mesmo sem me ver no espelho, eu sabia que minha aparência não era das melhores.

E em menos de um segundo, tive mais um monte de pensamentos: palavras não valem de nada, porque são só palavras, que rapidamente podem ser esquecidas no vazio. Qualquer um pode pegar um discurso de Dumbledore e repetir por aí, porque não faz nenhuma diferença. São só palavras. O que importa é a voz. A voz com que são ditas. Porque se forem ditas com um tom de indiferença, faz com que pensem que você não se importa, mas se forem ditas com firmeza (e claro, saírem da alma) você consegue convencer qualquer um. E não precisei concentrar firmeza para pronunciar as palavras seguintes, porque elas eram a mais pura verdade.

– Eu faria qualquer coisa para ver você sorrir. Te traria as estrelas, se fosse preciso.

Aquilo a pegou de surpresa, porque ela reagiu como se tivesse levado um tapa na cara.

– Isso... Isso é sério?

Eu acenei com a cabeça devagar, enquanto Angie mostrava a única reação que eu não esperava. Ela abaixou a cabeça, encarou os próprios pés e cerrou as mãos em punho.

– Você... Você acha que eu gosto disso?! – ela indagou, sem sequer olhar para mim. – Acha que eu gosto de saber de tudo o que aconteceu? Acha que eu gosto das coisas como estão? Acha que eu gosto de ficar longe de você? E, acima de tudo, você acha mesmo que eu gosto de ser a causadora de tudo isso?!

Agora acho que era eu quem parecia ter levado um tapa.

– Durante todo esse tempo, James, eu tenho estado presa em minha própria depressão – ela continuou. – Porque mesmo que você esteja realmente sofrendo com tudo isso, você nunca passou por nenhum tipo de dificuldades. Sempre teve tudo o que quis; inclusive dois amigos incríveis para estarem sempre por perto. – ela fez uma pausa e continuou: – E você tem ideia do que tudo aquilo significava para mim?!

Significava?!

– Sim, eu tenho – respondi. – Tenho uma ideia bem concreta do que tudo isso significa para você, porque tudo isso significa o mesmo para mim. Por isso eu estou aqui. Muita coisa aconteceu e eu quero o seu perdão, quero recomeçar, entende? Angie... Eu errei demais. Eu sei disso, estou mais que ciente.

– E você acha que é fácil perdoar?! – ela gritou, erguendo a cabeça para que eu visse que os olhos dela estavam cheios de lágrimas. – Sabe, quando me disseram algo assim, eu achei um absurdo, mas agora eu vejo! Perdoar não é fácil, James! Você nunca vai ter ideia do mal que você me fez...

– Eu tenho! – interrompi, quase gritando. – Eu tenho ideia porque eu não fiz mal só a você, fiz a mim mesmo! Acha que eu também me sinto bem longe de você?!

Ela abriu a boca para dizer mais alguma coisa, mas a fechou logo em seguida e olhou para o chão novamente.

– Você... Você acha que é possível “passar a borracha” em algo como isso? – ela perguntou em uma voz baixa e falhada. – Acha... Acha mesmo?

Eu acenei com a cabeça.

– Nada é impossível. E se o que dizem sobre o amor verdadeiro superar tudo ser verdade, nós saberemos agora, porque tudo o que nós precisamos é esquecer o passado e viver o presente. “Carpar” uns “Diems”. E se quisermos, nós dois podemos recomeçar agora mesmo. Só precisamos olhar as estrelas e nos recordar dos nossos bons momentos quando simplesmente ficávamos em silêncio e fitávamos o céu azul da meia-noite.

O jardim caiu em um silêncio desconfortável por vários segundos e eu não me importei. Não me importava com ninguém ali, só com ela. Então ela levantou a cabeça... E sorriu.

