Não ficaram mais que uma noite na pousada, e voltaram para Londres assim que o sol nasceu.

Catherine foi para sua casa para pensar, tinha o plano perfeito, mas não queria entregar ele assim para Voldemort “preciso saber o que eu ganho com isso” ela murmurou para si enquanto olhava par ao teto.

Depois de muito pensar percebeu que não conseguiria nada além da gratidão de Voldemort e mais de sua confiança. Duas coisas que para seus planos não eram tão completamente ruins assim.

Se levantou por fim e vestiu seu sobretudo preto colocando o capuz na cabeça,  coisa que lhe deixava com o rosto semi-coberto pela sombra e saiu da casa.

Andou até o beco sempre vazio e aparatou, aparecendo num jardim mal cuidado a frente de uma mansão de aparência abandonada.

Caminhou até a porta dos fundos e deu algumas batidas ritmadas nela.  A porta foi aberta o suficiente para que Rabicho pudesse ver quem chegara.

“Senhorita Catherine, voltou tão rápido” ele comentou abrindo a porta deixando a garota passar.

Ela entrou na casa e se dirigiu para o quarto onde Voldemort ficava, deu apenas uma batida na porta antes de receber um “entre” como resposta.

“Chegou bem cedo Catherine, algum problema? Como vai a missão que lhe passei?” ele perguntou a encarando.

“Até parece que você não sabe que eu gosto de fazer as coisa bem rápido” ela comentou “só vim lhe avisar que a pesquisa de campo foi um sucesso e eu já tenho um plano perfeito”.

“Mesmo? Então conte” ele ordenou conjurando uma cadeira para ela se sentar.

“Antes preciso lhe dar isto” ela pegou o bloco de notas e entregou para Voldemort “Leia depois, as informações contidas aí são altamente importantes para a execução do plano” comentou ainda de pé ignorando a cadeira.

“Interessante” ele desviou os olhos do papel para os olhos dela “prossiga”.

“Para começar, não vai precisar de mais de uma pessoa para fazer esse trabalho, o único problema que a única pessoa qualificada para isso é o Rabicho” Catherine começou. “De qualquer maneira, é algo tão simples que até uma ameba conseguiria fazer”.

Ela fez uma pausa para respirar, Voldemort estava muito concentrado prestando atenção nela.

“Bem, a idéia é simples, ele vira um rato e entra sem ninguém ver no barco que leva até Azkaban. Os Dementadores não ligam para animais então ele vai passar despercebido.” Ela parou um momento e olhou para Voldemort para ter certeza que ele estava prestando atenção. “Quando eles chegarem à ilha, é só ele entrar sem ser percebido pelos guardas. Para isso ele terá de permanecer na forma de rato” mais uma pausa para respirar “Ele terá de fazer isso na hora de visitas”.

“Certo estou entendendo seu pensamento, mas você acha seguro mandar justo o Rabicho para essa missão?” Voldemort indagou.

“Acho, não precisa ter um cérebro muito grande para realiza-lo” Catherine respondeu com desprezo “ele só vai precisar ficar escondido perto de onde os guardas ficam até às seis da tarde. Depois disso é só ele lançar um Imperius neles e pedir para eles ficarem parados lá e deixarem quem quer que seja passar. Depois disso ele terá de subir até o último andar e lançar um Imperius no Diretor e com isso o obrigar a assinar os papéis para libertar quaisquer  comensais que você desejar” ela fez uma pausa para respirar e olhou em volta “depois disso o rabicho só vai precisar manda-lo avisar os Dementadores das libertações que ele está fazendo e o fazer soltar quem você quiser”.

“Hm, um plano ambicioso” Voldemort comentou a interrompendo.

“Exato, depois é apenas pegar um barco, libera-los do Imperius e ir embora, ou nem precisa libertar, uma vez sem o contato visual o feitiço perderá o efeito mesmo” ela finalizou.

“Um plano arriscado para mandar Rabicho cumpri-lo” ele ponderava analisando o plano.

