Enchanted escrita por Nessie Black Halloway


Capítulo 1
I was enchanted to meet you


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores, fãs de Twilight e Taylor Swift!
Essa é uma sognfic sobre a primeira vez em que Bella e Edward se encontram,mas de uma forma diferente, baseada na música Enchanted, da Taylor Swift.
Se você não conhece a música, sugiro que antes de ler você veja o vídeo legendado aqui este link: http://www.youtube.com/watch?v=ChuI6rQ4WUY
Espero que gostem e boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/372750/chapter/1



Bella’s POV

Eu ainda estava acordada às duas horas da madrugada. Meu quarto estava mais frio e solitário do que nunca, iluminado apenas pela luz turva da lua que entrava pela janela aberta, vindo de lá uma brisa gelada a soprar meus cabelos e provocar arrepios em minha pele.

Debruçada sobre a janela, encontrei-me perdida ao fitar os galhos altos dos cedros lá de fora, balançando as folhas devagar e deixando-as cair no chão com a leveza das plumas.

Eu estava bem desperta, sem nenhum cansaço do dia anterior, apesar de ter sido bem cheio. Isso porque uma pergunta dava voltas em minha cabeça, questionando-me compulsivamente: Quem você ama?

Há um dia atrás eu saberia a resposta: ninguém. Simples assim. O amor que senti até hoje – ou até ontem – não passou dos meus laços de família e amigos. Nada de “amor romântico”, vamos dizer assim.

Mas a pergunta quicava repentinas vezes em minha mente, falando em meus ouvidos como ecos esquecidos em uma caverna escura, que agora eram lembrados como se uma parte adormecida dentro de mim tivesse despertado de uma forma que eu jamais imaginara sentir.

Olhando o céu escuro com algumas estrelas apagadas acima de mim, afoguei-me nas lembranças da noite anterior que estava tornando-se cada vez mais impossível de esquecer.

********

Lá estava eu novamente, sozinha e constrangida com todas aquelas pessoas ao meu redor. Era um baile de boas vindas da escola que eu não queria ir de jeito nenhum, mas que Charlie insistira tanto que eu acabei me convencendo e indo.

“Você fica muito tempo sozinha, filha. Saia um pouco, divirta-se” – dissera ele.

Bom, a ideia de Charlie não estava dando certo. Eu conversava com meus amigos que havia feito há alguns dias – Mike, Angela, Ben e Jessica -, forçava risos e fingia sorrisos, só para dar impressão de que eu estava gostando da festa.

Aquele era o mesmo lugar que eu frequentava todos os dias, agora mais arrumado e cheio de decorações festivas, mas que para mim era o mesmo espaço cansado e solitário de sempre.

Meu amigo Eric, que estava sendo o DJ da noite, colocou uma música lenta e romântica para tocar. Eu suspirei, estranhamente constrangida, e vi Mike puxar Jessica pelo braço iniciando uma valsa harmoniosa, e Bem beijar Angela com seu jeito romântico.

Afastei-me deles e de todos os casais dançantes, andando em direção a um pequeno e antigo palco de dança do lado de fora, que coincidentemente estava vazio e solitário, como eu. Subi os três pequenos degraus que levavam à pista redonda e encostei-me na barra de ferro lateral, observando a decoração. Haviam pequenas luzes enroscadas verticalmente nas colunas do palco até o teto, as quais iluminavam o lugar escuro que era aquela parte escura da escola.

Perguntei-me quem havia se preocupado em decorar aquele pequeno detalhe da festa, já que parecia que ninguém dava a mínima para ele, todos entusiasmados com a música alta do lado de dentro. Bom, talvez alguém tivera pensado em uma garota solitária como eu, que preferia distanciar-se de tudo e de todos, para evitar evasivas e olhares perdidos.

Ao observar a entrada da pista de dança à minha frente, algo me chamou a atenção.

Era um garoto. Eu nunca havia o visto antes, talvez pela diferença de horários das nossas aulas. Era alto, um pouco forte, tinha um cabelo desalinhado cor de bronze. Subitamente, todas as máscaras e as paredes de insinceridade sumiram quando vi o seu rosto. Seus traços eram angulosos, tão perfeitos que não pareciam humanos. Os olhos eram de um castanho dourado vívido, brilhando em minha direção. Quando focalizei seus lábios, ele ergueu os cantos em um sorriso torto que me fez tratar de lembrar de como respirar.

O tempo pareceu perder a velocidade a partir daquele momento. Eu estava tão imóvel que poderiam me comparar à uma estátua de pedra, a não ser pela minha respiração ofegante.

Os olhos fascinantes dele piscaram uma vez em câmera lenta, e ouvi sussurrarem: “Já nos conhecemos?”

Eu tive vontade de responder: “Não, mas adoraria conhecê-lo.” Mas me contive, afirmando para mim mesma que as palavras foram apenas fruto da minha imaginação.

Alguns segundos depois de minha espécie de “transe”, ele se aproximou e apresentou-se formalmente tal qual um galã dos filmes do século XIX.

“Meu nome é Edward Cullen”

Edward. Um lindo nome combinado à uma beleza incomparável e uma voz macia e aveludada.