Meus olhos marejaram e eu não me senti envergonhado. Porque ver aquele sorriso me fez ver que tudo o que nós passamos, cada momento, valeu mais que à pena. Porque não importava seja lá o que o destino nos preparar, aquele vínculo entre nós era maior. Eu amava Angie com todas as minhas forças e isso é suficiente para que conquistemos o mundo, desde que estejamos juntos. E eu não consigo me imaginar sem ela simplesmente porque agora nós somos parte de um todo que se completa, e que se algum de nós for morrer, que morramos juntos já que não fará diferença, porque um todo não pode ficar partido. E só de vê-la sorrir, eu me esqueci de tudo o que aconteceu. De todos os momentos ruins, de todas as nossas brigas antigas, do meu plano estúpido e de toda aquela dor que senti durante anos, que basicamente podia ser descrita como se alguém levasse parte de mim para longe. Tudo o que eu queria era abraçá-la e nunca mais ficar longe dela, porque era aquilo que nós éramos. Um todo inseparável que estava disposto a enfrentar tudo. E nunca fiquei tão feliz por perceber que eu não podia existir sem uma pessoa simplesmente porque aquela pessoa era ela. Porque Angie era tudo o que eu precisava para viver, não importa o quão os dias estejam complicados.

– Então acho melhor começarmos rápido.

Meu rosto se alongou quando sorri de orelha a orelha. Foi incrível como aquela única frase me fez, de repente, me sentir... Eu. Não aquele James sozinho e triste que eu estava me tornando, mas o mesmo maroto de antes... A diferença é que dessa vez, meu coração só pertencia a uma.

Corri e suspendi Angie do ar, girando-a várias vezes enquanto ela ria em minha orelha e o jardim inteiro começa a aplaudir. Então eu me lembrei da última parte do plano...

– Calma, tem mais!

Coloquei Angie no chão, saquei a caixinha vazia e me ajoelhei.

– Angie, eu sei que não tem nenhum anel, mas... Quer casar comigo?

– Casar?! – ela exclamou, meio incrédula, meio feliz.

– Nada para agora – acrescentei rapidamente. – Para quando tivermos uns vinte e três anos e trabalhando... Algo para o futuro que quero adiantar parte. Então, você aceita?

Ela riu gostosamente e sussurrou em meu ouvido:

– É claro que eu aceito.

– ELA ACEITOU! – berrei como um bobo, para que o jardim inteiro ouvisse, enquanto Angie ria e me beijava...

Como eu sentia falta de trocar saliva com aquela garota. O gosto natural dos lábios dela, a língua se enrolando na minha e até da nossa saliva quente se misturando. Mas nosso beijo sequer durou cinco segundos, porque foi interrompido por ninguém mais, ninguém menos, que... “Lyz” Scamander.

– O quê?! – Lysander esganiçou de modo totalmente incrédulo. – Angie, você vai perdoar este ser mesmo depois de tudo o que ele fez?

Ninguém respondeu. E com vocês, meu grande amigo... Friederich (apelidado carinhosamente por alguns de Frederico) Weasley II, chamado assim em homenagem a Fred Weasley, um dos caras mais dinâmicos que Hogwarts já viu (mas não contem ao Fred que estou dizendo tudo isso dele).

– Lyz, minha querida, acalme-se – ele pediu, com uma voz calma forjada. – Sente-se.

Ela ia recusar, mas Fred deu um olhar sedutor que por algum motivo as garotas se derretem por e sentou-se... Dando um berro ensurdecedor e logo depois se levantando com a parte de trás da saia de Hogwarts manchada de sangue.

– A taxinha machucou? – Fred perguntou inocentemente. – Ops...

Lysander grunhiu com ódio e voou em cima de Fred, pronta para dar um tapa na cara dele, mas convenhamos que Fred tem experiência em segurar mãos de garotas irritadas.

– Me bater não vai te ajudar, Lyz. Agora vaza. Chega de destruir a vida dos outros.

Lysander então sacou a varinha, mas novamente Fred foi mais rápido e a desarmou, e só para aumentar a raiva da garota, deu um sorriso dócil.

– Tchau.

Ela partiu para cima dele mais uma vez, só que Fred foi salvo pelo gongo (ou por duas garotas musculosas pra cacete, se preferir).