“Sabe, esse é o plano mais simples e discreto, vai demorar para o Ministério ser notificado da fuga, de qualquer maneira é uma fuga que só irá precisar mobilizar seu comensal mais inútil” Catherine disse com a voz um tanto irritada “de qualquer forma será algo tão discreto e um tanto idiota que o Ministério ficará convencido que você está morto” concluiu com um sorriso de lado.

As férias de inverno acabaram e eles tiveram de voltar para Hogwarts. Não demorou muito para que finalmente a notícia da fuga de Azkaban aparecesse no Profeta Diário.

E Como Catherine suspeitara, eles culparam Sirius pela fuga, indicando que tudo correra exatamente como ela havia previsto.

            “Ele seguiu o seu plano, Cath?” Sam indagou depois de ler toda a notícia com um sorriso nos lábios.

            “É o que parece” Cath disse tomando um copo de suco de abóbora.

            “Então isso tem dedo seu, mi Lady?” Draco perguntou soltando uma risada.

            “Claro que sim” ela respondeu com um sorriso de lado “Voldemort confia tanto em mim que até ajuda no plano para invadir Azkaban ele me pede” gabou-se arrogante “e isso será sua ruína”.

            “Você pretende mesmo seguir esse plano” ele comentou sorrindo.

            “Sim eu pretendo, e para isso desejo que você aprenda Oclumência”.

            “Sim, mi Lady”.

            “Sam, você vai com o Draco par ao passeio de Hogsmead?” Lina indagou sorrindo.

            “Claro que sim, será no dia dos namorado, você vai com alguém?”

            “Lógico se acha que eu não iria? To entre o Tomas e o Roy, não sei qual escolher...”

“Lina, tira os olhos do Roy que ele é MEU!” Audrey disse possessiva.

“Então eu vou com o Tomas” Lina concluiu sorrindo.

“Catherine vai com alguém?” Draco se arriscou a perguntar.

“Não, relacionamentos não valem a pena” a líder respondeu, se levantou e saiu do salão.

Os dias passaram transformando-se em semanas e logo o dia da visita ao povoado de Hogsmeade chegara.

Os namorados saíam juntinhos por causa do confortável frio que pedia que as pessoas andassem abraçadas. E era isso que a grande maioria fazia, com algumas exceções. Uma delas era Catherine, que usava uma capa preta e um gorro vermelho.

Ela saíra da loja de livros e foi para a Zonko’s, entrou e começou a andar pela loja anormalmente vazia. Mas ela sabia que o lugar estaria assim, já que a maioria das pessoas estaria em encontros. Pegou algumas bombinhas de cheiro, bambas de fumaça, ratinhos que desapareciam depois de capturados, entre outras coisas.

Saiu da loja e percebeu que caia uma fina e irritante chuva, suspirou e foi para o Três Vassouras, por seu o pub mais próximo.

Sentou-se numa mesa ao fundo, atrás da mesa onde Hemione Granjer, Luna Lovegood e uma mulher loira que ela reconheceu por ser Rita Skeeter estavam sentadas.

Antes que a morena pudesse pensar em mais de três possíveis razões para aquelas três estarem reunidas, Hermione chamou por Harry.

“Deseja beber alguma coisa?” Madame Rosmerta veio a atender.

“Um copo de hidromel” Catherine pediu e logo a mulher trouxe seu pedido.

Catherine passou a prestar muita atenção na conversa da mesa de trás, quase desistindo quando começaram um assunto sem importância sobre a vida amorosa do Potter, mas tudo começou a fica mais interessante quando Hermione explicou a razão da reunião.

“Essa garota é mais inteligente do que aparenta” Catherine comentou tomando um gole do seu hidromel pensando sobre o que valeria mais a pena, atrapalhar essa entrevista, ou apenas ouvir e não fazer nada a respeito.

Depois de muito ponderar, chegou a conclusão que preferia ouvir exatamente como seu pai havia ‘voltado’. Afinal isso tornaria mais fácil descobrir o ponto fraco dele.