“Isabella Swan. Bella.” – respondi enquanto ele apertava levemente minha mão e formava um sorriso suave e encantador nos lábios.

Ainda com o tempo desacelerando, uma conversa brincalhona começou, contra todas as observações rápidas como passar bilhetinhos. Risos, expressões, gestos, gentilezas – tudo evidenciava para mim que ele era uma pessoa de índole encantadora. Pude notar que tudo fazia sentido quando vi e decorei sua silhueta.

Enquanto o momento prolongava-se em minutos eternos, enquanto meu coração perdia a noção do ritmo, e tudo à minha volta parecia brilhar, a música lenta e romântica acabou e iniciou-se uma valsa parecida com as dos filmes de contos de fadas.

Como se ainda fosse possível, a noite tornou-se ainda mais vibrante quando ele estendeu a mão para mim e me conduziu à dança. Como se adivinhasse que eu não sabia dançar, ele pôs a mão em minha cintura e puxou-me para seu peito, suportando meu peso por cima de seus pés, e começou a nos balançar de um lado para o outro, sincronizando os movimentos com a melodia da música.

A noite estava perfeita, como eu nunca imaginei que pudesse ficar. Pedi silenciosamente que ele não fosse embora, para que a magia não fosse junto com ele.

Antes de terminar o baile, Edward insistiu em me levar para casa em seu Volvo prateado. Com um sorriso daqueles invadindo completamente meu campo de visão, tudo o que eu podia fazer era assentir e sorrir, depois corar, maravilhada, por todo o caminha até em casa.

********

Sentindo meu rosto queimar outra vez, sacudi a cabeça para voltar ao presente. Percebi que estava sorrindo de novo – se fechasse os olhos, poderia ver o rosto dele também sorrir para mim.

Tudo o que eu poderia dizer e pensar, é que foi encantador conhecê-lo. Eu passaria toda a eternidade me perguntando se ele sabia que eu estava encantada em conhecê-lo.

Então esta sou eu, sob a luz turva do meu quarto e ainda encostada na janela, fazendo uma prece silenciosa para que aquela noite não fosse apenas a primeira página do início de uma história de amor, que não fosse onde a história termina, que não existisse um ponto final. Tudo o que eu queria era colocar reticências naquele primeiro capítulo de uma história desconhecida, mas que eu estava convicta de que seria o início de novas surpresas e alegrias, de uma nova vida para mim.

Como garantia de que tudo aquilo era real e não apenas minhas fantasias, meus pensamentos reagiam, e eu tinha a certeza de que eles ecoariam o nome dele até que eu o visse de novo, repetindo rápida e intensamente em sincronia com as batidas do meu coração.

Edward. Edward. Edward.

Comecei a pensar nas palavras que eu havia segurado e deveria ter dito ao ir embora mais cedo: Eu fiquei encantada em conhecê-lo. Por medo ou insegurança eu não disse, mas encarei a decisão de que diria quando o visse outra vez.

Agora eu estava caminhando de um lado para o outro, para lá e para cá, tentando pacificar minha impaciência, esperando que ele batesse à minha porta. Eu abriria e ele diria: Ei, fiquei encantado em conhecê-la.

Envolta em minhas fantasias, percebi o que estava fazendo. Meus pés moviam-se para a direita e para a esquerda, um acompanhando o outro que dava o primeiro passo. Meus braços estavam cruzados sobre meu peito, quase como um abraço, e lá estava o sorriso em meus lábios outra vez quando vi meu reflexo no espelho.

Dançando sozinha. Eu nunca aprendera a dançar na vida até esta noite. Devia estar ficando louca. Ou... apaixonada.

Olhei para meu rádio relógio. Já passavam das três da manhã. Decidi tentar dormir lembrando que tinha aula pela manhã.

Afundei sob o edredom, e ordenei à minha mente que acalmasse os ânimos. Em contradição, meu coração acelerava, fazendo-me pensar no que o havia feito se comportar assim. O rosto angelical de Edward ainda sorria para mim sob minhas pálpebras, então desisti de lutar contra isso. Desisti de lutar contra esse sentimento novo que me invadia por dentro.

De repente, uma onda de insegurança me atingiu. Comecei a considerar hipóteses duvidosas aos meus devaneios. Edward havia sentido a mesma coisa que eu? Ele também não parou de pensar em mim? Havia outra pessoa na vida dele?

Diante dessas perguntas, pedi novamente em silêncio: Por favor, não tenha ninguém esperando por você. Por favor, não se apaixone por outra pessoa.

Mesmo duvidosa, insegura, e agora até ansiosa, não pude desconsiderar as sensações e sentimentos que cobriam as negatividades, e me enchiam, ou melhor, transbordavam em mim algo que eu jamais havia sentido ou ao menos pensado em sentir. Eu acabara de descobrir o amor, e nada iria me impedir de vivê-lo, muito menos medos bobos ou pensamentos inseguros.

Era assim que eu estava – incondicionalmente apaixonada e completamente encantada.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, o que vocês acharam?
Se gostaram, deixem comentários! Se não, digam porquê!
Beijooos!! :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Enchanted" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.