“Sexta feira à noite, por baixo das estrelas em um campo atrás do seu quintal. Você e eu estamos pintando retratos no céu, e algumas vezes não dizemos nada; apenas escutamos o canto dos grilos. Tudo de que preciso está bem aqui do meu lado. E eu sei tudo sobre você. Eu não quero viver sem você. Eu só estou alegre quando você não está pra baixo. Não quero voar se você ainda estiver no chão. É como se não importa o que eu faça... Bem, você me deixa louca a metade do tempo, a outra metade eu estou apenas tentando deixar você saber que o que eu sinto é verdadeiro. Eu sou apenas eu quando estou com você. Apenas um garoto e uma garota de uma pequena cidade vivendo em um mundo louco, tentando entender o que é e não é verdade. E eu não tento esconder minhas lágrimas, ou segredos ou meus medos mais profundos. Apesar de tudo ninguém me entende como você entende, e você sabe tudo sobre mim. Você diz que não pode viver sem mim.” – Taylor Swift, I’m Only Me When I’m With You.

No capítulo anterior...

“ – Só? Ela disse centenas de coisas para mim! Disse que eu encontrei minha outra metade. Mas devo temer o destino, que será cruel e não gosta nada da nossa relação. Devo tomar cuidado com uma loira. Disse que o que parece, não é, também. Disse que devo saber perdoar. Disse que alguém que eu penso que não existe mais está mais perto do nunca. E por fim, disse que as linhas da minha mão formam o desenho de um espelho rachado, e isso pode significar azar ou tristeza em excesso. E ainda tem mais uma coisa. A que mais assustou. Ela disse que a morte está ao lado. Lucy, eu vou enlouquecer! Já é a terceira pessoa que diz que vou morrer! Primeiro Trelanawey, depois o assassino de Karen e agora essa cartomante!”

POV – JAMES POTTER

Lucy e Fred adentraram no cassino, mas eu não queria ficar lá dentro. Era movimentado demais. Nunca fiquei com Angie em lugares como aquele e seria desconfortável, fora o fato de cortar todo o clima.

Cochichei para o garçom perguntando se havia algum lugar mais reservado, e em resposta ele fez sinal para nos o seguimos.

– O que você pediu? – perguntou Angie, curiosa.

– Relaxe aí, já vai ver.

Mas foi só quando chegamos que eu me toquei da merda que eu tinha dito: o garçom, achando que o “lugar reservado” que eu pedi era para fazer outras coisas. Ele nos levou a um quarto que parecia ser feito sobre medida para um casal: cama king size, mesa com jantar para dois, velas e uma banheira de hidromassagem com pétalas de rosas na água. Não, eu ainda não havia visto o banheiro, mas certamente havia uma daquelas ali. Devia ser praticamente um mandamento dos americanos terem uma daquelas banheiras em hotéis chiques. Quer que seu hotel seja chique? Coloque uma banheira de hidromassagem em cada quarto!

O garçom fechou a porta e eu virei na direção dele, para pará-lo e explicar a verdadeira situação, mas antes que eu desse um passo Angie me beijou.

Senti-me a pessoa mais sortuda do mundo. Ficamos um tempo ali com as línguas dançando, depois eu fui levando meus lábios para as orelhas, pescoço, seios... Minhas mãos nas costas dela foram deslizando mais para baixo... Infelizmente, antes que eu pensasse que ganhei na loteria em dia sexta-feira 13, ela deu um tapinha na minha mão e se afastou.

– Vai tirando a mãozinha. – mandou ela, mordendo o lábio. – Está muito safadinho, hein Sirius?

Sirius. Eu amo quando me chamam de Sirius.

Sentei-me na cama, ao lado dela. Fechei os olhos dela por trás.

– O que você vê?

– Tudo preto.

– Estragou o conceito!

– Eu sei! – ela tirou delicadamente as mãos do meu rosto. – Conheço essa do “O que você vê?” e acho que eu é que deveria perguntar pra você. Esse casamento da sua prima está deixando James Sirius Potter de coração mole!

– Esfrega na cara!