O alvoroço era notável, mas ele não importava. Não quando eu estava encarando os olhos castanho-esverdeados de Angie, marejados por lágrimas dessa vez de felicidade. Ela ainda era mesma... A minha Angie.

– Venha, vamos sair daqui – sussurrei. – Gente demais. Precisamos de um tempo para... Curtir um ao outro.

. . .

ONE REPUBLIC – COUNTING STARS

– Alohomora – murmurei.

O meu dormitório talvez não fosse o local mais indicado para aquele tipo de coisa, mas ou era ali ou não era, então...

Eu a guiei por entre a bagunça puxando-a pela mão, até chegarmos a minha cama. Passei os braços ao redor dela e comecei a explorar cada canto do corpo dela com a boca antes mesmo de nos deitarmos. Já na cama, Angie começou a tirar a minha calça com uma mão enquanto arranhava as minhas costas com a outra, ao mesmo tempo em que me beijava.

O prazer era indescritível. Cada segundo, cada beijo, cada toque... Tudo era maravilhoso, e era bem assim que eu queria ficar. E depois de algum tempo que me pareceu pouquíssimo, ela aumentou nossos curtos momentos de procura por ar e sussurrou:

– Eu te amo. Você é a coisa mais importante para mim, e não sei viver sem você.

Eu sorri, um sorriso que foi retribuído por ela.

– Também te amo, meu anjo. E acho que você já percebeu que você é tudo para mim...

O sorriso no rosto dela aumentou.

– Então isso significa que estamos bem?

Passei a mão em torno das suas costas nuas, puxando-a para mais perto.

– Melhor impossível.

Ela me deu mais um beijo longo, antes de começar a falar.

– Olhe para as estrelas. Contemple o brilho indescritivelmente bonito que elas exalam por conta própria e veja como isso é raro se considerarmos todos os muitos astros no infinito universo, e veja os desenhos que suas constelações formam. Nós somos como essas constelações. Só existimos juntos e somos únicos... Pense novamente em tudo o que passamos e olhe para nós dois agora. Quer saber de uma coisa? Eu acho, sim, que o amor é mesmo capaz de superar tudo...

No próximo capítulo...

“ – Adivinhem o que eu acabei de saber!”

“ – Do que você não sabe, Lucy?”

“ – De algumas coisas... Mas enfim, sabe a segunda parte da expedição em Long Lake?”

“ – Sei.”

“ – Ouvi de ‘um cara chamado Neville’ que grupos de quatro alunos do sétimo ano poderão dar um passeio de barco pelo lago...”


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Notas finais do capítulo

E foi isso aí! O que acharam? Tosco demais? Provoquei lágrimas? Porque chorei escrevendo... :')

Anyway caaara, que vontade que deu de ir além e escrever hentai, MAS eu tive que me conter, afinal a fic é +16 e só lime aqui, então ficou isso aí. Digo, eu acho que, mesmo sem não ter a mínima ideia de como o hentai funciona fora do universo literário, acho que sei escrever bem esse tipo de coisa, já que é tão ligado com o romance. Por isso achei o fim desse cap meio seco, já que teríamos bem mais emoção se fosse o caso, mas hentai só na quarta, na quinta e na sexta temporada mesmo (e no segundo spin-off), então até lá, teremos muito tempo...

Quanto a maratona: pois é, esse lance ainda tá de pé, acreditem ou não. Isso aconteceu porque acabou que não planejei direito, já que amo dar tiros no escuro (tenho um grau leve de TDAH. Impulso é comigo mesma!), mas eu vou dar um jeito de continuá-la, mesmo que isso não possa acontecer no próximo cap.

Falando nele, ele é grandinho também, por isso não sei se posto semana que vem, mas eu prometo que, mais cedo ou um pouco tarde, ele sai!

Partindo para um assunto mais delicado: I Would está próxima do fim (lê-se vinte caps) e eu já estou sofrendo com muita antecedência. Sério.

See ya.

Kisses,

Mel