Ela deitou no meu colo.

– Everything I need is right here by my side, and I know everything about you, I don’t wanna live without you…

Ao ouvir a música, senti uma breve sensação de nostalgia. Mas ainda assim sorri. Eu quem deveria estar cantando aquilo para ela.

– Quem canta?

– Taylor Swift. – respondeu ela, simples.

– Então você é fã de música americana?

– Algumas. Gosto das músicas dela. De todas, basicamente.

Comecei a rir.

– Agora eu me lembro...

– Do que?

– Por acaso essa música chama-se “I’m Only Me When I’m With You”? – ela confirmou com a cabeça. – Lembro que quando Victoire estava fazendo 10 anos, Teddy queria fazer uma surpresa, e como não havia nenhum adulto em casa, ele chamou todo mundo para fazer um bolo de aniversário. Foi uma bagunça total. Principalmente quando a Roxy subiu em cima da mesa da cozinha e começou a cantar essa música. – ela riu. – Mas não se assuste, todo mundo dessa família não bate bem da cabeça.

– Há quanto tempo eles namoram?

– Uns seis anos. Já era tempo. – respondi enquanto me lembrava: seis anos atrás, quando eu vi os dois se beijando.

– Será que nós também vamos... Nos casar?

Aquela pergunta me pegara de surpresa. Nunca pensei em casamento.

– Talvez.

– Talvez? Sério mesmo? – ela não parecia chateada, só surpresa.

– Olha, eu... Eu... – palavras, palavras! – Não é que eu não queria algo sério com você... É só que... Eu não sei explicar, ta! Se me amar de verdade, vai entender.

Por um tempo, Angie ficou em silêncio.

– Eu entendo. Na verdade, acho que essa ideia só veio na minha cabeça agora...

A partir daí, ficamos em um silêncio um tanto desconfortável. Mas eu sempre posso contar com meus amigos.

– O que você acha que Fred e Lucy podem estar fazendo agora?

– Sinceramente, eu nem quero saber!

Nós dois começamos a rir.

POV – FRED WEASLEY

Ficar debaixo da mesa não era meu maior sonho, mas foi. Pelo menos não foi com a Sarah Petterson... Nem quero pensar.

Em uma das mesas de poker, havia uma roda muito grande. Se não for briga tem alguém ganhando. Sempre quis jogar poker e então cheguei mais perto.

Merlin, eu preciso de ar.

– Lucy Audrey Tracy Weasley!

Lucy estava sentada lá naquela mesa jogando contra mais três homens, atrás de uma MONTANHA de fichas de poker.

– E aí, Fred? – é incrível como esse ser humano consegue cumprimentar alguém como se não estivesse praticamente rica.

– “E aí Fred?” Lucy, você está... – antes que eu pudesse completar a frase, Lucy me passou um bloquinho com o valor de tudo aquilo anotado. – NOSSA! Meu Merlin!

– Eu sou a melhor! Devia ter descoberto isso antes! – modesta. Extremamente modesta. (n/Lucy: eu sei.) (n/Fred: Lucy, foi sarcasmo.) (n/Lucy: sei disso também. Ta afim de jogar poker?) (n/Fred: não, obrigada.)

– Eu nunca vi tantos zeros! – e era verdade. Não dava nem para acreditar como cabia tanto número em um papel tão pequeno. – Isso significa que você está... – e existe nome para isso?

– Zilionária?

– É!

Lucy ganhava mais uma mini-montanha de fichas.

– Quem é o próximo??

No próximo capítulo...

“ – Sou Victoire Weasley.”

“ – Angie McKormick.”

“ – Ah, então você é a namorada do James?”

“ – Eu ainda existo, ta legal?”

(...)

“ – Você está linda.”

“ – Agradeça a sua mãe, ela que comprou o vestido, jóias...”

“ – Eu não preciso. Você é linda de qualquer jeito.”

(...)

“ – Vou jogar o buquê!”

“ – Sai todo mundo da frente que é meu!”

“ – Respira!”

“ – Dizem que agarrar o buquê é um bom presságio. Eu tenho que agarrar o buquê.